Ilha Saona, República Dominicana

Uma Savona nas Antilhas


Pura Saona
Lares dos Trópicos
La Família
Carroça Tropical
Fila Insta
Artesanato Vegetal
Avenida das Vendas
Estátua Ensurdecida
Sombras ao Sol
Turno Policial em Manu Juan
Banca das Pinas Coladas
Desembarque
Lagostas de Manu Juan
Passeio à Beira-Mar
Comidas Nacionales
Ancoragem do Coqueiral
Agente De Oleo
Duo da Beira-Mar
Avenida das Vendas II
Trio da Galeria

Durante a sua segunda viagem às Américas, Colombo desembarcou numa ilha exótica encantadora. Baptizou-a de Savona, em honra de Michele da Cuneo, marinheiro savonês que a percebeu destacada da grande Hispaniola. Hoje tratada por Saona, essa ilha é um dos édenes tropicais idolatrados da República Dominicana.

A saída madrugadora de Uvero Alto começa por se provar dolorosa.

Assim que vencemos o desconforto das poucas horas dormidas e aderimos à energia contagiante de Melvin Durán, as recompensas sucedem-se.

Já tínhamos sobrevivido, antes, à baía de Bayahibe. Já tínhamos testemunhado a multidão que as dezenas de guias se esforçavam por manter em grupo e em fila.

Tratavam-nas por “famílias”, distinguidas pelos seus apelidos, ou outros baptismos improvisados.

Ilha Saona, República Dominicana, trabalhador haitiano

Com o sol a subir no horizonte, vários dos visitantes abrigavam-se na sombra concedida pela vegetação do limiar noroeste do Parque Nacional Cotubanamá.

Lá os emboscavam os mosquitos sem fim do manguezal contíguo, agradecidos pelas peles lisas e o sangue acessível dos forasteiros.

Como o faziam os vendedores de charutos, óculos de sol, chapéus e afins, nos dias que correm, com o Haiti num caos absoluto, quase todos emigrantes provindos do lado ocidental de Hispaniola.

Os capitães responsáveis pela frota de lanchas e catamarãs ancorados, processam uma complexa divisão dos passageiros pelos barcos.

Aos poucos, zarpam lanchas e catamarãs, boa parte deles com nomes Disney ou tão só infantis: “Pinóquio”, “Pluto”, “Mini” e assim. Mesmo à pinha, salvavam os gringos da espera pelo paraíso prometido.

Uma Incursão Privilegiada à Concorrida Ilha Saona

Ao partirmos de Uvero Alto sobre a alvorada, parte de um grupo restrito, poupámo-nos a esta e a outras provações. A lancha que nos esperava deixa a enseada, sem sinal de grupos, filas ou confusões.

Mesmo a meio da época das chuvas e dos furações das Caraíbas, amanhecia um dia solarengo, luminoso a condizer.

Refastelados nos assentos da frente, deixamos o vento massajar-nos as faces.

Vemos o farol listado de Bayahibe ficar para trás e o litoral quase raso e florestado do oeste do PN Cotubanamá desenrolar-se.

Ilha Saona, República Dominicana, farol Bayahibe

A Lagoa Natural e Tropical ao Largo da Playa Palmilla

Nuns minutos, chegamos a La Palmilla, uma zona de águas rasas, contidas por um recife de coral ao largo.

Ali, o Mar das Caraíbas tinge-se de um azul-turquesa translúcido ainda mais resplandecente.

Piscina natural de Palmilla abaixo, passamos por trechos de beira-mar ocupados pelo reality showSurvivor”. Melvin, alerta-nos para as suas estruturas.

Ilha Saona, República Dominicana, Playa Palmilla

Sem que o esperássemos, percebemos que decorrem provas e as respectivas filmagens.

Passamos por elas numa rápida panorâmica náutica.

Logo, contornamos o salpicado coralífero ao largo da punta Palmillas, um extremo sudoeste do PN Cotubanamá comparável à bota da península Itálica.

Nem por acaso.

A Visita Pioneira de Cristóvão Colombo e do Amigo Michele da Cuneo

Um dos primeiros europeus a avistar esta zona e a identificar o estreito a sul, em 1494, terá sido Michele Da Cuneo, durante a segunda expedição de Cristovão Colombo às Américas.

Foi Da Cuneo, um marinheiro italiano amigo de Colombo que lhe afiançou e à tripulação que se tratava de uma ilha.

Em jeito de recompensa, Colombo concedeu-lha.

Avancemos até ao dealbar do século XVI.

A partir da recém-fundada povoação de Santo Domingo, um capitão de nome Juan de Esquível e os seus homens tinham já dominado boa parte do sul e centro de Hispaniola.

Resistiam-lhes apenas, em Adamanay (nome original de Saona) uma bolsa de nativos liderados por Cotubanamá, um cacique altivo e carismático que há muito impressionava e apoquentava os conquistadores.

Por fim, em 1504, os espanhóis capturaram Cotubanamá e dominaram os Tainos da ilha.

O governador de Hispaniola, Nicolas de Ovando, arquirrival que odiava Colombo, ditou o enforcamento do cacique.

Ao eliminá-lo, abriu caminho à colonização da Saona em que estávamos prestes a ancorar.

O Desembarque Matinal na Povoação Solitária de Manu Juan

Cruzamos o estreito de Catuano.

Quase a meio da costa sul, avistamos um casario dotado de um molhe.

Desembarcamos para um areal coralífero banhado por uma ondulação gentil.

Subimos, primeiro para a sombra dos coqueiros, onde devoramos um pequeno-almoço providencial.

Em seguida, mudamo-nos para junto de uma placa identificativa do PN Cotubanamá. E de Manu Juán, a única verdadeira povoação, humilde “capital” da ilha Saona.

Melvin Durán elucida-nos quanto ao lugarejo e às suas gentes de génese piscatória.

Seguimo-lo casario adentro.

Até à sede da SAONI, uma operação de protecção e estudo das tartarugas de Saona, liderada por El Negro, um morador determinado assegurar a sobrevivência e proliferação das espécies que desovam nos areais em volta.

Dali, passamos pela esquadra de polícia espartana da ilha.

No interior, fotografamos um fotogénico e surpreso agente De Oleo, uma mão no seu telemóvel, outra no coldre, sob um tríptico que exulta os fundadores da pátria dominicana.

A “Avenida” Comercial de Manu Juan, numa Beira-Mar Imaculada

De regresso à beira-mar, damos com a avenida comercial emblemática de Manu Juan, formada por duas filas de cabanas, com telhados de folhas de coqueiro.

Encontramo-las repletas do artesanato, roupa e bugigangas que os lojistas residentes, quase sempre de bem com a vida e sorridentes, tentam impingir aos forasteiros.

Uma vez mais sobre o areal, um pescador recém-desembarcado exibe-nos duas lagostas vivas.

Nas imediações, a banca bela e amarela da AVAISA, Asociación de Vendedores da Isla Saona expõe as piñas (ananases) essenciais às suas reputadas Pinãs Coladas.

Sentimo-nos aliciados. Malgrado tudo o que tínhamos vivido desde o despertar, pouco passava das dez da manhã.

Resistimos à doce tentação.

Despedimo-nos de Manu Juan. Como é suposto neste tipo de excursões, dedicam-se vários tempos ao lazer balnear.

Melvin faz-nos inverter o rumo.

A Playa del Toro e a Laguna Flamingos, de Volta ao Ponto de Partida

Contornamos uma protuberância da costa.

Desembarcamos numa tal de Playa del Toro em que retomamos o modo de exploração.

Atravessamos uma sebe de coqueiros e de arbustos.

Do lado de lá, damos com uma lagoa imensa, de águas terrosas de tom de mostarda, batida por uma ventania que a sebe parecia barrar da praia.

Era uma das várias lagoas do interior de Saona, a dos Flamingos.

Assim ficou conhecida devido aos muitos bandos destas aves pernaltas que lá se costumam alimentar, à imagem da bem mais vasta Lagoa de Oviedo, situada entre Barahona e a praia imaculada de Bahia de Las Águilas.

Por aquela altura, nem sinal delas. Apenas um estranho fedor que invadia o areal e o mar.

Questionamos Melvin sobre o que o causava.

“É por essa razão que chamaram à praia Del Toro.” esclarece-nos. “O sol e o sal fazem decompor umas algas que se desenvolvem à superfície. Aos poucos, a fermentação gera este aroma. Hoje, nem é nada. Há dias que não podemos cá trazer ninguém.”

Refrescamo-nos no mar azulão e raso. Pouco depois, voltamos a mudar de pouso.

Escala num Recanto Balnear à Pinha de Instagrammers e Afins

Para uma praia mais a norte, dotada de infraestruturas e equipamentos, lugar abençoado de um almoço já há algum tempo ansiado.

Quando desembarcamos, somos uns poucos sobre o areal, nós, umas massagistas, fotógrafos e vendedores dominicanos e haitianos.

Melvin alerta-nos para uma curiosidade: “Notem aquele coqueiro quase deitado. Vão ver a fila que, daqui a pouco, ali se vai gerar.”

Um a um, chegam mais lanchas e catamarãs. Repletos de instagramers e influencers que conheciam a árvore de ginjeira. E que para ela corriam mal punham os pés sobre a areia.

Tal como Melvin tinha alertado, logo se formou e se alongou a tal fila.

Bem maior e mais disputada que a do buffet de que, não tarda, nos servimos.

Após o repasto, aventuramo-nos por uma extensão a sul da praia, com as suas próprias estruturas.

Danificadas por um dos vários furacões que devastam, todos os anos, as Antilhas e de que a natureza tropical se tinha apoderado.

Sedentos de sangue, os mosquitos expulsam-nos em três tempos.

Razão porque nos intriga a dobrar quando passa por nós, a caminho da arena de lutas de galos de Manu Juan, um nativo mulato de olhos verde-azeitona que agarrava um galo contra uma camisola de alças dos Chicago Bulls.

Cumprimentamo-lo. Metemos conversa.

Explica-nos que é o seu melhor galo de combate. Que há muito que, com ele, se habituou a ganhar apostas e dinheiro fácil, que quase nem precisava de o treinar.

Por essa altura, Melvin já nos procurava. Apressados pelo seu apelo distante, regressamos ao ponto de encontro e de reembarque.

Um Regresso Vespertino à Lagoa Marinha de La Palmilla

Zarpamos rumo a Palmilla e à atracção incontornável de qualquer incursão a Saona, a sua piscina natural.

No sentido contrário das restantes embarcações turísticas, temo-la quase só para nós, uma vastidão de ciano translúcido, amornada pelo sol tropical, salpicada de estrelas-do-mar que os guias proíbem os banhistas de tocar.

Entregues àquele deleite caribenho, vem-nos à mente o desígnio que os Estados Unidos chegaram a manter para Saona, durante a 2ª Guerra Mundial, de lá construírem uma base militar.

Tal plano foi combatido com todas as suas forças pelo presidente e ditador dominicano contemporâneo, Rafael Trujillo que tudo fez para habitar e civilizar a ilha, e assim evitar uma invasão que, a determinada altura, e ainda durante a década passada chegou a parecer iminente.

Nos nossos dias, a ilha abriga mais de trezentas famílias, quase todas concentradas em Manu Juan.

Tem pouco que ver com a Savona da Ligúria.

Mesmo concorrida como é, quem tem o privilégio de a descobrir, não a troca por nada deste mundo.

 

COMO IR:

Reserve o seu pacote para a República Dominicana e respectivas excursões – incluindo Ilha Saona – comercializados pelo operador Jolidey e disponíveis nas agências de viagens.

Já na Rep. Dominicana, também poderá reservar a sua excursão à Ilha Saona ou outros tours através da agência Visit Dominican Republic

Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.
San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton

Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os "Caribanhos" Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Montãna Redonda e Rancho Salto Yanigua, República Dominicana

Da Montaña Redonda ao Rancho Salto Yanigua

À descoberta do noroeste dominicano, ascendemos à Montaña Redonda de Miches, recém-transformada num insólito apogeu de evasão. Desse cimo, apontamos à Bahia de Samaná e a Los Haitises, com passagem pelo pitoresco rancho Salto Yanigua.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Monges na escadaria do mosteiro Tashi Lha Khang
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
hacienda mucuyche, Iucatão, México, canal
Arquitectura & Design
Iucatão, México

Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Atenas, Grécia, Render da Guarda na Praça Sintagma
Cidades
Atenas, Grécia

A Cidade que Perpetua a Metrópolis

Decorridos três milénios e meio, Atenas resiste e prospera. De cidade-estado belicista, tornou-se a capital da vasta nação helénica. Modernizada e sofisticada, preserva, num âmago rochoso, o legado da sua gloriosa Era Clássica.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Páscoa em Helsínquia, Finlândia, iKids em Seurassari
Cultura
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Noiva entra para carro, casamento tradicional, templo Meiji, Tóquio, Japão
Étnico
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Maui, Havai, Polinésia,
História
Maui, Havai

Maui: o Havai Divino que Sucumbiu ao Fogo

Maui é um antigo chefe e herói do imaginário religioso e tradicional havaiano. Na mitologia deste arquipélago, o semi-deus laça o sol, levanta o céu e leva a cabo uma série de outras proezas em favor dos humanos. A ilha sua homónima, que os nativos creem ter criado no Pacífico do Norte, é ela própria prodigiosa.
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, de capital histórica a Património Mundial, arte urbana
Ilhas
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores

Heroína do Mar, de Nobre Povo, Cidade Valente e Imortal

Angra do Heroísmo é bem mais que a capital histórica dos Açores, da ilha Terceira e, em duas ocasiões, de Portugal. A 1500km do continente, conquistou um protagonismo na nacionalidade e independência portuguesa de que poucas outras cidades se podem vangloriar.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Natureza
Morondava, Avenida dos Baobás, Madagáscar

O Caminho Malgaxe para o Deslumbre

Saída do nada, uma colónia de embondeiros com 30 metros de altura e 800 anos ladeia uma secção da estrada argilosa e ocre paralela ao Canal de Moçambique e ao litoral piscatório de Morondava. Os nativos consideram estas árvores colossais as mães da sua floresta. Os viajantes veneram-nas como uma espécie de corredor iniciático.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Hell's Bend do Fish River Canyon, Namíbia
Parques Naturais
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
ilha de Praslin, cocos do mar, Seychelles, Enseada do Éden
Património Mundial UNESCO

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Praia Balandra, México, Baja Califórnia, vista aérea
Praias
Playas Balandra e El Tecolote, Baja California Sur, México

Tesouros Balneares do Mar de Cortés

Proclamada, amiúde, a praia mais bonita do México, encontramos na enseada recortada de playa Balandra um caso sério de exotismo paisagístico. Em duo com a vizinha playa Tecolote, revela-se uma das beira-mares realmente imperdíveis da vasta Baixa Califórnia.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Religião
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Intervenção policial, judeus utraortodoxos, jaffa, Telavive, Israel
Sociedade
Jaffa, Israel

Protestos Pouco Ortodoxos

Uma construção em Jaffa, Telavive, ameaçava profanar o que os judeus ultra-ortodoxos pensavam ser vestígios dos seus antepassados. E nem a revelação de se tratarem de jazigos pagãos os demoveu da contestação.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Bwabwata Parque Nacional, Namíbia, girafas
Vida Selvagem
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.