Vegueta, Gran Canária, Canárias

Às Voltas pelo Âmago das Canárias Reais


A Outra Face de Sant Ana
Perspectiva lateral da imponente catedral de Santa Ana, o edifício símbolo de Vegueta.
Plazeta del Espiritu Santo
Família dá entrada na Praceta del Espiritu Santo, em confluência com a Calle del Castillo.
Plaza e Catedral Santa Ana
A fachada da Catedral de Santa Ana iluminada por uma luz suave.
Conversa Animada
Grupo de amigos conversam junto a uma esplanada de Vegueta.
Leitura de Rua
Jovem entretem-se a ler numa plaza de Vegueta.
A Casa de Colón
A Casa de Colón em plena Plaza de Santa Ana.
San Juan
As linhas rígidas do bairro de San Juan, bem mais moderno que o de Vegueta.
O Casal do Rancho
Um casal integrante do rancho folclórico de San Juan.
Calle del Castillo
A rua de vários tons del Castillo, uma das mais emblemáticas do âmago histórica de Las Palmas.
Pedestre e Estátua
Transeunte passa junto a uma estátua de rua de Vegueta.
Las Palmas do Alto de San Juan
A catedral de Santa Ana destacada bem acima do casario de Vegueta e da Las Palmas em redor.
Santa Ana, a Catedral
A catedral de Santa Ana emoldurada por outra grande porta.
Passeio solitário
Transeunte percorre uma rua bem iluminada pelo sol do sul da ilha de Gran Canária.
Fonte Espiritu Santo
O recanto mais refrescante da Calle del Castillo.
Las-palmas-gran-canaria-esquina-vegueta
Uma esquina com arquitectura colonial bem marcada do bairro de Vegueta.
Casario cúbico
Cores e formas bem cúbicas do bairro de San Juan.
A Outra Face de Sant Ana
Perspectiva lateral da imponente catedral de Santa Ana, o edifício símbolo de Vegueta.
Plazeta del Espiritu Santo
Família dá entrada na Praceta del Espiritu Santo, em confluência com a Calle del Castillo.
Plaza e Catedral Santa Ana
A fachada da Catedral de Santa Ana iluminada por uma luz suave.
Conversa Animada
Grupo de amigos conversam junto a uma esplanada de Vegueta.
O velho e majestoso bairro Vegueta de Las Palmas destaca-se na longa e complexa hispanização das Canárias. Findo um longo período de expedições senhoriais, lá teve início a derradeira conquista da Gran Canária e das restantes ilhas do arquipélago, sob comando dos monarcas de Castela e Aragão.

Após um dia inteiro a calcorrear e a explorar as praças, ruas e ruelas em grelha do bairro pioneiro de Las Palmas, eis que nos decidimos a ascender às alturas panorâmicas da cidade.

A orografia de Las Palmas nunca foi branda com os moradores dos bem mais recentes bairros San José e San Juan. De tal maneira que, em 2012, as autoridades da cidade se comoveram e inauguraram um elevador que permitia atalhar a subida íngreme.

O equipamento provou-se de pouca dura. Quando chegamos à sua base, o abandono em que o encontramos dita, sem ressalvas, o recurso à escadaria alternativa.

Ascensão às Alturas de San Juan, Las Palmas

Subimos o mais acima possível. Investigamos o corredor do último piso na esperança de conseguirmos uma perspectiva desafogada sobre o casario de Vegueta e de Las Palmas em redor. Dali, conseguíamos enquadrá-los, se bem que apenas uma secção, longe de nos satisfazer os anseios fotográficos.

Alguns moradores de lares próximos ao elevador percebem a nossa inquietude. Um deles, decide intervir. “Mas vocês estão à procura de quê, afinal? De vista lá para baixo? Ah, mas isso é bem melhor lá do topo do morro”.

Fazemos fé na sua mais que credível informação. Por fim, sossegados, passamos os olhos na ruela e nas casas que preenchiam a encosta.

A Família Pródiga do Sr. Miguel de San Juan

Um dos prédios, alaranjado e de arquitectura improvisada e impossível de catalogar, destacava-se dos demais. O mesmo interlocutor repara na atenção que lhe dedicamos. “Fui eu que desenhei e construí quase tudo. O que é que acham?”

Verdade seja dita que nos faltaram as palavras para lhe responder de forma condigna. O Sr. Miguel, à data com oitenta e sete anos, sente o nosso espanto. Opta por desenvolver. “E sabem uma coisa? Foi o melhor que fiz. Eu e a minha mulher temos dez filhos, quatro raparigas e seis rapazes.

Às tantas, começaram eles a ter filhos. Quando demos por ela, entre filhos, netos, bisnetos e tetranetos, éramos quarenta e um a viver ali. Aquele nosso prédio sempre foi um verdadeiro lar doce lar.”

De tantos habitantes da família do Sr. Miguel, logo apareceu uma sua neta, ao volante de um carro já velhote. Ia levar o avô à estação de serviço de que era também proprietário. Ao inteirar-se da nossa demanda, disse-nos para entrarmos no carro, que nos levaria ao cimo do morro. Assim fazemos.

Minutos depois, a neta do Sr. Miguel deixa-nos numa beira da estrada mal-amanhada mas, de facto, panorâmica.

Rancho folclórico, San Juan, Las Palmas, Gran Canária

O Rancho Folclórico no Cimo de San Juan

Por diante, para baixo, estendia-se boa parte do casario de Las Palmas, do sopé da colina que nos sustinha até à vastidão azul do Atlântico.

Admirávamos o cenário quando nos fez desviar o olhar um casal em trajes que nos pareciam de folclore, tradicionais. Nesse momento, detém-se uma carrinha. Saem mais sete mulheres, todas vestidas no mesmo estilo, duas delas a segurarem espécies de cavaquinhos.

A aparição daquele séquito deixa-nos intrigados. Questionamo-los a condizer. “Somos do rancho folclórico de San Juan, vamos a caminho de um encontro noutra povoação. Podemos fazer umas fotos, claro. Mas tem que ser rápido. Já estamos um bocado atrasados!”

Casal de rancho folclórico, San Juan, Las Palmas, Gran Canária

Despachamos uma produção-relâmpago o mais depressa que conseguimos, com o colorido do grupo composto contra o azul celeste e o do mar. Logo, eles enfiam-se na carrinha que sai disparada.

Nós, voltamos à contemplação da secção de Las Palmas que tínhamos a leste, um aglomerado de casas e prédios em que predominavam o branco e tons quentes de pastel.

E de que, pelo seu tom cinzento e pela altura das torres, se destacava o cimo de uma grande catedral, dos poucos edifícios que quase passava a linha do horizonte para o nível do céu.

Vegueta, Las Palmas, Gran Canária

Às Voltas pela Velha Vegueta

Muitos disparos fotográficos depois, por ruas e ruelas do bairro de San Juan distintas das que tínhamos percorrido na subida, regressamos ao sopé alisado do morro e à secular Vegueta.

Quanto mais descemos rumo ao mar, mais imponente, elegante e impressionante se revela o bairro, com óbvio apogeu na praça que antecede o templo que antes víamos destacado, a Plaza de Santa Ana, nesse momento ocupada por um evento de competições infantis.

Catedral Santa Ana, Vegueta, Las Palmas, Gran Canária

Encerrava-a, a leste, a Catedral Metropolitana de Santa Ana de Canárias, erguida entre 1500 e 1570, como expressão católica suprema da ilha de Gran Canária.

Mesmo se o exterior reformulado no século XIX é de estilo neoclássico, a sua enorme nave preserva-se gótica, sustida por colunas erguidas a emularem as palmeiras prolíficas naquela zona antes da chegada dos Conquistadores de Castela.

A Derradeira Conquista da ilha de Gran Canária

Em 24 de Junho de 1478, as tropas castelhanas recém-desembarcadas, incumbidas de submeter de uma vez por todas a resistência dos indígenas Canários, ergueram um acampamento nas imediações de um barranco que se viria a chamar del Guiniguada.

Aí mesmo, de maneira a guiarem as embarcações que os viriam aprovisionar, preservaram três enormes palmeiras. Dessa referência, ficou o nome embrião da capital da ilha, Real de las Tres Palmas de Gran Canária, hoje, a cidade mais populosa do arquipélago, com 375.000 habitantes.

Vegueta, Las Palmas, Gran Canária

Grupo de amigos conversam junto a uma esplanada de Vegueta.

Afectada pela forte resistência dos nativos e, como se não bastasse, por discórdias entre os castelhanos, a conquista arrastou-se.

Confirmou-se apenas em Abril de 1483, mês em que Guayarmina Semidá, a rainha indígena da ilha, se rendeu aos invasores e suscitou o suicídio de um chefe tribal influente e do seu xamã.

A Arquitectura Colonial Ímpar de Vegueta

Daí em diante, com o cunho da Coroa e a perspectiva quase infalível de grandes lucros, intensificou-se a construção da primeira povoação de Gran Canária.

Um hospital, a Ermita mudéjar de San António Abad, presente no lugar em que foi erguida a capela que serviu espiritualmente o acampamento de Real de Las Tres Palmas e predecessora da actual catedral.

Catedral de Sant Ana, Vegueta, Las Palmas, Canárias

Perspectiva lateral da imponente catedral de Santa Ana, o edifício símbolo de Vegueta.

Acompanharam-nas o palácio Episcopal, o Ayuntamiento, a Real Audiência, o Tribunal do Santo Ofício e a Diocese das Ilhas Canárias, à época, a única diocese.

Vegueta, Las Palmas, Gran Canária

Estes edifícios eclesiásticos e governativos, alternaram com outros, residenciais, dotados de pátios desafogados e verdejantes, de abundantes varandas de madeira, de tal maneira que uma das ruas emblemáticas do bairro que, de início, acolheu as famílias mais ricas e influentes da ilha se chama ainda Calle de los Balcones.

Tanto uns edifícios, como os outros, exibem uma riqueza arquitectónica única, uma mescla improvável de elementos góticos, renascentistas, neoclássicos e, como é frequente no sul de Espanha e nas Canárias, mudéjares.

Com o tempo, essa amálgama de edifícios e estilos formou a unidade urbanística que, passo após passo, nos continuava a deslumbrar.

Calle del Castillo, Vegueta, Las Palmas, Gran Canária

Calle del Castillo acima e abaixo, passamos várias vezes pela Plaza del Espíritu Santo.

Como passamos pela sua ermida dedicada ao Cristo del Buen Fin e a fonte desenhada pelo artista gran canário Manuel Ponce de León y Falcón, nascente de águas que refrescam o pequeno jardim repleto de plantas tropicais, mas não o Elixir da Juventude que o descobridor tanto fez por encontrar em terras, hoje, da Florida.

Fonte del Espiritu Santo, Vegueta, Las Palmas, Gran Canária

O recanto mais refrescante da Calle del Castillo.

A Casa Colón e as Passagens de Colombo por Las Palmas

Na direcção da Av. de Canárias e do Atlântico, entramos em ruas delimitadas pelas fachadas amareladas da Ermita de San António Abad e pela vizinha Casa neogótica de Colón, cada qual com o seu brasão intrincado.

Vegueta, Las Palmas, Gran Canária

A Casa de Colón em plena Plaza de Santa Ana.

Por ali, um músico de calle toca melodias de pífaro que reforçam o encanto colonial de Las Palmas, o também porto em que Cristóvão Colombo ancorou em três das suas quatro expedições, sendo que, na primeira, terá, inclusive, orado pouco antes de zarpar rumo ao ocidente desconhecido.

Na Casa Colón, inteiramo-nos da importância que as Canárias – a Gran Canária em particular – e os seus voluntariosos emigrantes tiveram na colonização das Américas de que Colombo fez Novo Mundo.

Gárgula, Vegueta, Las Palmas, Gran Canária

Uma gárgula adorna uma fachada da praça em que se situa a Casa de Colón.

Mesmo se numa escala local, não tardamos a chegar a uma latitude de Las Palmas distinta de tudo o que até então havíamos constatado.

Contornamos o mercado de Vegueta e atravessamos a carretera del Centro, para o outro lado da autoestrada GC-5 que estabelece uma fronteira rodoviária do bairro.

O Casario Colorido e Surreal de San Juan

Umas centenas de metros acima, ao longo da Calle San Diego de Alcalá e de um núcleo urbano distinto, perscrutamos o casario oposto, uma perspectiva lateralizada do bairro elevado de San Juan em que nos tínhamos cruzado com o Sr. Miguel e com o grupo folclórico.

Pois, dali, San Juan preenchia todo o morro sobranceiro a Vegueta numa profusão multicolorida de casas e prédios de geometria elementar e rígida, que nos parecia um cenário de desenhos animados ou resultado de uma brincadeira de legos.

San Juan, Vegueta, Las Palmas, Gran CanáriaA visão suscitou-nos a estranheza de como, o fluir das Eras, tinha gerado “cidades” tão contrastantes dentro da mesma capital.

Casario de San Juan, Las Palmas, Gran Canária

As linhas rígidas do bairro de San Juan, bem mais moderno que o de Vegueta.

Abaixo, em jeito de resistentes vegetais do dealbar de Las Palmas, uma linha quebrada de palmeiras ondulava ao sabor do vento.

Deixamos o ocaso assentar a oeste do cerne ainda mais alto da Gran Canária.

Quando o arrebol se começa a instalar, já estamos de volta às plazas de Vegueta, entregues a cañas e a inevitáveis papas canárias arrugadas.

Fuerteventura, Canárias

Fuerteventura - Ilha Canária e Jangada do Tempo

Uma curta travessia de ferry e desembarcamos em Corralejo, no cimo nordeste de Fuerteventura. Com Marrocos e África a meros 100km, perdemo-nos no deslumbre de cenários desérticos, vulcânicos e pós-coloniais sem igual.
Gran Canária, Canárias

Gran (diosas) Canária (s)

É apenas a terceira maior ilha do arquipélago. Impressionou tanto os navegadores e colonos europeus que estes se habituaram a tratá-la como a suprema.
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Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
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A (a) Ventura Atlântica de Fuerteventura

Os romanos conheciam as Canárias como as ilhas afortunadas. Fuerteventura, preserva vários dos atributos de então. As suas praias perfeitas para o windsurf e o kite-surf ou só para banhos justificam sucessivas “invasões” dos povos do norte ávidos de sol. No interior vulcânico e rugoso resiste o bastião das culturas indígenas e coloniais da ilha. Começamos a desvendá-la pelo seu longilíneo sul.
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Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Manada de búfalos asiáticos, Maguri Beel, Assam, Índia
Vida Selvagem
Maguri Bill, Índia

Um Pantanal nos Confins do Nordeste Indiano

O Maguri Bill ocupa uma área anfíbia nas imediações assamesas do rio Bramaputra. É louvado como um habitat incrível sobretudo de aves. Quando o navegamos em modo de gôndola, deparamo-nos com muito (mas muito) mais vida que apenas a asada.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.