Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus


Uma Contemplação Bíblica
Crentes reunidos em redor da capela da Santa Trindade.
Perigo !
Placa artesanal avisa os peregrinos para o risco de se aventurarem pelas encostas ventosas do Monte Sinai.
O Portal
Portal de pedra assinala o início de uma longa descida em direcção ao Mosteiro de Santa Catarina.
O Milagre do Novo Dia
Aurora exuberante sobre as montanhas desérticas em redor do Monte Sinai.
Banca Providencial
Vendedores e guias beduínos reunidos num dos muitos negócios a caminho do cume.
Derradeiros passos
Guia beduíno sobe por um trilho pedregoso para o cimo da capela da Santa Trindade, pouco depois do nascer do sol.
Visitantes admiram o nascer colorido do sol a partir do cimo da capela da Santa Trindade, num amanhecer gélido sobre o Monte Sinai.
O Desfiladeiro para o Mosteiro
Vislumbre do Mosteiro ortodoxo de Santa Catarina, construído no sopé do monte Sinai por ordem do imperador bizantino Justiniano.
Êxtase Religioso
Visitante russo assume uma pose bíblica.
O Regresso Pedregoso
Peregrinos descem para a base do Monte Sinai.
Aconchego
Vendedor nativo protegido do frio matinal na proximidade do Mosteiro de Santa Catarina.
De Olho na Peregrinação
Beduíno acompanha os movimentos de peregrinos no trilho mais abaixo.
Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.

Sharm el-Sheik surge na extremidade da península do Sinai de frente para um Mar Vermelho mais coralífero, azul e sedutor que em qualquer outra parte.

O lugar já acolheu tantas conferências de reconciliação que passou a ser conhecida como “A Cidade da Paz” mesmo sabendo-se que, em 2005, um atentado terrorista perpetrado com carros bomba causou a morte a 64 pessoas, na maioria, muçulmanos.

Este incidente fez com que o influxo de visitantes à zona  diminuísse para um quase nada mas, quando se trata de turismo, a memória é curta. Os grandes grupos hoteleiros e as agências de viagem não demoraram a reorganizar-se.

Combinaram voos charter e pacotes a preços surreais, a garantia de experiências subaquáticas inesquecíveis e um ambiente nocturno de mega-discoteca. Alguns anos depois, os resorts da estância voltavam a ficar lotados, principalmente de vizinhos italianos do outro lado do Mare Clausum mas também com muitos milhares de hóspedes russos.

É à porta de um destes albergues balneares que nos vêm buscar às onze da noite. A carrinha aparece a abarrotar e os passageiros demoram a libertar-nos espaço sentado.

A Inesperada Expedição Russificada ao Monte Sinai

São quase todos russos e à imagem de vários outros funcionários dos hotéis à beira mar plantados, dá-nos a sensação que Mohammed, o guia egípcio ao microfone, fala a sua língua eslava tão bem ou melhor que eles. Está previsto a viagem durar 3 horas. A meio, ainda nos detemos num paradeiro de beira de estrada.

“Último lugar com casa de banho” anuncia-nos, em inglês, o condutor. “Se não têm roupa para o frio, aproveitem também agora, oferta não vai faltar”. A previsão confirma-se de imediato.

Um bando frenético de vendedores de luvas, cachecóis e gorros precipita-se sobre os passageiros e pressiona-os a fazer negócio. Pouco depois, somos instados a retomar o trajecto, que continua a subir do nível do mar para as terras mais elevadas do Egipto.

O condutor volta ao posto e à sua rotina tresloucada. Por sorte, não temos a verdadeira noção da velocidade a que vamos. Com excepção para as carrinhas concorrentes que ultrapassa com orgulho, em redor, todas as referências se somem na escuridão total.

A Rússia, é, por coincidência, uma nação recordista no que diz respeito a acidentes de viação. Pouco impressionados com a exibição de virilidade do motorista ou incomodados pelo desconforto das suas posições improvisadas, alguns passageiros partilham um sono prodigioso que só termina quando chegamos, por fim, às imediações do Mosteiro de Santa Catarina.

Beduino, Monte Sinai, Egipto

Vendedor nativo protegido do frio matinal na proximidade do Mosteiro de Santa Catarina.

Toda a Fé em Susi, o guia Beduíno do Sinai

Espera-nos, ali, um jovem beduíno. Jamil apresenta-se com à vontade e atribuí-nos um nome de código “o vosso grupo vai chamar-se Susi. Quando ouvirem alguém gritar por Susi, já sabem que é convosco. Por favor, não se esqueçam. Hoje vai haver mais gente que nunca.”

Susi? Estranhamos a nova identidade meio-contranatura mas acabamos por a entranhar. Até porque, entretanto, a caminhada tem início e mesmo com frontais colocados sobre as testas, depressa nos sentimos perdidos no tráfico humano e camelídeo intenso que percorre o Caminho de Moisés.

Nos Passos Bíblicos de Moisés

De acordo com a narrativa bíblica, este patriarca libertou o seu povo agrilhoado do jugo dos faraós e conduziu-o até às paragens prometidas mas fugidias de Canaã.

No topo da montanha por onde andávamos, num de 40 dias e noites de permanência, Deus revelou-se-lhe e entregou-lhe duas Tábuas com os Dez Mandamentos que deveria ensinar aos seus, fundando assim uma nova fé monoteísta.

Quando Moisés regressou, encontrou o seu povo adorar um bezerro de ouro. Em fúria, destruiu a figura e instruiu homens da tribo a que pertencia para que percorressem o campo e matassem toda a gente, incluindo as crianças.

Terminada a carnificina, o patriarca desnorteado voltou à montanha por outros 40 dias e 40 noites.

Silhuetas de montanhas, Península Sinai, Egipto

Aurora exuberante sobre as montanhas desérticas em redor do Monte Sinai.

Deus apareceu-lhe uma vez mais e entregou-lhe novas Tábuas da Lei. Retornado aos sobreviventes, passou-lhes os Mandamentos em definitivo. Mas nada pôde fazer para evitar que a crença fundada e reconquistada se ramificasse ao longo da história.

A Peregrinação Cristã, Judaica e Muçulmana ao Monte Sinai

O Monte Sinai é agora considerado sagrado para as três religiões abraâmicas e visitado por fiéis cristãos, judaicos e muçulmanos.

Temos pela frente alguns cristãos ortodoxos, idosos ou demasiado volumosos, alguns pertencentes ao recém-estabelecido grupo Susi por que Jamil grita de quando em quando. O trilho mantém-se apertado e não conseguimos ver quase nada para as bermas rochosas e irregulares.

Por respeito à autoridade do guia, preservamo-nos neste pelotão lento. Mas, a determinada altura, pressionam-nos de trás dezenas de outros peregrinos que, como nós, têm dificuldade em seguir tão devagar.

E a Ascensão Nocturna, Dolorosa e Atribulada

Em simultâneo, dos lados, apertam-nos e babam-nos os camelos e dromedários bafejantes e mal cheirosos que os beduínos impingem aos caminhantes em dificuldade, numa disputa crescente por lucros que lhes parecem inevitáveis.

Jamil aparece, tal qual anjo salvador de jilaba. Já se tinha apercebido da inquietação em que andávamos e da vontade que tínhamos de nos autonomizarmos. “Querem ir à frente, certo? OK, sem problema.

Sigam quase até ao topo mas quando encontrarem a maior concentração de barracas, entrem na 3ª e esperem por mim. O dono é meu amigo. Também se chama Jamil. Bebam qualquer coisa e descansem.”

Assim fazemos. Apesar de algo carregados, ultrapassamos grandes grupos, vários, nigerianos formados por fiéis em êxtase que cantam ou bradam num estilo Gospel de coro móvel a sua emoção, à medida que se sentem mais próximos de Deus: “I’m going to meet the Lord. Praise the Lord. I’m going to meet him! Hallelujah!

Deixamos os seus rastos de luz e de fé para trás. Avançamos ao nosso ritmo e ganhamos tempo extra para recuperar os músculos ferventes das coxas e contemplar aquela peregrinação excêntrica a partir de alguns dos pequenos negócios instalados ao longo do caminho.

Banca, Monte Sinai, Egipto

Vendedores e guias beduínos reunidos num dos muitos negócios a caminho do cume.

Também no tal último, de Jamil, forrado de grandes tapetes garridos de tecelagem árabe ou beduína. Como combinado, aguardamos, ali, pelo guia homónimo.

O Cimo Místico mas Enregelante do Monte Sinai

Estamos na iminência dos 2285 m do Jabal Musa, uma das maiores elevações do Egipto. O ar é então, bastante mais rarefeito que no sopé da montanha e, às 4 da manhã, surpreendente gélido para um lugar às portas da sempre abafada Península Arábica.

Aproveitamos para beber chocolate quente e recuperarmos a temperatura, o fôlego e as pernas que já latejam de tanto degrau. Jamil e alguns dos russos aparecem quase 20 minutos depois.

Um ou outro arrastam-se trilho acima, auxiliados no limiar das suas possibilidades físicas, quando os camelos já não os podem socorrer e ainda faltam centenas de degraus para o fim da penitência.

Parte da derradeira escadaria para o cume afunila ainda mais a procissão. Recorremos a desvios de cabras para a podermos contornar e chegarmos ao cume a tempo do nascer do sol, o que acabamos por conseguir.

Peregrinos no cimo, Monte Sinai, Egipto

Visitantes admiram o nascer colorido do sol a partir do cimo da capela da Santa Trindade, num amanhecer gélido sobre o Monte Sinai.

Lá em cima, a luminosidade aumenta a olhos vistos e desenrola-se o milagre diário do amanhecer. O céu assume tons rosados e escarlates e o grande astro ainda parcial amarela o padrão granítico da capela de Santa Trindade, cercada de crentes fora de si.

Os gritos, choros e cânticos religiosos formam um gemido transcendental que soa a convocação. E, como revelam os olhares enlevados e os sorrisos de paixão dos seguidores, Deus pode não se ter revelado como a Moisés naquele pedaço inóspito de Terra mas tocou fundo nos seus corações.

A Descida Diurna para o Mosteiro de Santa Catarina

Um crente eslavo, em particular, faz questão de louvar o privilégio em retiro. Afasta-se da gente, ajoelha-se sobre o solo, dá as costas aos rochedos e estende os braços em direcção ao firmamento em mutação.

A confirmação do dealbar revela o cenário pedregoso a perder de vista em que Moisés se perdeu. Aos poucos, os peregrinos voltam a si e ao sopé de onde tinham partido.

Peregrinos, Monte Sinai, Egipto

Crentes reunidos em redor da capela da Santa Trindade.

Espera-os, ali, o Mosteiro de Santa Catarina mandado erguer pelo imperador bizantino Justiniano I.

E, no interior, a sarça-ardente que as autoridades cristãs ortodoxas residentes assinalaram como aquela em que Deus se materializou e revelou ao patriarca. A Terra Prometida a que quase terá chegado ainda está longe. Essa é outra romagem.

Mosteiro Santa Catarina, Monte Sinai, Egipto

Vislumbre do Mosteiro ortodoxo de Santa Catarina, construído no sopé do monte Sinai por ordem do imperador bizantino Justiniano.

Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Arménia

O Berço do Cristianismo Oficial

Apenas 268 anos após a morte de Jesus, uma nação ter-se-á tornado a primeira a acolher a fé cristã por decreto real. Essa nação preserva, ainda hoje, a sua própria Igreja Apostólica e alguns dos templos cristãos mais antigos do Mundo. Em viagem pelo Cáucaso, visitamo-los nos passos de Gregório o Iluminador, o patriarca que inspira a vida espiritual da Arménia.
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
Mar Morto, Israel

À Tona d'água, nas Profundezas da Terra

É o lugar mais baixo à superfície do planeta e palco de várias narrativas bíblicas. Mas o Mar Morto também é especial pela concentração de sal que inviabiliza a vida mas sustém quem nele se banha.
Edfu a Kom Ombo, Egipto

Nilo Acima, pelo Alto Egipto Ptolomaico

Cumprida a embaixada incontornável a Luxor, à velha Tebas e ao Vale dos Reis, prosseguimos contra a corrente do Nilo. Em Edfu e Kom Ombo, rendemo-nos à magnificência histórica legada pelos sucessivos monarcas Ptolomeu.

Istambul, Turquia

Onde o Oriente encontra o Ocidente, a Turquia Procura um Rumo

Metrópole emblemática e grandiosa, Istambul vive numa encruzilhada. Como a Turquia em geral, dividida entre a laicidade e o islamismo, a tradição e a modernidade, continua sem saber que caminho seguir

Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
Chefchouen a Merzouga, Marrocos

Marrocos de Cima a Baixo

Das ruelas anis de Chefchaouen às primeiras dunas do Saara revelam-se, em Marrocos, os contrastes bem marcados das primeiras terras africanas, como sempre encarou a Ibéria este vasto reino magrebino.
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
Arquitectura & Design
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Ilha de Miyajima, Xintoismo e Budismo, Japão, Portal para uma ilha sagrada
Cerimónias e Festividades
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Cândia, Dente de Buda, Ceilão, lago
Cidades
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cultura
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Motociclista no desfiladeiro de Sela, Arunachal Pradesh, Índia
Em Viagem
Guwahati a Sela Pass, Índia

Viagem Mundana ao Desfiladeiro Sagrado de Sela

Durante 25 horas, percorremos a NH13, uma das mais elevadas e perigosas estradas indianas. Viajamos da bacia do rio Bramaputra aos Himalaias disputados da província de Arunachal Pradesh. Neste artigo, descrevemos-lhe o trecho até aos 4170 m de altitude do Sela Pass que nos apontou à cidade budista-tibetana de Tawang.
Tambores e tatoos
Étnico
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Panorama no vale Licungo e sua plantação de chá
História
Gurué, Moçambique, Parte 2

Em Gurué, entre Encostas de Chá

Após um reconhecimento inicial de Gurué, chega a hora do chá em redor. Em dias sucessivos, partimos do centro da cidade à descoberta das plantações nos sopés e vertentes dos montes Namuli. Menos vastas que até à independência de Moçambique e à debandada dos portugueses, adornam alguns dos cenários mais grandiosos da Zambézia.
PN Timanfaya, Montanhas de Fogo, Lanzarote, Caldera del Corazoncillo
Ilhas
PN Timanfaya, Lanzarote, Canárias

PN Timanfaya e as Montanhas de Fogo de Lanzarote

Entre 1730 e 1736, do nada, dezenas de vulcões de Lanzarote entraram em sucessivas erupções. A quantidade massiva de lava que libertaram soterrou várias povoações e forçou quase metade dos habitantes a emigrar. O legado deste cataclismo é o cenário marciano actual do exuberante PN Timanfaya.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Cahuita, Costa Rica, Caribe, praia
Natureza
Cahuita, Costa Rica

Um Regresso Adulto a Cahuita

Durante um périplo mochileiro pela Costa Rica, de 2003, deliciamo-nos com o aconchego caribenho de Cahuita. Em 2021, decorridos 18 anos, voltamos. Além de uma esperada, mas comedida modernização e hispanização do pueblo, pouco mais tinha mudado.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Vista aérea das quedas de água de Malolotja.
Parques Naturais
Reserva Natural de Malolotja, eSwatini

Malolotja: o Rio, as quedas d’água e a Reserva Natural Grandiosa

Meros 32km a nordeste da capital Mbabane, sobre a fronteira com a África do Sul, ascendemos a terras altas, rugosas e vistosas de eSwatini. Por lá flui o rio Malolotja e se despenham as cascatas homónimas, as mais altas do Reino. Manadas de zebras e de antílopes percorrem os pastos e florestas em redor, numa das reservas com maior biodiversidade do sul de África.  
Banhistas em pleno Fim do Mundo-Cenote de Cuzamá, Mérida, México
Património Mundial UNESCO
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Praias
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Ilha Maurícia, viagem Índico, queda de água de Chamarel
Religião
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Vegetais, Little India, Singapura de Sari, Singapura
Sociedade
Little India, Singapura

Little Índia. A Singapura de Sari

São uns milhares de habitantes em vez dos 1.3 mil milhões da pátria-mãe mas não falta alma à Little India, um bairro da ínfima Singapura. Nem alma, nem cheiro a caril e música de Bollywood.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Vida Selvagem
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.