Cruzeiro Africa Princess, 2º Orangozinho, Bijagós, Guiné Bissau

Orangozinho e os Confins do PN Orango


Donas do Tempo
Instrospecção
Africa Princess
Casal pesqueiro
Amigas da moda
À Beira da Maré
Gralhas
O Farol Colonial
Fut de Tampinhas
O Guarda-Rios
Gerações Muçulmanas
Olhar
Orangozinho em Fogo
Palmeira Estrangulada
Air Uite
Ponta de Orangozinho
Rio Canecapane acima
Jovem Uitense
Comunidade da Sombra
Uitense Muçulmana
Donas do Tempo
Instrospecção
Africa Princess
Casal pesqueiro
Após uma primeira incursão à ilha Roxa, zarpamos de Canhambaque para um fim de dia à descoberta do litoral no fundo vasto e inabitado de Orangozinho. Na manhã seguinte, navegamos rio Canecapane acima, em busca da grande tabanca da ilha, Uite.

Com todo o arquipélago de Orango a oeste e a bloquear o oceano aberto, o “Africa Princess” navega da ilha Roxa para o litoral oriental de Orangozinho sobre águas ainda mais tranquilas.

Tanto a maré como o sol descem a olhos vistos. O comandante faz lançar âncora nas imediações da Ponta de Canapá.

O transbordo deixa-nos ao alcance da costa sul da ilha e da praia extensa que lhe dita o fim.

Como sempre, Pinto lidera o caminho e marca o passo, ao longo do areal em que a baixa-mar legava umas poucas poças.

Como acontece, com frequência, nas Bijagós, em vez de banhistas, frequentam-no umas poucas vacas malhadas, de pequeno porte, mais intrigadas que apoquentadas pela nossa súbita aparição, avessas a qualquer contacto.

“Estamos mesmo com pressa!” provocamos o guia na brincadeira. “Queria ver se chegávamos ao marco dos colonos ainda com luz, para vocês verem e fotografarem. Mas ainda falta um bocado.”

Caminhamos. E continuamos a andar para sul de Orangozinho. Sob o olhar cirúrgico de águias pesqueiras no cimo das palmeiras-dendê.

Até que atingimos a ponta sudeste de Orangozinho. Um recife de rocha reduz o areal. Aperta-o de tal maneira que o eleva contra a vegetação.

A torre-farol legada pelos colonos

“O marco dos colonos está aí por detrás! “, assegura Pinto. “Só que a vegetação cresceu muito. Está mais escondido que antes”. Subimos para o cimo das dunas limiares.

Dali, conseguimos, por fim, vislumbrar uma torre metálica enferrujada, coroada por uma velha lâmpada. Pinto chamava-lhe marco dos colonos.

Na prática, seria mais uma das infraestruturas deixadas pelos portugueses depois de os Bijagós terem trocado a sua resistência feroz por um tratado de paz.

Nesses anos de Partilha de África e pós-Conferência de Berlim, o arquipélago de Orango era governado por uma rainha poderosa, Pampa, (falecida em 1930, considerada a última verdadeira monarca dos Bijagós) e por uma elite esclarecida, determinada e guerreira que chegou a lucrar com o comércio de escravos de etnias rivais.

Apercebemo-nos de que uma escada servia o farol. Atraídos pela possibilidade de subirmos, sugerimos a Pinto que lhe procurássemos a base. Pinto torce o nariz. “Vão-se arranhar todos, e a escada está a desfazer-se.” Essas, eram as desmotivações mais óbvias a que chegara.

Mais tarde, apuramos que o farol se encontrava junto de uma zona delimitada para os Fanados das Mulheres, períodos-rituais de iniciação da etnia bijagó em que lá deveriam permanecer isoladas da comunidade.

Ele próprio Bijagó, natural da ilha vizinha de Canhambaque por que tínhamos antes passado – a leste da de Bubaque – Pinto sentia-se na obrigação de nos demover de tal intrusão e do provável castigo.

Submetemo-nos ao seu juízo. Regressamos ao areal aplanado. Retomamos a caminhada por Orangozinho.

O Ocaso que Doura o Limiar Sudeste do Parque Nacional Orango

Vencida uma derradeira esquina do litoral, ficamos com o areal meridional pela frente, tão comprido que mal lhe percebíamos o fim.

O sol assentava para esses lados, o que turvava a contemplação.

Concentramo-nos no imediato: em como um palmeiral próximo gerava silhuetas de que, a espaços, descolavam águias-pesqueiras.

E, já de regresso, em como palmeirais distintos rasgavam o céu em fogo, com um espelho-de-água-salgada a reflecti-lo.

Voltamos ao Africa Princess. Estava nos planos regressarmos a Orangozinho.

Como tal, jantamos e pernoitamos ao largo.

De Volta a Orangozinho, em Busca de Uite

O amanhecer confirma novo transbordo para a lancha de apoio e incursão à ilha.

Ainda com a referência da ponta de Canapá, metemo-nos no rio Canecapane e no manguezal que o envolve.

À entrada, numa floresta de mangal que a maré-baixa deixara com as raízes a descoberto, damos com um bando de macacos-verdes entretidos a mariscar.

Serpenteamos Canecapane acima.

A certo ponto, desviamos para um canal apontado ao interior da ilha.

Subimo-lo até ao seu término lodoso, onde dois barcos tradicionais acrescentavam cores à paisagem verdejante.

Para evitarmos atascar-nos, tiramos o calçado.

Entre perioptalmos desconfiados, passamos para um caminho estreito e sombrio. Sem aviso, o trilho abre para uma clareira que abrigava uma escola.

A Maior Tabanca da Ilha

Depois de algum tempo sem vermos vivalma, surpreendemo-nos com dezenas de jovens alunos e estudantes.

Alguns, tagarelavam, sentados lado a lado, sobre troncos horizontais de uma velha árvore. Outros, espreitavam pelas janelas de uma das salas de aula, a tentarem perceber quem seria aquela gente que os visitava.

Conversamos algum tempo com o jovem professor, destacado de Bissau. Quando nos informa que tem que começar nova aula, retomamos o périplo.

Estávamos em Uite, a maior povoação de Orangozinho, com mais de setecentos habitantes, assim nos esclarece Pinto, nem todos de etnia Bijagó.

Como é apanágio das visitas a tabancas bijagós, cerca-nos um magote de crianças pedinchonas.

Reclamam da atenção que vários adultos tornados anfitriões usufruíam.

Um deles, informa-nos que antes a aldeia não era assim, que tinha telhados tradicionais, de colmo, mas que um fogo desgovernado destruiu boa parte das casas e ditou a sua reconstrução com chapa.

Ora, se essa explicação nos apanha desprevenidos, outra seguinte ainda mais.

Uite, uma Tabanca Muçulmana, Cristã e Animista

Ao ver um morador em dificuldades linguísticas, Pinto recorre ao seu português esforçado.

Na prática, procuravam justificar-nos o porquê de tantas raparigas e mulheres da tabanca usarem abaias, ou afins.

“Aqui em Uite, têm duas religiões.

Daquele lado da tabanca são muçulmanos. Deste, são cristãos e acreditam nas coisas bijagós”.

Andávamos havia dez dias à descoberta do arquipélago. Aquela era a primeira ilha em que tal acontecia. O porquê da inesperada comunhão intrigava-nos.

Ora, sabe-se que a determinada altura da colonização das ilhas de Orango, famílias de pescadores de etnias beafada e mandinga deixaram o continente africano e ocuparam o sul de Orangozinho.

Os seus descendentes formam boa parte da população uitense. São responsáveis pela islamização da ilha e do arquipélago, mesmo se, em Orangozinho competem com a igreja católica e a protestante.

A fixação destas duas etnias está longe de ser única. Também os denominados pescadores Nhomincas desceram da região senegalesa do Delta do Rio Saloum, conhecido por rio de Barbacins, na era dos Descobrimentos. Fixaram-se em Orango e em ilhas do vasto arquipélago bijagó Urok.

Atraídos pela abundância de peixe e pela permissividade dos nativos, de tempos a tempos, instalam-se também nas Bijagós ou percorrem-nas grupos chegados da Costa do Marfim, da Guiné Conacri e até da Serra Leoa.

A integração dos Nhomincas, dos mandingas, beafadas, papeis e outras etnias no território e sociedade bijagó daria para toda uma tese de doutoramento. Em vez, retomemos o périplo por Uite.

Pinto explica-nos que, apesar da cisão territorial estabelecida pela “avenida” de terra principal, toda a gente na tabanca se dá bem. “Eles sabem respeitar-se uns aos outros e os conflitos são raros.

Um Périplo Aturado por Uite

Olhem, só para verem, a equipa de futebol daqui de Uite é das melhores das Bijagós. Foram eles os últimos a ganhar o campeonato cá do arquipélago!”

A avaliar pela paixão dos miúdos pelo futebol sob diversas expressões, essa conquista fazia todo o sentido.

Uns poucos, mantêm-se compenetrados num torneio levado a cabo com tampinhas, botões e latas de atum como balizas.

Outros mais velhos, dão toques numa bola atada a uma corda.

Quando os fotografamos, duas ou três mulheres confiscam-lhes o esférico e mostram-nos do que são capazes.

Finda a exibição, rogam a espectadoras vizinhas que nos deem a provar do seu vinho de caju recém-fermentado. Bebericamos.

Sabe-nos bastante melhor que o último vinho de palma que tínhamos provado em Acra, capital do Gana.

Pinto dá a indicação de que estava na hora de partirmos.

De regresso ao Africa Princess, fazemos escala numa língua de areia ao largo, perfeita para banhos.

Por ali, a bordo de um seu barco tradicional, pescadores de Uite preparavam uma continuação de pesca iminente.

Perguntam a Pinto se não precisávamos de levar alguns. Pinto explica que, durante a nossa visita a Uite, a tripulação do African Princess já tinha tratado da sua própria pesca.

Assim era. Quando reentramos na embarcação-mãe, tínhamos, quase pronto, um almoço repleto de peixe das Bijagós.

Naquela tarde, prosseguiríamos rumo à ilha de João Vieira, parte do sub-arquipélago homónimo vizinho do de Orango que tínhamos já percorrido, a partir da ilha Kére,  em busca dos seus esquivos hipopótamos.

COMO IR:

Voe com a Euroatlantic , Lisboa-Bissau e Bissau-Lisboa, às sextas-feiras.

CRUZEIRO ” AFRICA PRINCESS “

Reserve o seu cruzeiro pelo arquipélago das Bijagós em: africa-princess.com

Email: africa.princess.bijagos@gmail.com

Telm: +351 91 722 4936

Mindelo, São Vicente, Cabo Verde

O Milagre de São Vicente

São Vicente sempre foi árida e inóspita a condizer. A colonização desafiante da ilha submeteu os colonos a sucessivas agruras. Até que, por fim, a sua providencial baía de águas profundas viabilizou o Mindelo, a urbe mais cosmopolita e a capital cultural de Cabo Verde.
Varela, Guiné Bissau

Praia, derradeiro Litoral, até à Fronteira com o Senegal

Algo remota, de acesso desafiante, a aldeia pacata e piscatória de Varela compensa quem a alcança com a afabilidade da sua gente e com um dos litorais deslumbrantes, mas em risco, da Guiné Bissau.
Elalab, Guiné Bissau

Uma Tabanca na Guiné dos Meandros sem Fim

São incontáveis os afluentes e canais que, a norte do grande rio Cacheu, serpenteiam entre manguezais e encharcam terras firmes. Contra todas as dificuldades, gentes felupes lá se instalaram e mantêm povoações prolíficas que envolveram de arrozais. Elalab, uma delas, tornou-se uma das tabancas mais naturais e exuberantes da Guiné Bissau.
Cruzeiro Africa Princess, 1º Bijagós, Guiné Bissau

Rumo a Canhambaque, pela História da Guiné Bissau

O Africa Princess zarpa do porto de Bissau, estuário do rio Geba abaixo. Cumprimos uma primeira escala na ilha de Bolama. Da antiga capital, prosseguimos para o âmago do arquipélago das Bijagós.
Ilha Kéré, Bijagós, Guiné Bissau

A Pequena Bijagó que Acolheu um Grande Sonho

Criado na Costa do Marfim, o francês Laurent encontrou, no arquipélago das Bijagós, o lugar que o arrebatou. A ilha que partilha com a esposa portuguesa Sónia, aceitou-os e ao afecto que sentiam pela Guiné Bissau. Há muito que Kéré e as Bijagós encantam quem os visita.
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau

O Portal das Bijagós

No plano político, Bolama subsiste capital. No âmago do arquipélago e no dia-a-dia, Bubaque ocupa esse lugar. Esta cidade da ilha homónima acolhe a maior parte dos forasteiros. Em Bubaque se encantam. A partir de Bubaque, muitos se aventuram rumo a outras Bijagós.
Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós

São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
Ilha da Boa Vista, Cabo Verde

Ilha da Boa Vista: Vagas do Atlântico, Dunas do Sara

Boa Vista não é apenas a ilha cabo-verdiana mais próxima do litoral africano e do seu grande deserto. Após umas horas de descoberta, convence-nos de que é um retalho do Sara à deriva no Atlântico do Norte.
Brava, Cabo Verde

A Ilha Brava de Cabo Verde

Aquando da colonização, os portugueses deparam-se com uma ilha húmida e viçosa, coisa rara, em Cabo Verde. Brava, a menor das ilhas habitadas e uma das menos visitadas do arquipélago preserva uma genuinidade própria da sua natureza atlântica e vulcânica algo esquiva.
Ribeira Grande, Santo AntãoCabo Verde

Santo Antão, Ribeira Grande Acima

Na origem, uma Povoação diminuta, a Ribeira Grande seguiu o curso da sua história. Passou a vila, mais tarde, a cidade. Tornou-se um entroncamento excêntrico e incontornável da  ilha de Santo Antão.
Santiago, Cabo Verde

Santiago de Baixo a Cima

Aterrados na capital cabo-verdiana de Praia, exploramos a sua pioneira antecessora. Da Cidade Velha, percorremos a crista montanhosa e deslumbrante de Santiago, até ao topo desafogado de Tarrafal.
Mindelo, São Vicente, Cabo Verde

O Milagre de São Vicente

São Vicente sempre foi árida e inóspita a condizer. A colonização desafiante da ilha submeteu os colonos a sucessivas agruras. Até que, por fim, a sua providencial baía de águas profundas viabilizou o Mindelo, a urbe mais cosmopolita e a capital cultural de Cabo Verde.
Varela, Guiné Bissau

Praia, derradeiro Litoral, até à Fronteira com o Senegal

Algo remota, de acesso desafiante, a aldeia pacata e piscatória de Varela compensa quem a alcança com a afabilidade da sua gente e com um dos litorais deslumbrantes, mas em risco, da Guiné Bissau.
Elalab, Guiné Bissau

Uma Tabanca na Guiné dos Meandros sem Fim

São incontáveis os afluentes e canais que, a norte do grande rio Cacheu, serpenteiam entre manguezais e encharcam terras firmes. Contra todas as dificuldades, gentes felupes lá se instalaram e mantêm povoações prolíficas que envolveram de arrozais. Elalab, uma delas, tornou-se uma das tabancas mais naturais e exuberantes da Guiné Bissau.
Cruzeiro Africa Princess, 1º Bijagós, Guiné Bissau

Rumo a Canhambaque, pela História da Guiné Bissau

O Africa Princess zarpa do porto de Bissau, estuário do rio Geba abaixo. Cumprimos uma primeira escala na ilha de Bolama. Da antiga capital, prosseguimos para o âmago do arquipélago das Bijagós.
Ilha Kéré, Bijagós, Guiné Bissau

A Pequena Bijagó que Acolheu um Grande Sonho

Criado na Costa do Marfim, o francês Laurent encontrou, no arquipélago das Bijagós, o lugar que o arrebatou. A ilha que partilha com a esposa portuguesa Sónia, aceitou-os e ao afecto que sentiam pela Guiné Bissau. Há muito que Kéré e as Bijagós encantam quem os visita.
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau

O Portal das Bijagós

No plano político, Bolama subsiste capital. No âmago do arquipélago e no dia-a-dia, Bubaque ocupa esse lugar. Esta cidade da ilha homónima acolhe a maior parte dos forasteiros. Em Bubaque se encantam. A partir de Bubaque, muitos se aventuram rumo a outras Bijagós.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Duo de girafas cruzadas acima da savana, com os montes Libombo em fundo
Safari
Reserva de KaMsholo, eSwatini

Entre as Girafas de KaMsholo e Cia

Situada a leste da cordilheira de Libombo, a fronteira natural entre eSwatini, Moçambique e a África do Sul, KaMsholo conta com 700 hectares de savana pejada de acácias e um lago, habitats de uma fauna prolífica. Entre outras explorações e incursões, lá interagimos com a mais alta das espécies.
Monges na escadaria do mosteiro Tashi Lha Khang
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Cerimónias e Festividades
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Templo Nigatsu, Nara, Japão
Cidades
Nara, Japão

Budismo vs Modernismo: a Face Dupla de Nara

No século VIII d.C. Nara foi a capital nipónica. Durante 74 anos desse período, os imperadores ergueram templos e santuários em honra do Budismo, a religião recém-chegada do outro lado do Mar do Japão. Hoje, só esses mesmos monumentos, a espiritualidade secular e os parques repletos de veados protegem a cidade do inexorável cerco da urbanidade.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Cultura
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Em Viagem
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Cowboys basotho, Malealea, Lesoto
Étnico
Malealea, Lesoto

A Vida no Reino Africano dos Céus

O Lesoto é o único estado independente situado na íntegra acima dos mil metros. Também é um dos países no fundo do ranking mundial de desenvolvimento humano. O seu povo altivo resiste à modernidade e a todas as adversidades no cimo da Terra grandioso mas inóspito que lhe calhou.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Luderitz, Namibia
História
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Albreda, Gâmbia, Fila
Ilhas
Barra a Kunta Kinteh, Gâmbia

Viagem às Origens do Tráfico Transatlântico de Escravos

Uma das principais artérias comerciais da África Ocidental, a meio do século XV, o rio Gâmbia era já navegado pelos exploradores portugueses. Até ao XIX, fluiu pelas suas águas e margens, boa parte da escravatura perpetrada pelas potências coloniais do Velho Mundo.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Inverno Branco
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Capacete capilar
Natureza
Viti Levu, Fiji

Canibalismo e Cabelo, Velhos Passatempos de Viti Levu, ilhas Fiji

Durante 2500 anos, a antropofagia fez parte do quotidiano de Fiji. Nos séculos mais recentes, a prática foi adornada por um fascinante culto capilar. Por sorte, só subsistem vestígios da última moda.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Cumbre Vieja, La Palma, erupção, Tsunami,Um Apocalipse Televisionado
Parques Naturais
La Palma, CanáriasEspanha

O Mais Mediático dos Cataclismos por Acontecer

A BBC divulgou que o colapso de uma vertente vulcânica da ilha de La Palma podia gerar um mega-tsunami. Sempre que a actividade vulcânica da zona aumenta, os media aproveitam para apavorar o Mundo.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Património Mundial UNESCO
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde, Desembarque
Praias
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Via Conflituosa
Religião
Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Máquinas Bebidas, Japão
Sociedade
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor
Vida Selvagem
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio – Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.