Vágar, Ilhas Faroé

O Lago que Paira sobre o Atlântico Norte


Midvagur
Casario de Midvagur, uma das povoações nas imediações de Sorvatsvagn.
Trilho para Traenalipa
O caminho sinuoso que leva ao cimo dos penhascos de Traenalipa.
Contraste ovino
Um duo contrastante de ovelhas faroesas.
O Lago que Paira sobre o Oceano
Vista do lago Sorvags do cimo dos penhascos de Traenalipa.
Bosdalafossur
A costa sul de Vágar com a cascata de Bosdalafossur a fazer o escoar o lago de Sorvagsvatn para o Atlântico do Norte.
Lã Faroesa
Ovelha lãzuda sobre o limiar de uma das encosta que delimitam o lago Sorvags.
Poça vizinha do lago Sorvag, na iminência de Traenalipa
Poça marginal ao lago Sorvag e a caminho de Traenalipa.
O Cavalo Nykur
Estátua do cavalo mitológico Nykur ergue-se do lago Sorgav. Esta criatura atrai transeuntes a fazer-lhe festas e acaba por as afogar no lago.
O Encontro com o Atlântico
O ponto em que o lago Sorvagsvatn escoa as suas águas para o oceano.
Por um capricho geológico, Sorvagsvatn é muito mais que o maior lago das ilhas Faroé. Falésias com entre trinta a cento e quarenta metros limitam o extremo sul do seu leito. De determinadas perspectivas, dá a ideia de estar suspenso sobre o oceano.

Só por si, a longa travessia do túnel submarino que liga a ilha de Streymoy à de Vágar justificava a viagem a partir da capital faroense Torshavn, mesmo que o tivéssemos já cruzado por duas vezes.

Esta que era a terceira ocasião, movia-a uma descoberta excepcional.

O túnel deixa-nos sobre a costa norte de Vágar, pouco depois da foz do rio Kálvadalsá e na iminência do de Marknará.

Rios não faltam no arquipélago das Faroé, onde a neve ou a chuva são permanentes e mantêm o tapete branco, no curto Verão, verdejante, das suas ilhas imaculado. Cruzamos o túnel do cimo ao fundo de Vágar, pela estrada 11 abaixo que, mal deixa para trás o leito do Marknará, segue o vale aprofundado pelo Stórá.

Sandavagur surge onde este rio se intersecta com o de Gáansá e o de Fossá, à entrada da baía arenosa e dupla que inspirou o baptismo da povoação.

Midvagur, Vágar, Ilhas Faroé

Uma das incontáveis baías profundas do arquipélago das Faroé, com o casario de Midvagur lá instalado.

Contornamos a primeira boca da baía. Na seguinte, encontramos o vilarejo vizinho de Midvagur, com o seu casario colorido e de telhados em A, disperso ao longo da via, desde o alto da encosta, na direcção do lago que perseguíamos.

Como os rios, abundam os lagos nas Faroé. Com 3.4km2, Sorvagsvatn é, de longe, o maior, três vezes mais amplo que o segundo, situado na mesma ilha de Vágar.

Devido à proximidade com Sorvágur, a povoação no seu extremo norte, o lago faroês supremo é assim conhecido. Mas não só. Nas paragens por onde andávamos, de acordo com as terras a leste do corpo de água, os moradores preferem o nome Leitisvatn.

Com frequência, de maneira a evitarem a já histórica disputa, limitam-se a pescar as suas trutas-mariscas e a trata-lo por vatn, que é como dizer apenas e só o lago. E, no entanto, apenas um lago é coisa que este vatn nunca será.

Olhando para um qualquer mapa de Vágar, percebemos a sua inusitada forma em S aberto. Como se não chegasse, o fundo desse S esconde outra peculiaridade.

Lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas FaroéContinuamos até ao extremo oposto de Midvagur. Já o casario se desvanece quando damos com o desvio do asfalto para o caminho rural que procurávamos.

A Caminho do Estranho Limiar de Sorvagsvatn

Passado um dos incontáveis portões de gado das Faroés, esse trilho torna-se uma linha estreita e ziguezagueante ao longo de uma vertente suave. E demasiado óbvio para nos perdermos.

Por algum tempo, uma crista ervada faz de barreira visual para o que estaria por diante. Umas centenas de passos depois, já no seu cimo, vemos pela primeira vez o lago, de água azul clara, tranquila, contida por margens curvas quase perfeitas.

A espaços, cruzamo-nos com ovelhas lãzudas, umas negras, outras, de um branco bastante sujo, entretidas a devorar a erva viçosa da paisagem.

Ovelhas, Lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas Faroé

A nossa passagem e inevitável abordagem fotográfica suscita-lhes uma curta pausa no repasto, pouco mais que isso. Afinal, percorríamos um dos trilhos realmente concorridos de Vágar e das Faroé em geral.

Por estes lados, os ovinos estão há muito habituados ao vaivém constante de humanos.

Sem que o esperássemos, um casal catalão que tínhamos encontrado na ilha de Kalsoy, junto à estátua da mulher-foca Kópakonan de Mikladalur, aparece do sentido contrário. “Apostamos que não vai ser a última vez que nos vemos!” atiram-nos, ligeiramente ofegantes, em castelhano, que o catalão não serviria para comunicarmos.

“É a primeira vez que aqui vêm?” perguntam-nos ainda. Ao que respondemos que sim. “Vocês já viram bem a sorte que têm? Nós, é a terceira. Nas duas primeiras, uma, chovia a potes, a outra, estava tudo ventoso e escuro. E, vocês, sortudos, chegam e apanham logo com um dia assim. Este tem que ser um dos melhores dias do ano das Faroé, nem há lugar para dúvidas.”

Confirmamos a análise dos vizinhos ibéricos, partilhamos uma gargalhada efusiva e mais alguma galhofa bem-disposta. Como sempre aconteceu até no plano histórico, os catalães seguem o seu destino.

Nós, portugueses, o nosso.

Traenalipa e Atlântico do Norte à Vista

A determinada altura, o trilho desvenda-nos uma fenda sombria no relevo e, para além dela e do que parecia o fundo do lago, a linha longínqua do horizonte a separar o Atlântico do Norte do firmamento pouco ou nada nublado acima.

O trilho aponta-nos à base da tal fenda. Lá chegados, percebemos que se tratava de um corte geológico, uma abertura profunda reveladora das falésias que delimitavam a ponta sul recortada de Vágar, não tarda, promovida a um promontório empinado sobre o mar.

Trilho para Traenalipa, lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas FaroéO trilho flecte para o cimo. Desgastado por sucessivos passos, torna-se lamacento e escorregadio. Com cuidados redobrados, atingimos o seu fim, junto à beira elevada e vertiginosa dos penhascos de Traenalipa.

Ditava aquele término que nos deveríamos deparar com a vista mágica, a tal visão ilusória de Sorvagsvatn que deixa os forasteiros de queixo caído.

Antes que tudo, constatamos a altura do abismo imediato, tão intimidante como mortal. Quando controlamos a ansiedade, levantamos o queixo e perscrutamos a vastidão do panorama.

Um Lago em S e acima do Oceano

Por diante, para norte, víamos a quase meia-lua do lago contida entre vertentes gentis, verde-amareladas, sob um céu azulão pejado de novelos brancos.

Lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas Faroé

Vista do lago Sorvags do cimo dos penhascos de Traenalipa.

Daquele miradouro natural, a excentricidade do lago reforçava-se. A meia-lua parecia alongar-se em suspenso, acima do recorte das falésias que o oceano invadia com bruar considerável.

Quando contemplada de maior distância, a franja rochosa que serve de tampão ao Sorvagsvatn quase se perde de vista. Dá, assim, a sensação adicional que o lago está a centenas de metros acima do mar e que nele se funde.

Na realidade, no seu ponto mais próximo, são apenas trinta os metros que separam a água doce da salgada. E, como, entretanto, confirmaríamos, a franja rochosa e escarpada no fundo da meia-lua lacustre contém o Sorvagsvatn de forma estável.

Lago Sorvatsvagn, Vágar, Ilhas FaroéAparecem outros caminhantes. Acumulam-se os pretendentes ao lugar fotográfico fulcral que ocupávamos que, em dias bem límpidos, permite ainda avistar seis outras das dezoito ilhas que compõem as Faroé: Streymoy, Hestur, Koltur, Sandoy, Skuvoy e Suduroy.

Traenalipa Abaixo, em Busca da cascata de Bosdalafossur

Cedemos-lhes o privilégio.

Damos azo a uma sucessão de selfies e fotografias tiradas cada vez mais sobre o precipício de Traenalipa (142 metros) que nos arrepiam a bom arrepiar, até porque, por essa altura, estávamos a par do contexto na génese do termo Traenalipa (Penhasco dos Escravos).

Crê-se que o nome teve origem na era Viquingue das Ilhas Faroé e no alegado costume macabro de os viquingues ali empurrarem para a sua morte escravos condenados.

Deixamos de acompanhar as desventuras livres e algo inconscientes dos caminhantes recém-chegados.

De regresso ao trilho, procuramos o desvio que levaria à confluência da beira-lago elevada com o único sector em que o Sorvagsvatn escoa.

O trilho depressa deixa de nos fazer sentido. Em vez de o seguirmos, descemos por socalcos, fendas e plataformas irregulares patrulhadas por gaivotas, andorinhas-do-mar e outras aves marinhas.

Muitos pseudo-degraus depois, damos connosco paredes-meias com o oceano. Ali mesmo, o lago estreita num curto rio que flui sobre um leito basáltico, junto a uma formação de rochedos afiados conhecida por Geituskoradrangur.

Assume o caudal vertical da cascata de Bosdalafossur e despenha-se de trinta metros de altura, com espalhafato, contra as vagas do Atlântico do Norte.

Estátua do Cavalo Nykur, lago Sorvag, Ilhas Faroé

Estátua do cavalo mitológico Nykur ergue-se do lago Sorgav. Esta criatura atrai transeuntes a fazer-lhe festas e acaba por as afogar no lago.

O extremo oposto do lago, marca-o um inusitado símbolo equino. Lá nos deslumbra o empinar da estátua prateada de Nykur criada pelo artista local Pól Skarðenn. O Nykur é uma criatura mitológica com estranhos cascos invertidos.

Tal como contam as lendas faroesas, aparece de quando em quando nas margens do lago Vagar. Ali submergido, exibe a sua elegância para atrair transeuntes a fazer-lhe festas ou até a tentar montá-lo. Quando os inocentes faroeses o tocam, a sua pele pegajosa agarra-os a um turbilhão rotativo que os arrastar para o fundo do lago.

O Nykur tem, no entanto, uma fraqueza. Se alguém gritar o seu nome, perde o seu poder demoníaco e recolhe às suas profundezas sem causar vítimas.

Ao longo do tempo, esta lenda passou a ser usada pelos pais e avós para conseguir manter as crianças afastada de rios, lagos e da beira-do mar, nas ilhas Faroé, quase sempre perigosos.

O Passado Bélico do lago Sorvagsvatn e de Vágar

O lago Sorvagsvatn e os seus arredores da ilha de Vágar são há muito conhecidos. Desempenharam, aliás, papéis de relevo na história destas paragens boreais.

Em plena 2ª Guerra Mundial, os britânicos mantiveram milhares de soldados nas ilhas Faroé, concentrados sobretudo em Vágar. Lá construíram uma pista de aterragem a oeste do lago, complementada por uma estação de apoio a hidroaviões.

Em 1941, uma tal de aeronave Catalina do comando costeiro da Royal Air Force aterrou pela primeira vez sobre as águas de Sorvagsvatn.

As infraestruturas erguidas pelos súbditos de Sua Majestade seriam, mais tarde, usadas como base para aquele que é, ainda hoje, o principal aeroporto das ilhas Faroé, o Vága Floghavn – assim lhe chamam os faroenses – e o nosso porto de ingresso no arquipélago.

Dias depois, muito contra vontade, seria também o nosso ponto de saída das Faroé, iniciada com uma descolagem entre as nuvens que nos prendou com um derradeiro vislumbre do trio inverosímil de Sorvagsvatn, Traenalipa e Bosdalafossur.

Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Tórshavn, Ilhas Faroé

O Porto Faroês de Thor

É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
Lagoa Jökursarlón, Glaciar Vatnajökull, Islândia

Já Vacila o Glaciar Rei da Europa

Só na Gronelândia e na Antárctica se encontram geleiras comparáveis ao Vatnajökull, o glaciar supremo do velho continente. E no entanto, até este colosso que dá mais sentido ao termo Terra do Gelo se está a render ao cerco inexorável do aquecimento global.
PN Thingvellir, Islândia

Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Lagoa de Jok​ülsárlón, Islândia

O Canto e o Gelo

Criada pela água do oceano Árctico e pelo degelo do maior glaciar da Europa, Jokülsárlón forma um domínio frígido e imponente. Os islandeses reverenciam-na e prestam-lhe surpreendentes homenagens.
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes

Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Vágar, Ilhas Faroé

Sorvagur a Gásadalur: Rumo ao Ocaso das Ilhas Faroé

À descoberta dos confins oeste de Vagar, a mais ocidental das grandes ilhas faroesas, percorremos o fiorde SØrvag. Onde a estrada se rende, deslumbramo-nos com a queda d’água de Múlafossur e, acima, com a povoação intrépida, por pouco desabitada, de Gásadalur.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Cerimónias e Festividades
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Cidades
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
khinalik, Azerbaijão aldeia Cáucaso, Khinalig
Cultura
Khinalig, Azerbaijão

A Aldeia no Cimo do Azerbaijão

Instalado aos 2300 metros rugosos e gélidos do Grande Cáucaso, o povo Khinalig é apenas uma de várias minorias da região. Manteve-se isolado durante milénios. Até que, em 2006, uma estrada o tornou acessível aos velhos Ladas soviéticos.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Ponte de Ross, Tasmânia, Austrália
Em Viagem
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Étnico
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Catedral São Paulo, Vigan, Asia Hispanica, Filipinas
História
Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina
Solovetsky, Ilhas, Arquipélago, Russia, Outono, UAZ, estrada de Outono
Ilhas
Bolshoi Solovetsky, Rússia

Uma Celebração do Outono Russo da Vida

Na iminência do oceano Ártico, a meio de Setembro, a folhagem boreal resplandece de dourado. Acolhidos por cicerones generosos, louvamos os novos tempos humanos da grande ilha de Solovetsky, famosa por ter recebido o primeiro dos campos prisionais soviéticos Gulag.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Rio Matukituki, Nova Zelândia
Natureza
Wanaka, Nova Zelândia

Que Bem que Se Está no Campo dos Antípodas

Se a Nova Zelândia é conhecida pela sua tranquilidade e intimidade com a Natureza, Wanaka excede qualquer imaginário. Situada num cenário idílico entre o lago homónimo e o místico Mount Aspiring, ascendeu a lugar de culto. Muitos kiwis aspiram a para lá mudar as suas vidas.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Parques Naturais
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Playa Nogales, La Palma, Canárias
Património Mundial UNESCO
La Palma, Canárias

A Isla Bonita das Canárias

Em 1986, Madonna Louise Ciccone lançou um êxito que popularizou a atracção exercida por uma isla imaginária. Ambergris Caye, no Belize, colheu proveitos. Do lado de cá do Atlântico, há muito que os palmeros assim veem a sua real e deslumbrante Canária.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Balo Praia Creta, Grécia, a Ilha de Balos
Praias
Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

Templo Kongobuji
Religião
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Bar de Rua, Fremont Street, Las Vegas, Estados Unidos
Sociedade
Las Vegas, E.U.A.

O Berço da Cidade do Pecado

Nem sempre a famosa Strip concentrou a atenção de Las Vegas. Muitos dos seus hotéis e casinos replicaram o glamour de néon da rua que antes mais se destacava, a Fremont Street.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Vida Selvagem
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.