Namibe, Angola

Incursão ao Namibe Angolano


A Gruta
Numa Pilha
Colinas de Curoca
Sinal de Vida
Deserto do Namibe
No Cimo
Rio Curoca em Pediva
Museu dos Camiões
Estrada de Lixa
Colina de Curoca
Última Morada, em Curoca
Árvore Cabeluda
Arco da Lagoa
MPLA
Vale do Espírito
Estádio dos Arcos
Acácia
Monte Cársico II
Desfiladeiro
Ocaso de Curoca
À descoberta do sul de Angola, deixamos Moçâmedes para o interior da província desértica. Ao longo de milhares de quilómetros sobre terra e areia, a rudeza dos cenários só reforça o assombro da sua vastidão.

Deixamos Moçâmedes mais tarde do que estávamos a contar.

Apontados ao sul, sulcamos a paisagem inóspita, numa corrida contra o declínio do sol. Iminente, o ocaso dourava e embelezava aquele grande nada sem apelo.

Quando o astro, por fim, se despede, subimos o primeiro dos morros em que se encaixa o casario de Curoca.

Homónima de um outro município angolano situado sobre a fronteira com a Namíbia, este povoado adaptou o nome do rio efémero que por ali passa, pouco antes de se entregar ao Atlântico.

Mesmo humilde e algo incaracterística, Curoca esconde os seus encantos. Haveríamos de lá regressar.

Conscientes do muito que faltava para o destino final, cruzamos o povoado. Prosseguimos EN100 abaixo, à velocidade possível.

O piso provisório revelava-se de tal maneira áspero que, Alexandre Rico, o guia que nos conduzia, preferia tomar escapatórias arenosas, paralelas à estrada.

Chegada ao Acampamento da Orca de Gilberto Passos

Nativo da província, filho de pai angolano e mãe da Namíbia, Alexandre conhecia o terreno.

Malgrado o escuro e, a determinada altura, uma certa indefinição do caminho gerada pelo movimento das areias, 150km e mais de três horas depois, chegamos ao domínio do acampamento Orca e da sua famosa Gruta.

Lá nos recebem o sr. Gilberto Passos e a esposa Isabel. Corteses, aceitam as desculpas devidas pelo atraso. Logo, inauguram um périplo explicativo.

O acampamento Orca fica situado no extremo norte do imenso Iona, o maior parque nacional de Angola. Angolano natural de Malange, Gilberto foi, durante 15 anos, o concessionário exclusivo e administrador.

A sua administração durou o que durou. De 1975 em diante, o alastrar e agravar da Guerra Civil Angolana ditou a captura sistemática de animais do parque, enquanto meio de alimentação de tropas e de caça furtiva geradora de rendimentos.

A guerra arrastou-se até 2002. Mesmo após o seu término, o extermínio da fauna prosseguiu. Só a partir de 2010 começaram a estabelecer-se parcerias financeiras e operacionais com instituições da União Europeia e outras, na esperança de que o parque recuperasse a anterior riqueza animal.

No entretanto, Gilberto preservou o direito de explorar o acampamento Orca, ainda disposto em redor de uma colina formada por incontáveis rochedos ocres e arredondados.

Uns poucos, situados na frente de quem chega e mais emblemáticos, formam a Gruta, o albergue lítico e reputado em que iríamos pernoitar.

Gilberto e Isabel mostram-nos distintos quartos, que nos dão a escolher.

Na sequência, conduzem a comitiva à sala de jantar. Enquanto inspeccionamos várias fotografias de encontros com personalidades de visita à Gruta, os anfitriões ultimam uma surpreendente refeição.

Estávamos bem para o interior do inóspito Namibe.

Não obstante, apoiado por uns poucos funcionários, o casal prenda-nos com uma cataplana digna das melhores marisqueiras, seguida de deliciosas peras doces.

Noite aquecida e Animada em Volta da Fogueira

À entrada do Inverno do Hemisfério Sul e do Cacimbo, faz frio no deserto. Gilberto e Isabel convidam-nos a continuarmos à conversa junto de uma grande fogueira que acendem ali por perto.

Gilberto conta-nos episódios e peripécias da sua já longa vida angolana.

A sua carreira de músico e como lhe permitiu conviver com outros músicos de renome e entreter e animar os militares angolanos, em distintos lugares de Angola e da Guerra Colonial.

Toca-nos e canta alguns êxitos de Zeca Afonso, de Cesária Évora, Duo Ouro Negro e outros.

Derreados da viagem desde a longínqua Moçâmedes, embalados pelas suas melodias, cedo nos entregamos ao sono.

Adormecemos sem nos decidirmos sobre o que era mais especial, se aquele lugar só por si, ou a honra de assim o descobrirmos.

Fosse como fosse, esforçamo-nos por despertar antes da aurora.

Aurora do Cimo do Monte Cársico de “A Gruta”

A essa hora, já uns poucos funcionários tratavam de uma bomba d’água. Indicam-nos a melhor maneira de subirmos ao cimo do monte cársico em que se enquadrava a Gruta.

Afugentamos uns poucos damões-do-cabo (hyraxes) surpresos.

Do topo, contemplamos, a 360º, o Namibe a perder de vista.

Não tarda, apreciamos o Sol emergente dourá-lo e às suas linhas de acácias.

Na distância, três ou quatro burros percorriam a vastidão em busca de água.

Estendemos a contemplação tanto quanto podemos.

Quando regressamos ao solo, pela vertente oposta à da subida, ficamos de frente para uma espécie de estacionamento-museu do acampamento.

Lá se alinhavam quatro velhos camiões, usados, amiúde, durante os anos em que Gilberto foi responsável pelo PN Iona.

Animado pelo expectável convívio e por um debate aceso sobre qual a melhor sequência para o itinerário que íamos seguir, o pequeno-almoço retém-nos para lá hora estimada.

Despedimo-nos, agradecidos por tudo, de Gilberto e de Isabel.

Em Busca do Rio Curoca e das Termas de Pediva

Revertemos na EN100. Por pouco tempo. Instantes depois, Alexandre flecte para leste. Entramos num desfiladeiro arenoso e, por comparação, apertado.

Esse desfiladeiro leva-nos a um trecho distinto do rio Curoca, uma das suas poucas secções que, abastecida por nascentes, se mantinha com caudal.

Brotavam, dali águas quentes.

O pequeno oásis fluvial ladeado de palmeiras ficou assim conhecido como Termas de Pediva. As suas águas, tanto as termais como as convencionais, sustentam um ecossistema, em tempos, prolífico.

Como parte do esforço internacional de recuperação, as autoridades instalaram nas imediações uma estação de rangers do PN Iona.

São dois rangers de serviço, fardados a condizer, que registam a nossa visita e passagem.

De Pediva, inauguramos o regresso, por um caminho, em parte diferente em que nos cruzamos, com vacas, com burros, umas poucas zebras e gazelas que sulcavam um raro feno ondulante, legado por chuvas recentes.

Dois furos aborrecedores voltam a atrasar-nos.

Mesmo assim, por volta das quatro da tarde, estamos de regresso a Curoca.

Algum vento areja a povoação.

Refresca os angolanos que a habitam, gente simples, habituada a que jipes apareçam e deambulem entre o seu casario, em busca de informações, mantimentos ou, como acabou por também nos acontecer, uns jipes aos outros.

As Colinas Descomunais e o Oásis de Curoca

Convergimos para uma das atracções geológicas que deram fama a povoação, as Colinas de Curoca ou, como são igualmente tratadas, Vale do Espírito.

São na prática, um alinhamento colossal de desfiladeiros.

De canyons multicolores de que se destacam formações peculiares, pejados de fósseis que o recuo dos oceanos por ali deixou.

Um tesouro a que moradores de Curoca estão por dar o devido valor.

Cruzamo-nos com um trio de moças que carrega pilhas de galhos sobre as cabeças, fontes de fogo, de aquecimento e de comida cozinhada que substituem outras mais modernas e fáceis.

Atravessamos toda a povoação.

Espantamo-nos ao constatarmos como o leito do rio a torna um oásis, retalhado em pequenos hortos e plantações abastecedores de Moçâmedes e até, mais a sul, de Tongwa, a velha Porto Alexandre colonial.

Num caminho terciário, arenoso e estreito, uma manada de vacas bloqueia-nos a passagem.

Com esse tempo adicional perdido, ao chegarmos aos Arcos, a formação já está a sombra.

Da lagoa, demasiado usada para incontáveis irrigações, nem sinal.

Ainda batidos pelo sol, dezenas de jovens disputam uma partida de futebol poeirenta, na base de falésias opostas.

Voltamos a Moçâmedes.

Recuperamos os pneus e do cansaço.

Na manhã seguinte, retomaríamos a deambulação pelo Namibe, com reentrada Parque Nacional Iona pela entrada norte que dá acesso ao seu imenso domínio dunal.

 

COMO IR

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Quedas d'água de Kalandula, Angola

Angola em Catadupa

Consideradas as segundas maiores de África, as quedas d’água de Kalandula banham de majestade natural a já de si grandiosa Angola. Desde os tempos coloniais em que foram baptizadas em honra de D. Pedro V, Duque de Bragança, muito rio Lucala e história por elas fluiu.
Lubango, Angola

A Cidade no Cimo de Angola

Mesmo barradas da savana e do Atlântico por serras, as terras frescas e férteis de Calubango sempre prendaram os forasteiros. Os madeirenses que fundaram Lubango sobre os 1790m e os povos que se lhes juntaram, fizeram dela a cidade mais elevada e uma das mais cosmopolitas de Angola.
Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Twyfelfontein - Ui Aes, Namíbia

À Descoberta da Namíbia Rupestre

Durante a Idade da Pedra, o vale hoje coberto de feno do rio Aba-Huab, concentrava uma fauna diversificada que ali atraía caçadores. Em tempos mais recentes, peripécias da era colonial coloriram esta zona da Namíbia. Não tanto como os mais de 5000 petróglifos que subsistem em Ui Aes / Twyfelfontein.
Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay

Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.
Cidade do Cabo, África do Sul

Ao Fim e ao Cabo

A dobragem do Cabo das Tormentas, liderada por Bartolomeu Dias, transformou esse quase extremo sul de África numa escala incontornável. E, com o tempo, na Cidade do Cabo, um dos pontos de encontro civilizacionais e urbes monumentais à face da Terra.
Robben Island, África do Sul

A Ilha ao Largo do Apartheid

Bartolomeu Dias foi o primeiro europeu a vislumbrar a Robben Island, aquando da sua travessia do Cabo das Tormentas. Com os séculos, os colonos transformaram-na em asilo e prisão. Nelson Mandela deixou-a em 1982, após dezoito anos de pena. Decorridos outros doze, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul.
Moçamedes ao PN Iona, Namibe, Angola

Entrada em Grande na Angola das Dunas

Ainda com Moçâmedes como ponto de partida, viajamos em busca das areias do Namibe e do Parque Nacional Iona. A meteorologia do cacimbo impede a continuação entre o Atlântico e as dunas para o sul deslumbrante da Baía dos Tigres. Será só uma questão de tempo.
Cabo Ledo, Angola

O Cabo Ledo e a Baía do Regozijo

A apenas a 120km a sul de Luanda, vagas do Atlântico caprichosas e falésias coroadas de moxixeiros disputam a terra de musseque. Partilham a grande enseada forasteiros rendidos ao cenário e os angolanos residentes que o mar generoso há muito sustenta.
Serra da Leba, Angola

Aos Esses. Pela História de Angola.

Uma estrada ousada e providencial inaugurada nas vésperas da Revolução dos Cravos liga a planura do Namibe às alturas verdejantes da Serra da Leba. As suas sete curvas em gancho surgem no enfiamento de um passado colonial atribulado. Dão acesso a alguns dos cenários mais grandiosos de África.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Fiel em frente à gompa A gompa Kag Chode Thupten Samphel Ling.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Sombra vs Luz
Arquitectura & Design
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
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Cerimónias e Festividades
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Bar de Rua, Fremont Street, Las Vegas, Estados Unidos
Cidades
Las Vegas, E.U.A.

O Berço da Cidade do Pecado

Nem sempre a famosa Strip concentrou a atenção de Las Vegas. Muitos dos seus hotéis e casinos replicaram o glamour de néon da rua que antes mais se destacava, a Fremont Street.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Cultura
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Em Viagem
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Tabatô, Guiné Bissau, Balafons
Étnico
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, Doces crocantes
História
São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
Ocaso, Santo Antão, Cabo Verde
Ilhas
Santo Antão, Cabo Verde

Pela Estrada da Corda Toda

Santo Antão é a mais ocidental das ilhas de Cabo Verde. Lá se situa um limiar Atlântico e rugoso de África, um domínio insular majestoso que começamos por desvendar de uma ponta à outra da sua deslumbrante Estrada da Corda.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
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Literatura
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
Recompensa Kukenam
Natureza
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Carrinha no Jossingfjord, Magma Geopark, Noruega
Parques Naturais
Magma Geopark, Noruega

Uma Noruega Algo Lunar

Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Património Mundial UNESCO
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
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Praias
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A Irmã Polinésia que Qualquer Ilha Gostaria de Ter

A meros 17km de Taiti, Moorea não conta com uma única cidade e abriga um décimo dos habitantes. Há muito que os taitianos veem o sol pôr-se e transformar a ilha ao lado numa silhueta enevoada para, horas depois, lhe devolver as cores e formas exuberantes. Para quem visita estas paragens longínquas do Pacífico, conhecer também Moorea é um privilégio a dobrar.
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Religião
Gangtok, Índia

Uma Vida a Meia-Encosta

Gangtok é a capital de Sikkim, um antigo reino da secção dos Himalaias da Rota da Seda tornado província indiana em 1975. A cidade surge equilibrada numa vertente, de frente para a Kanchenjunga, a terceira maior elevação do mundo que muitos nativos crêem abrigar um Vale paradisíaco da Imortalidade. A sua íngreme e esforçada existência budista visa, ali, ou noutra parte, o alcançarem.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
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Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
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Sociedade
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Quando Contar Ovelhas Tira o Sono

Há 20 anos, a Nova Zelândia tinha 18 ovinos por cada habitante. Por questões políticas e económicas, a média baixou para metade. Nos antípodas, muitos criadores estão preocupados com o seu futuro.
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Vida Quotidiana
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Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
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Vida Selvagem
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Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
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Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.