Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.


Do lado de cá
Pescadores num tabuleiro lateral e inferior da Overseas Highway, uma longa sucessão de pontes rodoviárias
Caminho marítimo
Placas de sinalização& nas águas caribenhas do John Kennencamp Marine Park, ao largo de Key Largo.
Via caribenha
Veleiro destacado no Manatee Creek, a alguns quilómetros de Key Largo.
Liberdade dourada
Banhista sobre a a?gua rasa numa praia do Bahia Honda State Park.
To Bridge
Sinal indica o acesso à Overseas Highway, uma sucessão de pontes sobre o limiar leste do Golfo do México.
Tropicalidade
Banhista passeia ao longo do litoral do Bahia Honda State Park.
A praia possível
Delimitac?a?o do estacionamento da Anne's Beach, a sul de Islamorada.
O 900136
Identificac?a?o catalogada de um Crocodile Crossing, a caminho de Key Largo.
Docking Lot
Lanchas ancoradas num brac?o de mar Lower Matecumbe Key.
Um Ocaso ao caso
Pedestres sobre a velha estrutura rodovia?ria do Florida East Coast Railway de Henry Flagler, no Bahia Honda State Park
“Dossier Pelicano”
Pelicanos dominam um passadic?o de um embarcadouro de Matecumbe Key
Posto à sombra
Seguranc?a controla a entrada de um dos muitos resorts com beira-mar privada.
O outro lado
Sol ilumina um dos longos tabuleiros de beta?o da Overseas Highway.
Entre mangues
Banhistas divertem-se nas águas do John Kennencamp Marine Park, nas imediações de Key Largo.
Locusta
Monumento kitsch à lagosta e ao mar excêntrico das Florida Keys, em Islamorada.
Feitiço da noite
Crepúsculo apodera-se da Anne's Beach, à saída de Islamorada.
Um Pouso conveniente
Torre de sinalização marinha ao largo do John Kennencamp Marine Park.
Estrada sobre o mar
Perspectiva da Overseas Highway a partir de Pigeon Key.
Praia prateada
Momentos antes do ocaso numa praia do Bahia Honda National Park, com a antiga linha do caminho de ferro em fundo.
À coca
Pelicanos espreitam a sua oportunidade enquanto um pescador dá isco a grandes peixes, à saída de Islamorada.
Do lado de cá
Pescadores num tabuleiro lateral e inferior da Overseas Highway, uma longa sucessão de pontes rodoviárias
Caminho marítimo
Placas de sinalização& nas águas caribenhas do John Kennencamp Marine Park, ao largo de Key Largo.
Via caribenha
Veleiro destacado no Manatee Creek, a alguns quilómetros de Key Largo.
Liberdade dourada
Banhista sobre a a?gua rasa numa praia do Bahia Honda State Park.
Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.

São dez e meia da manhã. Miami estava uma hora e noventa quilómetros para trás. Tínhamos também deixado a vastidão verdejante e ensopada dos Southern Glades e continuávamos rumo à origem da U.S. Hwy 1, em grande parte denominada de Overseas Highway por a sua estrutura de asfalto e betão assentar no mar.

Esta estrada emblemática dos Estados Unidos levava-nos pela região anfíbia dos Sounds das Florida Keys adentro, ora por viadutos elevados face à vastidão de mangues e arvoredo alagado, ora por vias térreas mas em que vedações e sucessivas placas proibitivas mantinham inacessível a paisagem em redor.

Não era para menos. À imagem dos famosos Everglades, os Southern Glades e a sua extensão marinha mantêm-se selvagens até mais não.

Pantanosos e labirínticos, abrigam espécies como os crocodilos americanos, os jacarés e as panteras da flórida (pumas endémicos) que, confrontadas com a necessidade e a oportunidade, não desperdiçariam uma refeição humana.

É, assim, com algum alívio que vemos aparecer um desvio na estrada para um reduto em que, tudo aparentava, poderíamos sair do carro a salvo e desentorpecer as pernas.

Pelican Cay RV park: um Insólito Refúgio dos Glades

Uma placa sinalizava a eminência de um Pelican Cay RV park. Um segundo sinal alertava que estávamos numa zona de “Crocodile Crossing” e uma impressão grafitada no muro que delimitava a estrada especificava que se tratava da área de travessia dos répteis US1 900136.

Crocodile Crossing, junto ao Pelican Cay RV park, Florida Keys, Estados Unidos da América

Identificação catalogada de um Crocodile Crossing, a caminho de Key Largo.

As autoridades tinham os bichos e os seus movimentos catalogados e controlados. Ao contrário de nós que depressa suspeitamos que não deveríamos ali ficar muito mais tempo.

Damos com um parque de estacionamento e com um complexo de recreação privado e guardado a condizer. Antes de chegarmos ao pórtico de entrada, novo aviso com direito a tradução em castelhano chama-nos a atenção “No coolers, No Outside Food or Beverage”.

Os proprietários levavam a sério o seu direito ao lucro. De tal maneira que o segurança responsável pela cancela nos faz abrir o porta-bagagens e vasculha o habitáculo e a mala em busca de transgressões.

Dizemos-lhe que só vamos dar uma espreitadela ao lugar. O funcionário relaxa das suas funções e concede-nos a entrada.

Uma Elaborada Base para Pescarias

Atravessamos um grande bar desafogado com visual de resort.

Só do lado de lá percebemos que estávamos na margem de um dos muitos braços de mar que sulcavam a região, um tal de Manatee Creek que ligava aquela esguelha de terra à imensidão marinha das Florida Keys.

Manatee Creek, Florida, Estados Unidos da América

Veleiro destacado no Manatee Creek, a alguns quilómetros de Key Largo

Na ausência de areais, tendo em conta a perigosidade animal daquelas águas, o complexo funcionava como um dos inúmeros antros em que os pescadores da Florida se alojavam.

De onde zarpavam para pescarias ao largo, onde conviviam e trocavam as suas peripécias em noites bem regadas.

Os próprios quartos do estabelecimento, palafíticos, davam para o canal.

Em vez de carros – como acontecia em quase todos os motéis espalhados pelos Estados Unidos – tinham às portas embarcadouros e lanchas apetrechadas de grandes canas-de-pesca.

Sentamo-nos por breves momentos a examinar o lugar. Ainda acompanhámos a partida de duas dessas embarcações para alto-mar.  Em seguida, retomámos a nossa própria jornada.

Rumo à Longa Alpondra da Flórida

Dali, a US Hwy 1 prosseguia para sudoeste até encontrar a longa barreira de terra que separava as Florida Keys do Mar das Caraíbas. Intersectámo-la em Key Largo, a maior das Keys (ilhotas), com quase 53 km de extensão. Key Largo assume-se como uma meca do mergulho.

A sua costa sul dá para um recife de coral bem preservado que atrai snorkelers e mergulhadores aos magotes ao seu John PennenKamp Coral Reef State Park, o primeiro parque submarino dos E.U.A.

Entre mangues

Quando por lá passamos, o vento forte e uma camada persistente de nuvens reduziam a visibilidade subaquática a um quase nada.

Apostados em mantermos intacta a reputação sedutora e tropical daquele limiar das Caraíbas, mantemo-nos em terra.

Vasculhamos como por ali se entretinham os americanos veraneantes, entregues a expedições de caiaque e paddleboard entre os mangues, a exercícios de passes de futebol americano ou leituras nas enseadas dissimuladas pela verdura da beira-mar.

Entretanto desata a chover. Era o pretexto ideal para abreviarmos novo regresso à estrada. Tínhamos estadia marcada em Islamorada. O destino do dia distava 40km. Nesse trecho, a esplendorosa e arrojada  engenharia da Overseas Highway começaria a surpreender-nos.

Viagem pela História das Florida Keys

Por volta de 1920, a extensão peculiar e insular da Flórida despoletou grande interesse de investidores imobiliários.

Interessados em valorizar milhares de hectares no limiar do arquipélago que deliciariam a comunidade de pescadores da nação, esses investidores aliaram-se ao Miami Motor Club.

Com o caminho de ferro entretanto completo e o serviço de ferry que transportava veículos até certas zonas insuficiente, pareceu a todos que a construção de uma via seria não só exequível como premente.

Aos poucos e contra sucessivos contratempos, o projeto foi concretizado ainda que os espaços entre as ilhas mais distantes tenham continuado a depender dos ferries.

Indicação de acesso a uma ponte da Overseas Highway, Florida Keys, Estados Unidos da América

Sinal indica o acesso à Overseas Highway, uma sucessão de pontes sobre o limiar leste do Golfo do México.

Passadas as dificuldades financeiras da Grande Depressão da década de 30, a obra foi retomada.

Milhares de homens ainda desenquadrados pela participação na 1ª Guerra Mundial e carecidos de rendimentos, obraram uma longa autoestrada marinha única, em boa parte assente em pilares fixos no leito marinho.

Em 1935, um ciclone de categoria 5 varreu a zona.

Destruiu muita da infraestrutura rodoviária e vitimou 400 trabalhadores, mais de metade veteranos da 1ª Guerra e, nalguns casos, também as suas famílias. A catástrofe fez as autoridades abortarem a construção.

Dissipada a polémica intensa levantada pelo furacão, viria a ser retomada num trajeto distinto.

A Overseas Highway com percurso íntegro do sul da Flórida até Key West em que agora conduzíamos, só seria inaugurada em 1938.

No ano seguinte, o Presidente Roosevelt percorreu-a com a devida pompa e circunstância.

Arcos dourados da Overseas Highway, Florida Keys, Estados Unidos da América.

Sol ilumina um dos longos tabuleiros de betão da Overseas Highway.

De Key Largo, descemos pela estreita faixa de terra que, como por clemência geológica, os milénios legaram ao Mar das Caraíbas.

A Overseas Highway foi imposta às maiores de todas as keys da Florida, uma longa cadeia que vem desde a Biscaine Bay, a sul de Miami, e se prolonga por quase 200km até ao improvável extremo peninsular de Key West, a maior das suas cidades.

braço de mar Lower Matecumbe Key, Florida Keys, Estados Unidos da América

Lanchas ancoradas num braço de mar Lower Matecumbe Key.

Seven Mile Bridge e umas Milhas mais até Key West

Chegados à Islamorada que nos acolheria nessa noite, instalamo-nos no hotel. Saímos de imediato à descoberta.

Uma realidade para que devíamos estar avisados naquele contexto marginal mas, ainda assim, capitalista dos E.U.A., surpreendeu-nos.

Por mais que nos esforçássemos, o acesso ao litoral iminente era monopolizado pelas propriedades particulares, casas de férias, hotéis, resorts e afins.

Rua de Islamorada com o mar azulão em fundo

Segurança controla a entrada de um dos muitos resorts com beira-mar privada.

De quando em quando, lá aparecia o fim de uma rua transversal que permitia a visão do oceano, em retalhos incaracterísticos, pouco ou nada atrativos.

Só 10km para sudoeste, demos com uma praia pública, um retalho de areal salpicado por mangue que o recuar da maré vazia descobria, como revelava o imenso leito superficial para diante.

A Anne’s Beach prestava-se mais a passeios caribenhos anfíbios que a banhos.

Entrada para Anne's Beach, Islamorada, Florida Keys, Estados Unidos da América

Delimitação do estacionamento da Anne’s Beach, a sul de Islamorada

Abandonamo-la em busca de alternativas.  Em Lower Matecumbe Key, encontramos “Robbies” um novo recanto surreal das keys, um complexo bar-esplanada, dotado de lojinhas de pesca e de recordações com extensão para novo ancoradouro.

Parte dos seus passadiços delimitavam viveiros repletos de grandes peixes.

Os visitantes compravam baldes de isco e entretinham-se a alimentá-los. Como seria de esperar, os pelicanos caribenhos tornaram-se clientes habituais do lugar.

embarcadouro de Matecumbe Key, Florida Keys, Estados Unidos da América

Pelicanos dominam um passadiço de um embarcadouro de Matecumbe Key

Quando lá entramos, patrulhavam os passadiços.

Roubavam pedaços de peixe e disputavam-nos com alarido, para entretenimento das famílias que ali almoçavam ou se preparavam para zarpar para as suas sagradas tardes de pesca.

Seven Mile Bridge e umas Milhas mais até Key West

De Islamorada para sul, viajamos literalmente sobre o Mar das Caraíbas com “saltos” e paragens investigativas noutras poldras intrigantes. Passamos por Vaca Key e por Boot Key.

Pouco depois, entramos na Seven Mile Bridge, a mais longa das Florida Keys, com 11.2 km.

Mantém a companhia paralela da ponte original, bem mais apertada, ainda assim considerada uma maravilha mundial da engenharia quando foi completada em 1916.

A obra deveu-se, sobretudo, à obsessão de Henry Flagler, um magnata do petróleo que apostou em levar o seu Florida East Coast Railway de Miami, sobre o mar, até Key West.

Flagler gastou 30 milhões de dólares do seu próprio dinheiro naquela que foi chamada de “A Loucura de Flagler”.

Em Setembro de 1935, o mais poderoso ciclone a atingir os E.U.A. devastou boa parte da estrutura.

Overseas Highway vista de Pigeon Key, Florida Keys, Estados Unidos da América

Perspectiva da Overseas Highway a partir de Pigeon Key

Pigeon Key: um Legado da Determinação de Henry Flagler

Avançamos até Pigeon Key, um ilhéu e antigo campo em que, entre 1908 e 1912, habitaram cerca de 400 dos milhares de trabalhadores contratados por Flagler a 1.5 dólares ao dia.

Lá nos inteiramos de muitas outras curiosidades e peripécias, protegidos de nova súbita bátega de água nos velhos edifícios-museu.

Do Pigeon Key, prosseguimos para a Bahia Honda Key e para o Bahia Honda State Park. Ali, por fim, as Florida Keys desvendam-nos um pouco da sua faceta balnear: areais brancos de coral, coqueiros destacados acima de uma floresta de mangue, mas não só.

litoral do Bahia Honda State Park, Florida Keys, Estados Unidos da América

Banhista passeia ao longo do litoral do Bahia Honda State Park.

Íbises percorriam o areal em busca de alimento, mesmo entre banhistas que ora absorviam o sol invernal ora se divertiam na água rasa.

A velha Seven Mile Bridge também por ali passava. Primeiro perdida entre as copas dos coqueiros. Logo, estendida ao longo do mar em toda a sua excentricidade geométrica de betão e aço.

O sol cai sobre o horizonte. Transforma a ponte e a praia numa silhueta inusitada, num fundo rendilhado que recebe a pintura primeiro prateada, entretanto dourada, daquele nobre fim de tarde.

praia do Bahia Honda National Park, com a antiga linha do caminho de ferro, Florida Keys, Estados Unidos da América

Momentos antes do ocaso numa praia do Bahia Honda National Park, com a antiga linha do caminho de ferro em fundo.

velha estrutura rodoviária do Florida East Coast Railway de Henry Flagler, no Bahia Honda State Park, Florida Keys

Pedestres sobre a velha estrutura rodoviária do Florida East Coast Railway de Henry Flagler, no Bahia Honda State Park

É já noite cerrada quando damos entrada em Key West, a urbe mais meridional dos E.U.A. continentais e o ponto habitado da nação ianque mais avançado nas Florida Keys.

À imagem do Alasca, Key West ganhou fama de ser algo tresloucada. Como teorizam com orgulho alguns moradores “é como se tivessem abanado os E.U.A. e todos os maluquinhos caído para o fundo”.

A Key West, dedicaremos um artigo tão à parte como a cidade.

COMO IR: 

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Avião TAP

Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Miami, Flórida, E.U.A.

A Porta de Entrada da América Latina

Não é só a localização privilegiada, entre um oceano exuberante e o verde dos Everglades, com a vastidão caribenha logo ali a sul. É o afago tropical, o do clima e o cultural e uma modernidade urbana exemplar. Cada vez mais em castelhano, num contexto latino-americano.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

A Rampa de Lançamento do Programa Espacial Americano

De viagem pela Flórida, desviamos da órbita programada. Apontamos ao litoral atlântico de Merrit Island e do Cabo Canaveral. Lá exploramos o Kennedy Space Center e acompanhamos um dos lançamentos com que a empresa Space X e os Estados Unidos agora almejam o Espaço.
Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica

A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Estradas Imperdíveis

Grandes Percursos, Grandes Viagens

Com nomes pomposos ou meros códigos rodoviários, certas estradas percorrem cenários realmente sublimes. Da Road 66 à Great Ocean Road, são, todas elas, aventuras imperdíveis ao volante.
Great Ocean Road, Austrália

Oceano Fora, pelo Grande Sul Australiano

Uma das evasões preferidas dos habitantes do estado australiano de Victoria, a via B100 desvenda um litoral sublime que o oceano moldou. Bastaram-nos uns quilómetros para percebermos porque foi baptizada de The Great Ocean Road.
Alice Springs a Darwin, Austrália

Estrada Stuart, a Caminho do Top End da Austrália

Do Red Centre ao Top End tropical, a estrada Stuart Highway percorre mais de 1.500km solitários através da Austrália. Nesse trajecto, o Território do Norte muda radicalmente de visual mas mantém-se fiel à sua alma rude.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Miami, Flórida, E.U.A.

A Porta de Entrada da América Latina

Não é só a localização privilegiada, entre um oceano exuberante e o verde dos Everglades, com a vastidão caribenha logo ali a sul. É o afago tropical, o do clima e o cultural e uma modernidade urbana exemplar. Cada vez mais em castelhano, num contexto latino-americano.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Bom conselho Budista
Cerimónias e Festividades
Chiang Mai, Tailândia

300 Wats de Energia Espiritual e Cultural

Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
Um dos prédios mais altos de Valletta, Malta
Cidades
Valletta, Malta

As Capitais Não se Medem aos Palmos

Por altura da sua fundação, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários apodou-a de "a mais humilde". Com o passar dos séculos, o título deixou de lhe servir. Em 2018, Valletta foi a Capital Europeia da Cultura mais exígua de sempre e uma das mais recheadas de história e deslumbrantes de que há memória.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Garranos galopam pelo planalto acima de Castro Laboreiro, PN Peneda-Gerês, Portugal
Cultura
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda – Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Em Viagem
Moçamedes ao PN Iona, Namibe, Angola

Entrada em Grande na Angola das Dunas

Ainda com Moçâmedes como ponto de partida, viajamos em busca das areias do Namibe e do Parque Nacional Iona. A meteorologia do cacimbo impede a continuação entre o Atlântico e as dunas para o sul deslumbrante da Baía dos Tigres. Será só uma questão de tempo.
Danças
Étnico
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Willemstad, Curaçao, Punda, Handelskade
História
Willemstad, Curaçao

O Coração Multicultural de Curaçao

Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.
Parque Terra Nostra, Furnas, São Miguel, Açores, Portugal
Ilhas
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O Calor Açoriano do Vale das Furnas

Surpreendemo-nos, na maior ilha dos Açores, com uma caldeira retalhada por minifúndios agrícolas, massiva e profunda ao ponto de abrigar dois vulcões, uma enorme lagoa e quase dois mil micaelenses. Poucos lugares do arquipélago são, ao mesmo tempo, tão grandiosos e acolhedores como o verdejante e fumegante Vale das Furnas.
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Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Crocodilos, Queensland Tropical Australia Selvagem
Natureza
Cairns a Cape Tribulation, Austrália

Queensland Tropical: uma Austrália Demasiado Selvagem

Os ciclones e as inundações são só a expressão meteorológica da rudeza tropical de Queensland. Quando não é o tempo, é a fauna mortal da região que mantém os seus habitantes sob alerta.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Parques Naturais
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Património Mundial UNESCO
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Vista aérea de Moorea
Praias
Moorea, Polinésia Francesa

A Irmã Polinésia que Qualquer Ilha Gostaria de Ter

A meros 17km de Taiti, Moorea não conta com uma única cidade e abriga um décimo dos habitantes. Há muito que os taitianos veem o sol pôr-se e transformar a ilha ao lado numa silhueta enevoada para, horas depois, lhe devolver as cores e formas exuberantes. Para quem visita estas paragens longínquas do Pacífico, conhecer também Moorea é um privilégio a dobrar.
Sombra vs Luz
Religião
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Jovens mulheres gémeas, tecelãs
Sociedade

Margilan, Uzbequistão

Périplo pelo Tecido Artesanal do Uzbequistão

Situada no extremo oriental do Uzbequistão, Vale de Fergana, Margilan foi uma das escalas incontornáveis da Rota da Seda. Desde o século X, os produtos de seda lá gerados destacaram-na nos mapas, hoje, marcas de alta-costura disputam os seus tecidos. Mais que um centro prodigioso de criação artesanal, Margilan estima e valoriza um modo de vida uzbeque milenar.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Curieuse Island, Seychelles, tartarugas de Aldabra
Vida Selvagem
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.