Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes


Subida Custosa
Ciclistas na Rottnest Island
A Grande Torre
Farol da Rottnest Island
O Farol num dia de Chuva
O farol da Rottnest Island
Henrietta Rocks
As Henrietta Rocks
Lago Salgado
Ancoradouro das Lanchas
Enseada de Coral
Parker Point
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas, Parker Point
A Escadaria de Parker Point
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas, Parker Point, Escadaria
Banhista Estilista
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas, banhista de mala
Duo Banhista
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas, duo banhista
Litoral Imaculado
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas, praia
Austrália de todos os sonhos
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas, praia perfeita
Duo Quokka
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas
No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.

Com o Verão austral no seu término e na mais solitária das cidades australianas, a mais de 2000km de outra grande urbe, os passageiros a bordo eram uns poucos, adeptos de uma paz silenciosa que favorecia a contemplação.

Pelo menos, a possível, nos 25 minutos do trajecto a partir de Freemantle. Em menos que esse tempo, as linhas de Rottnest definem-se.

Acentua-se o ciano que decora o mar mais próximo da ilha, para dentro da barreira de recife que a protege.

O ferry rasa a referência geológica da Philip Rock. Logo, atraca na costa leste, protegido pelo pontão que atenua a força das vagas, quase sempre orientadas de sul.

A área urbanizada da ilha fica ali mesmo, numa faixa oriental exígua, instalada entre a Baía de Thomson que nos tinha acolhido e os nove ou dez lagos que salpicam a secção oriental de Rottnest.

Périplo pela Rottnest Island. Sobre Rodas

Dessa franja arruada e repleta de negócios turísticos, estendia-se uma vastidão natural e intrigante.

Com quase um mês a vivermos a vida citadina de Perth, sentíamo-nos ansiosos por nos deixarmos perder.

Confirmamos que a ilha media meros 10km, de uma ponta à outra. Alugamos bicicletas.

Como acontece demasiada vezes a quem viaja, funcionais em plano e a descer, verdadeiros castigos, mal mecanizados, até nas mais suaves ladeiras.

Apostamos no sul.

Pedalada após pedalada, a Parker Point Rd. aproxima-nos de uma tal de Baía Porpoise. Não avistamos os botos que o baptismo anglófono indicia serem visitantes habituais.

Só por si, a pequena enseada e praia de Paterson que antecede a baía, revela o esplendor balnear que, interesse histórico à parte, atrai forasteiros a Rottnest.

Um Oceano Índico frio mas de Visual Tropical

Um areal coralífero de uma alvura imaculada entra pelo mar translúcido.

Adensa o tom esmeralda de uns poucos metros.

Logo, com a profundidade a aumentar, passa a turquesa ou a um azul-petróleo denso.

A estrada desce por uma península, até a um ponto de observação, já elevado sobre o areal, que lhe empresta o nome.

Uma escadaria de madeira, dá acesso a uma praia vizinha da de Paterson.

Lá em baixo, uns poucos ciclistas tinham-se já convertido em banhistas.

Aos 32º de latitude, mais de 1100 km abaixo da Coral Bay em que o Trópico de Capricórnio intersecta a costa ocidental da Austrália e na provável iminência do indefinido oceano Antárctico, só os tons do mar que banha a Rottnest Island são tropicais.

Entre o frio e o fresco, aquele litoral Índico irrepreensível falha em demover os verdadeiros amantes da Natureza.

Vemo-los desfrutarem de enseadas sem vagas e quase-privadas.

A barreira de recife ao largo protege-os e aconchega-os.

Nada faz pelos aventureiros que se metem no oceano Índico aberto.

Um Mar Turquesa que Dissimula a Presença de Tubarões

Há muito que a vida selvagem letal da Austrália contribui para o seu imaginário de exotismo deslumbrante.

À cabeça das espécies perigosas encontram-se, claro está, os tubarões. A Rottnest Island não é excepção.

O que não tem impedido diversas agências de actividades de lá organizarem saídas de snorkeling e mergulho, nem milhares de clientes de nelas participarem.

A última das inevitáveis fatalidades deu-se, em Outubro de 2011. Um americano que fazia mergulho, sozinho, a 500 metros ao largo da costa norte, foi atacado por um tubarão que lhe provocou ferimentos fatais.

Na década que passou, registaram-se outros contactos trágicos ou quase trágicos, a espaços, com os grandes tubarões-brancos.

Em 2021, as autoridades viram-se forçadas a encerrar todas as praias da ilha.

Uma carcaça de baleia que deu à costa, gerou um banquete de tubarões famintos.

Os meros avistamentos, esses, verificam-se todos meses.

A ilha acolhe colónias de leões-marinhos australianos e de focas. Há muito que os tubarões a patrulham em busca de alimento.

Os Aborígenes Whadjuk Noongar e a sua Relação com a Vida Selvagem da Ilha

Na mitologia dos aborígenes da costa australiana – os que chegavam a avistar o animal – os maiores tubarões eram tidos como espíritos da criação e da destruição, em simultâneo, símbolos de bravura e de destemor, de tribo para tribo, ora deificados ora demonizados, e até as duas coisas a par.

Os aborígenes do sudoeste da Austrália não desenvolveram o uso de canoas, como fez o povo maori da Nova Zelândia. Os nativos destas partes da grande ilha costumavam nadar nos rios e nos estuários, incluindo o do rio Swan.

Nunca se aventuraram mar adentro, nem sequer em busca das ilhas mais próximas do continente, aquelas a que chamavam Wadjemup (a de Rottnest) e a de Meeandip (a Garden Island a sul).

Ora, subsiste uma tradição oral aborígene das zonas hoje ocupadas pelo estuário do rio Swan e outras partes de Perth que o testemunha. Diz-se que um aborígene mais destemido se aventurou a nadar até Wadjemup.

Regressou são e salvo, intimidado por ter encontrado o lugar cercado por tubarões.

Daí para cá, nenhum outro aborígene se atreveu a imitar o feito.

Os Aborígenes Ancestrais da Austrália Ocidental, os Pioneiros da Rottnest Island

Em tempos pré-históricos, povos indígenas Noongar chegaram a habitar Rottnest.

Provam-no artefactos lá encontrados, datados de entre há 7000 e 30.000 a 50.000 anos.

Estima-se que, há cerca de 7000 anos, à medida que o aumento da temperatura e do nível do mar causavam a separação da ilha do continente, os indígenas viram-se forçados a abandoná-la para outras partes do interior australiano,

Haveriam de voltar, num contexto que a sua elaborada mitologia nunca previu, a invasão e colonização da Austrália pelos povos europeus.

Prosseguimos na nossa Volta a Rottnest em bicicleta, entretanto, já ao longo da vasta baía de Salmon.

A mesma Parker Point Rd. leva-nos às imediações de uma escola de surf local.

E à torre do farol de Rottnest.

Admiramo-la, destacada, à laia de foguetão, do topo do outeiro de Wadjemup, acima de arbustos e árvores diminutas, todos de tons de verde resplandecentes que contrastam com o céu carregado de humidade e de um azul etéreo condizente.

Acompanha o farol uma bateria de canhões e posto de observação, e um quartel erguido para abrigar mulheres do exército australiano, que tem acolhido sobretudo grupos encarregues de estudos científicos.

A Intrusão Colonial Europeia. Múltipla e Devastadora dos Aborígenes

A ilha tem um outro farol.

Formam o duo dos edifícios mais altos construídos pelos colonos chegados do Velho Mundo.

Desde o início do século XVII que diversas expedições holandesas, francesas e britânicas avistaram a ilha.

Seria o relato de um capitão holandês que, em 1696, haveria de inspirar o nome ocidental do lugar, Rottnest.

Por mais que uma vez, cruzamo-nos com animais que nunca tínhamos visto, nada fugidios, num ou outro caso, aparentemente sorridentes.

O seu sorriso levou, aliás, a que os quokkas (setonyx brachyurus) sejam apelidados “o animal mais feliz à face da Terra”.

Isso não impede que a enfermaria da ilha receba, amiúde, visitas de forasteiros que abusaram nas suas abordagens,  feridos por mordidas dos seus dentes aguçados.

Os quokkas são marsupiais.

Os Quokkas, os Marsupiais Felpudos e Intrigantes da Rottnest Island

Tal como os tubarões, integram a mitologia Dreamtime dos aborígenes que o descrevem como capaz de metamorfoses noutras criaturas.

Como guardiães sagrados dos lagos e das fontes de água dos nativos, de tal maneira que estes usam as suas peles em cerimónias da chuva.

Toda esta sacralidade e adulação destoa do desdém com que os primeiros europeus encontraram e descreveram o animal. O primeiro relato registado, fê-lo Willem de Vlamingh, o tal capitão holandês.

Confrontado com a abundância dos quokkas, de Vlamingh apelidou a ilha de Eyland’t Rottenest, “ilha ninho dos Ratos.”

Como é conhecido, os britânicos suplantaram os holandeses na colonização da Austrália, muito graças à política de para lá desterrarem milhares dos condenados que enchiam as suas prisões.

Em 1831, na sequência da colónia britânica do rio Swan, pelo menos uma família numerosa recebeu terras em Rottnest.

Para lá se mudou, onde prosperou da criação de gado e da venda do sal que ainda abunda nos lagos do leste da ilha.

À época, os britânicos mantinham uma relação belicosa com os aborígenes que, procuravam, por todos os meios, expulsar e até dizimar, de forma a se apoderarem das suas terras.

Pois, apenas sete anos após a chegada dessa família britânica, até 1931, as autoridades da colónia do Swan usaram a ilha como prisão de aborígenes, lá escravizados para, entre outros, trabalhos de pedreira, agrícolas e recolha de sal.

Nesse período, foram tratados de forma cruel e desumana, e enterrados a condizer no actual Wadjemup Aboriginal Burial Ground, próximo da prisão em que eram mantidos.

Outra das ironias reside no facto de os edifícios do reformatório para rapazes indígenas, funcional entre 1881 e 1901, ser agora usado como um dos mais populares alojamentos de férias da ilha.

A  Rottnest Island subsiste tão sagrada para os aborígenes como popular entre os colonos australianos.

Perth, Austrália

Cowboys da Oceania

O Texas até fica do outro lado do mundo mas não faltam vaqueiros no país dos coalas e dos cangurus. Rodeos do Outback recriam a versão original e 8 segundos não duram menos no Faroeste australiano.
Perth, Austrália

A Cidade Solitária

A mais 2000km de uma congénere digna desse nome, Perth é considerada a urbe mais remota à face da Terra. Apesar de isolados entre o Índico e o vasto Outback, são poucos os habitantes que se queixam.
Perth, Austrália

Dia da Austrália: em Honra da Fundação, de Luto Pela Invasão

26/1 é uma data controversa na Austrália. Enquanto os colonos britânicos o celebram com churrascos e muita cerveja, os aborígenes celebram o facto de não terem sido completamente dizimados.
Perth a Albany, Austrália

Pelos Confins do Faroeste Australiano

Poucos povos veneram a evasão como os aussies. Com o Verão meridional em pleno e o fim-de-semana à porta, os habitantes de Perth refugiam-se da rotina urbana no recanto sudoeste da nação. Pela nossa parte, sem compromissos, exploramos a infindável Austrália Ocidental até ao seu limite sul.
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Great Ocean Road, Austrália

Oceano Fora, pelo Grande Sul Australiano

Uma das evasões preferidas dos habitantes do estado australiano de Victoria, a via B100 desvenda um litoral sublime que o oceano moldou. Bastaram-nos uns quilómetros para percebermos porque foi baptizada de The Great Ocean Road.
Cairns a Cape Tribulation, Austrália

Queensland Tropical: uma Austrália Demasiado Selvagem

Os ciclones e as inundações são só a expressão meteorológica da rudeza tropical de Queensland. Quando não é o tempo, é a fauna mortal da região que mantém os seus habitantes sob alerta.
Wycliffe Wells, Austrália

Os Ficheiros Pouco Secretos de Wycliffe Wells

Há décadas que os moradores, peritos de ovnilogia e visitantes testemunham avistamentos em redor de Wycliffe Wells. Aqui, Roswell nunca serviu de exemplo e cada novo fenómeno é comunicado ao mundo.
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Alice Springs a Darwin, Austrália

Estrada Stuart, a Caminho do Top End da Austrália

Do Red Centre ao Top End tropical, a estrada Stuart Highway percorre mais de 1.500km solitários através da Austrália. Nesse trajecto, o Território do Norte muda radicalmente de visual mas mantém-se fiel à sua alma rude.
À Descoberta de Tassie, Parte 1 - Hobart, Austrália

A Porta dos Fundos da Austrália

Hobart, a capital da Tasmânia e a mais meridional da Austrália foi colonizada por milhares de degredados de Inglaterra. Sem surpresa, a sua população preserva uma forte admiração pelos modos de vida marginais.
À Descoberta de Tassie,  Parte 2 - Hobart a Port Arthur, Austrália

Uma Ilha Condenada ao Crime

O complexo prisional de Port Arthur sempre atemorizou os desterrados britânicos. 90 anos após o seu fecho, um crime hediondo ali cometido forçou a Tasmânia a regressar aos seus tempos mais lúgubres.
Sydney, Austrália

De Desterro de Criminosos a Cidade Exemplar

A primeira das colónias australianas foi erguida por reclusos desterrados. Hoje, os aussies de Sydney gabam-se de antigos condenados da sua árvore genealógica e orgulham-se da prosperidade cosmopolita da megalópole que habitam.
Atherton Tableland, Austrália

A Milhas do Natal (parte II)

A 25 Dezembro, exploramos o interior elevado, bucólico mas tropical do norte de Queensland. Ignoramos o paradeiro da maioria dos habitantes e estranhamos a absoluta ausência da quadra natalícia.
Melbourne, Austrália

Uma Austrália "Asienada"

Capital cultural aussie, Melbourne também é frequentemente eleita a cidade com melhor qualidade de vida do Mundo. Quase um milhão de emigrantes orientais aproveitaram este acolhimento imaculado.
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Red Centre, Austrália

No Coração Partido da Austrália

O Red Centre abriga alguns dos monumentos naturais incontornáveis da Austrália. Impressiona-nos pela grandiosidade dos cenários mas também a incompatibilidade renovada das suas duas civilizações.
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Michaelmas Cay, Austrália

A Milhas do Natal (parte I)

Na Austrália, vivemos o mais incaracterístico dos 24os de Dezembro. Zarpamos para o Mar de Coral e desembarcamos num ilhéu idílico que partilhamos com gaivinas-de-bico-laranja e outras aves.
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Gravuras, Templo Karnak, Luxor, Egipto
Arquitectura & Design
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Verificação da correspondência
Cerimónias e Festividades
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde, Desembarque
Cidades
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Efate, Vanuatu, transbordo para o "Congoola/Lady of the Seas"
Cultura
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a “Survivor”

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Avião em aterragem, Maho beach, Sint Maarten
Em Viagem
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
António do Remanso, Comunidade Quilombola Marimbus, Lençóis, Chapada Diamantina
Étnico
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Abençoado repouso
História
Hoi An, Vietname

O Porto Vietnamita Que Ficou a Ver Navios

Hoi An foi um dos entrepostos comerciais mais importantes da Ásia. Mudanças políticas e o assoreamento do rio Thu Bon ditaram o seu declínio e preservaram-na como as cidade mais pitoresca do Vietname.
Maui, Havai, Polinésia,
Ilhas
Maui, Havai

Maui: o Havai Divino que Sucumbiu ao Fogo

Maui é um antigo chefe e herói do imaginário religioso e tradicional havaiano. Na mitologia deste arquipélago, o semi-deus laça o sol, levanta o céu e leva a cabo uma série de outras proezas em favor dos humanos. A ilha sua homónima, que os nativos creem ter criado no Pacífico do Norte, é ela própria prodigiosa.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Entrada para a Cidade das Areias de Dunhuang, China
Natureza
Dunhuang, China

Um Oásis na China das Areias

A milhares de quilómetros para oeste de Pequim, a Grande Muralha tem o seu extremo ocidental e a China é outra. Um inesperado salpicado de verde vegetal quebra a vastidão árida em redor. Anuncia Dunhuang, antigo entreposto crucial da Rota da Seda, hoje, uma cidade intrigante na base das maiores dunas da Ásia.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Sal Muito Grosso
Parques Naturais
Salta e Jujuy, Argentina

Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Uxmal, Iucatão, capital Maia, a Pirâmide do Adivinho
Património Mundial UNESCO
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Praias
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Solovestsky Outonal
Religião
Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Sociedade
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Vai-e-vem fluvial
Vida Selvagem
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.