Ilha do Pico, Açores

A Ilha a Leste da Montanha do Pico


Monumento ao Balaieiro
Estátua do baleeiro em frente ao museu dedicado à actividade de São Roque do Pico.
Lagoa do Capitão
Nuvens cobrem o cimo do Pico, além da lagoa do Capitão.
Igreja acima das Lajes do Pico
Igreja Matriz das Lajes do Pico, destacada acima da povoação.
Farol da Ponta
O Farol da Ponta da Ilha, que ilumina e sinaliza o sudeste do Pico à navegação.
Vista da Igreja de Lajes
O largo e rua em frente à igreja de Lajes do Pico.
Lajes do Pico, de longe
A povoação de Lajes do Pico, vista da encosta sul da ilha.
Caminho com vista para o Pico
Morador percorre a marginal de Lajes do Pico.
Missa em Lajes
Crentes reunidos numa missa da igreja de Lajes do Pico.
Moinho Mourricão
Um dos vários moinhos tradicionais da ilha do Pico.
O Museu da Indústria Baleeira
O actual Museu da Indústria Baleeira, na antiga fábrica de processamento.
Trilho da Lagoa do Capitão
Caminhantes percorrem um trilho nas imediações da Lagoa do Capitão.
Estátua do Balaieiro
Estátua de um Balaieiro em frente ao Museu da Indústria Baleeira.
São Roque do Pico
O casario de São Roque do Pico no fundo da encosta noroeste da Ilha do Pico.
Mar de São Roque
Onda rebenta contra um pontão de São Roque do Pico.
Gado & Nevoeiro
Sinal de Trânsito junto ao desvio para a Lagoa do Capitão.
Gado na neblina
Vaca num prado do oeste da ilha do Pico.
Vacas na Neblina
Vacas barram a passagem ao trânsito na neblina do cimo da ilha.
Pasto Íngreme
Gado a pastar equilibrado numa vertente íngreme da ilha.
Vinha e Bananal da Calheta
Muros, vinha e bananal junto a Calheta de Nesquim.
Lajes do Pico e o vulcão
Casario de Lajes do Pico, com a montanha em fundo.
Por norma, quem chega ao Pico desembarca no seu lado ocidental, com o vulcão (2351m) a barrar a visão sobre o lado oposto. Para trás do Pico montanha, há todo um longo e deslumbrante “oriente” da ilha que leva o seu tempo a desvendar.

Era a segunda vez que nos dedicávamos à ilha do Pico. Tal como na primeira, cumprimos a travessia de ferry a partir da cidade da Horta, do outro lado do canal.

Da primeira vez, sujeitos a apenas dois dias, concentramos esforços nas prioridades: conquistar o cume do vulcão Pico.

Com o tempo e energia que sobrasse, desvendaríamos as vinhas peculiares da ilha, as espraiadas entre o sopé oeste da montanha e o canal.

Sacrificámos algumas horas de sono e de recuperação do esforço de subir ao tecto de Portugal. Ainda conseguimos descer às profundezas de lava da Gruta da Torre e dar um ou dois outros pulos rápidos a lugares ausentes dos planos iniciais.

Dois dias não davam para mais. Partimos com uma noção frustrante do tanto que deixávamos por conhecer que embarcámos de volta ao Faial.

Quatro anos depois, regressamos. Com as prioridades da conquista do vulcão e as vinhas da ponta oeste da ilha já antes resolvidas, favorecidos por uma estadia bem situada, aproveitamos para explorar o “lado de lá” da montanha suprema de Portugal.

Encosta da Montanha do Pico Acima, em Busca da Lagoa do Capitão

De acordo com o novo itinerário, mal nos vimos com o carro alugado resolvido, apontamos à Lagoa do Capitão, um reduto natural tão emblemático como incontornável do Pico.

A estrada faz-nos ascender boa parte da vertente ocidental do vulcão e, depois, contorná-lo pelo seu norte.

A determinada altura, com o cume da montanha à direita, a EN 3 aplana. Submete-se a uma longa recta, a espaços, semi-afundada em prados que a chuva e a humidade trazida pela nortada ensopam e fazem viçosos.

O Verão tinha deixado os Açores havia quase um mês. No ainda mais imprevisível Outono do arquipélago, a meteorologia cumpria os seus preceitos. Molhava-nos uma chuva miúda.

Arrepiava-nos uma névoa grisalha e cerrada que fazia do caminho um mistério.

Percorremo-lo, assim, em câmara lenta.

Às tantas, retidos por um par de vacas, demasiado indolentes ou soberbas para nos darem passagem.

Decorridos quase cinco minutos, numa secção em que a berma da estrada baixava, suas excelências bovinas dignam-se, por fim, a desviar-se.

Umas centenas de metros adiante, detectamos a saída para a lagoa.

A via perpendicular estreita. Sulca um prado vasto preenchido por lombas, leito de riachos, de corgas, de poças e de musgos esponjas.

De formas de água mil que matam a sede à floresta residente de cedros-do-mato retorcidos e ao gado bovino que sarapinta o verde sem fim.

A via desemboca na beira da lagoa. Confronta-nos com um bando de patos negros em óbvio deleite balnear.

Dali, com uma brisa intensa a erradicar qualquer hipótese de espelho de água e o cimo do Pico coberto, examinamos as nuvens que o envolviam, na esperança de que, em breve, a caravana em que fluíam nos prendasse com uma aberta.

No entretanto, metemo-nos por um caminho de terra avermelhada.

Afastamo-nos no encalço de uma crista ervada de onde estimávamos conseguir uma boa perspectiva da lagoa com o Pico sobranceiro.

Quando lá chegamos, entre troncos e ramos dos prolíficos cedros-do-mato, confirmamos a vista desejada.

E uma outra, sobre o norte da ilha, o estreito abaixo e a longilínea vizinha São Jorge a abreviar o horizonte.

Naquele cimo limiar, castigados por um vento bastante mais forte, desvendamos o itinerário das nuvens noutra amplitude.  Concluímos, em três tempos, que só por milagre o cume do Pico se revelaria.

De acordo, viramo-nos para São Jorge.

Acompanhamos a navegação do ferry que liga as duas ilhas. Apreciamos o casario alvo de São Roque, destacado nuns fundos longínquos da vertente a nossos pés.

A Vila ex-Baleeira de São Roque

Quarenta minutos depois, damos entrada na vila.

Os colonos que a povoaram após a fundação do início do século XVI, aproveitaram o potencial agrícola de São Roque tanto quanto podiam.

De tal maneira que, decorridas algumas décadas, o concelho já exportava trigo e pastel para a Metrópole.

Com o passar do tempo, a caça baleeira conquistou o arquipélago açoriano. Em São Roque, em particular, tornou-se fulcral.

Marcou de tal maneira o concelho que as suas gentes lhe dedicaram todo um Museu da Indústria Baleeira, instalado na antiga Fábrica de Vitaminas, Óleos, Farinhas e Adubos.

Todos estes produtos eram gerados a partir de matéria-prima dos cetáceos, processada nas grandes caldeiras e fornalhas que vemos expostas e que fazem do de São Roque, um dos museus baleeiros mais conceituados do Mundo.

São Roque tem lugar para duas estátuas proeminentes. Uma delas, oferecida pela Câmara Municipal de Lisboa, homenageia D. Dinis.

A outra, de bronze pardo, encontramo-la em frente ao museu, quase sobre o mar.

Exibe um baleeiro na proa de um pequeno barco, a suster um arpão em riste, na direcção das águas do Atlântico em que os homens arpoavam o principal sustento da povoação.

 

Do Norte ao Sul da Ilha, à Descoberta de Lajes do Pico

Foi o que fizeram, com igual preponderância, os da vila antípoda da ilha, Lajes do Pico.

Lajes é detentora do seu próprio Museu dos Baleeiros e de um Centro de Artes e Ciências do Mar, ambos instalados na antiga Fábrica da Baleia local.

Coincidência ou não, é para lá que nos mudamos, numa viagem de monumental sobe e desce.

Por uma manta de retalhos de minifúndios murados, verdes e cada vez mais íngremes, onde as vacas frisias devoram erva numa espécie de tracção acrobática.

Por altura de Silveira, para lá de um desses muros e de uma sebe de Cedros do Mato juvenis, avistamos, por fim, Lajes.

Como o nome indicia, o seu casario surge organizado sobre uma superfície desafogada de lava quase anfíbia, parte de uma baía que termina numa tal de Ponta do Castelete.

Algures entre essa ponta e a derradeira ladeira para a povoação, recuperamos a visão da montanha do Pico.  aguçado e destacado como nunca o tínhamos visto, acima do recorte arredondado que a ilha ali assume.

À imagem do sucedido na Lagoa do Capitão, voltamos a fartar-nos de aguardar que o Pico nos revelasse o seu Pico.

Constatamos que, a espaços, o sol incidia nas fachadas brancas e telhados ocres da povoação, como ditavam os preceitos católicos, coroada pelas torres simétricas da Igreja da Santíssima Trindade, a igreja matriz da vila.

Quando por lá passamos, decorre uma missa.

A concentração de fiéis no templo contribui para a sensação de que, finda a época alta do estio, são poucos os forasteiros de visita, apenas uns poucos a cirandar pela grelha de ruas entre o Clube Náutico e a piscina natural.

Instalou-se, por ali, a nata dos negócios das Lajes, de empresas de observação de cetáceos, ao mais humilde restaurante.

A luz solar incidia, na esplanada avançada de um deles.

Resplandecente apesar de a hora de almoço ter há muito passado.

O estímulo desse aconchego térmico evita que nos percamos em hesitações. Sentamo-nos decididos a saborearmos a devida refeição.

“Olá, bom dia, tudo bom? Já vos trago um menu.” saúda-nos e sossega-nos, com forte sotaque afrancesado, uma jovem expatriada, pela correcção gramatical do português, diríamos que radicada há algum tempo.

Demoramos o tempo que nos levou o saborearmos as sopas, os peixes grelhados e o calor que, aos poucos, nos tostava a pele.

Conscientes de como o Pico era sempre demasiado extenso para os dias que lhe dedicávamos, passeamo-nos só um pouco pelas ruas e ruelas da vila.

A do Saco, a da Família Xavier. Já em busca do carro, a Rua dos Baleeiros, uma vez mais com o porto, a enseada e o vulcão Pico por diante.

De Lajes do Pico à Ponta Oriental da Ilha

Regressamos à estrada, então, apontados à espécie de seta geológica que encerra a ilha a oriente.

Contornamos a Ponta da Queimada, o ponto mais a sul do Pico, dotado de uma torre de vigia de baleias emblemática.

Passamos por Ribeiras. Uns meros quilómetros depois, na iminência da Cascalheira, cortamos na direcção do Atlântico. Sempre a descer, claro está, damos entrada na freguesia de Calheta de Nesquim.

Calheta de Nesquim, uma Povoação que se Impôs à Gravidade e à Lava

Já nos tinham gabado esta povoação, como uma das mais peculiares da ilha.

Ao admirarmos a harmonia com que os seus moinhos “flamengos”, o casario destemido na vertente e as vinhas e outras plantações se haviam adaptado ao cenário lávico rude, sentimo-nos na obrigação de concordar.

Essa anuência atingiu um pleno à entrada do porto diminuto da Calheta, ao apreciarmos como a igreja semi-barroca de São Sebastião se sobrepunha à doca.

Como assegurava uma bênção divina constante aos pescadores da aldeia que dali zarpam a arriscar as vidas.

Ilha do Pico, a oeste da montanha, Açores, Calheta de Nesqui,

A Igreja de Calheta de Nesquim a abençoar as embarcações que usam o pequeno porto da povoação.

Com o dia solar, não tarda a encerrar-se, seguimos viagem. Passamos Feteira. Progredimos pelo sul do Pico, logo acima das baías de Domingos Pereira e da Fonte.

O Farol que Sinaliza e Ilumina o Extremo Leste do Pico

À entrada desta última, apanhamos o Caminho do Farol.

Uns minutos depois, detectamos o Farol da Ponta da Ilha.

Revelava-se o único edifício digno desse nome.

Ermo num mar de verde arbustivo que despontava do solo vulcânico, até que a densidade da lava e as vagas e o sal da beira-mar lhe sabotavam a expansão, numa Paisagem envolvente que, por possuir elevado “Interesse Regional” conquistou o estatuto de Protegida.

Malgrado a sua localização emblemática, o farol de Manheda, foi um dos últimos a surgir na ilha, apenas em 1946.

Recebeu uma forma de U, com a torre branca e vermelha no fundo-central da letra. E, como é habitual nos Açores, a restante área concedida às famílias faroleiras que nele têm lar.

Examinamo-lo. Rendemo-nos à estranheza e fotogenia do cenário, também espantados pela abundância de coelhos a saltitar entre os arbustos.

Num ápice, o lusco-fusco apodera-se da ponta leste do Pico. Enquanto uma moradora resgatava roupa estendida do relento marinho, a lanterna no cimo da torre apresentou-se ao serviço da navegação.

ONDE FICAR NA ILHA DO PICO

Aldeia da Fonte Hotel

www.aldeiadafonte.com

Tel:  +351 292 679 500

Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

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Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

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Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
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Os Confins Atlânticos dos Açores e de Portugal

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Horta, Açores

A Cidade que Dá o Norte ao Atlântico

A comunidade mundial de velejadores conhece bem o alívio e a felicidade de vislumbrar a montanha do Pico e, logo, o Faial e o acolhimento da baía da Horta e do Peter Café Sport. O regozijo não se fica por aí. Na cidade e em redor, há um casario alvo e uma efusão verdejante e vulcânica que deslumbra quem chegou tão longe.
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Na Pista do Mistério dos Capelinhos

De uma costa da ilha à opostoa, pelas névoas, retalhos de pasto e florestas típicos dos Açores, desvendamos o Faial e o Mistério do seu mais imprevisível vulcão.
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Corvo, Açores

O Abrigo Atlântico Inverosímil da Ilha do Corvo

17 km2 de vulcão afundado numa caldeira verdejante. Uma povoação solitária assente numa fajã. Quatrocentas e trinta almas aconchegadas pela pequenez da sua terra e pelo vislumbre da vizinha Flores. Bem-vindo à mais destemida das ilhas açorianas.
Vale das Furnas, São Miguel

O Calor Açoriano do Vale das Furnas

Surpreendemo-nos, na maior ilha dos Açores, com uma caldeira retalhada por minifúndios agrícolas, massiva e profunda ao ponto de abrigar dois vulcões, uma enorme lagoa e quase dois mil micaelenses. Poucos lugares do arquipélago são, ao mesmo tempo, tão grandiosos e acolhedores como o verdejante e fumegante Vale das Furnas.
Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do "Pequeno Tibete Português" às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Campos de Gerês -Terras de Bouro, Portugal

Pelos Campos do Gerês e as Terras de Bouro

Prosseguimos num périplo longo e ziguezagueante pelos domínios da Peneda-Gerês e de Bouro, dentro e fora do nosso único Parque Nacional. Nesta que é uma das zonas mais idolatradas do norte português.
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Porto Santo, Portugal

Louvada Seja a Ilha do Porto Santo

Descoberta durante uma volta do mar tempestuosa, Porto Santo mantem-se um abrigo providencial. Inúmeros aviões que a meteorologia desvia da vizinha Madeira garantem lá o seu pouso. Como o fazem, todos os anos, milhares de veraneantes rendidos à suavidade e imensidão da praia dourada e à exuberância dos cenários vulcânicos.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Vereda Terra Chã e Pico Branco, Porto Santo

Pico Branco, Terra Chã e Outros Caprichos da Ilha Dourada

No seu recanto nordeste, Porto Santo é outra coisa. De costas voltadas para o sul e para a sua grande praia, desvendamos um litoral montanhoso, escarpado e até arborizado, pejado de ilhéus que salpicam um Atlântico ainda mais azul.
Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical

A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Safari
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
Arquitectura & Design
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
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No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
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Cerimónias e Festividades
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As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
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Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

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Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
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Portfólio Got2Globe

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De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

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Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
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Pelas Terras (não muito) altas da Finlândia

A oeste do monte Sokosti (718m) e do imenso PN Urho Kekkonen, Saariselkä desenvolveu-se enquanto polo de evasão na Natureza. Chegados de Ivalo, é lá que estabelecemos base para uma série de novas experiências e peripécias. A uns 250km enregelantes a norte do Círculo Polar Árctico.
silhueta e poema, cora coralina, goias velho, brasil
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Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
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O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
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Outono
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Praia de El Cofete do cimo de El Islote, Fuerteventura, ilhas Canárias, Espanha
Parques Naturais
Fuerteventura, Ilhas Canárias, Espanha

A (a) Ventura Atlântica de Fuerteventura

Os romanos conheciam as Canárias como as ilhas afortunadas. Fuerteventura, preserva vários dos atributos de então. As suas praias perfeitas para o windsurf e o kite-surf ou só para banhos justificam sucessivas “invasões” dos povos do norte ávidos de sol. No interior vulcânico e rugoso resiste o bastião das culturas indígenas e coloniais da ilha. Começamos a desvendá-la pelo seu longilíneo sul.
Anoitecer no Parque Itzamna, Izamal, México
Património Mundial UNESCO
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Praias
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Forte de São Filipe, Cidade Velha, ilha de Santiago, Cabo Verde
Religião
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
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Sociedade
Perth, Austrália

Cowboys da Oceania

O Texas até fica do outro lado do mundo mas não faltam vaqueiros no país dos coalas e dos cangurus. Rodeos do Outback recriam a versão original e 8 segundos não duram menos no Faroeste australiano.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
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Vida Selvagem
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.