Ilha Saona, República Dominicana

Uma Savona nas Antilhas


Pura Saona
Lares dos Trópicos
La Família
Carroça Tropical
Fila Insta
Artesanato Vegetal
Avenida das Vendas
Estátua Ensurdecida
Sombras ao Sol
Turno Policial em Manu Juan
Banca das Pinas Coladas
Desembarque
Lagostas de Manu Juan
Passeio à Beira-Mar
Comidas Nacionales
Ancoragem do Coqueiral
Agente De Oleo
Duo da Beira-Mar
Avenida das Vendas II
Trio da Galeria

Durante a sua segunda viagem às Américas, Colombo desembarcou numa ilha exótica encantadora. Baptizou-a de Savona, em honra de Michele da Cuneo, marinheiro savonês que a percebeu destacada da grande Hispaniola. Hoje tratada por Saona, essa ilha é um dos édenes tropicais idolatrados da República Dominicana.

A saída madrugadora de Uvero Alto começa por se provar dolorosa.

Assim que vencemos o desconforto das poucas horas dormidas e aderimos à energia contagiante de Melvin Durán, as recompensas sucedem-se.

Já tínhamos sobrevivido, antes, à baía de Bayahibe. Já tínhamos testemunhado a multidão que as dezenas de guias se esforçavam por manter em grupo e em fila.

Tratavam-nas por “famílias”, distinguidas pelos seus apelidos, ou outros baptismos improvisados.

Ilha Saona, República Dominicana, trabalhador haitiano

Com o sol a subir no horizonte, vários dos visitantes abrigavam-se na sombra concedida pela vegetação do limiar noroeste do Parque Nacional Cotubanamá.

Lá os emboscavam os mosquitos sem fim do manguezal contíguo, agradecidos pelas peles lisas e o sangue acessível dos forasteiros.

Como o faziam os vendedores de charutos, óculos de sol, chapéus e afins, nos dias que correm, com o Haiti num caos absoluto, quase todos emigrantes provindos do lado ocidental de Hispaniola.

Os capitães responsáveis pela frota de lanchas e catamarãs ancorados, processam uma complexa divisão dos passageiros pelos barcos.

Aos poucos, zarpam lanchas e catamarãs, boa parte deles com nomes Disney ou tão só infantis: “Pinóquio”, “Pluto”, “Mini” e assim. Mesmo à pinha, salvavam os gringos da espera pelo paraíso prometido.

Uma Incursão Privilegiada à Concorrida Ilha Saona

Ao partirmos de Uvero Alto sobre a alvorada, parte de um grupo restrito, poupámo-nos a esta e a outras provações. A lancha que nos esperava deixa a enseada, sem sinal de grupos, filas ou confusões.

Mesmo a meio da época das chuvas e dos furações das Caraíbas, amanhecia um dia solarengo, luminoso a condizer.

Refastelados nos assentos da frente, deixamos o vento massajar-nos as faces.

Vemos o farol listado de Bayahibe ficar para trás e o litoral quase raso e florestado do oeste do PN Cotubanamá desenrolar-se.

Ilha Saona, República Dominicana, farol Bayahibe

A Lagoa Natural e Tropical ao Largo da Playa Palmilla

Nuns minutos, chegamos a La Palmilla, uma zona de águas rasas, contidas por um recife de coral ao largo.

Ali, o Mar das Caraíbas tinge-se de um azul-turquesa translúcido ainda mais resplandecente.

Piscina natural de Palmilla abaixo, passamos por trechos de beira-mar ocupados pelo reality showSurvivor”. Melvin, alerta-nos para as suas estruturas.

Ilha Saona, República Dominicana, Playa Palmilla

Sem que o esperássemos, percebemos que decorrem provas e as respectivas filmagens.

Passamos por elas numa rápida panorâmica náutica.

Logo, contornamos o salpicado coralífero ao largo da punta Palmillas, um extremo sudoeste do PN Cotubanamá comparável à bota da península Itálica.

Nem por acaso.

A Visita Pioneira de Cristóvão Colombo e do Amigo Michele da Cuneo

Um dos primeiros europeus a avistar esta zona e a identificar o estreito a sul, em 1494, terá sido Michele Da Cuneo, durante a segunda expedição de Cristovão Colombo às Américas.

Foi Da Cuneo, um marinheiro italiano amigo de Colombo que lhe afiançou e à tripulação que se tratava de uma ilha.

Em jeito de recompensa, Colombo concedeu-lha.

Avancemos até ao dealbar do século XVI.

A partir da recém-fundada povoação de Santo Domingo, um capitão de nome Juan de Esquível e os seus homens tinham já dominado boa parte do sul e centro de Hispaniola.

Resistiam-lhes apenas, em Adamanay (nome original de Saona) uma bolsa de nativos liderados por Cotubanamá, um cacique altivo e carismático que há muito impressionava e apoquentava os conquistadores.

Por fim, em 1504, os espanhóis capturaram Cotubanamá e dominaram os Tainos da ilha.

O governador de Hispaniola, Nicolas de Ovando, arquirrival que odiava Colombo, ditou o enforcamento do cacique.

Ao eliminá-lo, abriu caminho à colonização da Saona em que estávamos prestes a ancorar.

O Desembarque Matinal na Povoação Solitária de Manu Juan

Cruzamos o estreito de Catuano.

Quase a meio da costa sul, avistamos um casario dotado de um molhe.

Desembarcamos para um areal coralífero banhado por uma ondulação gentil.

Subimos, primeiro para a sombra dos coqueiros, onde devoramos um pequeno-almoço providencial.

Em seguida, mudamo-nos para junto de uma placa identificativa do PN Cotubanamá. E de Manu Juán, a única verdadeira povoação, humilde “capital” da ilha Saona.

Melvin Durán elucida-nos quanto ao lugarejo e às suas gentes de génese piscatória.

Seguimo-lo casario adentro.

Até à sede da SAONI, uma operação de protecção e estudo das tartarugas de Saona, liderada por El Negro, um morador determinado assegurar a sobrevivência e proliferação das espécies que desovam nos areais em volta.

Dali, passamos pela esquadra de polícia espartana da ilha.

No interior, fotografamos um fotogénico e surpreso agente De Oleo, uma mão no seu telemóvel, outra no coldre, sob um tríptico que exulta os fundadores da pátria dominicana.

A “Avenida” Comercial de Manu Juan, numa Beira-Mar Imaculada

De regresso à beira-mar, damos com a avenida comercial emblemática de Manu Juan, formada por duas filas de cabanas, com telhados de folhas de coqueiro.

Encontramo-las repletas do artesanato, roupa e bugigangas que os lojistas residentes, quase sempre de bem com a vida e sorridentes, tentam impingir aos forasteiros.

Uma vez mais sobre o areal, um pescador recém-desembarcado exibe-nos duas lagostas vivas.

Nas imediações, a banca bela e amarela da AVAISA, Asociación de Vendedores da Isla Saona expõe as piñas (ananases) essenciais às suas reputadas Pinãs Coladas.

Sentimo-nos aliciados. Malgrado tudo o que tínhamos vivido desde o despertar, pouco passava das dez da manhã.

Resistimos à doce tentação.

Despedimo-nos de Manu Juan. Como é suposto neste tipo de excursões, dedicam-se vários tempos ao lazer balnear.

Melvin faz-nos inverter o rumo.

A Playa del Toro e a Laguna Flamingos, de Volta ao Ponto de Partida

Contornamos uma protuberância da costa.

Desembarcamos numa tal de Playa del Toro em que retomamos o modo de exploração.

Atravessamos uma sebe de coqueiros e de arbustos.

Do lado de lá, damos com uma lagoa imensa, de águas terrosas de tom de mostarda, batida por uma ventania que a sebe parecia barrar da praia.

Era uma das várias lagoas do interior de Saona, a dos Flamingos.

Assim ficou conhecida devido aos muitos bandos destas aves pernaltas que lá se costumam alimentar, à imagem da bem mais vasta Lagoa de Oviedo, situada entre Barahona e a praia imaculada de Bahia de Las Águilas.

Por aquela altura, nem sinal delas. Apenas um estranho fedor que invadia o areal e o mar.

Questionamos Melvin sobre o que o causava.

“É por essa razão que chamaram à praia Del Toro.” esclarece-nos. “O sol e o sal fazem decompor umas algas que se desenvolvem à superfície. Aos poucos, a fermentação gera este aroma. Hoje, nem é nada. Há dias que não podemos cá trazer ninguém.”

Refrescamo-nos no mar azulão e raso. Pouco depois, voltamos a mudar de pouso.

Escala num Recanto Balnear à Pinha de Instagrammers e Afins

Para uma praia mais a norte, dotada de infraestruturas e equipamentos, lugar abençoado de um almoço já há algum tempo ansiado.

Quando desembarcamos, somos uns poucos sobre o areal, nós, umas massagistas, fotógrafos e vendedores dominicanos e haitianos.

Melvin alerta-nos para uma curiosidade: “Notem aquele coqueiro quase deitado. Vão ver a fila que, daqui a pouco, ali se vai gerar.”

Um a um, chegam mais lanchas e catamarãs. Repletos de instagramers e influencers que conheciam a árvore de ginjeira. E que para ela corriam mal punham os pés sobre a areia.

Tal como Melvin tinha alertado, logo se formou e se alongou a tal fila.

Bem maior e mais disputada que a do buffet de que, não tarda, nos servimos.

Após o repasto, aventuramo-nos por uma extensão a sul da praia, com as suas próprias estruturas.

Danificadas por um dos vários furacões que devastam, todos os anos, as Antilhas e de que a natureza tropical se tinha apoderado.

Sedentos de sangue, os mosquitos expulsam-nos em três tempos.

Razão porque nos intriga a dobrar quando passa por nós, a caminho da arena de lutas de galos de Manu Juan, um nativo mulato de olhos verde-azeitona que agarrava um galo contra uma camisola de alças dos Chicago Bulls.

Cumprimentamo-lo. Metemos conversa.

Explica-nos que é o seu melhor galo de combate. Que há muito que, com ele, se habituou a ganhar apostas e dinheiro fácil, que quase nem precisava de o treinar.

Por essa altura, Melvin já nos procurava. Apressados pelo seu apelo distante, regressamos ao ponto de encontro e de reembarque.

Um Regresso Vespertino à Lagoa Marinha de La Palmilla

Zarpamos rumo a Palmilla e à atracção incontornável de qualquer incursão a Saona, a sua piscina natural.

No sentido contrário das restantes embarcações turísticas, temo-la quase só para nós, uma vastidão de ciano translúcido, amornada pelo sol tropical, salpicada de estrelas-do-mar que os guias proíbem os banhistas de tocar.

Entregues àquele deleite caribenho, vem-nos à mente o desígnio que os Estados Unidos chegaram a manter para Saona, durante a 2ª Guerra Mundial, de lá construírem uma base militar.

Tal plano foi combatido com todas as suas forças pelo presidente e ditador dominicano contemporâneo, Rafael Trujillo que tudo fez para habitar e civilizar a ilha, e assim evitar uma invasão que, a determinada altura, e ainda durante a década passada chegou a parecer iminente.

Nos nossos dias, a ilha abriga mais de trezentas famílias, quase todas concentradas em Manu Juan.

Tem pouco que ver com a Savona da Ligúria.

Mesmo concorrida como é, quem tem o privilégio de a descobrir, não a troca por nada deste mundo.

 

COMO IR:

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Já na Rep. Dominicana, também poderá reservar a sua excursão à Ilha Saona ou outros tours através da agência Visit Dominican Republic

Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

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Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
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Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

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Santo Domingo, República Dominicana

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Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

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San Juan, Porto Rico (Parte 2)

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Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

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Barahona, República Dominicana

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