Preikestolen - Rocha do Púlpito, Noruega

Peregrinação ao Púlpito de Rocha da Noruega


Navegação
Ilha equipada de um pequeno farol em pleno Fiorde de Lyse.
A Gruta dos Vagabundos
Passageiros do ferry admiram a Gruta dos Vagabundos do Lysefjord.
Margem do Lyse Fiorde
Cenário característico do Lyse Fjord, muitos quilómetros para leste de Stavanger.
Vista do Sopé
A Rocha do Púlpito bem destacada do paredão de rocha do Lyse Fjord.
A Floresta do Fiorde
Cenário verdejante acima do fiorde Lyse.
As Cabras Vedetas
Cabras aproximam-se do ferry que percorre o Lysefiorde.
Cascata Hengjane II
Uma cascata permanente na base do fiorde de Lyse.
Um Repouso Sólido
Caminhante repousa sobre uma grande rocha no caminho para a Rocha do Púlpito.
Cascata Hengjane
O fundo da cascata Hengjane, a caminho do acesso para a Rocha do Púlpito.
Passadiço
Caminhantes percorrem um passadiço acima de um trecho de solo ensopado.
Às Margens do Lago Revsvatnet
Caminhantes passam pelo lago Revsvatnet, a caminho da Rocha do Púlpito.
Espanto Inclinado
Passageiros fotografam o cume da Rocha do Púlpito, mais de 600 metros acima.
A Plataforma
Perspectiva mais reveladora da forma caprichosa da Rocha do Púlpito.
A Fila da Foto
Visitantes da Rocha do Púlpito fazem fila para se fotografarem o mais próximo possível da extremidade.
O Aviso
Aviso proibitivo, à chegada da Rocha do Púlpito.
Matrimónio Abismal
Noivos posam para a fotografia no cimo da Rocha do Púlpito.
Um Risco Arriscado
Caminhante aventureiro senta-se no extremo vertiginoso da Rocha do Púlpito, a mais de 600 metros de altura.
Não faltam cenários grandiosos à Noruega dos fiordes sem fim. Em pleno fiorde de Lyse, o cimo destacado, alisado e quase quadrado de uma falésia com mais de 600 metros forma um inesperado púlpito rochoso. Subir às suas alturas, espreitar os precipícios e apreciar os panoramas em redor tem muito de revelação.

Por alguma razão se tornou a cidade motora da Noruega, a capital do petróleo e do gás natural, uma das urbes que mais energia empresarial transmitem à nação norueguesa.

Organização e funcionalidade não faltam a Stavanger. A começar pela incrível localização e conveniência do porto Vagen da cidade. Caminhamos uns dois ou três minutos ao longo do Byparken.

Passada a estátua do escritor e edil Alexander Kielland, damos entrada na rua marginal de Strandkaien. Uns metros abaixo, encontramos o “M/S Rygertroll”, o catamarã em que íamos embarcar.

Só por si, subir ao convés superior do navio e contemplar o velho Vagen em redor era já uma experiência histórica recompensadora. O baptismo do catamarã só a enriquecia.

Evocava um um demónio sobrenatural, um troll da tribo Ryger, uma das que dominaram estas paragens ocidentais da Noruega séculos a fio, em disputa com a rival Horder.

Em jeito de homenagem à estas suas origens étnicas, a província de que Stavanger é capital denomina-se Rogaland, nome também ele derivado da tribo Ryger.

O “M/S Rygertroll” estava prestes a conceder-nos uma incursão deslumbrante às profundezas do seu território.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, margem do Fiorde

Rumo ao Longo e Profundo Fiorde Lyse

Zarpamos. O catamarã contorna a península por que se espraia Stavanger. Navegamos ao largo do famoso museu do Petróleo e avançamos para leste.

Um dos primeiros salpicos de terra que encontramos volta a remeter-nos para a era medieval de Rogaland.

Diz-se que Tingholmen foi a ilha em que Olav Tryggvason, Olavo I (995-1000), o primeiro rei cristão da Noruega e agente incansável de conversões à força dos noruegueses, realizou a primeira assembleia nacional, em 998.

Olav terá tido as suas razões para o lugar mas, quando contemplamos a ilha, diminuta, em boa parte rochosa, hoje urbanizada apenas e só por um farolim branco, a escolha intriga-nos.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, navegaçãoPouco tempo depois, passamos sob a ponte pênsil Bybru, para o lado de lá do estreito Straumstein e para uma vastidão interior do Mar do Norte ainda pejada de ilhas e ilhéus.

Oanes surge na ponta de uma outra península em forma de subcontinente indiano. Por essa altura, o “M/S Rygertroll” flecte para norte. Com Oanes à esquerda e Forsand à direita, cruzamos a lysefjordsenteret, a entrada oficial para os longos 42km de extensão do Lysefyord.

Lyse significa luz, ou brilho. Terá sido o granito claro e reflector do desfiladeiro que suscitou que os noruegueses assim o tratassem.

Em Junho, o mês em que estávamos, a meteorologia de Rogaland fazia o que podia. Longe de invernoso, desde a partida de Stavanger que o dia se mantinha nublado e fresco. Naquelas condições, seria difícil ao fiorde de Lyse resplandecer à altura.

Escala em Fatahla, a Gruta dos Vagabundos, e num Pasto Íngreme de Cabras

O “M/S Rygertroll” progride fiorde acima, agora mais próximo das falésias a bombordo, algumas com mais de seiscentos metros de altura.

Fiel à sua rota, o comandante detém o catamarã em frente a Fantahla, a Gruta dos Vagabundos.

Na prática, um desfiladeiro apertado, perpendicular aos penhascos do fiorde de Lyse, repleto de fragmentos de rocha produzidos pela erosão glacial e por árvores jovens que parecem brotar literalmente do granito.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, FantahlaMenos de dez minutos depois, atingimos um recorte na falésia distinto.

Em vez de vertical ou côncavo como até então, o Lysefiorde concedeu um pequeno parapeito ervado e inclinado que serve de pasto a cabras.

Longe de selvagens mas qualificadas a sobreviver no curral natural dos penhascos, as cabras são alegadamente ali soltas pelos donos durante os meses de Verão, de maneira a engordarem com a erva viçosa que se renova de hora para hora, com a humidade, a chuva e a irrigação adicional que cai do topo da falésia.

Fazem companhia à outra espécie que prolifera no fiorde, as focas (phoca vitulina), em redor de duzentas, segundo as últimas contagens.

Com o tempo, as ofertas de petiscos feitas pela tripulação e passageiros dos barcos tornaram as cabras uma atracção faunística inusitada.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, cabras

A Vista Inaugural e Muito Picada da Rocha do Púlpito

Prosseguimos quase colados à base dos penhascos.

Às tantas, detectamos uma plataforma rochosa destacada do cimo do fiorde, uma espécie de fatia de granito, talhada de forma caprichosa da meseta pelas forças tectónicas e pelos milénios de erosão.

A locução informa-nos que era aquela a Preikestolen, a Famosa Rocha do Púlpito.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, contemplação

A confirmação gera um frenesim fotográfico que quase suplanta o suscitado pelas cabras.

Umas centenas de metros adiante, o fiorde de Lyse revela-nos as suas cascatas de Hengjane.

Precipitam-se num fluxo quase vertical de quatrocentos metros do rio Hengjanda, a encerrar o seu fluxo entre o lago Skogavatnet acima e o fiorde que navegávamos.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, Cascata Hengjane

Ali mesmo, o “M/S Rygertroll” inverte rumo, de volta à entrada do fiorde e a Forsand, na margem oposta da ponta de Oanes. Em Foresand apanhamos o autocarro que nos leva estrada 13 acima.

Depois, pelo caminho de Preikestolen, às curvas, acima e abaixo até atingirmos o campo base da Rocha do Púlpito, às margens do lago Revsvatnet.

Sem razões para ali desperdiçarmos tempo, ansiosos por desvendarmos o que nos reservava o púlpito, pomo-nos de imediato em marcha.

Caminhada para as Alturas do Fiorde Lyse, em Busca da Rocha do Púlpito

Separavam-nos quase 4km do cimo do fiorde.

Cumprimos os primeiros por uma encosta preenchida por um pinhal de troncos e raízes vigorosas, intercalado por clareiras semi-alagadas, transitáveis por um passadiço de tábuas imposto à vegetação.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, passadiço

Os últimos quilómetros, vencemo-los por um trilho reclamado a uma colónia caótica de calhaus de granito, por uma via natural da mesma rocha, elevada face a um lago negro.

Esta via legada pela erosão, conduz-nos às traseiras do ponto limiar e mais elevado do fiorde.

Quando a contornamos, ainda em ascensão, identificamos de imediato a vastidão do fiorde de Lyse.

Víamo-lo estendido para nordeste e para sudoeste. Sulcado por rio desafogado e liso, encaixado entre vertentes forradas de vegetação.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, floresta do FiordeDe pequenas árvores e arbustos de um verde intenso que não chegava a quebrar o azulado predominante das montanhas de Ryfylke.

Várias delas tinham cumes acima dos oitocentos metros. Naquela altura veraneante do ano, os cumes não revelavam sinal de neve.

Chegada à Rocha do Púlpito de Preikestolen

Por fim, a recortar a vastidão norueguesa e as nuvens acima, lá estava o paredão massivo da Rocha do Púlpito.

Em época alta, concorrida e idolatrada como se de um culto se tratasse, a Rocha do Púlpito tem já ao seu longo uma fila de crentes que esperam a sua vez para se fotografarem na extremidade vertiginosa, a desafiarem o bom-senso e a brincarem com a sorte.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, Fila da Foto

Alguns dos seus fiéis, perdem a noção do que é justo. Demoram-se uma eternidade em fotos e mais fotos e levam ao desespero os pretendentes atrás.

Outros ainda, entregam-se aos atrevimentos fotográficos mais extremos. Em vez de se fotografarem a uns metros da queda, passam as pernas para lá do limiar.

Sentam-se entregues aos desígnios divinos naquele assento granítico de 25 por 25 metros, com uma altura de seiscentos e quatro metros, mais que severa, que não tolera a mínima displicência.

À boa maneira norueguesa, escandinava e nórdica, as autoridades deram primazia à preservação do visual natural do lugar, em detrimento da segurança dos cerca de 200.000 visitantes que ali peregrinam ano após ano.

Excepção feita a um ou dois diminutos avisos.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, Aviso

A Política de “Seja o que Deus Quiser” Seguida pelos Noruegueses

Os noruegueses, em particular seguem uma política de respeito pelo meio-ambiente e responsabilização individual que se tornou notória, segundo um responsável do governo resumiu: “nós não podemos colocar vedações em toda a Natureza deste país.”

Como tal, não existem vedações. Contemplar o abismo do fiorde de Lyse por diante revelava-se já de si, confrangedor.

A espaços, acompanhar as fotos, selfies e diabruras afins na extremidade da rocha e recear que uma delas descambasse num mergulho de mais de dez segundos torna-se pungente.

Para mais, não são só os fotografados que arriscam. Aquele que é considerado um ponto ideal para conseguir a imagem das pessoas ínfimas, sobre a ponta da rocha, destacada contra o céu consegue-se na perfeição de uma laje de pedra destacada uns 40 ou 50 cm da face do penhasco.

Quando as loucuras se sintonizam a condizer, tanto quem fotografa como os modelos arrisca.

A Rocha do Púlpito – nem se esperaria outra coisa – já fez por várias vezes de fúnebre. A confiar nas autoridades, ainda estão por acontecer acidentes. O problema tem-se revelado sobretudo os suicídios. Já ali se deram alguns. Esperamos a nossa vez. Na fila das fotos, claro está, a distância segura do precipício.

Enquanto aguardamos, assistimos aos novos exercícios ora masoquistas ora exibicionistas dos visitantes.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, trono arriscado

Por fim, lá fazemos as nossas fotos sob a pressão dupla do lugar destacado do púlpito: a pressão do quanto nos conseguiríamos aproximar do abismo. E a das dezenas de candidatos ainda alinhados, a contemplarem-nos como se só nós existíssemos.

Despachamo-nos. Não corre mal. O suficiente para voltarmos à nossa vida.

Mudança Providencial para o Plano Acima, mais Panorâmico, na Encosta

No hiato que tínhamos passado em contemplação e à espera, reparámos em vultos que percorriam a montanha acima do púlpito e noutros que apreciavam os acontecimentos sobre a rocha a partir de nichos panorâmicos.

Ainda com tempo para estendermos a exploração a que nos dedicávamos, procuramos o trilho que lá conduzia. Aos poucos, examinamos distintas perspectivas do púlpito que os altos e baixos, níveis e desníveis da encosta nos revelavam. Percebemos que tínhamos subido demais.

Voltamos a descer.

Até que damos com a crista da falésia diagonal sobranceira ao púlpito, o bloco mais vasto de granito de que se destacava a famosa formação.

 

Dali, contemplamos o encaixe ideal da superfície quadrada no caudal do fiorde, prolongado até perder de vista. Não fossem as nuvens, quem sabe se não lhe veríamos até o término.

Instalamo-nos, respiramos fundo. Apreciamos a estranheza religiosa da vida sobre o bloco de granito que todos aqueles crentes continuavam a louvar.

Sessão Fotográfica sobre um Púlpito Abismal

Surgem uns noivos, de vestido branco e fato da cerimónia, mas em modo de sessão fotográfica.

Pouco depois de chegar a sua vez na fila e de se posicionarem, o sol afasta as nuvens, à laia de bênção divina e, como um foco sobrenatural, incide quase só do púlpito para cá e nos noivos que sobre o rochedo se destacavam.

Preikestolen, Rocha do Púlpito, Noivos

Voltamos a fotografar tudo o que dali tínhamos já fotografado, entusiasmados e agraciados pela dádiva de luz com que já não contávamos.

O milagre durou o que durou.

Mal as nuvens recuperaram a sua sombra, inaugurámos o longo regresso pedestre, rodoviário e hidroviário a Stavanger.

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