Sesimbra, Portugal

Uma Vila Tocada por Midas


Ao Abrigo do Forte
Sesimbra do Alto
Arquitectura da Vila
O Altar do Forte
Acima de Tudo, o Castelo
Em Honra de Baúça
Em Época de Papoila
Acima de Tudo, o Castelo II
Sol Forte
Praia do Ouro @ Sesimbra
Manobras
Essência de Sesimbra
O Castelo apontado à Vila
Pescador António Lourenço
O “Leãozinho”
Em Busca de
Praia Ribeiro do Cavalo
Duo Pesqueiro
Lancha Apontada
O Casario Sesimbrense
Não são só a Praia da Califórnia e a do Ouro que a encerram a sul. Abrigada das fúrias do ocidente atlântico, prendada com outras enseadas imaculadas e dotada de fortificações seculares, Sesimbra é, hoje, um porto de abrigo piscatório e balnear precioso.

A meio da Primavera, nem todos os dias têm a meteorologia perfeita.

O vento sopra um pouco mais forte, a espaços, desviado de oeste, pelo que a Serra do Risco acima nem sempre o barra da fortaleza mandada erguer por D. João IV.

Concluído em 1648, o forte provou-se fulcral no movimento da Restauração da Independência.

Já no reinado seguinte, serviu de balneário aos vários filhos bastardos de D. João V, conhecidos como Meninos de Palhavã, até que lhe foi restituída a merecida dignidade, nomeado sede do Governo das Armas da Região que liderava as defesas mais próximas.

Junto de uma das guaridas que se destacam da estrutura, percebemos a actual função vital da Fortaleza de Santiago.

Hoje, mal-habituada ao aconchego estival da enseada, a comunidade internacional de banhistas ajusta-se a ela como pode, em fuga do desconforto intermitente.

Sol, Praia e o Melhor Peixe do Mundo

No dia seguinte, a bonança retorna à vila e uma multidão ansiosa salpica o areal desafogado.

A água tinha amornado um pouco. A garantia do sol quente no regresso às toalhas provava-se suficiente para incentivar banhos revigorantes, em tons de verde-esmeralda.

Uma hora depois, também os restaurantes logo acima do Ouro e da Califórnia ficam à pinha. Muitos dos visitantes de Sesimbra chegam pela beleza e pelo privilégio das suas praias.

Outros, pela simplicidade e excelência da gastronomia do mar, pelos grelhados de tudo um pouco, peixe foi coisa que nunca faltou, ao largo, com qualidade tal que Sesimbra o proclama, sem cerimónias ,“o melhor do Mundo”, tal como proferido por vários chefs de cozinha portugueses incontornáveis.

Mesmo se a frota pesqueira da vila diminuiu com os tempos, a que subsiste, continua a abastecer os restaurantes e a deliciar os convivas.

Em tempos, era dos areais longos de ambos os lados do Forte da Praia (como é também conhecida a fortaleza) que os pescadores zarpavam.

Praias para um Lado, Pesca para o Outro

A eles regressavam e lá se entregavam à arte xávega que resiste, em Sesimbra. Mais recentemente, a notoriedade turística da vila obrigou a um reordenamento.

Os areais dourados ficaram, em pleno, para turistas e banhistas.

Os pescadores, lota, polícia marítima, docas e afins foram agrupados no recanto oeste da enseada, com as embarcações e restantes estruturas protegidas a dobrar pelo grande pontão que as autoridades dotaram de um farol providencial.

Malgrado o muito por explorar no centro histórico da povoação, desviamos para a área do porto.

O Regresso das Traineiras, a uma Hora de Almoço Tardia

Por lá deambulamos, entre gaivotas oportunistas que bicam os restos das redes, acima de cardumes de grandes peixes que patrulham as águas translúcidas e vedadas.

Passamos por trabalhadores que recuperam embarcações, nem todas de pesca.

Por grupos de pescadores que partilham mesas e repastos, com turnos distintos dos embarcados, prestes a amararem por ali mesmo, carregados de polvo e peixe-espada.

O “Leãozinho”, todo pintado de verde, sem deixar espaço a dúvidas.

O “Nossa Fé”, verde-e-branco, de crença no destino e, assim diríamos, no mesmo êxito clubístico do “Leãozinho”.

Os pescadores de Sesimbra mantêm o seu sotaque pexito da região e ainda pescam em família.

Do nada, António Lourenço, ancião de 91 anos, muito bem conservado, aparece a empurrar um carrinho com caixas.

Os filhos tinham terminado de descarregar os polvos na doca oposta. Uma vez arrumadas as caixas vazias, podiam juntar-se, com um neto que já sai para o mar, à mesa da sua família.

Perguntamos-lhes, na brincadeira, se os polvos ainda caem naquele truque, se não deslindaram já as armadilhas. “Olhe, até ver, parece que não!”, afiançam-nos, bem-dispostos.

“Esperemos que não aprendam tão cedo. Os polvos vendem-se bem que se farta e são caros.”

A Pesca num Atlântico Inclemente, como Sempre

Aproveitamos o embalo. Indagamos ao Sr. Lourenço se a pesca continua tão dura como sempre. “É a mesma coisa!” confirma-nos sem apelo. “Já viram aquele mar lá pró Cabo Espichel?

Aquilo, quando somos apanhados de surpresa, é terrível.

E há barcos que vão daqui até Peniche e voltam. Há uns anos, foi um ao fundo com onze ou doze homens.”

Ficamos esclarecidos. Libertamo-lo para o almoço que já tardava.  Regressamos ao centro.

As gaivotas também por ali esvoaçam, atraídas pelos arranjos, pelos restos e aromas emanados pelos restaurantes.

Não obstante a inevitável gentrificação, muitos pescadores habitam as casas de infância do centro que, devemos sublinhá-lo, ainda se faz de costumes e tradições.

Murais de Homenagem e a Cultura Pexita de Sesimbra

Caminhamos Rua da Fortaleza e Av. 25 de Abril fora, aqui e ali, com incursões a ruas e ruelas interiores à marginal, atentos aos murais que louvam a vida dura dos pescadores e decoram a cidade.

O do Largo de Bombaldes, homenageia Serafim Painho, Mestre Baúça (1933-2019), pescador emblemático da vila e da arte xávega.

A pouca distância, encontramos o artista João da Kruz, compenetrado a decorar mais uma caixa de circuitos de Sesimbra com personagens e frases pexitas, saídas de uma qualquer conversa de rua: “Choques e lulas?? Safa já a giga!!! Squééiste !!!

A tradição pexita vem de há muito e está um pouco por todo o lado, na vila.

Subsiste por exemplo, ao balcão da padaria-pastelaria “A Camponesa”, conhecida como Joaquim do Moinho, que expõe um amontoado equilibrado de farinha torrada e um trunfo gastronómico histórico da região.

Farinha Torrada: Sobremesa e Refeição, de Geração em Geração

A determinada altura, a farinha torrada popularizou-se como o doce por excelência de Sesimbra. As famílias confecionavam-na com farinha, ovos, açúcar amarelo, chocolate, canela e raspas de limão.

Os ovos e o chocolate, dispendiosos, eram usados em pouca quantidade. Por essa razão, em pouco tempo, farinha torrada endurecia.

Por um lado, o seu consumo tornava-se desafiante. Por outro, as fatias resistiam a quase tudo.

Foi consumida com fins terapêuticos, em casos de constipações e de tosses, maleitas que se acreditava que eram curadas mais depressa se a farinha fosse acompanhada de cerveja preta.

Os pescadores, em particular, habituaram-se a levá-la para bordo dos barcos, a contar com o estímulo adocicado e alimado imediato e com o poder energético de cada barra.

Sesimbra e As Origens Remotas na Póvoa Ribeirinha

Logo abaixo, no fundo da escadaria calçada que serve o Largo Euzébio Leão, surge um chafariz de quatro bicas, em tempos partilhado pelos sesimbrenses.

Uns meros metros a sul, destaca-se de um outro largo o pelourinho da vila, uma réplica do original do sec. XVI, destruído já durante o séc. XX e reerguido em 1988.

Sesimbra é bem mais antiga que o seu pelourinho original.

A pesca na zona é anterior ao século XIII. Em 1201, D. Sancho proclamou, via Foral, que deveria ser pago um soldo por pescado, razão de sérios proveitos para a Coroa.

Desde os tempos romanos que os cardumes abundavam ao largo.

De tal maneira que, já com a Idade Média para trás, a Ordem de Santiago relatava ao rei D. Sancho II que até navios estrangeiros ali pescavam ao largo.

Na origem e até ao sec. XVI, a vila concentrava-se nos quase 300 metros de altitude, dentro do castelo que D. Afonso Henriques conquistou, mas perdeu para os Almoádas.

E que, sobre o virar para o século XII, D. Sancho I reconquistou de vez, após o que oficializou a povoação, mediante foral.

Com o tempo e a prioridade da pesca, da construção naval e de outras actividades marítimas fomentadas em redor da original Póvoa Ribeirinha, Sesimbra desceu em peso para a beira-mar.

O castelo continua a impor-lhe as suas torres de menagem e ameias seculares.

O Castelo Imponente de Sesimbra

Quando o apreciamos, a partir do miradouro do baloiço panorâmico Facho de Santana, entre moinhos algo quixotescos, maravilha-nos, como uma miragem amarelada a pairar entre a floresta de pinheiros mansos e as nuvens.

Sesimbra é pródiga neste tipo de visões apaixonantes. Momentos depois, de volta à beira-mar, vivemos outra.

Com o porto e o Forte do Cavalo para trás, uma estrada de brita conduz-nos serrania acima. Uma curva pronunciada aponta-a a Sentrão.

Por essa altura, deixamo-la para um trilho indefinido, ramificado na vegetação densa.

A Visão Atlântica Surreal da Praia do Ribeiro do Cavalo

Aos poucos, o trilho desce para um talvegue pronunciado, o do Ribeiro do Cavalo. Por ele, descemos para os fundos da vertente.

Duas figueiras cheirosas prenunciam um areal arredondado.

E esse areal, um mar imóvel, translúcido, num tom exuberante de turquesa que contrasta com as falésias de calcário e com a areia fina, quanto mais próxima do Atlântico, mais dourada.

Os dias sucediam-se. Sesimbra continuava a deslumbrar-nos.

Sem termos como lhe resistir, enfiamo-nos na água, chapinhamos, nadamos entre os penhascos felizardos, estimulados a dobrar pelo muito que ainda tínhamos por descobrir.

ONDE FICAR EM SESIMBRA:

Four Points By Sheraton Sesimbra

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Tel.: +351 21 051 8370

Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

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Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza

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Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
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Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
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Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
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Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
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À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
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Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do "Pequeno Tibete Português" às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Campos de Gerês -Terras de Bouro, Portugal

Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

Prosseguimos num périplo longo e ziguezagueante pelos domínios da Peneda-Gerês e de Bouro, dentro e fora do nosso único Parque Nacional. Nesta que é uma das zonas mais idolatradas do norte português.
Corvo, Açores

O Abrigo Atlântico Inverosímil da Ilha do Corvo

17 km2 de vulcão afundado numa caldeira verdejante. Uma povoação solitária assente numa fajã. Quatrocentas e trinta almas aconchegadas pela pequenez da sua terra e pelo vislumbre da vizinha Flores. Bem-vindo à mais destemida das ilhas açorianas.
São Jorge, Açores

De Fajã em Fajã

Abundam, nos Açores, faixas de terra habitável no sopé de grandes falésias. Nenhuma outra ilha tem tantas fajãs como as mais de 70 da esguia e elevada São Jorge. Foi nelas que os jorgenses se instalaram. Nelas assentam as suas atarefadas vidas atlânticas.
Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical

A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.
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A Ponta Leste, algo Extraterrestre da Madeira

Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
Vale das Furnas, São Miguel

O Calor Açoriano do Vale das Furnas

Surpreendemo-nos, na maior ilha dos Açores, com uma caldeira retalhada por minifúndios agrícolas, massiva e profunda ao ponto de abrigar dois vulcões, uma enorme lagoa e quase dois mil micaelenses. Poucos lugares do arquipélago são, ao mesmo tempo, tão grandiosos e acolhedores como o verdejante e fumegante Vale das Furnas.
Ilhéu de Cima, Porto Santo, Portugal

A Primeira Luz de Quem Navega de Cima

Integra o grupo dos seis ilhéus em redor da Ilha de Porto Santo mas está longe de ser apenas mais um. Mesmo sendo o ponto limiar oriental do arquipélago da Madeira, é o ilhéu mais próximo dos portosantenses. À noite, também faz do fanal que confirma às embarcações vindas da Europa o bom rumo.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
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Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
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Safari
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Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
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Arquitectura & Design
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

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No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Morione romano em tricycle, festival moriones, Marinduque, Filipinas
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Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
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A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
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À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
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Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
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Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
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Uma Sociedade à Margem

À sombra da fama quase planetária da vizinha Bora Bora, Maupiti é remota, pouco habitada e ainda menos desenvolvida. Os seus habitantes sentem-se abandonados mas quem a visita agradece o abandono.
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Viagem Mundana ao Desfiladeiro Sagrado de Sela

Durante 25 horas, percorremos a NH13, uma das mais elevadas e perigosas estradas indianas. Viajamos da bacia do rio Bramaputra aos Himalaias disputados da província de Arunachal Pradesh. Neste artigo, descrevemos-lhe o trecho até aos 4170 m de altitude do Sela Pass que nos apontou à cidade budista-tibetana de Tawang.
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O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
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Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

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Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
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O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.