Samoa  

Em Busca do Tempo Perdido


Viagem no Tempo
Autocarro típico passa em frente da velha catedral católica de Apia.
Senhoras de branco
Duas senhoras caminham protegidas do sol numa aldeia do interior de Savai'i.
Mergulho na selva
Papapapaitai, uma das quedas d'água mais luxuriantes de Upolu.
Rugby sobre o feno
Nativos confrontam-se num torneio de rugby disputado numa pequena povoação de Savai'i.
Mísseis de Alofaaga
Proprietário de uma porção de litoral faz projectar cocos de um dos muitos blow-holes de Samoa.
Fim da missa
Crentes deixam uma igreja católica da aldeia de Safotu, em Savai'i
Mote rodoviário
A vida continua em Apia, a partir do início de 2012, do lado contrário da Linha Internacional da Data.
À moda de Samoa
Autoridade de Apia, combina uniforme policial convencional com trajes tradicionais samoanos.
Acenos vegetais
Árvores peculiares numa zona plana de Upolu.
Amigas de farda
Estudantes em uniformes da sua escola aguardam pela chegada de um autocarro.
Return to Paradise Beach
Uma enseada idílica de Upolu, onde Gary Cooper chegou a contracenar e foi filmada uma das séries do programa "Survivor Pacific".
Ensino uniformizado
Dois alunos mostram os seus cadernos samoanos.
M/0 – Samoa Licenced
Matrícula de um autocarro típico de Samoa.
A caminho de um novo dia
Noite cai sobre a baía ao largo da capita de Samoa Ocidental, Apia.
Durante 121 anos, foi a última nação na Terra a mudar de dia. Mas, Samoa percebeu que as suas finanças ficavam para trás e, no fim de 2012, decidiu voltar para oeste da LID - Linha Internacional de Data.

São escassos os relógios, os placares electrónicos e monitores de partidas e chegadas mas o simples facto de estarmos a atravessar o pequeno aeroporto Faleolo de Apia, provava-nos que tínhamos acabado de cruzar a Linha Internacional de Data – LID para leste.

E voado para trás no tempo.

Estávamos agora num misterioso ontem tropical. Depois da reserva dos bilhetes e dos vários contactos com as autoridades da ilha, era o programa de actividades em Samoa que nos exigia os derradeiros acertos cronológicos, como mais tarde os viriam a reclamar cada telefonema e contacto com o resto do mundo.

Anthony – o nosso anfitrião – detecta-nos entre os recém-chegados de Auckland, Nova Zelândia.  Saúda-nos com um talofa expressivo, semelhante aos que tínhamos encontrado também em Tonga.

Traja vestes tradicionais compostas de um lava-lava espécie de saia longa, adequada aos quase sempre volumosos samoanos, combinado com uma camisa com design florido.

A Hora Sempre Especial de Samoa

“Já acertaram os relógios? Não se esqueçam que não é só a hora. Atrasem-nos um dia senão vão andar sempre à nossa frente e só dá confusão.” assegura-nos com boa disposição.

“Não se riam! Acreditem no que vos digo: para mim, isto agora já é quase mecânico mas quando comecei a trabalhar no turismo fiz várias viagens para Auckland e Sydney e fartei-me de ter problemas por causa desta maldita linha imaginária.”

As ilhas samoanas – incluindo, na altura, a Samoa Americana, hoje um território distinto pertencente aos E.U.A. – mantiveram-se a oeste da LID até 1892. Nesse ano, comerciantes americanos convenceram o rei Malietoa Laupepa a adoptar o “dia americano”.

Tinham como objectivo que o arquipélago ficasse apenas a três horas atrás da Califórnia, algo benéfico para as transacções comerciais de então.

Autocarro em Apia, Samoa Ocidental, Pacífico do Sul

A vida continua em Apia, a partir do início de 2012, do lado contrário da LID – Linha Internacional da Data

A alteração foi concretizada através da repetição do 4 de Julho de 1892, dia da Independência dos Estados Unidos .

Apesar de as ilhas terem sido administradas pela Grã-Bretanha, E.U.A. e Nova Zelândia e de Samoa Ocidental se ter tornado, em 1962, na primeira nação do Pacífico a declarar independência, o território permaneceu 119 anos a leste da linha.

O Velho Problema da Incompatibilidade Temporal

Bastam algumas dezenas de quilómetros em volta de Upolu para percebermos porque razão um problema que se tinha já revelado óbvio para os grandes vizinhos “ocidentais” Austrália e Nova Zelândia, só bem mais tarde suscitou a intervenção das autoridades samoanas.

Atravessamos pequenas aldeias do litoral organizadas em redor das suas fales (estruturas polinésias de abrigo de forma oval ou redonda).

De cada vez que o guia nos leva a um lugar e nos deixa por conta própria, Anthony dá-nos uma hora de referência para o reencontro mas faz questão de acrescentar que se trata de “Samoan Time” o que equivale a dizer que estamos à vontade e podemos aparecer muito mais tarde.

Também interpretámos este aviso como algo do género: “se vocês portugueses e restantes latinos acham que são descontraídos, habituem-se à ideia de que nós, samoanos, somos dez vezes mais”.

O Tempo Tropical, Quase Parado, de Samoa

Sente-se o calor habitual destas paragens tropicais do Pacífico do Sul. A humidade sufoca.

São outras razões válidas – para lá do isolamento geográfico e da resistência polinésia à mudança – para grande parte dos nativos descansarem à sombra de árvores, no interior das suas casas simples ou dos pequenos negócios domiciliários.

Senhoras de brancoA impressão com que ficamos é que o tempo parou, por estes lados.

Se a ciência impede qualquer conclusão do tipo, sabemos que, a determinada altura, o seu passar “retardado” já quase só favorecia Samoa em termos de promoção turística.

“O último país à face da Terra a ver o sol a pôr-se” era um conceito bem explorado pelos responsáveis das campanhas internacionais de marketing de Samoa que assim aproveitavam para atrair jovens recém-casados e com poder de compra sobretudo da Austrália e da Nova Zelândia mas também da Europa, dos Estados Unidos e até do Japão.

Com a mudança, em vez de desaparecer, o trunfo solar será invertido para “o primeiro país do mundo a ver o sol nascer”.

Por acréscimo, a actividade turística passa a ganhar dois dias extra de contacto. Bem como a operacionalidade com os congéneres kiwi e aussie, países com centenas de milhares de habitantes com origem Samoana.

Samoa encontrava-se 23 horas atrás da Nova Zelândia. Passou a estar 1 hora à frente. A mudança trouxe mais que esperadas vantagens comerciais.

Acenos vegetais

Dia após Dia, uma Inevitável Polémica

Como sempre acontece nestes casos, é impossível agradar a gregos e a troianos. Alguns proprietários de resorts queixam-se que o apelo do derradeiro pôr-do-sol era muito mais romântico que um nascer do sol madrugador, ainda que o primeiro do planeta.

A sua insatisfação não demoveu o primeiro-ministro Tuila’epa Sailele Malielegaoi que se queixava com frequência da situação vigente: “… quando é Sexta-feira, aqui, é Sábado na Nova Zelândia e, quando estamos na igreja ao Domingo, eles já estão a tratar de negócios em Sydney e Brisbane. Em cada semana que passa, são dois dias de trabalho perdidos”.

Rico Tupai, um dos homens de negócios mais influentes do país completou o raciocínio numa outra declaração à imprensa: “ à Sexta mandamos emails para a Austrália e Nova Zelândia com questões e nunca temos respostas porque lá já é fim de semana. Quando as respostas chegam, estamos nós longe dos computadores, a conviver com as famílias…”

Na prática, a decisão implicou uma opção de aproximação à esfera destes dois países e da Ásia, com quem Samoa passou a ter relações prioritárias.

Em detrimento da esfera norte-americana, incluindo da “irmã” Samoa Americana que, apesar de situada a apenas alguns quilómetros para leste, ficou 25 horas atrás de Samoa, enquanto Los Angeles, a quase 8000 km de distância, se encontra agora 22 horas atrás de Apia, a capital.

Por fim, um dia para Frente

Assim, à meia-noite local do dia 29 Dezembro (Sexta-feira) Samoa passou directamente para 31. Fê-lo com a companhia da pequena nação vizinha Tokelau que aproveitou a boleia.

Devido ao seu teor histórico, a mudança foi oficializada por uma pequena cerimónia presidida pelo primeiro-ministro, seguida por um chá ou café matinal oferecido a todas as pessoas que a tinham presenciado.

Ainda assim, foi celebrada apenas por alguns habitantes. Sob um céu iluminado pelo rebentamento de fogo de artifício, os moradores aderentes circularam e buzinaram em redor da rotunda da velha torre branca e amarela do relógio do centro de Apia (a capital),

A torre foi erguida em memória daqueles que combateram e morreram na 1ª Guerra Mundial, no local em que existia um palco em que os marinheiros já em terra faziam serenadas de recepção aos seus compatriotas que chegavam em navios.

Autocarro junto a torre de relógio, Apia, Samoa Ocidental

Autocarro dá a volta à rotunda que envolve a torre do relógio de Apia

Com o fim da guerra, um dos homens de negócios pioneiros de Samoa, Olaf Frederick Nelson, dotou-a de relógio e de sinos. Ofereceu-os em memória do seu único filho Ta’isi, vítima de uma epidemia de gripe trazida para as ilhas pelo navio neozelandês SS Talune, em 1918.

O Frenesim Turístico-Cronológico em redor da Linha Internacional de Data

Passados 94 anos, em tempos de paz e saúde, sem ninguém se aperceber, os ponteiros deste relógio foram forçados a dar duas voltas completas para diante.

Então, vários turistas endinheirados aproveitaram para viajar até Samoa. Lá experimentaram a travessia de um lado para o outro da LID e, mais tarde, viveram uma das primeiras passagens de ano à face da Terra.

Depois viajaram para a Samoa Americana e cruzaram de novo a LID,  de maneira a chegarem a 31 de Dezembro e celebrarem de novo, no último território do mundo a chegar a 2012.

Aqueles que já tinham reservas feitas nos hotéis e resorts de Upolu e Savai’i – as duas ilhas principais de Samoa – não tiveram que pagar a estada de 30 de Dezembro. Oficialmente esse dia não existiu.

Quanto a nós, na manhã seguinte, regressamos a Auckland. Voltámos a atravessar a Linha Internacional de Data.

À tarde, voltamos a cruzá-la para o dia anterior, a caminho dos Estados Unidos.

E uns meses depois, para ocidente e para o dia seguinte. Com a China como destino. 

Upolu, Samoa  

No Coração Partido da Polinésia

O imaginário do Pacífico do Sul paradisíaco é inquestionável em Samoa mas a sua formosura tropical não paga as contas nem da nação nem dos habitantes. Quem visita este arquipélago encontra um povo dividido entre sujeitar-se à tradição e ao marasmo financeiro ou desenraizar-se em países com horizontes mais vastos.
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Apia, Samoa Ocidental

Fia Fia - Folclore Polinésio de Alta Rotação

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e daqui ao Havai, contam-se muitas variações de danças polinésias. As noites samoanas de Fia Fia, em particular, são animadas por um dos estilos mais acelerados.
Volta ao Mundo - Parte 1

Viajar Traz Sabedoria. Saiba como dar a Volta ao Mundo.

A Terra gira sobre si própria todos os dias. Nesta série de artigos, encontra esclarecimentos e conselhos indispensáveis a quem faz questão de a circundar pelo menos uma vez na vida.
Tongatapu, Tonga

A Última Monarquia da Polinésia

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e ao Havai nenhuma outra monarquia resistiu à chegada dos descobridores europeus e da modernidade. Para Tonga, durante várias décadas, o desafio foi resistir à monarquia.
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Bora-Bora, Raiatea, Huahine, Polinésia Francesa

Um Trio Intrigante de Sociedades

No coração idílico do vasto oceano Pacífico, o Arquipélago da Sociedade, parte da Polinésia Francesa, embeleza o planeta como uma criação quase perfeita da Natureza. Exploramo-lo durante um bom tempo a partir do Taiti. Os últimos dias, dedicamo-los a Bora Bora, Huahine e Raiatea.
Moorea, Polinésia Francesa

A Irmã Polinésia que Qualquer Ilha Gostaria de Ter

A meros 17km de Taiti, Moorea não conta com uma única cidade e abriga um décimo dos habitantes. Há muito que os taitianos veem o sol pôr-se e transformar a ilha ao lado numa silhueta enevoada para, horas depois, lhe devolver as cores e formas exuberantes. Para quem visita estas paragens longínquas do Pacífico, conhecer também Moorea é um privilégio a dobrar.
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
Bay of Islands, Nova Zelândia

O Âmago Civilizacional da Nova Zelândia

Waitangi é o lugar chave da Independência e da já longa coexistência dos nativos maori com os colonos britânicos. Na Bay of Islands em redor, celebra-se a beleza idílico-marinha dos antípodas neozelandeses mas também a complexa e fascinante nação kiwi.
Savai'i, Samoa

A Grande Samoa

Upolu acolhe a capital e boa parte das atenções turísticas. Do outro lado do estreito de Apolima, a também vulcânica Savai’i é a maior e mais elevada ilha do arquipélago de Samoa e a sexta da imensa Polinésia. Os samoanos louvam de tal maneira a sua genuinidade que a consideram a alma da nação.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
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Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
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Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

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Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
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Arquitectura & Design
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

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Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
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A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
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No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
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Deixada de lado a modernidade de Valência, exploramos os cenários naturais e históricos que a "comunidad" partilha com o Mediterrâneo. Quanto mais viajamos mais nos seduz a sua vida garrida.

Promessa?
Étnico
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Para Goa, Rapidamente e em Força

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tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

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Verificação da correspondência
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