Ilha do Pico, Açores

Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés


Atalho
Habitante do Pico empurra um bebe ao longo de uma das canadas (caminhos de pedra) que atravessam as vinhas da Madalena.
Pico Rosa
Nuvem cogumelo rosada coroa o cume da montanha do Pico, o tecto de Portugal, na ilha do Pico
Descensao
Mónica mota desce o trecho íngreme do Piquinho à grande cratera da montanha do Pico.
Água, Terra e Fogo
Caminhante sobe o trilho a caminho para o cume da montanha enquanto as nuvens se sucedem sobre as terras mais baixas e férteis da ilha do Pico.
No Cimo de Portugal
Guia açoriano e montanheiro no cimo do Piquinho, por detrás de uma névoa persistente
Gado Organizado
Vacas ocupam uma encosta da ilha do Pico bem acima de Lajes do Pico.
A flor
Cantora provocadora protagoniza o cartaz das festas religiosas de Santa Luzia, São Roque do Pico.
Currais do Pico
Os incontáveis currais que os colonos da ilha do Pico ergueram para assim fazerem crescer videiras.
labirinto lava-Ilha-do-pico-vulcao-açores-montanha-atlântico
Vacas pastam na paisagem de minifúndio açoriano demarcado por muros de basalto.
Ao Vento
Visitantes do Pico exploram o moinho do Frade, no Lajido da Criação Velha, Madalena.
Uvas Vulcânicas
Videira e uvas suportadas pela solidez de basalto de um muro.
Mais uma conquista
Mónica Mota, guia montanhista agora residente no Pico repousa na grande cratera, com o Piquinho aparentemente fumegante por trás.
Terra e Mar
Vista do Atlântico e da ilha vizinha do Faial a partir da grande cratera do vulcão Pico.
Encosta Fértil
Litoral sudeste do Pico, com a terra cultivada muitas dezenas de metro acima do nível do mar
Lavas altas
Lava entrançada abaixo do Piquinho da montanha-vulcão do Pico.
Vias vulcânicas
Anfitriã ajuda a iluminar o mais longo dos túneis de lava açorianos conhecidos, com mais de 5km, no prolongamento da Gruta das Torres.
Abrigo
Vaca abrigada atrás de uma sebe natural densa em terras mais altas da ilha.
Vinhas de Lava
O lusco-fusco prestes a instalar-se sobre o Pico da Madalena os muros das vinhas com as nuvens ainda rosadas pelo pôr-do-sol.
Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.

A Ascensão Nocturna ao Pico

Pouco passa das três da manhã quando Mónica Mota, da Épico nos dá o sinal de partida para o tecto de Portugal e da Ilha do Pico.

Daí em diante, durante mais de três horas, guiados pela experiência da guia e à luz dos frontais, serpenteámos encosta acima. Subimos ora firmes ora a escorregarmos na gravilha de lava que, aqui e ali, cobria o trilho.

De mochilas mais pesadas do que desejávamos às costas, os passos depressa se começaram a tornar dolorosos. Disfarçámos o desconforto e o muito esforço que faltava a falarmos de tudo o que nos lembrávamos.

Só conhecíamos a Mónica desde há uns passos. Temas de conversa, como, fôlego e forças, nunca nos faltaram.

O trilho ideal é assinalado por marcadores numerados. São 45 até ao topo. De início, temos a sensação que se sucedem num ápice.

Aos poucos, a sua contagem parece quantificar de igual modo o grau de inquietação pelo que subsiste até pormos os olhos no derradeiro. “Os primeiros estão mais separados.” afiança-nos Mónica no seu tom tranquilizante.

A Aurora Encharcada no Grande Cimo da Ilha do Pico

Chegamos à entrada da grande cratera. Um vento desvairado renova uma névoa densa e atira-nos com uma chuva gélida e cortante. É sob este massacre meteorológico que vencemos os derradeiros metros ao cume supremo do Piquinho. Após o que nos instalámos à espera da alvorada.

Ilha do Pico, Montanha Vulcão Açores, aos Pés do Atlântico

Mónica Mota, guia montanhista agora residente no Pico repousa na grande cratera, com o Piquinho aparentemente fumegante por trás.

O sol nasceu. Mas brotou por detrás de um manto denso de nuvens que pouco ou nada se coloriram. Mantivemo-nos o mais abrigados possível das rajadas atrás de umas rochas e sobre uma fumarola que nos aliviava de um crescente torpor.

Esperámos. Sem condições para fotografar, desesperámos e decidimos descer de volta à grande cratera. Abrigámo-nos da intempérie numa cova de lava a que os guias chamaram de hotel.

Trocámos alguma roupa, bebemos bebidas quentes e recuperámos energias para o regresso.

Quando saíamos da toca, as nuvens davam lugar a um sol radioso. Tínhamos sido os únicos a subir de noite e demorámo-nos no cume. Por aquela hora, com o sol já bem acima do horizonte, chegavam as primeiras pessoas que tinham partido ao amanhecer.

Ilha do Pico, Montanha Vulcão Açores, aos Pés do Atlântico

Vista do Atlântico e da ilha vizinha do Faial a partir da grande cratera do vulcão Pico.

Renato, um guia que está prestes a cumprir as suas duas mil subidas ao Piquinho, confraternizou por momentos com Mónica e incitou-nos a lá regressarmos.

Regresso Doloroso ao Piquinho

De novo naquele topo excêntrico de Portugal, o grande astro aquecia-nos e às vistas.

Concedeu-nos, por fim, o deslumbre que tínhamos feito por merecer: a toda a volta, os retalhos verdes das terras mais baixas da ilha do Pico e o azul-escuro do Atlântico a nossos pés; do lado de lá do canal, a silhueta familiar do Faial, os cenários sobrevoados e ensombrados por umas poucas nuvens velozes que, ainda assim, se tinham deixado tresmalhar.

Ilha do Pico, Montanha Vulcão Açores, aos Pés do Atlântico

Mónica mota desce o trecho íngreme do Piquinho à grande cratera da montanha do Pico.

Como é habitual nestas lides montanheiras, o retorno ao sopé da encosta provou-se tão castigador como a ascensão. Só que o breu dera lugar a paisagens comoventes.

Outras nuvens, estas rasteiras, também jogavam às sombras com a lava negra-prata envolvente e com os prados ondulantes a que ansiávamos voltar.

Entretidos com aquele festim dos sentidos e com as incontáveis paragens para contemplarmos e fotografarmos, perdemo-nos no tempo. Estávamos prestes a entrar na Casa da Montanha que marcava o término da aventura quando Mónica nos chamou à realidade.

“Sabem que horas são?” perguntou-nos. “São outra vez três; três… da tarde. Vocês bateram todos os recordes, nunca me tinha demorado tanto lá em cima”. Não fazíamos a mínima ideia.

O que sabíamos era que a jornada que ali completávamos se confirmava inolvidável. Sentiríamos para sempre orgulho em a termos terminado e em podermos testemunhar a beleza e a imponência da montanha do Pico.

As Origens e Profundezas Geológicas da Ilha do Pico

Ao pé das restantes ilhas dos Açores, a ilha do Pico é recém-nascida. A “data” da sua formação suscitou um aceso debate assente numa amplitude temporal que vai desde há 250.000 anos até ao milhão e meio ou dois milhões de anos.

O tema apaixona de igual maneira alguns jovens do Núcleo Picoense da associação “Os Montanheiros” que estudam a Gruta das Torres, o maior tubo lávico até agora descoberto nos Açores, com mais de 5

Túnel de Lava, Ilha do Pico, Montanha Vulcão Açores, aos Pés do Atlântico

Anfitriã ajuda a iluminar o mais longo dos túneis de lava açorianos conhecidos, com mais de 5km, no prolongamento da Gruta das Torres.

km de extensão. Já tínhamos conquistado o tecto de todo o Portugal.

Pareceu-nos justo descermos às suas profundezas.

Embrenhámo-nos na gruta e seguimos os passos do guia Luís Freitas e de colegas que, de lanternas em riste, nos mostraram as distintas formações deixadas pelo arrefecimento da lava corrente, com nomes provindos de onde o fenómeno ainda abunda, o Havaii.

Admirámos as marcas da lava ‘a ‘a e pahoehoe e uma série de outros caprichos geológicos milenares.

O Vinho que Brota da Lava do vulcão Pico

De volta à superfície, dedicámo-nos ao mais improvável produto do vulcanismo da ilha do Pico: as vinhas que os prodigiosos picoenses lá fizeram proliferar.

Currais, Ilha do Pico, Montanha Vulcão Açores, aos Pés do Atlântico

Os incontáveis currais que os colonos da ilha do Pico ergueram para assim fazerem crescer videiras.

Os primeiros colonos instalaram-se na ilha do Pico na segunda metade do século XV, crê-se que depois de terem deixado manadas de gado ainda na primeira metade.

Provinham, em grande parte, do norte de Portugal e chegaram via ilha Terceira e Graciosa, ilhas em que se tinham antes fixado.

Numa primeira fase, proliferar na ilha do Pico pareceu-lhes uma missão complicada. Com o tempo, o cultivo de trigo provou-se viável.

O reforço da produção de pastel-dos-tintureiros e de outras plantas usadas na produção de tintas e corantes então exportadas para a Flandres facilitou o assentamento. Primeiro nas Lajes, logo, em São Roque.

À altura, muitos dos terratenentes açorianos residentes na Horta que já produziam vinhos no Faial e noutras ilhas, tornaram-se proprietários de parcelas consideráveis da ilha do Pico.

Os Cultivos Pioneiros dos Eclesiásticos

Crê-se que foi um franciscano conhecido por Frei Pedro Gigante quem lá cravou as primeiras vinhas da casta Verdelho, com origem mediterrânea mas, naquele caso, quase de certeza trazidas da Madeira.

No fim do século XVI, a ilha do Pico produzia vinho em quantidade e considerado melhor do que o das restantes ilhas.

Ilha do Pico, Montanha Vulcão Açores, aos Pés do Atlântico

Videira e uvas suportadas pela solidez de basalto de um muro.

De tal maneira que, uns anos depois, vários proprietários alastraram a sua produção na zona ocidental, em redor da maior cidade da ilha, Madalena, a povoação mais próxima do Faial em que aportámos oriundos da Horta.

As vinhas do ocidente da ilha do Pico tomaram quase toda a área do Lajido de Santa Luzia e da Criação Velha, esta, uma área próxima de Madalena antes dedicada à pecuária.

Os seus microfúndios (2 por 6 metros) delimitados e protegidos do vento e da névoa marinha por incontáveis muros de pedras basálticas repetem-se encosta abaixo, até quase à beira do Atlântico.

No interior destas pequenas estufas vulcânicas a que os produtores chamaram “currais” despontam há séculos os bacelos e as cepas da felicidade.

O cultivo do verdelho maturou dois séculos a fio e a produção atingiu as 30.000 pipas anuais. O vinho licoroso branco seco local tornou-se a maior fonte de rendimento da ilha do Pico e do Faial.

Garantiu a prosperidade de várias famílias que ergueram grandes solares e neles se instalaram para supervisionar a produção e a exportação.

O vinho da ilha do Pico chegou ao Norte da Europa, ao Brasil, às Índias Ocidentais, à Terra Nova e aos Estados Unidos.

Entre os seus mais poderosos apreciadores contavam-se os Papas e os Czares da Rússia.

Moinho do Frade, Ilha do Pico, Montanha Vulcão Açores, aos Pés do Atlântico

Visitantes do Pico exploram o moinho do Frade, no Lajido da Criação Velha, Madalena.

Moinho com Vista para a Criação Velha do Pico

Subimos a um dos moinhos que os ilhéus ergueram para mecanizar a moagem do milho e do trigo. Do seu alpendre vermelho, admiramos a vastidão da Criação Velha, então bem mais cinzenta que verde. Percorrem-na canadas (caminhos) paralelas.

Uma senhora que empurra um carrinho de bebé, caminha pela longa canada de chão ocre que vem da beira-mar e passa pela base do moinho.

Ilha do Pico, Montanha Vulcão Açores, aos Pés do Atlântico

Habitante do Pico empurra um bebe ao longo de uma das canadas (caminhos de pedra) que atravessam as vinhas da Madalena.

Também espreitamos a pequena loja instalada aquém do velho engenho do moinho e ficamos à fala com Paula – que tomava conta do negócio – e do filho Diniz. De tudo o que tinha à venda, atraíram-nos de imediato os sacos de uvas.

A vindima terminara fazia um mês. Seriam das poucas uvas da ilha do Pico que teríamos a sorte de provar.

Mas, bastaram dois ou três bagos para percebermos que não eram propriamente verdelho. Sabiam-nos a morangueiro. O mesmo morangueiro abundante na região que nos é familiar de Lafões.

“São mesmo as últimas. As últimas deste ano e, deste tipo, que alguma vez teremos. O meu pai está prestes a trocar as nossas vinhas. O governo regional paga para mudarmos para castas de qualidade. Vamos aproveitar.”

O Oídio, o Míldio e outros Reveses Vinícolas da Ilha do Pico

Nos tempos idos de glória e proveito vinícola, os produtores da ilha do Pico passaram por momentos problemáticos e não tiveram quem os amparasse. Corria 1852. Uma praga de oídio devastou as vinhas e a produção.

Para evitar morrer à fome, o povo cultivou milho, batata e inhame.

Terras férteis e ervadas nunca faltaram. Testemunhámo-lo quando subimos das Lajes do Pico para as terras altas que explorámos até ao Miradouro do Cabeço do Geraldo e para leste, entre pastos sem fim, à boa maneira açoriana, salpicados por distintos tipos de vacas.

Gado, Ilha do Pico, Montanha Vulcão Açores, aos Pés do Atlântico

Vacas ocupam uma encosta da ilha do Pico bem acima de Lajes do Pico.

Decorridos 20 anos, Isabel, uma outra variedade mais resistente às pragas substituiu a verdelha mas a filoxera que grassava por toda a Europa destruiu as novas videiras. Milhares de produtores emigraram para o Brasil e para a América do Norte.

Os que ficaram, conseguiram controlar a filoxera.

Apostaram em manter as videiras Isabel e, em certas bolsas ideais para a vinicultura, a verdelha que gerava o melhor vinho. Mesmo assim, a produção tardava em recuperar do rombo das pragas.

Neste contexto, no fim do século XVIII, baleeiros americanos marcaram presença nas águas ao largo. Introduziram a caça à baleia.

Essa nova actividade económica manteve-se a indústria primordial da Ilha do Pico até 1970. Por essa altura, entrou em acção o Plano de Reconversão Vitivinícola dos Açores.

Currais, Ilha do Pico, Montanha Vulcão Açores, aos Pés do Atlântico

Os incontáveis currais que os colonos da ilha do Pico ergueram para assim fazerem crescer videiras.

Foram cultivadas na ilha do Pico novas castas, uvas ideais para vinhos de mesa. E foram recuperadas as vinhas com castas mais nobres: Verdelho dos Açores, Arinto e o Terrantez do Pico. Pouco tempo depois, os vinhos da ilha do Pico voltaram ao estrelato.

Em 2004, a UNESCO classificou a Paisagem Protegida dos Vinhos da ilha do Pico como Património Mundial. Esta distinção contribuiu para realçar o exotismo geológico e cultural da ilha.

Hoje, a Ilha do Pico destaca-se bem alto sobre o Atlântico do Norte.

À imagem do que tem acontecido aos Açores em geral, a sua fama tem-se propagado pelo mundo.

Ilha do Pico, Montanha Vulcão Açores, aos Pés do Atlântico

Nuvem cogumelo rosada coroa o cume da montanha do Pico, o tecto de Portugal, na ilha do Pico

Artigo criado com o apoio das seguintes entidades:

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Aldeia da Fonte

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A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
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Gorila não habituado, a pouca distância de Bon Coin, Bomassa
Natureza
Expedição Ducret 2º:  PN Lobéké, Camarões - Wali Bai, Rep. Congo

Hyacinth e o Gorila de Bon Coin: Encontros com Primatas Peculiares

Acampados numa ilha do rio Sangha, saímos à descoberta dos parques nacionais Lobéké e do Wali Bai, Nouabalé-Ndoki, nos Camarões e na Rep. do Congo. Lá nos surpreendem criaturas deslumbrantes, mas díspares.  
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Parques Naturais

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Visitante, Michaelmas Cay, Grande Barreira de Recife, Australia
Património Mundial UNESCO
Michaelmas Cay, Austrália

A Milhas do Natal (parte I)

Na Austrália, vivemos o mais incaracterístico dos 24os de Dezembro. Zarpamos para o Mar de Coral e desembarcamos num ilhéu idílico que partilhamos com gaivinas-de-bico-laranja e outras aves.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Balo Praia Creta, Grécia, a Ilha de Balos
Praias
Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

Rocha Dourada de Kyaikhtiyo, Budismo, Myanmar, Birmania
Religião
Monte Kyaiktiyo, Myanmar

A Rocha Dourada e em Equilíbrio de Buda

Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Fiéis cristãos à saida de uma igreja, Upolu, Samoa Ocidental
Sociedade
Upolu, Samoa  

No Coração Partido da Polinésia

O imaginário do Pacífico do Sul paradisíaco é inquestionável em Samoa mas a sua formosura tropical não paga as contas nem da nação nem dos habitantes. Quem visita este arquipélago encontra um povo dividido entre sujeitar-se à tradição e ao marasmo financeiro ou desenraizar-se em países com horizontes mais vastos.
Jovens mulheres gémeas, tecelãs
Vida Quotidiana

Margilan, Uzbequistão

Périplo pelo Tecido Artesanal do Uzbequistão

Situada no extremo oriental do Uzbequistão, Vale de Fergana, Margilan foi uma das escalas incontornáveis da Rota da Seda. Desde o século X, os produtos de seda lá gerados destacaram-na nos mapas, hoje, marcas de alta-costura disputam os seus tecidos. Mais que um centro prodigioso de criação artesanal, Margilan estima e valoriza um modo de vida uzbeque milenar.
Cabo da Cruz, colónia focas, cape cross focas, Namíbia
Vida Selvagem
Cape Cross, Namíbia

A Mais Tumultuosa das Colónias Africanas

Diogo Cão desembarcou neste cabo de África em 1486, instalou um padrão e fez meia-volta. O litoral imediato a norte e a sul, foi alemão, sul-africano e, por fim, namibiano. Indiferente às sucessivas transferências de nacionalidade, uma das maiores colónias de focas do mundo manteve ali o seu domínio e anima-o com latidos marinhos ensurdecedores e intermináveis embirrações.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.