Saariselkä, Finlândia

Pelas Terras (não muito) altas da Finlândia


Vivenda Pai Natal
Edifício de madeira do Santa Park de Saariselka
saariselka-finlandia-laponia-capsula-hotel-kakslautern
Fila Lenta
Fila de caminhantes descem uma encosta do PN Urho Kekkonen
Um Esquilo Ruivo
Esquilo dourado numa árvore desfolhada
Prospector com Frio
Estátua gelada do museu de ouro de Saariselk
Entre Cabanas
Caminhada entre as cabanas de madeira do hotel Kakslautern
Ainda mais alto
Visitante no cimo da torre panorâmica do Monte Sokosti
Rally Gelado
Carro de rally faz uma curva em derrapagem
A torre dos Trols
A torre dos Trols do Santa Park de Saariselka
saariselka-finlandia-laponia-janela-neve
Iglôs Panorâmicos
Iglos panorâmicos do hotel Kakslautern
A oeste do monte Sokosti (718m) e do imenso PN Urho Kekkonen, Saariselkä desenvolveu-se enquanto polo de evasão na Natureza. Chegados de Ivalo, é lá que estabelecemos base para uma série de novas experiências e peripécias. A uns 250km enregelantes a norte do Círculo Polar Árctico.

Cabe a Mikka a tarefa de nos recolher no aeroporto de Ivalo, de nos conduzir até Saariselkä.

Sob uns quase 20º negativos e a estrada frígida, o trajecto demora mais que a habitual meia-hora.

Dá-nos tempo adicional para quebrarmos o gelo e nos inteirarmos sobre o que nos esperava. “Também gostávamos de vos levar ao zénite aqui da região. É onde fica a estância de esqui mais setentrional da Finlândia.

Agora até lá têm uma estrutura de saltos de esqui, para uma competição internacional.” “Também fazes esses saltos, Mikka?” respondemos, na maior das inocências. Mikka, fica a olhar-nos de lado. “Acham? Eu esquio, como se espera dos finlandeses. Agora, nesses saltos, só mesmo os malucos é que se metem!”

Rimo-nos os três às gargalhadas.

Saariselka e o seu Famoso Hotel & Igloo Village Kakslauttanen

Pouco depois, damos entrada no domínio do Hotel & Igloo Village Kakslauttanen.

É suposto fotografarmos auroras boreais a partir de um dos iglôs locais, com telhado de vidro.

Antes de o deixarmos partir, confrontamos Mikka com a pergunta que ele sabia estar em falta.

“Mikka, como está a previsão meteorológica e das auroras, sabes?” Bom, vou ter que ser sincero… Eu não sou aqui do hotel. Eles é que são os especialistas.

Eu não ligo muito a isso.

De quando em quando, a minha mulher está a cozinhar e vê-as pela janela da cozinha. Às vezes, chama-me e até espreito, mas olhem que não é coisa a que dediquemos muita atenção…”.

Voltamos a partilhar gargalhadas, desta feita, indignadas.

Ficamos entregues ao Hotel & Igloo Village Kakslauttanen. Recuperamos energias numa das suas cabanas de madeira aconchegantes.

Caminhada entre as cabanas de madeira do hotel Kakslautern

Caminhada entre as cabanas de madeira do hotel Kakslautern

Maksim, um Sami ex-Russo, Rendido à Finlândia

Como acontece com frequência, na vasta Lapónia Finlandesa, dedicamos a manhã a um passeio puxados por renas, com Maksim como anfitrião.

Maksim é um sami de origem russa que, convencido das vantagens do modo de vida suómi, decidiu mudar-se para o lado finlandês.

É ele que, enfiado num traje sami colorido, guia as renas pela floresta de coníferas carregadas de neve. De início, mantém um ar austero.

Assim que o confrontamos com uma bateria de perguntas, revela-se um conversador nato. A inquirição deverá ter-lhe soado mais interessada e profunda que o que estava habituado.

O fundo dos seus olhos azulões sem fundo, prenda-nos com desabafos, estórias e memórias repletas de emoção.

Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2

Sami de origem russa, Maksim, conduz um passeio de renas a norte de Inari.

A Diferença da Vida na Rússia e a da Finlândia

Entre tantos outros temas, das dificuldades, na Rússia, onde até o extremo norte padece de falta de planeamento e da incontornável corrupção, à integração na Finlândia, que o começou por assustar, quando via a maior parte do dinheiro que a família fazia desaparecer em impostos.

Antes de perceber que o estado cobria quase todas as grandes despesas, incluindo as inesperadas. O convívio com Maksim daria para boa parte de um artigo.

Já o publicámos, há uns tempos, sobre os Sami e o seu papel de Guardiães da Europa Boreal.

A paragem que segue, mais que o dinheiro, tem como objecto o metal precioso. Passamos pelo Museu do Ouro de Tankavaara, que se promove como o único, no Mundo, dedicado ao passado e presente do garimpo e da prospecção do ouro.

A História da Prospecção do Outro na Lapónia Finlandesa

A localização do museu tem a sua razão valiosa de ser. Desde há muito, os rios da região de Saariselkä escondem pepitas de ouro.

Sem surpresa, ao longo dos tempos, a região acolheu as suas próprias febres do ouro, a mais dramática, a de 1870, que se alastrou a partir da confluência do rio Ivalo com o tributário Sota.

Nessa altura, a Lapónia finlandesa integrava o Grande Ducado da Finlândia, parte do Império Russo. Esta febre inaugural foi viabilizada pelo Czar Alexandre II. Até Abril de 1870, os Czares russos retinham o direito a todos os metais preciosos dos seus territórios.

Alexandre II decretou que a prospecção passaria a ser livre para todo e qualquer homem “decente” do Grande Ducado da Finlândia e do Império Russo.

Regulamentada por licenças concedidas e por oficiais estatais fixos numa estação da Coroa, encarregues de adquirir o ouro encontrado.

Estátua gelada do museu de ouro de Saariselk

Estátua gelada do museu de ouro de Saariselk

Consolidado o degelo, durante a Primavera e Verão desse ano, mais de quinhentos homens cruzaram a Lapónia, centenas de quilómetros a fio, a pé, a esquiar e de barco.

Comparada com outras famosas – as do Oeste Americano, do Yukon e afins – a Febre do Ouro da Lapónia Finlandesa parecerá insignificante.

Ainda assim, provou-se de enorme importância para o interior gelado e desertificado da actual Finlândia.

Mineramos o mais interessante do museu, incluindo a secção internacional que exibe a história das principais prospecções auríferas em redor do Mundo.

Outra Actividade Hiper-Rentável da Finlândia, a Pilotagem de Rallies

Na sequência, entramos em modo de estudo de outra actividade em que a Finlândia é prodigiosa.

Por essa altura, torna-se Markku o responsável por nos guiar. Tem o mesmo nome de um dos muitos pilotos suómis famosos, Markuu Alén, ainda hoje, o piloto com mais sucesso no Rally de Portugal, com cinco títulos.

Estava longe de ser um pedido com que o homónimo contava. Markku satisfaz-nos e leva-nos até ao Action Park de Saariselkä. Lá nos deparamos com uma dezena (ou mais) de pilotos de karting a disputarem uma pista repleta de meandros cavados em neve profunda.

Já era uma estreia vermos tal desporto em modo nevado. Markku reservava-nos mais. “Agora, deixo-vos ao cuidado deste craque!”. Num ápice, equipamo-nos. Entramos a bordo de um Subaru de rally.

Agarramo-nos ao que podemos, sob a pressão da velocidade e das forças geradas pelas travagens e acelerações insanas.

Carro de rally faz uma curva em derrapagem

Carro de rally faz uma curva em derrapagem

Aqui e ali, também por toques nos montes de neve que delimitavam a pista.

Findas as voltas de teste, deixamos o carro, bem mais brancos do que antes da experiência, com as pernas a tremer devido ao excesso de adrenalina.

“Vocês é que pediram!” atira Markku, sarcástico, ainda assim, fiel à sua incorruptível diplomacia e educação.

Nessa tarde e fim de dia, uma funcionária do Hotel & Igloo Village Kakslauttanen, mostra-nos a extensão natalícia do resort. Já estávamos quase em Abril.

Edifício de madeira do Santa Park de Saariselka

Edifício de madeira do Santa Park de Saariselka

Saariselka e a Terra do Pai Natal Encerrada

A Santa Land mantinha-se encerrada. Mesmo assim, admiramos os edifícios vermelhos erguidos enquanto Casa da Celebração do Pai Natal.

Era, à data, a casa tradicional de troncos maior da Finlândia.

Passamos também pelo escritório do Pai Natal.

E espantamo-nos com a Torre dos Trolls inusitada que encontramos entre pinheiros, destacada no cimo de uma elevação.

Nesse dia, àquela hora, tudo, sem sinais de vida, quanto mais de vida natalícia.

A torre dos Trols do Santa Park de Saariselka

A torre dos Trols do Santa Park de Saariselka

À Caça de Auroras Boreais

Não tarda, anoitece. Instalamo-nos num dos igloos de tecto de vidro do resort.

A muito esforço mantemo-nos despertos. Por volta das dez da noite, detectamos as luzes dançantes no céu.

Mesmo enregelados pelos 30º negativos, observamo-las e fotografamo-las.

Aurora em Kakslauttanen, Laponia Finlandesa, Finlândia

Aurora boreal serpenteia acima do casario de Kakslauttanen.

Até às três da manhã, até já quase não aguentarmos. Até ficarmos com a sensação que a Raposa de Fogo tinha, por fim, debandado.

Aqueles igloos eram procurados por gente dos quatro cantos da Terra. Tínhamos que os libertar cedo. Só dormimos até às 8h30 da manhã.

O Kiilopää Fell Center e o Imenso PN Urho Kekkonen

Duas horas depois, Miika reaparece. Leva-nos ao Kiilopää Fell Center, às portas de uma das maiores áreas protegidas da Finlândia, estendida até à fronteira com a Rússia.

Esquilo dourado numa árvore desfolhada

Esquilo dourado numa árvore desfolhada

O PN Urho Kekkonen foi baptizado em honra de um anterior primeiro-ministro e presidente da nação suómi.

Mikka conduz-nos até uma torre no cimo do Monte Sokosti, de onde, com a meteorologia indicada, poderíamos avistar o Grande Urso.

Visitante no cimo da torre panorâmica do Monte Sokosti

Visitante no cimo da torre panorâmica do Monte Sokosti

Nesse cimo, o vento soprava forte e frígido.

Num ápice, faz-nos desistir da contemplação. Voltamos a descer.

Mikki deixa-nos ao cuidado de Mauri, guia em parques nacionais finlandeses desde 1985.

Mauri lidera uma caminhada de duas horas e quase 6km, acima e abaixo do monte e suas encostas.

Suportada por raquetes de neve nos pés.

E por bastões nas mãos, que deixamos cair nas vezes sem conta que paramos para fotografar os cenários impressionantes em redor.

Caminhantes andam sobre raquetes na neve do PN Urho Kekkonen

Caminhantes andam sobre raquetes na neve do PN Urho Kekkonen

O Trauma da Finlândia perdida para a U.R.S.S.

Almoçamos com Mauri.

O novo guia fala-nos do seu passado como militar.

Aborda um dos temas mais sensíveis para qualquer finlandês, o contexto bélico e político complexo que levou a que, em 1940, a União Soviética tenha capturado 9% do território da Finlândia, incluindo o “braço” nordeste de Petsamo e a Karélia.

Mauri chega a desabafar sobre o trauma que a família passou, quando se viu obrigada a abandonar Viipuri (agora, Viborg) a cidade em que viviam.

Cabine lotada

Grupo de finlandeses usufrui do calor do loumlyly, o vapor produzido pela água despejada sobre as pedras aquecidas.

A estreia na caminhada sobre raquetes deixa-nos moídos. A merecermos a smoked sauna que mais tarde nos esperava, uma alternância entre calor e mergulho em água de rio fria de rachar.

Tão revigorante como a passagem por Saariselkä.

E como aquela descoberta da Lapónia Finlandesa que prosseguimos por terras ainda mais boreais de Inari.

Iglôs panorâmicos do hotel Kakslautern

Iglôs panorâmicos do hotel Kakslautern

 

COMO IR

Reserve o voo Lisboa – Helsínquia, Finlândia com a TAP: flytap.com por a partir de 200€. De Helsínquia, poderá cumprir a ligação para Ivalo com a Finnair. Ivalo fica a meros 30 minutos, por estrada, de Saariselkä.

Kemi, Finlândia

Não é Nenhum "Barco do Amor". Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Ilha Hailuoto, Finlândia

À Pesca do Verdadeiro Peixe Fresco

Abrigados de pressões sociais indesejadas, os ilhéus de Hailuoto sabem sustentar-se. Sob o mar gelado de Bótnia capturam ingredientes preciosos para os restaurantes de Oulu, na Finlândia continental.
Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Porvoo, Finlândia

Uma Finlândia Medieval e Invernal

Uma das povoações anciãs da nação suómi, no início do século XIV, Porvoo era um entreposto ribeirinho atarefado e a sua terceira cidade. Com o tempo, Porvoo perdeu a importância comercial. Em troca, tornou-se um dos redutos históricos venerados da Finlândia.  
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Helsínquia, Finlândia

A Filha Suomi do Báltico

Várias cidades cresceram, emanciparam-se e prosperaram à beira deste mar interior do Norte. Helsínquia lá se destacou como a capital monumental da jovem nação finlandesa.
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Sombra vs Luz
Arquitectura & Design
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
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Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Cerimónias e Festividades
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Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
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Étnico

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O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
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Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
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À sombra da fama quase planetária da vizinha Bora Bora, Maupiti é remota, pouco habitada e ainda menos desenvolvida. Os seus habitantes sentem-se abandonados mas quem a visita agradece o abandono.
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O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Natureza
Lagoa de Jok​ülsárlón, Islândia

O Canto e o Gelo

Criada pela água do oceano Árctico e pelo degelo do maior glaciar da Europa, Jokülsárlón forma um domínio frígido e imponente. Os islandeses reverenciam-na e prestam-lhe surpreendentes homenagens.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
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Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
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Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
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A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
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À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
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Romagem a um Cabo de Culto

Do cimo dos seus 134 metros de altura, o Cabo Espichel revela uma costa atlântica tão dramática como deslumbrante. Com partida na Lagoa de Albufeira a norte, litoral dourado abaixo, aventuramo-nos pelos mais de 600 anos de mistério, misticismo e veneração da sua aparecida Nossa Senhora do Cabo.
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Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
cowboys oceania, Rodeo, El Caballo, Perth, Australia
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Cowboys da Oceania

O Texas até fica do outro lado do mundo mas não faltam vaqueiros no país dos coalas e dos cangurus. Rodeos do Outback recriam a versão original e 8 segundos não duram menos no Faroeste australiano.
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Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Crocodilos, Queensland Tropical Australia Selvagem
Vida Selvagem
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Queensland Tropical: uma Austrália Demasiado Selvagem

Os ciclones e as inundações são só a expressão meteorológica da rudeza tropical de Queensland. Quando não é o tempo, é a fauna mortal da região que mantém os seus habitantes sob alerta.
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Voos Panorâmicos
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Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.