À Descoberta de Tassie,  Parte 2 - Hobart a Port Arthur, Austrália

Uma Ilha Condenada ao Crime


De Vigia
Ave bicuda permanece alerta sobre um muro do complexo prisional de Port Arthur.
Caminho Verde
Alameda verdejante percorre o território do antigo complexo prisional de Port Arthur.
Port Arthur
Vista das muralhas do edifício prisional para lá de uma vedação do complexo.
O ex-Presídio
Fachada do complexo prisional, ou o que dela resta após várias décadas de abandono.
Num isolamento também marinho
As ruínas prisionais do complexo prisional de Port Arthur cercadas por águas infestadas de tubarões.
Liberdade de Turista
Visitante examina um recanto do complexo histórico de Port Arthur.
Segundo o Roteiro
Visitante percorre os edifícios do complexo prisional guiada pela locução gravada do museu.
Sol vs Sombra
Detalhe arquitectónico do complexo de Port Arthur.
O que Sobrou do Complexo
Cenário do complexo prisional de Port Arthur, abrigado numa península da Tasmânia, de fuga quase impossível.
O grande Paredão
As paredes degradadas da prisão de Port Artur, vistas de Mason Cove.
Confinado
Visitante examina um recanto da beira-mar de Port Arthur.
Torre Grande
Casal surge de dentro de um torreão de um dos edifício do complexo prisional.
Peter Brannon
Figura ilustrativa do museu do complexo prisional, inspirada no condenado Peter Brannon.
Os Crimes dos Convictos
Visitante investiga curiosidades escabrosas nas sentenças que levaram vários prisioneiros a Port Arthur.
O complexo prisional de Port Arthur sempre atemorizou os desterrados britânicos. 90 anos após o seu fecho, um crime hediondo ali cometido forçou a Tasmânia a regressar aos seus tempos mais lúgubres.

É sábado de manhã, e como em tantos outros sábados, dezenas de saltimbancos disputam os últimos recantos do jardim de Salamanca Place, quase todo preenchido pela feira mais famosa de Hobart, a capital da Tasmânia.

El Diabolero exibe o corpo escanzelado. De tronco nu, o busker apregoa o seu número à multidão de transeuntes e não demora a conquistar uma audiência considerável.

«Muito bem, vou precisar de dois voluntários sem grandes razões para viver», comunica aos berros para logo accionar uma motoserra assustadora. Recrutadas as vítimas, liga um pequeno leitor de CD’s e passa, em alto volume, a banda sonora contagiante do filme “Missão Impossível”.

Pouco depois, inaugura a sua actuação feita de malabarismos com facas, um diábolo e maças em fogo sobre um monociclo vertiginoso. E, já de volta ao solo, com moto-serras em funcionamento. Truque atrás de truque, piada após piada, o público do artista aumenta a olhos vistos.

Encerrado o acto, a diversão que ofereceu e o apelo sincero do saltimbanco conquistam uma cartola cheia de dólares aussies. Agradecido mas mesmo assim insatisfeito, El Diabolero prenda os últimos resistentes com uma tirada final: “Vocês aí ao fundo que não têm trocos: não se preocupem. É só virem aqui ao terminal multibanco!

A Grande Prisão Austral de Port Arthur

A empatia e admiração de Hobart pelas formas alternativas e extremas de vida já vem de há muito. E está nos genes dos seus habitantes. Dos primeiros 262 europeus que chegaram, à colónia penal britânica, 178 eram criminosos degredados.

Em 1830, o governador da Tasmânia achou na península de Tasman um lugar onde podia confinar os condenados que tinham reincidido já na ilha. Viu-a como uma penitenciária natural, já que estava ligada ao restante território por um istmo com menos de cem metros de largura.

Ruinas Port Arthur, Tasmania, Australia

As ruínas prisionais do complexo prisional de Port Arthur cercadas por águas infestadas de tubarões.

Para impedir a fuga dos condenados através dessa faixa – que foi chamada de Eaglehawk Neck – posicionou uma linha de cães de guarda ferozes e espalhou o boato de que as águas em redor, além de gélidas, estavam infestadas de tubarões.

Nos 47 anos seguintes, cerca de 12.500 criminosos cumpriram pena no complexo prisional de Port Arthur. Para os mais problemáticos, a sua estada foi um inferno.

Visitante museu, Port Arthur, Tasmania, Australia

Visitante investiga curiosidades escabrosas nas sentenças que levaram vários prisioneiros a Port Arthur.

Os que se submetiam às regras, chegaram a viver na Tasmânia com condições melhores que as que tinham na Grã-Bretanha.

À medida que caminhamos entre as ruínas dos edifícios, num cenário austral tão peculiar como clássico e bucólico, percebemos como foram possíveis os dois extremos.

Museu, Port Arthur, Tasmania, Australia

Visitante percorre os edifícios do complexo prisional guiada pela locução gravada do museu.

Mais que uma cadeia, toda uma Cidade Prisional

Port Arthur provou-se mais que uma simples prisão. Com o tempo, tornou-se numa verdadeira povoação que funcionava como centro da rede prisional da ilha e contemplava uma serração, um estaleiro naval, uma mina de carvão, fábricas de sapatos, de tijolos e de pregos mas também hortas e criação de animais.

Para servir toda esta produção, foi ainda construído uma espécie de caminho de ferro – o primeiro da Austrália. Tinha 7 km e ligava Norfolk Bay a Long Bay e as suas carruagens eram empurradas pelos prisioneiros.

De Colónia Prisional a Monumento ao Obscuro Passado Colonial

Em 1877, o complexo foi desactivado. Anos depois, sucumbiu a dois incêndios que destruíram boa parte dos edifícios. Mas alguns dos habitantes das redondezas estavam determinados em recuperá-lo para ali se instalarem.

Quando chegaram os primeiros curiosos a querer conhecer o lugar infame, sem o saberem, inauguraram o turismo da região entretanto dotado de infraestruturas de acolhimento e venda de recordações, bem como do serviço de guias.

Torre, Port Arthur, Tasmania, Australia

Casal surge de dentro de um torreão de um dos edifício do complexo prisional.

Daí para cá, Port Arthur ascendeu a ex-libris do património histórico da Tasmânia. Visitam-no, anualmente, milhares de ozzies e estrangeiros. Como nós, ali se espantam e fascinam com um passado cru e dramático que parece condenado a renovar-se.

Mas nem o contexto histórico tenebroso que lhe deu origem tinha preparado a Tasmânia e a Austrália para os acontecimentos de 28 de Abril de 1996, uma tragédia de tal forma marcante que acabou por correr mundo.

109 Anos Depois, o Crime Volta a Assombrar Port Arthur

Narra a imprensa australiana que Martin Bryant, então com 28 anos, residia na povoação vizinha de New Town. Dotado de um QI extremamente baixo (cerca de 66), era conhecido por stupid Marty mas, em termos financeiros, a vida sorria-lhe.

Helen Harvey, uma mulher muito mais velha, solitária e excêntrica das redondezas, começou a apreciar a sua companhia e a ajuda que dava a tratar das dezenas de gatos e outros animais que acolhia em casa.

Tornaram-se inseparáveis e Helen legou-lhe mais de 400 mil euros que Martin foi gastando em viagens frequentes para o estrangeiro, muitas, em primeira classe.

O dinheiro não chegou para resolver a miséria em que se transformou a sua vida após ter perdido, quase de seguida, esta amiga e o pai.

Museu, Port Arthur, Tasmania, Australia

Figura ilustrativa do museu do complexo prisional, inspirada no condenado Peter Brannon.

Frustrado por motivos incertos, mas provavelmente devido às frequentes humilhações de que era vítima e ao suicídio do progenitor – que sofria de uma depressão crónica agravada por não ter conseguido comprar a propriedade dos seus sonhos – Martin decidiu vingar-se do tormento que o acossava.

Irrompeu pela guest house Seascape – a tal propriedade – munido de uma metralhadora AR-15 e de uma faca e matou o casal que se havia antecipado ao seu pai no negócio.

Depois de algumas voltas de carro pela região, às 13h10, entrou no complexo histórico de Port Arthur e almoçou. Terminada a refeição, tirou a sua metralhadora de um saco e deu início a um terrível assassínio em série. Trinta e cinco pessoas de diferentes países pereceram, 20 outras ficaram feridas.

Parede ex-Presidio, Port Arthur, Tasmania, Australia

As paredes degradadas da prisão de Port Artur, vistas de Mason Cove.

O Perfil Esquivo e Dúbio de Martin Bryant

Em vez de se redimir da sua origem tortuosa, Port Arthur e a Tasmânia mancharam-se de sangue.

Martin Bryant foi condenado a 35 de sentenças de vida, 1035 anos no total. Cumpre pena numa prisão de máxima segurança dos arredores de Hobart a que a população chama The Pink Palace.

Carlene Bryant, a sua mãe e única visitante, respondeu ao entrevistador australiano do programa “60 Minutes” emitido aquando dos 15 anos do acontecimento: “O Martin, quando foi interrogado, provavelmente durante semanas a seguir ao que aconteceu, disse sempre que não tinha estado em Port Arthur ou no café Broad Arrow.

Vou arrepender-me para toda a vida de ter apoiado a sua confissão. Mais tarde, algumas pessoas presentes, vieram afirmar que não reconheciam o atirador como sendo o Martin Bryant. Nunca houve um julgamento justo ou foram apresentadas provas conclusivas.”

Visitante, Port Arthur, Tasmania, Australia

Visitante examina um recanto do complexo histórico de Port Arthur.

Carlene diz ainda que foi diagnosticado recentemente Síndrome de Asperger em Martin e que o filho denota um óbvio excesso de peso. “Já lhe voltei a perguntar se tinha sido ele o autor mas não consigo que me dê uma resposta ou que queira falar do assunto.

Se o voltar a tentar, ele deixa de me querer ver porque tem medo que lhe faça mais perguntas”.

Uma Tragédia Difícil de Ultrapassar

A emissão da entrevista enfureceu as famílias das vítimas. E renovou a sensação de que, apesar dos muitos anos passados, a matança de Port Arthur está por sanar.

Pormenor ruínas de Port Arthur, Tasmania, Australia

Detalhe arquitectónico do complexo de Port Arthur.

Basta investigar um pouco na Internet para verificar que várias teorias da conspiração criadas ao longo do tempo continuam a entusiasmar alguns tazzies e ozzies que se recusam a acreditar na versão dos factos apresentada pelas autoridades e pela maior parte dos média.

Uma teoria em particular conquistou vários milhares de adeptos. Sugere que a chacina foi planeada pelo governo australiano para  escandalizar a opinião pública e assim justificar uma lei que viesse a desarmar os cidadãos.

Defendem os seus apoiantes que, entre vários outros aspectos, não tem lógica que Martin Bryant, com o seu baixíssimo Q.I. conseguisse disparar com a arma apoiada na anca e acertar em grande parte das vítimas na cabeça. Que, na verdade, teria sido uma equipa de agentes  contratados a levar a cabo a matança.

Ruínas, Port Arthur, Tasmania, Australia

Vista das muralhas do edifício prisional para lá de uma vedação do complexo.

Ainda Mais Teorias da Conspiração

Um acusador, em particular, incrimina a toda a hora no You Tube e Facebook um antigo polícia de Hobart. Revela o seu nome, profissão, morada e dados de contacto e incita a comunidade de Internautas a investigarem-no.

Em 1996, o primeiro-ministro John Howard tinha conseguido uma eleição com grande maioria de votos. Mesmo sendo conservador, enfrentou uma oposição de monta nas regiões rurais e conseguiu o banimento nacional das armas automáticas e semi-automáticas, sem necessidade de um referendo.

Como sempre acontece, nestes casos, os conspiradores continuam a divulgar inúmeras justificações para as suas conjecturas. Alguns australianos ficam intrigados ou deixam-se convencer, outros limitam-se a ridicularizá-las.

É pouco provável que Martin Bryant saia em liberdade nos próximos tempos.

Em termos de número de vítimas, o massacre que perpetrou na Tasmânia foi ensombrado em 22 de Julho de 2011, na ilha norueguesa de Utoya, por um ultra-radical de Direita de nome Anders Behring Breivik.

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À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

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À Descoberta de Tassie, Parte 1 - Hobart, Austrália

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Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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Uma China Impressionante

Um dos mais conceituados realizadores asiáticos, Zhang Yimou dedicou-se às grandes produções ao ar livre e foi o co-autor das cerimónias mediáticas dos J.O. de Pequim. Mas Yimou também é responsável por “Impressions”, uma série de encenações não menos polémicas com palco em lugares emblemáticos.
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O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
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Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Vista da Casa Iguana, Corn islands, puro caribe, nicaragua
Praias
Corn Islands-Ilhas do Milho, Nicarágua

Puro Caribe

Cenários tropicais perfeitos e a vida genuína dos habitantes são os únicos luxos disponíveis nas também chamadas Corn Islands ou Ilhas do Milho, um arquipélago perdido nos confins centro-americanos do Mar das Caraíbas.
Religião
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
Sociedade
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Pisteiro San em acção na Torra Conservancy, Namibia
Vida Selvagem
Palmwag, Namíbia

Em Busca de Rinocerontes

Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.