Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia


Refúgio de penumbra
Sillhuetas vivas num tunel da ilha de Iso Mustasaari, aquela em que atraca o ferry vindo da frente de Helsínquia.
Helsínquia para trás
Vista da frente histórica de Helsínquia, vista do ferry que liga a cidade a Suomenlinna.
Convívio
Grupo de amigas aproximam-se da sepultura de Augustin Ehrenvärd.
Em moldura
O canal enregelado que separa Iso Mustasaari de Susisaari.
Suomenlinna pastel
Moradoras percorrem uma ladeira do âmago habitado de Iso Mustasaari.
Velha ameaça
Visitantes percorrem a beira sul de Susisaari, junto a uma das várias peças de artilharias dispersas pelas costas de Suomenlinna.
Descansos Invernais
Bancos de jardim quase soterrados na neve que o sol suave de Inverno não derrete.
Homenagem ao criador
A sepultura de Augustin Ehrenvärd, o jovem tenente sueco que conduziu a edificação perseverante e complexa de Suomenlinna.
Mãe e filho
Ninja (leia-se, Nina) e Severi Lampela, ambos de apelido Pasanen, visitantes finlandeses de Suomenlinna.
Camuflagem em A
Antigos paióis camuflados sob terra e vegetação e à beira do Golfo da Finlândia.
Passeio no Tempo Gelado
Transeunte passa ao longo do canal que separa a ilha Iso Mustasaari de Susisaari.
O derradeiro submarino
O submarino Vesikko, um vestígio excepcional da frota que a Finlândia possuia no final da 2ª Guerra Mundial e que o Tratado de Paris de 1947 obrigou a destruir.
Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.

Viria a provar-se o último dos dias com meteorologia misericordiosa, ainda que algo ventosa.

É sob um céu meio azul, meio azul-esbranquiçado que o ferry zarpa do mercado de Kauppatori para Suomenlinna, a grande fortaleza da Finlândia.

À medida que nos afastamos da frente de edifícios históricos, a distância revela as cúpulas da catedral de Helsínquia, cada vez mais destacadas sobre a linha de fachadas pastel que admiramos numa suave diagonal.

A embarcação ruma à saída daquele recorte geométrico e apertado do estuário que banha a capital.

Frente histórica de Helsínquia, Finlândia

Vista da frente histórica de Helsínquia, vista do ferry que liga a cidade a Suomenlinna.

Na sua rota, rasa uma alpondra de ilhotas que, de Valkosaari a Pormestarinluodot atrapalha a navegação.

Ao fim de algum tempo, com a doca que tínhamos partido já transformada num vislumbre, começam a definir-se os caprichos da ilha-destino e, não tarda, as paredes cor-de-salmão de uma sua ala apalacetada, hoje transformada na cervejaria local.

À Conquista da Resistente Suomenlinna

Desembarcamos num dos dois ancoradouros que a servem e atravessamos esse mesmo velho edifício pelo túnel abaixo do seu torreão-farol. Do lado de lá, uma luminosidade resplandecente revela-nos o domínio de Suomenlinna, ainda frígido e ressequido pelo Inverno árctico que resistia.

Como noutras partes da Finlândia, depressa nos chama a atenção a proliferação de nomenclaturas sinalizadas, a começar pela do próprio lugar.

A fortaleza começou a ser construída em 1748, numa altura em que o território finlandês integrava o Reino da Suécia.

Deste mesmo contexto histórico, da posterior cisão, resultou que parte da população finlandesa actual – principalmente na costa oeste – tenha origem sueca e use, como primeira língua, o sueco, de uma origem completamente distinta do finlandês.

Suomenlinna, Sveaborg, Viapori. O Trio de Nomes de Guerra

Os suecos chamaram desde sempre ao forte que nos recebia Sveaborg (Castelo da Suécia).

Já os finlandeses, até 1918, trataram-na por Viapori. A partir de então, em jeito rectificativo, adoptaram Suomenlinna (Castelo da Finlândia).

Por respeito à comunidade sueca da Finlândia, os dois termos continuam a  coexistir.

Túnel da fortaleza de Suomenlinna, Helsínquia, Finlândia

Sillhuetas vivas num tunel da ilha de Iso Mustasaari, aquela em que atraca o ferry vindo da frente de Helsínquia.

Suomenlinna assenta em seis ilhas, também elas com nomes concorrentes de ambos os dialectos.

Tínhamos desembarcado em Iso Mustasaari, a segunda maior e onde se concentravam os mais imponentes edifícios do arquipélago:

uma igreja originalmente ortodoxa construída em 1854, a biblioteca, um Museu da Guerra e um Dos Brinquedos, entre outros, e até a prisão local. Suomenlinna acolheu uma colónia penal de mínima-segurança em que os condenados empregam esforços na manutenção e reconstrução de infraestruturas.

Mas as ilhas têm bem mais que apenas esses habitantes levemente condenados. Para lá da fortaleza-museu, vive a sua própria vida. Os moradores permanentes e livres são em redor de novecentos.

Destes, trezentos e cinquenta trabalham o ano inteiro nas mais distintas funções.

Um Baluarte da Cultura Finlandesa

Suomenlinna tornou-se um polo cultural complementar de Helsínquia. Recebeu o Nordic Arts Centre. Converteu várias edificações em estúdios de arte que são alugados a baixo preço a artistas interessados.

À sua moda pragmática e despachada, as autoridades finlandesas prestam-lhe tanta atenção que mantêm ligações regulares de ferries, abastecimento termal, hídrico e eléctrico.

Em 2015, os correios finlandeses lá testaram inclusive a distribuição de correio com recurso a drones.

Sepultura de Augustin Ehrenvärd, mentor da fortaleza de Suomenlinna.

A sepultura de Augustin Ehrenvärd, o jovem tenente sueco que conduziu a edificação perseverante e complexa de Suomenlinna.

O que encontramos um pouco por todo o lado são, no entanto, relíquias umas mais vetustas que outras da sua longa história.

Confrontamo-nos com a sepultura de Augustin Ehrenvärd, o jovem tenente sueco que conduziu a edificação perseverante e complexa da fortaleza.

Coroa a sua lápide um elmo gótico com uma protecção facial que se estende em bico até abaixo do queixo, de tal forma mística que nos intimida. Entramos e saímos de mais pequenos túneis que os raios solares quase oblíquos invadem sem clemência.

Cruzamos o canal que separa Iso Mustasaari para Susisaari pela ponte que os une. Percorremos a marginal sombria desta última ilha e damos de cara com a linha de costa contrária banhada por um braço de mar quase congelado e por uma luz vespertina suave.

Atravessamos Susisaari para a frente do Golfo da Finlândia. Ali, as rajadas boreais, até então espaçadas, transformam-se numa ventania permanente.

Encontramos velhos paióis disfarçados de casas rurais de outra era, com telhados em A de alto a baixo, cobertos de terra e de vegetação, envoltos de secções nevadas ainda longe de derreter.

O vento furibundo castiga grandes canhões distribuídos e dissimulados no litoral cimeiro, todos eles apontados ao Golfo da Finlândia e às ameaças que sempre de lá resultaram.

Suomenlinna, na frente da História: a Finlandesa, a Sueca, a Russa.

Nesta zona de espaços vastos, grandes influências e ambições a condizer, os finlandeses habituaram-se a temer o Reino da Suécia de um lado, e o bem mais avantajado Império Russo do outro. A invasão teutónica da 2ª Guerra Mundial chegou como um extra.

Um extra inesperado que custou à Finlândia três secções importantes do país – parte da Carélia e da cidade de Kuusamo, Salla e Petsamo, o anterior “braço direito da nação” – apreendidas pela U.R.S.S. como trofeu por a Finlândia se ter alinhado com o Eixo entre 1941 e 1944.

Suomenlinna surgiu dois séculos antes enquanto Sveaborg (Castelo da Suécia).

Por essa altura, a Suécia detinha o território dos vizinhos suómi e os anseios expansionistas russos preocupavam os seus governantes.

Peças de artilharia, fortaleza de Suomenlinna, Helsínquia, Finlândia

Visitantes percorrem a beira sul de Susisaari, junto a uma das várias peças de artilharias dispersas pelas costas de Suomenlinna.

A fortificação em forma de estrela adaptada aos trejeitos das seis ilhas e as baterias por que passávamos em modo investigativo foram instaladas também de acordo com a conveniência da Frota do Arquipélago, lá ancorada para proteger o limiar sudeste do Reino Sueco,

Em óbvio contraponto à base naval russa de Kronstadt, situada junto a São Petersburgo, nas profundezas orientais do Golfo da Finlândia.

Em termos estratégicos, Sveaborg servia para evitar que as forças armadas dos czares adquirissem uma posição-base nas praias de onde bombardeamentos de artilharia persistentes viabilizariam a tomada de Helsínquia.

Em 1755, mais de sete mil soldados suecos estacionados na Finlândia participavam na obra. Dois anos depois, o envolvimento sueco na intrincada Guerra dos Sete anos, contra a Grã-Bretanha, a Prússia e Portugal (para variar do lado dos Russos) suspendeu-a. A aliança depressa se confirmou tão cínica quanto curta.

Malgrado a derrota na Guerra dos Sete anos, volvido apenas um quartel de século, os Russos aproveitaram uma provocação autocrata e incauta do rei da Suécia para passarem ao ataque.

Contra a vontade popular e da oposição, Gustavo III projectou a destruição da frota russa do Báltico e a tomada de São Petersburgo.

Recanto de Suomenlinna, Helsínquia, Finlândia

O canal enregelado que separa Iso Mustasaari de Susisaari.

Mas os planos do monarca naufragaram.

Os russos evitaram o desembarque dos suecos e forçaram a sua retirada para Sveaborg onde se viram frustrados por as autoridades militares se terem esquecido de precaver o rearmamento e reparação de uma força náutica bem maior que a Frota do Arquipélago.

Avisado deste percalço, um tal de almirante Grieg apressou-se a recuperar a frota russa. Apenas dezanove dias depois, apontou a Sveaborg. Fez debandar um esquadrão sueco “espião” e estabeleceu um bloqueio naval que cortou a ligação do sul finlandês com a Suécia.

Não seria ainda dessa que os Russos tomariam a nação rival, mas, em 1808, o czar Alexander I aliou-se a Napoleão e a Rússia deu a machadada final. Na ressaca da Guerra da Finlândia, o terço oriental da Suécia foi transformado no Ducado da Finlândia, por fim, sob alçada do Império Russo.

De volta a Iso Mustasaari com passagem pelo submarino Veliko

Contra o vendaval furibundo, mas numa paz sagrada, continuávamos a progredir para os confins meridionais de Susisaari e de Suomenlinna. Na maior parte do tempo deambulávamos sós, entregues ao frio e aos cenários enigmáticos.

Assim continuamos até que numa ladeira de terra batida, nos cruzamos com duas almas só ligeiramente menos tresmalhadas que as nossas. Ninja (leia-se, Nina) e Severi Lampela, mãe e filho, ambos de apelido Pasanen, descem. Nós, subimos.

A visão de outros humanos naquela solitude fortificada, estimula-nos a comunicar. Saudamo-los. Metemos conversa. As duas almas depressa se provam finlandesas a rigor. Sem fundamento ou objectivo pragmático, a abordagem não lhes faz sentido e os seus olhares embaraçados deixam-no perceber.

Ainda forçamos umas fotos como era, apesar de tudo, a missão com que ali andávamos. Abreviamos a interacção e regressamos ao conforto emparelhado original.

Submarino Vesikko, Suomenlinna, Helsínquia, Finlândia

O submarino Vesikko, um vestígio excepcional da frota que a Finlândia possuia no final da 2ª Guerra Mundial e que o Tratado de Paris de 1947 obrigou a destruir.

Na volta para norte, esbarramos com o estaleiro e docas do complexo, atafulhadas de embarcações, umas funcionais, outras nem por isso. Regressamos ao canal e à margem escura e frígida de Susisaari.

E lá nos alongamos até encontrarmos outra obra de arte náutico-militar digna de atenção, Vesikko, o derradeiro submarino finlandês.

Durante a 2ª Guerra Mundial (Guerra de Inverno e Guerra de Continuação), os finlandeses usaram-no em sucessivas patrulhas no Golfo da Finlândia a partir de Suomenlinna, mas, tal como o desfecho do conflito confiscou os três territórios já enunciados, o Tratado de Paris de 1947, proibiu que a Finlândia voltasse a deter submarinos.

O Vesikko foi o único a escapar à destruição forçada e generalizada da frota. Só pode ser visitado durante o Verão. A razão porque nos limitamos a apreciá-lo de fora, estranhamente encavalitado com a popa a roçar a margem enlameada. Com a proa suspensa acima do nível tanto do solo como do mar.

A curta tarde invernosa, ao invés, precipitava-se para trás do horizonte com o vento seco e gélido já a ferir-nos as faces. Apontamos de volta a Iso Mustasaari.

Refugiamo-nos no Museu da Guerra. Lá nos inteiramos dos episódios que levaram à plena autodeterminação finlandesa que, a partir de 1917, aproveitando o caos político da Revolução Russa, o povo suómi conseguiu fazer valer aos ex-soberanos.

Em tempos sueca, inevitavelmente, mas de forma efémera, russa, a história amuralhada de Sveborg, Viapori e Suomenlinna convergiu para a nacionalidade que estava fadada à fortaleza.

O ferry volta a atracar à hora, não esperávamos sequer outra coisa. Reembarcamos com a noitinha a render-se ao breu. Vinte minutos contemplativos depois, estávamos de regresso à capital da pouco mais que secular Finlândia independente.

A TAP voa para Helsínquia 6 vezes por semana, com preços de ida-e-volta, com todas as taxas incluídas, desde 353€. A rota é operada com aviões da família A320.

Kemi, Finlândia

Não é Nenhum "Barco do Amor". Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Galle, Sri Lanka

Nem Além, Nem Aquém da Lendária Taprobana

Camões eternizou o Ceilão como um marco indelével das Descobertas onde Galle foi das primeiras fortalezas que os portugueses controlaram e cederam. Passaram-se cinco séculos e o Ceilão deu lugar ao Sri Lanka. Galle resiste e continua a seduzir exploradores dos quatro cantos da Terra.
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Ilha Hailuoto, Finlândia

À Pesca do Verdadeiro Peixe Fresco

Abrigados de pressões sociais indesejadas, os ilhéus de Hailuoto sabem sustentar-se. Sob o mar gelado de Bótnia capturam ingredientes preciosos para os restaurantes de Oulu, na Finlândia continental.
Sigiriya, Sri Lanka

A Capital Fortaleza de um Rei Parricida

Kashyapa I chegou ao poder após emparedar o monarca seu pai. Receoso de um provável ataque do irmão herdeiro do trono, mudou a principal cidade do reino para o cimo de um pico de granito. Hoje, o seu excêntrico refúgio está mais acessível que nunca e permitiu-nos explorar o enredo maquiavélico deste drama cingalês.
Elmina, Gana

O Primeiro Jackpot dos Descobrimentos Portugueses

No séc. XVI, Mina gerava à Coroa mais de 310 kg de ouro anuais. Este proveito suscitou a cobiça da Holanda e da Inglaterra que se sucederam no lugar dos portugueses e fomentaram o tráfico de escravos para as Américas. A povoação em redor ainda é conhecida por Elmina mas, hoje, o peixe é a sua mais evidente riqueza.
São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
Khiva, Uzbequistão

A Fortaleza da Rota da Seda que a União Soviética Aveludou

Nos anos 80, dirigentes soviéticos renovaram Khiva numa versão amaciada que, em 1990, a UNESCO declarou património Mundial. A URSS desintegrou-se no ano seguinte. Khiva preservou o seu novo lustro.
Fortalezas

O Mundo à Defesa - Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Arquitectura & Design
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cerimónias e Festividades
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Noite ilumina a margem do Mar Cáspio e as Flame Towers de Baku
Cidades
Baku, Azerbaijão

A Metrópole que Despontou com o Petróleo do Cáspio

Em 1941, Hitler ditou o Azerbaijão um dos objectivos da Operação Barbarossa. O motivo foi a mesma abundância de ouro negro e gás natural que propulsionou a opulência da capital azeri sobre o Mar Cáspio. Baku tornou-se a grande metrópole do Cáucaso. Numa longa fusão entre Comunismo e Capitalismo. Entre o Leste e o Ocidente.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Noiva entra para carro, casamento tradicional, templo Meiji, Tóquio, Japão
Cultura
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Iguana em Tulum, Quintana Roo, México
Em Viagem
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Silhuetas Islâmicas
Étnico

Istambul, Turquia

Onde o Oriente encontra o Ocidente, a Turquia Procura um Rumo

Metrópole emblemática e grandiosa, Istambul vive numa encruzilhada. Como a Turquia em geral, dividida entre a laicidade e o islamismo, a tradição e a modernidade, continua sem saber que caminho seguir

portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe, equador, enseada
História
Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe

Ilhéu das Rolas: São Tomé e Principe a Latitude Zero

Ponto mais austral de São Tomé e Príncipe, o Ilhéu das Rolas é luxuriante e vulcânico. A grande novidade e ponto de interesse desta extensão insular da segunda menor nação africana está na coincidência de a cruzar a Linha do Equador.
Ilhas
Viti Levu, Fiji

A Partilha Improvável da ilha Viti Levu

Em pleno Pacífico Sul, uma comunidade numerosa de descendentes de indianos recrutados pelos ex-colonos britânicos e a população indígena melanésia repartem há muito a ilha chefe de Fiji.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Pitões das Júnias, Montalegre, Portugal
Natureza
Montalegre, Portugal

Pelo Alto do Barroso, Cimo de Trás-os-Montes

Mudamo-nos das Terras de Bouro para as do Barroso. Com base em Montalegre, deambulamos à descoberta de Paredes do Rio, Tourém, Pitões das Júnias e o seu mosteiro, povoações deslumbrantes do cimo raiano de Portugal. Se é verdade que o Barroso já teve mais habitantes, visitantes não lhe deviam faltar.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Parques Naturais
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Avestruz, Cabo Boa Esperança, África do Sul
Património Mundial UNESCO
Cabo da Boa Esperança - Cape of Good Hope NP, África do Sul

À Beira do Velho Fim do Mundo

Chegamos onde a grande África cedia aos domínios do “Mostrengo” Adamastor e os navegadores portugueses tremiam como varas. Ali, onde a Terra estava, afinal, longe de acabar, a esperança dos marinheiros em dobrar o tenebroso Cabo era desafiada pelas mesmas tormentas que lá continuam a grassar.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Tobago, Pigeon Point, Scarborough, pontão
Praias
Scarborough a Pigeon Point, Tobago

À Descoberta da Tobago Capital

Das alturas amuralhadas do Forte King George, ao limiar de Pigeon Point, o sudoeste de Tobago em redor da capital Scarborough, revela-nos uns trópicos controversos sem igual.
Mosteiro de Tawang, Arunachal Pradesh, Índia
Religião
Tawang, Índia

O Vale Místico da Profunda Discórdia

No limiar norte da província indiana de Arunachal Pradesh, Tawang abriga cenários dramáticos de montanha, aldeias de etnia Mompa e mosteiros budistas majestosos. Mesmo se desde 1962 os rivais chineses não o trespassam, Pequim olha para este domínio como parte do seu Tibete. De acordo, há muito que a religiosidade e o espiritualismo ali comungam com um forte militarismo.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Sociedade
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Vida Selvagem
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.