Frederiksted, Saint Croix, Ilhas Virgens Americanas

A Cidade da Emancipação das Índias Ocidentais Dinamarquesas


Engenhos do Açúcar
Iguana ao Sol
Whim Estate
O Velho Forte Frederik
“Freedom”
friedrieksted-saint-croix-ilhas-virgens-americanas-arcadas
Passeio à Chuva
Torre do Tempo
“Freedom” II
Uma Padaria Tropical
Modelo Escolar
Miúdos à Chuva
Silhuetas
Se Christiansted se afirmou como a capital e principal polo comercial da ilha de Saint Croix, a “irmã” do sotavento, Frederiksted teve o seu apogeu civilizacional quando lá se deu a revolta e posterior libertação dos escravos que garantiam a prosperidade da colónia.

Com o tempo que tínhamos para Saint Croix quase a esgotar-se, viramos a atenção para oeste e para a outra, a segunda e última, cidade da ilha.

A via progride para terras mais altas que nos revelam plantações do que sempre foi o principal cultivo destas partes, a cana-de-açúcar. E abaixo, a maior distância, o azul sem fim do Mar das Caraíbas, reforçado por novo dia solarengo, retalhado por nuvens tresmalhadas.

De autoestrada, a Melvin H. Evans Highway tem pouco ou nada, nem a largura, nem o trânsito que assim a validem. Dois ziguezagues aproximam-na da costa sul de Saint Croix e do seu aeroporto, ali protegido dos ventos do norte.

Regressamos a áreas esquadrilhadas por vias estreitas, ajustadas a um casario despretensioso.

Frederikstad-Saint-Croix-ilhas-virgens-americanas-whim-estate

A Herança Colonial e Esclavagista do Estate Whim

Num tal de distrito Whim, deparamo-nos com a escala incontornável do Estate Whim, monumental enquanto grande casa colonial e esclavagista da ilha, a mais antiga propriedade local de produção de cana-de-açúcar e derivados.

E a única nas Ilhas Virgens, entretanto, transformada em museu.

Compõem-na uma mansão senhorial, uma enorme cozinha, aposentos dos escravos e um engenho de açúcar integrante de um complexo de processamento mais amplo.

Frederikstad-Saint-Croix-ilhas-virgens-americanas-engenhos

Ao chegarmos à entrada da casa senhorial, erguida, em 1760, com paredes de pedra coral em formato oval, damos com a propriedade encerrada.

À imagem do sucedido noutras partes da Ilhas Virgens (Americanas e Britânicas) e das Antilhas, a passagem sucessiva dos furacões Irma e Maria, em Setembro 2017, tinha causado sérios danos. Sobretudo no telhado de telhinha quase de folha de que o vendaval arrancou uma secção frontal.

Nas traseiras, em jeito de ironia, duas peças de roupa perduram num estendal, presas apenas por quatro molas, lado a lado com um alguidar de latão e de uma velha tábua de lavar.

Sem acesso ao cerne colonial da fazenda, deambulamos em redor. Uma chaminé destaca-se bem acima de um velho trapiche, de um moinho e de um motor a vapor de 1847, que a humidade tropical mantém enferrujado.

Frederikstad-Saint-Croix-ilhas-virgens-americanas-iguana

Iguanas recarregam-se ao sol, junto da velha casa dos escravos. Dormitam, tranquilizadas pela já longa ausência dos habituais visitantes.

Com a fazenda-museu aberta e a funcionar em pleno, teríamos muito mais a descobrir e a fotografar, sobretudo no seu interior secular e faustoso.

Dele barrados, prosseguimos rumo a Frederiksted, o destino final daquele périplo por Saint Croix.

Frederiksted, a outra Cidade na Costa Oeste de Saint Croix

O Whim State pouco distava da cidade. Ao longo dos anos, sempre dependeu do seu porto para exportar o açúcar e o rum que produzia.

O desenvolvimento histórico-colonial de Frederiksted resultaram dessa mesma dependência e interação, a das fazendas de cana-de-açúcar de Saint Croix do porto de águas profundas, da alfândega e das restantes infraestruturas e instituições e negócios da segunda cidade da ilha.

Uma flexão a 90º da Centerline Road em que seguíamos, deixa-nos na Christiansted Bypass que serve de artéria dos fundos a Frederiksted.

Num ápice, a própria configuração da costa oeste que a acolheu, atalha-nos caminho para a grelha rectangular do centro e para a marginal que lhe serve de montra caribenha.

Frederikstad-Saint-Croix-ilhas-virgens-americanas-miudosA Génese Mercantil e Norte-Europeia de Frederiksted

A cidade foi erguida em, 1700, sob supervisão de um urbanizador oficial, Jens Beckfor. No plano inicial, contava com 14 quadras habitacionais por outras 14.

Foi concluída com apenas 7 por 7, de maneira a conceder mais espaço ao comércio que se esperava que viesse a florescer.

Estamos em plena hora de calor. Cumulus nimbus altivos começam a intensificar-se no céu acima. Do tempo que levávamos à descoberta das Antilhas, sabíamos bem o que aquele céu pesado significava.

O mesmo sol inclemente que carregava o firmamento, submetia os transeuntes à sombra da sucessão de arcadas da Strand Street, assim erguida pelos dinamarqueses também em função das suas peles alvas e da pouca melanina e resistência que oferecem aos raios solares.

Tal como fizeram em Christiansted, os prédios que ali alinharam e que incluíam as arcadas eram quase todos amarelos. Um outro de um azul ou verde claro, quebravam a uniformidade que, de outra maneira, aborreceria a vista.

A Resistência algo Decadente do Forte Frederik

No seu todo, contrastavam com os tons de esmeralda e turquesa do Mar das Caraíbas e destoavam sobremaneira do vermelho gasto e descascado do velho Forte Frederik.

Frederikstad-Saint-Croix-ilhas-virgens-americanas-Forte-Frederik

Uns poucos visitantes cirandavam para cá e para lá, em busca de novidades.

A nós, deslumbrou-nos a inesperada decadência da fortaleza, bem distinta do estado do Forte Christiansvaern à entrada de Christiansted, esse, belo e amarelo, imaculado e envolto de um ervado e jardim condizente.

Já o forte Frederik parecia carecer do respeito pela importância que sempre manteve.

Uma Intrusão do Reino da Dinamarca-Noruega num Domínio Caribenho Disputado

Foi o reino Dinamarquês-norueguês que ditou a sua construção, levada a cabo entre 1752 e 1760. À data, as Antilhas (Grandes e Pequenas) eram disputadas de forma acérrima entre Inglaterra, França, Holanda e Espanha.

Pouco habitual naquelas paragens tropicais do mundo, o reino Dinamarca-Noruega teve que se esforçar a dobrar para não perder as suas ilhas, em parte encontradas sem potência dominante e ocupadas (Saint Thomas e Saint John), noutra parte, adquiridas à companhia das Índias Ocidentais Francesas (Saint Croix).

A ameaça não estava apenas nas grandes nações europeias. O termo “Piratas das Caraíbas” tem a sua razão histórica de ser. Fossem independentes, ou “patrocinados” pelas Coroas europeias para assaltarem as rivais, uma vasta corja de piratas, corsários e, mais tarde, flibusteiros sulcavam aquele mesmo mar, de olho no que quer que parecesse oportuno.

Galeões sobrecarregados, portos e cidades pouco protegidos viam-se invariavelmente vítimas. Enriquecida pelos proveitos da cana-de-açúcar, Frederiksted fez o mínimo dos mínimos para resistir.

De volta à fachada sul da fortificação, a caminho do coreto no âmago do Parque Buddhoe, damos de caras com a Oscar E. Henry Customs House e, em frente, com uma estátua de bronze com visual dramático.

Um tronco desnudado sopra num grande búzio. A estátua tem o nome de “Freedom”.

Frederikstad-Saint-Croix-ilhas-virgens-americanas-freedom

Frederiksted, e a Emancipação dos Escravos de Saint Croix

Quando a analisamos, associamo-la de imediato ao episódio histórico mais badalado de Frederiksted, e razão de ser do nome do parque por que caminhávamos.

Em 1848, tudo se mantinha na mesma ordem e opressão colonial em que as Índias Ocidentais Dinamarquesas prosperavam há quase dois séculos.

Até que, a 3 de Julho desse mesmo ano, já quinze contados após a o Acto Britânico de Abolição da escravatura, um escravo libertado e artesão respeitado de nome Moses Gottlieb – mais conhecido como General Buddhoe – planeou e suscitou uma revolta dos homens mantidos escravos na Whim State e outras plantações da ponta oeste de Saint Croix.

Os escravos juntaram-se e precipitaram-se numa marcha incendiária que ficou conhecida por “Fireburn” e veio a granjear a Frederiksted o epíteto de “Freedom City”.

Nesse mesmo dia, conseguiram forçar que o Governador-General da ilha, Peter von Scholten, proclamasse no Forte Frederik e sem retorno, a sua emancipação dos fazendeiros que, a contra-corrente da História, os mantinham cativos.

Daí em diante, sem mão-de-obra gratuita, os Dinamarqueses viram-se mais e mais em apuros para preservarem as suas longínquas colónias.

Aos poucos, abandonaram-nas aos ex-escravos e a uns quantos europeus resistentes.

Frederikstad-Saint-Croix-ilhas-virgens-americanas-torre-relogio

O Grande Maremoto das Ilhas Virgens de 1867

Em 1867, uns e outros, passaram por uma provação que os apanhou de surpresa.

Um sismo de grande intensidade gerou vagas com quase oito metros de altura que entraram pela cidade adentro. O sismo e maremoto das Ilhas Virgens causou uma destruição generalizada e pelo menos cinco mortos.

Pouco depois do virar para o século XX, a debandada dos dinamarqueses oficializou-se. Ao abrigo do Tratado das Índias Ocidentais Dinamarquesas, de 1917, os Estados Unidos adquiriram as três ilhas principais do arquipélago por 25 milhões de dólares.

Ano após ano, as ilhas e Frederiksted afro-americanizaram-se até à realidade que lá desvendamos.

Frederikstad-Saint-Croix-ilhas-virgens-americanas-freedom-2

A Frederiksted Algo Americanizada dos Nossos Dias

Hoje, a cidade possui o único porto de cruzeiros de Saint Croix. Desenvolveu uma existência bipolar, alterável consoante a presença e a ausência dos grandes navios e da inundação de visitantes dos Estados Unidos contíguos.

Num dia sem cruzeiros, continuamos a navegar no marasmo pós-colonial intrigante, decadente e sedutor de Frederiksted.

Do nada, um grupo de colegas trajadas com fatos escolares, aflui ao pontão à frente do forte. Guiadas por um fotógrafo voluntário, entregam-se a uma produção sob o mote da sensualidade académica.

Entretemo-nos a apreciar as suas poses e expressões quando os cumulus nimbus que toda a tarde vimos elevarem-se, ditaram o término do recreio.

Chuvada Tropical em Plenos Trópicos Caribenhos

Uma bátega tropical como há muito não apanhávamos, castiga Frederiksted sem apelo. As estudantes e uns poucos transeuntes mal têm tempo de chegar às arcadas que os dinamarqueses fizeram protectoras.

Quando lá se abrigam, estão já ensopados, conformados e até algo intimidados pela inesperada intempérie.

Frederikstad-Saint-Croix-ilhas-virgens-americanas-miudos

Três adolescentes em trajes de banho surgem do nada. Refugiam-se mesmo ao nosso lado.

Trocamos umas poucas palavras de circunstância. “Isto, a esta hora costuma demorar!” alertam-nos como quem avisa que mais valia darmos corda às pernas.

Um adulto que chega numa pick-up manda-lhes um grito. O trio de adolescentes despede-se à pressa. Some-se para sul da cidade, sobre a caixa da carrinha,.

Ainda esperamos um pouco, a ver se o tempo os contradizia.

Assim que percebemos o quanto lhes assistia a razão, rendemo-nos à chuva, em busca da boleia que tínhamos combinada de volta a Christiansted.

Frederikstad-Saint-Croix-ilhas-virgens-americanas-silhuetas

Christiansted, St. Croix, Ilhas Virgens Americanas

A Capital das Antilhas Afro-Dinamarquesas-Americanas

Em 1733, a Dinamarca comprou a ilha de Saint Croix à França, anexou-a às suas Índias Ocidentais em que, com base em Christiansted, lucrou com o trabalho de escravos trazidos da Costa do Ouro. A abolição da escravatura tornou as colónias inviáveis. E uma pechincha histórico-tropical que os Estados Unidos preservam.
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os "Caribanhos" Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Montserrat, Pequenas Antilhas

A Ilha do Vulcão que se Recusa a Adormecer

Abundam, nas Antilhas, os vulcões denominados Soufrière.  O de Montserrat, voltou a despertar, em 1995, e mantém-se um dos mais activos. À descoberta da ilha, reentramos na área de exclusão e exploramos as áreas ainda intocadas pelas erupções.  
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas

Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.
Basseterre, São Cristóvão e Neves

Uma Capital ao Nível do Mar das Caraíbas

Instalada entre o sopé da montanha Olivees e o oceano, a diminuta Basseterre é a maior cidade de São Cristóvão e Neves. Com origem colonial francesa, há muito anglófona, mantém-se pitoresca. Desvirtuam-na, apenas, os gigantescos cruzeiros que a inundam de visitantes de toca-e-foge.
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço

Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
A pequena-grande Senglea II
Arquitectura & Design
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Moa numa praia de Rapa Nui/Ilha da Páscoa
Cerimónias e Festividades
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Casario de Gangtok, Sikkim, Índia
Cidades
Gangtok, Índia

Uma Vida a Meia-Encosta

Gangtok é a capital de Sikkim, um antigo reino da secção dos Himalaias da Rota da Seda tornado província indiana em 1975. A cidade surge equilibrada numa vertente, de frente para a Kanchenjunga, a terceira maior elevação do mundo que muitos nativos crêem abrigar um Vale paradisíaco da Imortalidade. A sua íngreme e esforçada existência budista visa, ali, ou noutra parte, o alcançarem.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cultura
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Eternal Spring Shrine
Em Viagem

Garganta de Taroko, Taiwan

Nas Profundezas de Taiwan

Em 1956, taiwaneses cépticos duvidavam que os 20km iniciais da Central Cross-Island Hwy fossem possíveis. O desfiladeiro de mármore que a desafiou é, hoje, o cenário natural mais notável da Formosa.

Étnico
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Pitões das Júnias, Montalegre, Portugal
História
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal
Ilhas
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal

A Ponta Leste, algo Extraterrestre da Madeira

Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Rede em Palmeiras, Praia de Uricao-Mar das caraibas, Venezuela
Natureza
PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa

Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Fortaleza de Massada, Israel
Parques Naturais
Massada, Israel

Massada: a Derradeira Fortaleza Judaica

Em 73 d.C, após meses de cerco, uma legião romana constatou que os resistentes no topo de Massada se tinham suicidado. De novo judaica, esta fortaleza é agora o símbolo supremo da determinação sionista
Património Mundial UNESCO
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Praias
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval
Sociedade
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Vida Selvagem
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.