Vágar, Ilhas Faroé

O Lago que Paira sobre o Atlântico Norte


Midvagur
Casario de Midvagur, uma das povoações nas imediações de Sorvatsvagn.
Trilho para Traenalipa
O caminho sinuoso que leva ao cimo dos penhascos de Traenalipa.
Contraste ovino
Um duo contrastante de ovelhas faroesas.
O Lago que Paira sobre o Oceano
Vista do lago Sorvags do cimo dos penhascos de Traenalipa.
Bosdalafossur
A costa sul de Vágar com a cascata de Bosdalafossur a fazer o escoar o lago de Sorvagsvatn para o Atlântico do Norte.
Lã Faroesa
Ovelha lãzuda sobre o limiar de uma das encosta que delimitam o lago Sorvags.
Poça vizinha do lago Sorvag, na iminência de Traenalipa
Poça marginal ao lago Sorvag e a caminho de Traenalipa.
O Cavalo Nykur
Estátua do cavalo mitológico Nykur ergue-se do lago Sorgav. Esta criatura atrai transeuntes a fazer-lhe festas e acaba por as afogar no lago.
O Encontro com o Atlântico
O ponto em que o lago Sorvagsvatn escoa as suas águas para o oceano.
Por um capricho geológico, Sorvagsvatn é muito mais que o maior lago das ilhas Faroé. Falésias com entre trinta a cento e quarenta metros limitam o extremo sul do seu leito. De determinadas perspectivas, dá a ideia de estar suspenso sobre o oceano.

Só por si, a longa travessia do túnel submarino que liga a ilha de Streymoy à de Vágar justificava a viagem a partir da capital faroense Torshavn, mesmo que o tivéssemos já cruzado por duas vezes.

Esta que era a terceira ocasião, movia-a uma descoberta excepcional.

O túnel deixa-nos sobre a costa norte de Vágar, pouco depois da foz do rio Kálvadalsá e na iminência do de Marknará.

Rios não faltam no arquipélago das Faroé, onde a neve ou a chuva são permanentes e mantêm o tapete branco, no curto Verão, verdejante, das suas ilhas imaculado. Cruzamos o túnel do cimo ao fundo de Vágar, pela estrada 11 abaixo que, mal deixa para trás o leito do Marknará, segue o vale aprofundado pelo Stórá.

Sandavagur surge onde este rio se intersecta com o de Gáansá e o de Fossá, à entrada da baía arenosa e dupla que inspirou o baptismo da povoação.

Midvagur, Vágar, Ilhas Faroé

Uma das incontáveis baías profundas do arquipélago das Faroé, com o casario de Midvagur lá instalado.

Contornamos a primeira boca da baía. Na seguinte, encontramos o vilarejo vizinho de Midvagur, com o seu casario colorido e de telhados em A, disperso ao longo da via, desde o alto da encosta, na direcção do lago que perseguíamos.

Como os rios, abundam os lagos nas Faroé. Com 3.4km2, Sorvagsvatn é, de longe, o maior, três vezes mais amplo que o segundo, situado na mesma ilha de Vágar.

Devido à proximidade com Sorvágur, a povoação no seu extremo norte, o lago faroês supremo é assim conhecido. Mas não só. Nas paragens por onde andávamos, de acordo com as terras a leste do corpo de água, os moradores preferem o nome Leitisvatn.

Com frequência, de maneira a evitarem a já histórica disputa, limitam-se a pescar as suas trutas-mariscas e a trata-lo por vatn, que é como dizer apenas e só o lago. E, no entanto, apenas um lago é coisa que este vatn nunca será.

Olhando para um qualquer mapa de Vágar, percebemos a sua inusitada forma em S aberto. Como se não chegasse, o fundo desse S esconde outra peculiaridade.

Lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas FaroéContinuamos até ao extremo oposto de Midvagur. Já o casario se desvanece quando damos com o desvio do asfalto para o caminho rural que procurávamos.

A Caminho do Estranho Limiar de Sorvagsvatn

Passado um dos incontáveis portões de gado das Faroés, esse trilho torna-se uma linha estreita e ziguezagueante ao longo de uma vertente suave. E demasiado óbvio para nos perdermos.

Por algum tempo, uma crista ervada faz de barreira visual para o que estaria por diante. Umas centenas de passos depois, já no seu cimo, vemos pela primeira vez o lago, de água azul clara, tranquila, contida por margens curvas quase perfeitas.

A espaços, cruzamo-nos com ovelhas lãzudas, umas negras, outras, de um branco bastante sujo, entretidas a devorar a erva viçosa da paisagem.

Ovelhas, Lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas Faroé

A nossa passagem e inevitável abordagem fotográfica suscita-lhes uma curta pausa no repasto, pouco mais que isso. Afinal, percorríamos um dos trilhos realmente concorridos de Vágar e das Faroé em geral.

Por estes lados, os ovinos estão há muito habituados ao vaivém constante de humanos.

Sem que o esperássemos, um casal catalão que tínhamos encontrado na ilha de Kalsoy, junto à estátua da mulher-foca Kópakonan de Mikladalur, aparece do sentido contrário. “Apostamos que não vai ser a última vez que nos vemos!” atiram-nos, ligeiramente ofegantes, em castelhano, que o catalão não serviria para comunicarmos.

“É a primeira vez que aqui vêm?” perguntam-nos ainda. Ao que respondemos que sim. “Vocês já viram bem a sorte que têm? Nós, é a terceira. Nas duas primeiras, uma, chovia a potes, a outra, estava tudo ventoso e escuro. E, vocês, sortudos, chegam e apanham logo com um dia assim. Este tem que ser um dos melhores dias do ano das Faroé, nem há lugar para dúvidas.”

Confirmamos a análise dos vizinhos ibéricos, partilhamos uma gargalhada efusiva e mais alguma galhofa bem-disposta. Como sempre aconteceu até no plano histórico, os catalães seguem o seu destino.

Nós, portugueses, o nosso.

Traenalipa e Atlântico do Norte à Vista

A determinada altura, o trilho desvenda-nos uma fenda sombria no relevo e, para além dela e do que parecia o fundo do lago, a linha longínqua do horizonte a separar o Atlântico do Norte do firmamento pouco ou nada nublado acima.

O trilho aponta-nos à base da tal fenda. Lá chegados, percebemos que se tratava de um corte geológico, uma abertura profunda reveladora das falésias que delimitavam a ponta sul recortada de Vágar, não tarda, promovida a um promontório empinado sobre o mar.

Trilho para Traenalipa, lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas FaroéO trilho flecte para o cimo. Desgastado por sucessivos passos, torna-se lamacento e escorregadio. Com cuidados redobrados, atingimos o seu fim, junto à beira elevada e vertiginosa dos penhascos de Traenalipa.

Ditava aquele término que nos deveríamos deparar com a vista mágica, a tal visão ilusória de Sorvagsvatn que deixa os forasteiros de queixo caído.

Antes que tudo, constatamos a altura do abismo imediato, tão intimidante como mortal. Quando controlamos a ansiedade, levantamos o queixo e perscrutamos a vastidão do panorama.

Um Lago em S e acima do Oceano

Por diante, para norte, víamos a quase meia-lua do lago contida entre vertentes gentis, verde-amareladas, sob um céu azulão pejado de novelos brancos.

Lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas Faroé

Vista do lago Sorvags do cimo dos penhascos de Traenalipa.

Daquele miradouro natural, a excentricidade do lago reforçava-se. A meia-lua parecia alongar-se em suspenso, acima do recorte das falésias que o oceano invadia com bruar considerável.

Quando contemplada de maior distância, a franja rochosa que serve de tampão ao Sorvagsvatn quase se perde de vista. Dá, assim, a sensação adicional que o lago está a centenas de metros acima do mar e que nele se funde.

Na realidade, no seu ponto mais próximo, são apenas trinta os metros que separam a água doce da salgada. E, como, entretanto, confirmaríamos, a franja rochosa e escarpada no fundo da meia-lua lacustre contém o Sorvagsvatn de forma estável.

Lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas FaroéAparecem outros caminhantes. Acumulam-se os pretendentes ao lugar fotográfico fulcral que ocupávamos que, em dias bem límpidos, permite ainda avistar seis outras das dezoito ilhas que compõem as Faroé: Streymoy, Hestur, Koltur, Sandoy, Skuvoy e Suduroy.

Traenalipa Abaixo, em Busca da cascata de Bosdalafossur

Cedemos-lhes o privilégio.

Damos azo a uma sucessão de selfies e fotografias tiradas cada vez mais sobre o precipício de Traenalipa (142 metros) que nos arrepiam a bom arrepiar, até porque, por essa altura, estávamos a par do contexto na génese do termo Traenalipa (Penhasco dos Escravos).

Crê-se que o nome teve origem na era Viquingue das Ilhas Faroé e no alegado costume macabro de os viquingues ali empurrarem para a sua morte escravos condenados.

Deixamos de acompanhar as desventuras livres e algo inconscientes dos caminhantes recém-chegados.

De regresso ao trilho, procuramos o desvio que levaria à confluência da beira-lago elevada com o único sector em que o Sorvagsvatn escoa.

O trilho depressa deixa de nos fazer sentido. Em vez de o seguirmos, descemos por socalcos, fendas e plataformas irregulares patrulhadas por gaivotas, andorinhas-do-mar e outras aves marinhas.

Muitos pseudo-degraus depois, damos connosco paredes-meias com o oceano. Ali mesmo, o lago estreita num curto rio que flui sobre um leito basáltico, junto a uma formação de rochedos afiados conhecida por Geituskoradrangur.

Assume o caudal vertical da cascata de Bosdalafossur e despenha-se de trinta metros de altura, com espalhafato, contra as vagas do Atlântico do Norte.

Estátua do Cavalo Nykur, lago Sorvag, Ilhas Faroé

Estátua do cavalo mitológico Nykur ergue-se do lago Sorgav. Esta criatura atrai transeuntes a fazer-lhe festas e acaba por as afogar no lago.

O extremo oposto do lago, marca-o um inusitado símbolo equino. Lá nos deslumbra o empinar da estátua prateada de Nykur criada pelo artista local Pól Skarðenn. O Nykur é uma criatura mitológica com estranhos cascos invertidos.

Tal como contam as lendas faroesas, aparece de quando em quando nas margens do lago Vagar. Ali submergido, exibe a sua elegância para atrair transeuntes a fazer-lhe festas ou até a tentar montá-lo. Quando os inocentes faroeses o tocam, a sua pele pegajosa agarra-os a um turbilhão rotativo que os arrastar para o fundo do lago.

O Nykur tem, no entanto, uma fraqueza. Se alguém gritar o seu nome, perde o seu poder demoníaco e recolhe às suas profundezas sem causar vítimas.

Ao longo do tempo, esta lenda passou a ser usada pelos pais e avós para conseguir manter as crianças afastada de rios, lagos e da beira-do mar, nas ilhas Faroé, quase sempre perigosos.

O Passado Bélico do lago Sorvagsvatn e de Vágar

O lago Sorvagsvatn e os seus arredores da ilha de Vágar são há muito conhecidos. Desempenharam, aliás, papéis de relevo na história destas paragens boreais.

Em plena 2ª Guerra Mundial, os britânicos mantiveram milhares de soldados nas ilhas Faroé, concentrados sobretudo em Vágar. Lá construíram uma pista de aterragem a oeste do lago, complementada por uma estação de apoio a hidroaviões.

Em 1941, uma tal de aeronave Catalina do comando costeiro da Royal Air Force aterrou pela primeira vez sobre as águas de Sorvagsvatn.

As infraestruturas erguidas pelos súbditos de Sua Majestade seriam, mais tarde, usadas como base para aquele que é, ainda hoje, o principal aeroporto das ilhas Faroé, o Vága Floghavn – assim lhe chamam os faroenses – e o nosso porto de ingresso no arquipélago.

Dias depois, muito contra vontade, seria também o nosso ponto de saída das Faroé, iniciada com uma descolagem entre as nuvens que nos prendou com um derradeiro vislumbre do trio inverosímil de Sorvagsvatn, Traenalipa e Bosdalafossur.

Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Tórshavn, Ilhas Faroé

O Porto Faroês de Thor

É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
Lagoa Jökursarlón, Glaciar Vatnajökull, Islândia

Já Vacila o Glaciar Rei da Europa

Só na Gronelândia e na Antárctica se encontram geleiras comparáveis ao Vatnajökull, o glaciar supremo do velho continente. E no entanto, até este colosso que dá mais sentido ao termo Terra do Gelo se está a render ao cerco inexorável do aquecimento global.
PN Thingvellir, Islândia

Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Lagoa de Jok​ülsárlón, Islândia

O Canto e o Gelo

Criada pela água do oceano Árctico e pelo degelo do maior glaciar da Europa, Jokülsárlón forma um domínio frígido e imponente. Os islandeses reverenciam-na e prestam-lhe surpreendentes homenagens.
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes

Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
planicie sagrada, Bagan, Myanmar
Arquitectura & Design
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Indígena Coroado
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Rua de São Pedro Atacama, Chile
Cidades
San Pedro de Atacama, Chile

São Pedro de Atacama: a Vida em Adobe no Mais Árido dos Desertos

Os conquistadores espanhóis tinham partido e o comboio desviou as caravanas de gado e nitrato. San Pedro recuperava a paz mas uma horda de forasteiros à descoberta da América do Sul invadiu o pueblo.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Cabine lotada
Cultura
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Africa Princess, Canhambaque, Bijagós, Guiné Bissau,
Em Viagem
Cruzeiro Africa Princess, 1º Bijagós, Guiné Bissau

Rumo a Canhambaque, pela História da Guiné Bissau

O Africa Princess zarpa do porto de Bissau, estuário do rio Geba abaixo. Cumprimos uma primeira escala na ilha de Bolama. Da antiga capital, prosseguimos para o âmago do arquipélago das Bijagós.
Assuão, Egipto, rio Nilo encontra a África negra, ilha Elefantina
Étnico
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Espargos, ilha do Sal, Cabo Verde
História
Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
Passagem, Tanna, Vanuatu ao Ocidente, Meet the Natives
Ilhas
Tanna, Vanuatu

Daqui se Fez Vanuatu ao Ocidente

O programa de TV “Meet the Natives” levou representantes tribais de Tanna a conhecer a Grã-Bretanha e os E.U.A. De visita à sua ilha, percebemos porque nada os entusiasmou mais que o regresso a casa.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Inverno Branco
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Remadores Intha num canal do Lago Inlé
Natureza
Lago Inle, Myanmar

A Deslumbrante Birmânia Lacustre

Com uma área de 116km2, o Lago Inle é o segundo maior lago do Myanmar. É muito mais que isso. A diversidade étnica da sua população, a profusão de templos budistas e o exotismo da vida local, tornam-no um reduto incontornável do Sudeste Asiático.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Parques Naturais
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
Passageira agasalhada-ferry M:S Viking Tor, Aurlandfjord, Noruega
Património Mundial UNESCO
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Sesimbra, Vila, Portugal, Vista do alto
Praias
Sesimbra, Portugal

Uma Vila Tocada por Midas

Não são só a Praia da Califórnia e a do Ouro que a encerram a sul. Abrigada das fúrias do ocidente atlântico, prendada com outras enseadas imaculadas e dotada de fortificações seculares, Sesimbra é, hoje, um porto de abrigo piscatório e balnear precioso.
Arménia Berço Cristianismo, Monte Aratat
Religião
Arménia

O Berço do Cristianismo Oficial

Apenas 268 anos após a morte de Jesus, uma nação ter-se-á tornado a primeira a acolher a fé cristã por decreto real. Essa nação preserva, ainda hoje, a sua própria Igreja Apostólica e alguns dos templos cristãos mais antigos do Mundo. Em viagem pelo Cáucaso, visitamo-los nos passos de Gregório o Iluminador, o patriarca que inspira a vida espiritual da Arménia.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Mahu, Terceiro Sexo da Polinesia, Papeete, Taiti
Sociedade
Papeete, Polinésia Francesa

O Terceiro Sexo do Taiti

Herdeiros da cultura ancestral da Polinésia, os mahu preservam um papel incomum na sociedade. Perdidos algures entre os dois géneros, estes homens-mulher continuam a lutar pelo sentido das suas vidas.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Vida Selvagem
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.