Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco


Telhados cinza
O casario secular de Lijiang com os seus telhados uniformes.
Black Dragon Pool
A laga mais famosa de Lijiang, com a Montanha Nevada Dragão de Jade em fundo.
Em pose
Cavaleiros naxi com os seus típicos barretes de pele de panda-vermelho.
Montra de iguarias
Especialidades expostas abrem o apetite aos transeuntes.
Danças típicas
Mulheres de naxi dançam numa das praças de Lijiang.
Telhados Cinza
Os topos do casario de Lijiang com a massiva Montanha Nevada Dragão de Jade bem acima.
Mini-banho
Menina aparentemente enfiada à força num banho durante uma das manhãs gélidas de Lijiang.
Paciência de chinês
Trabalhador de um restaurante repousa junto a um muro com uma inscrição incompleta na imagem que se traduz como "todas as pessoas tem ..."
Budismo privado
Grande templo budista, a secção religiosa da residência faustosa da família Mu.
Tons de Natal
Duas clientes num bar da cidade resplandecente de cor.
Telhados cinza II
O casario secular de Lijiang com os seus telhados uniformes.
Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.

A chegada de Dali na tarde anterior e os primeiros passos nas ruas empedradas de Lijiang deixam-nos bem claro o que tínhamos a fazer.

Não estávamos sequer nos meses mais quentes e movimentados da cidade. Entramos no sábado. Uma turba de forasteiros, na sua maioria da etnia predominante Han, invade-a aos poucos, sem resistência, muito pelo contrário.

Enquanto caminhamos ao longo dos canais e cruzamos incontáveis pontes, são raros os estrangeiros ocidentais por que passamos. Os novos moradores de Lijiang aprontam-se para receber os compatriotas e para com eles lucrar.

Mais e mais portadas de madeira escura e trabalhada se abrem ao ritmo a que a luz solar esbranquiçada nelas incide ou, pelo menos, a sua refracção do pavimento basáltico.

São excepcionais as que desvendam domicílios em vez de lojas: estabelecimentos repletos de chás e especiarias, de sedas e tecidos díspares e afins ou de uma miríade de bugigangas coloridas, umas artesanais, outras nem tanto.

Por entre estes comércios, surgem estalagens e bancas de comes e bebes que se aprestam para grelhar ou fritar espetadinhas condimentadas, de peixes de água doce, de gambas mas também de larvas, grilos e gafanhotos.

Panelas e caixas estriadas ou perfuradas soltam vapor que mantém quentes especialidades complementares: bolinhos de feijão, de tapioca e de soja, doces e salgados, alguns, aconchegados em delicados embrulhos vegetais.

Montra de iguarias, Lijiang, Yunnan, China

Especialidades expostas abrem o apetite aos transeuntes.

Passa do meio-dia. A fome aperta e a multidão interrompe os seus passeios. Comandada pelo apetite voraz dos Han tanto pela melhor gastronomia da nação, como pelo mero convívio sentado, a multidão toma conta dos restaurantes e das imediações das bancas.

Cerca da uma da tarde, com as energias repostas, volta a deambular pelas ruelas, reforçada pelos passageiros de autocarros de tours vespertinos entretanto chegados.

Percebemos o quanto degenerara a tranquilidade e genuinidade matinal da povoação. Reagimos a condizer. Afastamo-nos das artérias ligadas ao seu coração determinados a apreciá-la no todo.

Cozinheiro ao Sol, Lijiang, Yunnan, China

Trabalhador de um restaurante repousa junto a um muro com uma inscrição incompleta na imagem que se traduz como “todas as pessoas tem …”

Estudamos o mapa com a devida atenção. Apontamos à Shizi Shan (Lion Hill), uma colina florestada que se destaca no limite ocidental da Cidade Velha.

Pavilhão Wangu, Lijiang, Yunnan, China

Iluminação faz destacar o Pavilhão Wangu da penumbra da floresta.

Dela se projecta o seu famoso pavilhão Wangu erguido sobre dezasseis colunas cada qual com vinte e dois metros.

Alegadamente decorado com 2.300 padrões caprichosos que representam os vinte e três grupos étnicos que habitam hoje a região de Lijiang.

Lijiang e os seu Telhados Cinzentos Sem Fim

Contam-se cinco os pisos do pavilhão. Subimos a escada interior até ao último e saímos para a sua varanda. Aquela altura revela-nos a vastidão do Vale Li e, à distância, a montanha de Neve Dragão de Jade, com os seus quase 5.600 metros de altitude.

Telhados Cinza

Os topos do casario de Lijiang com a massiva Montanha Nevada Dragão de Jade bem acima.

Para leste, nas imediações abaixo, impressionam-nos os telhados sem fim de Lijiang que formam uma vasta mancha parda, aqui e ali salpicada de branco ou pelos tons quentes de outras áreas não cobertas dos lares.

Mesmo se recuperado após o sismo de magnitude 7.0 de 1996 que matou trezentas e cinquenta pessoas e deixou muitas mais sem abrigo, o cenário actual da cidade respeita os seus oitocentos anos como entreposto da rota equestre do chá, durante as dinastias Ming e Qing e, por cerca de meio milénio, controlada por uma família poderosa, a Mu.

Situada a 2500m no extremo sudoeste da China, distante de Pequim, de Xangai e de Hong Kong, como de todas as principais urbes antigas da civilização Han, até há algumas décadas atrás, Lijiang preservou-se num mundo à parte.

Telhados cinza, Lijiang, Yunnan, China

O casario secular de Lijiang com os seus telhados uniformes.

A Grande Cidade da Etnia Nashi

Ergueu-a e habitou-a séculos a fio o povo Nashi (ou Naxi) que se crê ter migrado do noroeste da China para regiões contíguas ao Tibete e antes dominadas por tibetanos.

Tal como estes e os Bai, os Nashi proliferaram no comércio de chá levado a cabo nos trilhos traiçoeiros Chama dos Himalaias, entre Lhasa e a Índia, na confluência com a rota da Seda que passava mais a sul.

Mesmo se vulnerável a influências trazidas pelos mercadores Han, Lijiang surgiu como expressão única e conveniente e dessa mesma prosperidade reforçada. Já em tempos turísticos, a cidade cedeu à pressão esmagadora da curiosidade dos compatriotas.

Continua a moldar-se para a servir.

Guarda de cachimbo, Lijiang, Yunnan, China

Guarda de uma loja em trajes tradicionais fuma cachimbo.

Descemos da Lion Hill com a noite a apoderar-se do Vale Li e de toda a província de Yunnan. Distraídos com a mudança de tons da atmosfera, quase ficamos fechados na torre de madeira. Evita-o um monge que avisa o porteiro do edifício mesmo antes de este o encerrar.

Do pavilhão, regressamos à pousada pitoresca que tínhamos escolhido, com os seus quartos dispostos em redor de um pátio muralhado e acesso através de uma pesado portão garrido.

Às 8h30, despertamos para a manhã frígida de Domingo ainda mal recuperados. Como era de supor, o esforço madrugador prova-se curto.

A essa hora, já Lijiang estava repleta dos mesmos transeuntes entusiasmados do dia anterior. Palmilhamo-la ao sabor da multidão, conformados com o seu poder inexpugnável.

A Multidão que Percorre as Pontes e Canais Seculares de Lijiang

Estávamos afinal na China. O âmbito populacional do país era de milhões de milhões, não de uns meros milhões.

O nome Lijiang significa Cidade das Pontes. E, travada pela sua própria dinâmica caprichosa, a multidão entrecruzava-se e progredia mais lenta que a água a fluir nos canais e sob os incontáveis passadiços e pontes do centro histórico.

Canais, Lijiang, Yunnan, China

Transeuntes movimentam-se ao longo de um dos muitos canais da cidade.

Com o tempo, Lijiang tornou-se num habitat que conjugou benefícios das montanhas, rios e florestas em redor.

Um sistema ramificado de irrigação tinha origem nos picos nevados da Montanha Nevada Dragão de Jade e corria através das aldeias e campos de cultivo.

A lagoa de Heilong – que não tardaríamos a espreitar – e inúmeras fontes e poços completavam-no e asseguravam as necessidades diárias de água e de cereais, frutos e vegetais, a prevenção de incêndios e a produção local de restantes bens.

Um dos outros elementos do sistema, as azenhas, tem um derradeiro representante na ponte Yulong, junto ao que subsiste da antiga muralha massiva da cidade. Leva a um redobrado êxtase os vários hidrófilos que a visitam ano após ano.

Black Dragon Pool

A lagoa mais famosa de Lijiang, com a Montanha Nevada Dragão de Jade em fundo.

Na Black Dragon Pool, os visitantes de Lijiang conseguem conciliar numa mesma vista tanto a origem geológica da água como o seu reservatório final.

A Vida de Lijiang que Mudou. Não Toda

Até há pouco, era possível apreciar os moradores a lavar vegetais nas correntes dos canais, no caminho entre o mercado e as suas casas. Esse hábito pertence agora ao passado. Mas, contra toda e qualquer modernidade, outros costumes e tradições persistem.

Mini-banho

Menina aparentemente enfiada à força num banho durante uma das manhãs gélidas de Lijiang.

Alguns deles, bem polémicos no Ocidente.

Chegamos a 2ª feira. Apesar de menos urgente que no fim-de-semana que terminara, enchemo-nos de coragem e levantamo-nos com nova aurora gélida.

Espreitamos o mercado nas imediações da pousada e surpreendemo-nos com a visão de vários cães já sem pele, pendurados na barra de metal de uma banca de talho.

Contemplamos os cadáveres dos animais com a estranheza de quem os costuma encontrar como mascotes ou, vá lá que seja, como espécimes vadios. Alheio a tão profundo fosso cultural, o talhante de serviço aborda-nos e pergunta-nos se os queremos levar. Rejeitamos.

Em vez, compramos tangerinas.

Praça Bailong de Lijiang. O Palco de um Dia-a-Dia Festivo

Quando regressamos ao âmago semi-labiríntico de Lijiang, a praça Bailong entra em modo de festa.

Danças Naxi, Lijiang, Yunnan, China

Mulheres de naxi dançam numa das praças de Lijiang.

Um grupo de mulheres idosas nashi convivem trajadas com a roupa tradicional da sua etnia: saia frisada azul escura, camisa e bonés de azuis de tons celestes e coletes de malha vermelhos.

As senhoras dão as mãos e começam a cantar. Pouco depois, inauguram uma dança circular que acompanha a cantoria e atrai um pequeno auditório.

Logo ao lado, dois homens a cavalo e vestidos com gorros de pele de panda vermelho e coletes ainda mais felpudos levam a cabo a sua própria exibição, apenas de pose, na expectativa de que os visitantes Han da cidade lhes paguem por fotos na sua companhia.

É algo que vemos repetir-se com frequência.

Em pose

Cavaleiros naxi com os seus típicos barretes de pele de panda-vermelho.

Com o novo ocaso, a luz suave da tarde volta a disseminar-se. Jantamos no andar cimeiro de um café de nome “Enjoy” de onde fotografamos o pavilhão Wangu iluminado e destacado, ao longe, sobre a Lion Hill.

E, encosta abaixo, o casario secular de Lijiang dourado por uma iluminação nocturna exuberante que combina luzes amarelas nos velhos telhados com a de candeeiros de papel chineses vermelhos.

Tons de Natal

Duas clientes num bar da cidade resplandecente de cor.

Orquestra Naxi de Lijiang. Uma Sinfonia de Excentricidade

Em seguida, dirigimo-nos ao edifício não menos antigo da Dayan Naxi Ancient Music Association e instalamo-nos para apreciar um dos concertos da Orquestra Naxi local. Os vinte e tal músicos decanos entram sem pressas. Vários deles ostentam cabelos e barbas brancas.

Orquestra Naxi, Lijiang, Yunnan, China

A grande orquestra de Lijiang reunida no salão da Dayan Naxi Ancient Music Association.

Veteranos de tais exibições, pouco ou nada ensaiam. Inauguram, num ápice, os temas dongjing tradicionais taoistas que haviam escolhido para o alinhamento.

E encantam-nos com a magia das suas flautas e de distintos instrumentos de corda asiáticos: charamelas, alaúdes chineses, plectros e cítaras, entre outros.

A música tradicional de dongying foi apurada ao longo de cinco séculos até atingir uma harmonia e uma concepção artística considerada transcendental.

Em tempos, estava reservada à nobreza chinesa. Com o passar dos anos, a exclusividade cedeu perante a paixão do povo nashi pela música.

Nesse dia, a orquestra oferecia-a a nós e aos restantes espectadores.

E como se de nada de especial se tratasse, emprestava um pouco mais de vida e de cor a Lijiang.

Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Dunhuang, China

Um Oásis na China das Areias

A milhares de quilómetros para oeste de Pequim, a Grande Muralha tem o seu extremo ocidental e a China é outra. Um inesperado salpicado de verde vegetal quebra a vastidão árida em redor. Anuncia Dunhuang, antigo entreposto crucial da Rota da Seda, hoje, uma cidade intrigante na base das maiores dunas da Ásia.
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Lijiang e Yangshuo, China

Uma China Impressionante

Um dos mais conceituados realizadores asiáticos, Zhang Yimou dedicou-se às grandes produções ao ar livre e foi o co-autor das cerimónias mediáticas dos J.O. de Pequim. Mas Yimou também é responsável por “Impressions”, uma série de encenações não menos polémicas com palco em lugares emblemáticos.
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Lhasa, Tibete

Quando o Budismo se Cansa da Meditação

Nem só com silêncio e retiro espiritual se procura o Nirvana. No Mosteiro de Sera, os jovens monges aperfeiçoam o seu saber budista com acesos confrontos dialécticos e bateres de palmas crepitantes.
Huang Shan, China

Huang Shan: as Montanhas Amarelas dos Picos Flutuantes

Os picos graníticos das montanhas amarelas e flutuantes de Huang Shan, de que brotam pinheiros acrobatas, surgem em ilustrações artísticas da China sem conta. O cenário real, além de remoto, permanece mais de 200 dias escondido acima das nuvens.
Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
Pequim, China

O Coração do Grande Dragão

É o centro histórico incoerente da ideologia maoista-comunista e quase todos os chineses aspiram a visitá-la mas a Praça Tianamen será sempre recordada como um epitáfio macabro das aspirações da nação
Badaling, China

A Invasão Chinesa da Muralha da China

Com a chegada dos dias quentes, hordas de visitantes Han apoderam-se da Muralha da China, a maior estrutura criada pelo homem. Recuam à era das dinastias imperiais e celebram o protagonismo recém-conquistado pela nação.
Guilin, China

O Portal Para o Reino Chinês de Pedra

A imensidão de colinas de calcário afiadas em redor é de tal forma majestosa que as autoridades de Pequim a imprimem no verso das notas de 20 yuans. Quem a explora, passa quase sempre por Guilin. E mesmo se esta cidade da província de Guangxi destoa da natureza exuberante em redor, também lhe achámos os seus encantos.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Fiel em frente à gompa A gompa Kag Chode Thupten Samphel Ling.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
religiosos militares, muro das lamentacoes, juramento bandeira IDF, Jerusalem, Israel
Cerimónias e Festividades
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Casamentos em Jaffa, Israel,
Cidades
Jaffa, Israel

Onde Assenta a Telavive Sempre em Festa

Telavive é famosa pela noite mais intensa do Médio Oriente. Mas, se os seus jovens se divertem até à exaustão nas discotecas à beira Mediterrâneo, é cada vez mais na vizinha Old Jaffa que dão o nó.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cultura
Espectáculos

O Mundo em Cena

Um pouco por todo o Mundo, cada nação, região ou povoação e até bairro tem a sua cultura. Em viagem, nada é mais recompensador do que admirar, ao vivo e in loco, o que as torna únicas.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile
Em Viagem
Puerto Natales-Puerto Montt, Chile

Cruzeiro num Cargueiro

Após longa pedinchice de mochileiros, a companhia chilena NAVIMAG decidiu admiti-los a bordo. Desde então, muitos viajantes exploraram os canais da Patagónia, lado a lado com contentores e gado.
Étnico
Nelson a Wharariki, PN Abel Tasman, Nova Zelândia

O Litoral Maori em que os Europeus Deram à Costa

Abel Janszoon Tasman explorava mais da recém-mapeada e mítica "Terra Australis" quando um equívoco azedou o contacto com nativos de uma ilha desconhecida. O episódio inaugurou a história colonial da Nova Zelândia. Hoje, tanto a costa divinal em que o episódio se sucedeu como os mares em redor evocam o navegador holandês.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Banhistas sobre o limiar entre as Piscinas Naturais e o oceano Atlântico, Porto Moniz
História
Porto Moniz e Ribeira da Janela, Madeira

Uma Vida de Encosta, Oceano e Lava

Exploramos terras que se diz terem sido colonizadas, ainda no século XV, pelo algarvio Francisco Moniz, o Velho. Decorrido quase meio milénio, Porto Moniz tornou-se um domínio balnear concorrido, muito por conta das suas piscinas retidas num labirinto de rocha lávica.
Praia de El Cofete do cimo de El Islote, Fuerteventura, ilhas Canárias, Espanha
Ilhas
Fuerteventura, Ilhas Canárias, Espanha

A (a) Ventura Atlântica de Fuerteventura

Os romanos conheciam as Canárias como as ilhas afortunadas. Fuerteventura, preserva vários dos atributos de então. As suas praias perfeitas para o windsurf e o kite-surf ou só para banhos justificam sucessivas “invasões” dos povos do norte ávidos de sol. No interior vulcânico e rugoso resiste o bastião das culturas indígenas e coloniais da ilha. Começamos a desvendá-la pelo seu longilíneo sul.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Camiguin, Filipinas, manguezal de Katungan.
Natureza
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
A Gran Sabana
Parques Naturais

Gran Sabana, Venezuela

Um Verdadeiro Parque Jurássico

Apenas a solitária estrada EN-10 se aventura pelo extremo sul selvagem da Venezuela. A partir dela, desvendamos cenários de outro mundo, como o da savana repleta de dinossauros da saga de Spielberg.

muralha da fortaleza de Novgorod e da Catedral Ortodoxa de Santa Sofia, Rússia
Património Mundial UNESCO
Novgorod, Rússia

A Avó Viking da Mãe Rússia

Durante quase todo o século que passou, as autoridades da U.R.S.S. omitiram parte das origens do povo russo. Mas a história não deixa lugar para dúvidas. Muito antes da ascensão e supremacia dos czares e dos sovietes, os primeiros colonos escandinavos fundaram, em Novgorod, a sua poderosa nação.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Vilanculos, Moçambique, Dhows percorrem um canal
Praias
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
Morione romano em tricycle, festival moriones, Marinduque, Filipinas
Religião
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Jovens mulheres gémeas, tecelãs
Sociedade

Margilan, Uzbequistão

Périplo pelo Tecido Artesanal do Uzbequistão

Situada no extremo oriental do Uzbequistão, Vale de Fergana, Margilan foi uma das escalas incontornáveis da Rota da Seda. Desde o século X, os produtos de seda lá gerados destacaram-na nos mapas, hoje, marcas de alta-costura disputam os seus tecidos. Mais que um centro prodigioso de criação artesanal, Margilan estima e valoriza um modo de vida uzbeque milenar.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Vida Selvagem
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.