Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura


Vendedores de Tsukiji
Vendedores a postos nas suas bancas do mercado de peixe de Tsukiji.
Carros Eléctricos
Trabalhadores conduzem carros eléctricos de transporte e carga.
Cabeças de peixes
Jovem empregado de um stand corta cabeças de peixes.
Banca
Vendedor atrás de uma montra exuberante de peixe e marisco no mercado de Tsukiji.
Preço do peixe
Preços do peixe afixado de forma vistosa em exemplares de cada espécie.
Carga de Gelo
Funcionário abastece-se de gelo.
O Caixa
Trabalhador responsável pela caixa de um stand.
Comprador
Comprador examina um peixe bem guardado numa caixa de esferovite.
Peixe & Marisco
Montra de peixe e marisco.
Frio transportável
Funcionário do mercado de Tsukiji prepara-se para transportar grandes rectângulos de gelo.
Um dia calmo de Tsukiji
Vendedores levam a cabo diversas tarefas depois de a maior parte dos compradores já ter deixado o mercado.
Embalagem meticulosa
Vendedores preparam cuidadosamente um peixe com grande valor.
Carga Leve
Porta cargas sustenta uma pilha de embalagens termo-protectoras repletas de anotações em japonês.
Loja genérica
Trabalhadores fazem compras numa loja não piscícula do mercado de peixe de Tsukiji.
Vendedores de Tsukiji II
Vendedores a postos nas suas bancas do mercado de peixe de Tsukiji.
V V V
Empregadas da caixa de uma banca de peixe posam para a fotografia.
Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.

Se dúvidas restassem, a atracção exercida sobre os gaijin (estrangeiros) de visita a Tóquio comprovava a excentricidade do vasto mercado de Tsukiji.

Como nós próprios experimentámos, todos os dias, centenas de almas curiosas dos quatro cantos do mundo saíam dos seus hotéis e guest-houses nas primeiras horas ainda escuras da madrugada.

Deixavam-nos tão ensonadas como entusiasmadas pela nova incursão nas particularidades civilizacionais da capital japonesa.

O encerramento do sistema de metro pouco depois da meia-noite obrigava a maior parte dos estrangeiros a usar os dispendiosos táxis da cidade. Mas não demorava até que as centenas de ienes extra e as horas de sono perdidas fossem compensadas.

A Activação Madrugadora do Mercado de Tsukiji

Por volta das três da manhã, cerca de 2300 toneladas de peixe, marisco e algas começavam a chegar ao complexo de Tsukiji em descargas incessantes. Uma vez descarregadas, eram preparadas para a venda em lota que se segue.

Os trabalhadores içavam enormes atuns e peixes-espada, cortavam e transportavam blocos de gelo em pequenas carroças por eles puxadas, ou sobre a grade traseira de velhas pasteleiras. Passavam de mão em mão caixas e tanques com espécimes de peixes e moluscos tão estranhos quanto vivos.

carga de gelo, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Funcionário abastece-se de gelo.

Sentia-se fluir a energia produtiva que permitiu que, em apenas duzentos anos, Tóquio se desenvolvesse de um mero pântano até à metrópole em que se tornou.

Essa mesma energia alimenta e mobiliza a maior cidade do mundo.

As Incursões Polémicas dos Gaijin em Tsukiji

De 11 de Março até 26 de Julho 2011, o acesso dos estrangeiros esteve interdito devido aos danos provocados nos edifícios de Tsukiji pelo grande tremor de terra de Sendai. Quando visitámos o mercado, só era possível entrar a partir das cinco da manhã.

O acesso à lota dos atuns – um dos espaços mais procurados – era concedido a apenas algumas dezenas de felizardos por dia.

Ali surgiam, alinhados segundo o tipo e proveniência, centenas de espécimes de atuns congelados e fumegantes, devido à diferença da sua temperatura face à ambiente.

vendedores peixe, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Vendedores a postos nas suas bancas do mercado de peixe de Tsukiji.

Atum e Peixe-Espada: os Tesouros Alimentares Pescados dos Mares

A partir do momento em que soava o sino da abertura da lota, ali eram arrematados por preços exorbitantes que, consoante a excelência da sua carne, podem ascender a 8.000 euros.

Assim acontecia com com certos peixes-espada e com atuns-rabilhos de grande porte e um otoro (parte mais gorda da barriga, localizada abaixo da barbatana peitoral) irrepreensível, a matéria-prima sempre disputada do melhor sushi e sashimi da nação dos imperadores.

As famílias de alguns vendedores e funcionários trabalhavam no mercado para cima de dez gerações. A de Shiro Kamoshita, 61 anos, estava presente há apenas três o que não o impediu de se estabelecer como um intermediário de sucesso, apto como poucos a avaliar o peixe que lhe passava pelos olhos: “Um bom atum é como um lutador de sumo.

Um lutador de sumo come imenso mas como se exercita muito, tem muito músculo e a gordura em redor é suave. Com o atum, passa-se exactamente a mesma coisa.”

Gritados num japonês mais imperceptível que nunca, os negócios processavam-se em Tsukiji segundo um protocolo sagrado, nem sempre respeitado pelos turistas.

De tempos em tempos, estes não resistiam a tocar nas peças expostas. Irritavam os proprietários, os compradores e as autoridades do mercado e provocavam novas restrições de acesso.

embalagem, peixe, vendedores, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Vendedores preparam cuidadosamente um peixe com grande valor.

Permitir ou Proibir as Visitas dos Estrangeiros, a Questão que Persistia

Segundo nos informaram, as regras mudavam consoante os acontecimentos e as pressões de dois tipos de agentes do mercado: os que não tinham qualquer vantagem na presença dos estrangeiros. E as dos donos dos restaurantes do complexo.

Estes, aumentavam a sua facturação sempre que os gaijin eram atacados pela fome e devoravam as suas refeições. Quando os frequentam com o propósito superior de provarem o sushi e sashimi mais frescos e genuínos do Japão, o mesmo sushi e sashimi que é vendido nos restaurantes luxuosos da zona multimilionária de Ginza, mais de 12 horas depois (parte de jantares tardios), a 400 euros por dose.

montra, peixe, marisco, vendedor, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Vendedor atrás de uma montra exuberante de peixe e marisco no mercado de Tsukiji.

Ou vendiam uma série de outros pratos menos famosos mas bem mais desafiantes como o fugu, uma iguaria confeccionada a partir de peixe-balão e que pode ser letal caso o cozinheiro responsável não remova convenientemente os órgãos que concentram um veneno para que não existe antídoto, a tetrodotoxina.

Os Riscos Inevitáveis e os Critérios de Higiene Apertados de Tsukiji

Outros acidentes eram evitados em permanência no mercado de peixe de Tsukiji:  centenas de pequenos carros eléctricos com visual enferrujado de adereços do “Espaço 1999” eram conduzidos por trabalhadores que se mantinham em alerta para nos contornarem e a colegas ocupados ou distraídos.

transporte, carga, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Trabalhadores conduzem carros eléctricos de transporte e carga.

Peixeiros de facas em riste cortavam enormes barbatanas para contentores ensanguentados. Enquanto isso, distintos funcionários preveniam avalanches de pilhas de caixas de esferovite vazias.

Malgrado a quantidade de peixe e marisco presente, o aroma característico destas criaturas do mar era ténue em Tsukiji.  Tal suavidade ao olfacto resultava da obsessão japonesa pela higiene e anti-sepsia.

As bancas surgiam organizadas sem mácula. Os produtos – incluindo alguns resultantes da controversa pesca da baleia japonesa – sobre camadas generosas de gelo picado, embalados por celofane e em arcas frigoríficas sofisticadas. Ou, se ainda vivos, em contentores com água salgada.

Folhas de cartolina espessa asseguravam a identificação das espécies com grandes caracteres bem visíveis assim como o preço que não devia ser regateado.

peixe-venda-reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Preços do peixe afixado de forma vistosa em exemplares de cada espécie.

O Elevado Consumo de Peixe e Marisco. Tanto o Nipónico como o Português

Um dos poucos vendedores que falava inglês perguntou-nos, Tsukiji, de onde éramos. Apressou-se a identificar Portugal num planisfério que mantinha afixado num tecto baixo da sua banca. “Portugal? Muito bom peixe e marisco! E, se bem me lembro dos meus tempos passados nos mares, comem quase tanto como nós.”

O consumo per capita de peixe japonês, como o português, é exemplar, ultrapassado apenas por nações insulares com centenas de milhares de habitantes como a Islândia. Ou por outras menores como as Maldivas e Kiribati.

Apesar da tonelagem que era fornecida pelo mercado de Tsukiji até ao seu encerramento, desde o fim do século XX que a quantidade de atum ali vendido – de que o Japão consome cerca de um terço da produção mundial –  ficava-se pelos 10%, 11%.

vendedores, peixe, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Vendedores a postos nas suas bancas do mercado de peixe de Tsukiji.

Mercado de Tsukiji: a Gradual Perda de Frescura e de Influência

Prejudicava-a a opção das grandes superfícies de comprar directamente na fonte, algo que foi facilitado pela evolução nas comunicações e pela consolidação do retalho

Por outro lado, o peixe comprado por Kamoshita e pelos colegas já não era pescado exclusivamente nas águas ao largo das quase 7000 ilhas japonesas. Mais de metade provinha de vendedores tão longínquos como os de Port Lincoln, na Austrália ou Gloucester, Massachusetts.

Para agravar a perda de relevância do mercado de Tsukiji, as mulheres japonesas passaram a trabalhar, cada vez mais, fora de casa. Como têm menos tempo para comprar peixe fresco, optam pela conveniência do peixe processado.

Estas mudanças ameaçavam a subsistência dos pescadores, intermediários e vendedores japoneses. Também ameaçavam a qualidade do peixe em geral.

cabeca de peixe, vendedor, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Jovem empregado de um stand corta cabeças de peixes.

Pescadores e estivadores cortavam a cauda aos atuns expostos na lota para que os compradores pudessem examinar o teor de gordura e a cor da carne. A origem do atum surgia escrita em japonês em etiquetas colocadas nas carcaças.

Por norma, quando os atuns provinham de águas não nipónicas, era cortada uma porção extra. Tratavam-se de peixes que passavam mais tempo fora de água até chegarem a Tsukiji. Como tal, os vendedores concediam algum acesso extra à peça para que os compradores pudessem investigar a sua carne de forma conveniente.

O grande tremor de terra de Sendai, os respectivos tsunamis e a catástrofe de Fukushima fizeram perder-se pescadores e embarcações que abasteciam a capital. Além de que os receios de contaminação passaram a ser nucleares.

Mesmo se o governo proibiu a pesca nas águas ao largo do nordeste do Japão, nos últimos tempos, as transacções no mercado de Tsukiji e as importações de peixe e marisco japoneses diminuíram sobretudo por efeito da popularização e internacionalização dos receios.

vendedoras, caixas, bancada, peixe, reino deposto, mercado, Tsukiji, toquio, japao

Empregadas da caixa de uma banca de peixe posam para a fotografia.

Após o grande sismo de Sendai, o mercado de Tsukiji, como o Japão em geral, recomeçava a abastecer a grande capital nipónica. Na sequência de uma longa controvérsia, o mercado de Tsukiji foi transferido para Toyosu.

Entre as razões apontadas, contava-se a antiguidade excessiva dos edifícios. O verdadeiro motivo terá sido o valor imobiliário dos terrenos relativamente centrais é à beira-mar ocupados por Tsukiji.

Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Uma Cidade Perdida e Achada
Arquitectura & Design
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Saida Ksar Ouled Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia
Cerimónias e Festividades
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Oranjestad cidade, Aruba, edifício arquitectura holandesa
Cidades
Oranjestad, Aruba

A Alma Neerlandesa de Aruba

Do outro lado do Atlântico, nas profundezas das Caraíbas, Oranjestad, a capital de Aruba exibe boa parte do legado deixado nas ilhas ABC pelos colonos dos Países Baixos. Os nativos chamam-lhe “Playa”. A cidade anima-se com festas balneares exuberantes.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Tequila, cidade de Jalisco, México, jima
Cultura
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
ilha Streymoy, Ilhas Faroe, Tjornuvik, Gigante e Bruxa
Em Viagem
Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes

Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Étnico
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Celebração Nahuatl
História

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Castelo de Shuri em Naha, Okinawa o Império do Sol, Japão
Ilhas
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Vai-e-vem fluvial
Natureza
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Em espera, Mauna Kea vulcão no espaço, Big Island, Havai
Parques Naturais
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Sombra vs Luz
Património Mundial UNESCO
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Fila Vietnamita
Praias

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

Barco no rio Amarelo, Gansu, China
Religião
Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Ponte u bein, Amarapura, Myanmar
Sociedade
Ponte u-BeinMyanmar

O Crepúsculo da Ponte da Vida

Com 1.2 km, a ponte de madeira mais antiga e mais longa do mundo permite aos birmaneses de Amarapura viver o lago Taungthaman. Mas 160 anos após a sua construção, U Bein está no seu crepúsculo.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Vida Selvagem
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.