São Tomé, São Tomé e Príncipe

Pelo Cocuruto Tropical de São Tomé


Barcos na Gravilha
Embarcações tradicionais de madeira a salvo das vagas, no norte da ilha de São Tomé.
Enseada do Norte
Enseada à vista da Roça Monte Forte.
Igreja do Carmo
A igreja sobranceira da roça Agostinho Neto.
Lagoa Azul
Visitantes deliciam-se com as águas mornas e turquesa da Lagoa Azul.
Barco Zarpa da Lagoa Azul
Embarcação de pesca distancia-se da costa norte da ilha de São Tomé.
Peixe Porco-Espinho
Pescador exibe um porco-espinho recém-pescado na roça Agostinhp Neto.
Gerações
Almoço
Hora do Recreio
Alunos jogam futebol na escola da Roça Agostinho Neto.
Cesto de Cacau
Trabalhadora carrega cacau num armazém da roça Agostinho Neto.
Dia-a-Dia
Cena caricata de vida num muro da roça Agostinho Neto.
Alameda para o Hospital
Alameda que conduz ao velho hospital da Roça Agostinho Neto.
Roça Monte Forte
Recanto do edifício principal da roça Monte Forte.
Banhos de Água Funda
Crianças divertem-se nas águas escuras da Ribeira Funda.
Roça Água Funda
Casa ribeirinha da roça da Ribeira Funda.
Túnel Santa Catarina
O túnel providencial de Santa Catarina.
Manada
Manada da roça Diogo Vaz ocupa a estrada que circunda o norte de São Tomé.
Vaqueiro da Roça Diogo Vaz
Jovem vaqueiro posa com uma das muitas vacas de que toma conta.
Padrão dos Descobrimentos
O monumento que marca o lugar em que desembarcaram os descobridores portugueses da ilha de São Tomé.
Recanto da Roça Monte Forte
Outro recanto, mais colorido, da roça Monte Forte.
Com a capital homónima para trás, rumamos à descoberta da realidade da roça Agostinho Neto. Daí, tomamos a estrada marginal da ilha. Quando o asfalto se rende, por fim, à selva, São Tomé tinha-se confirmado no top das mais deslumbrantes ilhas africanas.

Nuns meros quilómetros, o trajecto rumo ao interior norte da ilha confirma-se uma nova viagem no tempo.

A urgência que nos movia era a do conhecimento. Sem que o esperássemos, a estrada da província de Lobata deixa-nos na base de uma longa rampa empedrada que a erva se esforçava por invadir.

Conduzia ao edifício do velho hospital da Roça Rio do Ouro, apesar do quase meio século de degradação, ainda destacado da selva envolvente pelo tom de salmão da fachada de cem metros.

O hospital foi erguido durante os anos 20 do século XX, para dar resposta à população crescente dos colonos e trabalhadores da Sociedade Agrícola Valle Flôr, uma das maiores e mais influentes do arquipélago.

Quem, como nós, se depara com a quantidade de transeuntes que sobem, descem e vivem a alameda murada, sente-se tentado a pensar que nada mudou da era colonial para cá.

A Vida Pós-Colonial da Roça Rio do Ouro, agora, Roça Agostinho Neto

E, no entanto, no período pós-independência de São Tomé e Príncipe, a roça foi rebaptizada em homenagem ao pai da independência de Angola, Agostinho Neto.

Tanto o hospital como a roça em geral perderam a sua função e capacidade operacional. O hospital nunca mais recuperou do abandono logístico que o vitimou.

A roça, essa, só há alguns anos deu sinais produtivos de vida, detectáveis, sobretudo, pelo retomar da produção do cacau.

Alcançamos a escadaria do edifício central. No cimo, um tapete estendido sobre o corrimão frontal precede a entrada. Uma porta de madeira remendada, escancarada, serve de convite.

Entramos. Em vez de uma recepção, de enfermeiros, médicos e pacientes, damos com duas mulheres mal-sentadas a descascarem e cortarem a mandioca do almoço.

Preparam-no junto a um recanto do átrio adaptado a lar, como tantos outros que viríamos a encontrar, se bem que a maior parte das casas se mantém nas velhas sanzalas destinadas aos trabalhadores e famílias.

Deixamo-nos perder, por algum tempo mais, naquele abandono hospitalar, sob o olhar das raparigas surpreendidas pela intrusão.

A Azáfama Santomense nas Velhas Sanzalas da Roça Agostinho Neto

Demovidos pela falta de outros moradores ou interlocutores, mudamo-nos para uma das alamedas de sanzalas.

Aí, sim, concentrava-se o dia-a-dia da roça: em estendais com cores que resplandeciam ao sol. Em pais e filhos que partilhavam aposentos e átrios diminutos e as vidas de uns e dos outros.

Uma jovem santomense irrompe de um beco murado.

Prenda-nos com um sorriso incondicional que nem as duas próximas gerações que carregava, uma nos braços, outra na barriga bem grávida, pareciam incomodar.

Um transeunte seu vizinho, regressado do mar, exibe-nos um peixe porco-espinho recém-capturado.

Chegamos a um pátio desafogado, estendido numa área plana entre sanzalas. Dali, observamos, em formato panorâmico, os seus vários níveis.

As mais próximas, adicionadas a posteriori, cobertas por grandes chapas. As antigas, maiores, ainda cobertas de telha portuguesa envelhecida pelo sol tropical.

E, sobranceira, como era suposto numa ex-colónia benzida pelo catolicismo, a igreja da Nª Srª do Carmo, quase tão alva como a roupa branca nos estendais esvoaçantes.

O Regresso Oportuno do sempre Valioso Cacau

Abaixo dessa espécie de recreio, por fim, em estufas plásticas e armazéns lúgubres, testemunhamos como, nos últimos tempos, a roça se havia inspirado na história, como procurava reavivar os tempos em que São Tomé e Príncipe foi o maior produtor mundial de cacau.

Uma trabalhadora espalhava os grãos que secavam sob o calor abafado. Quatro ou cinco outros, transportavam grandes cestos cheios, entre estufas e depósitos.

Num armazém próximo, uma equipa de mulheres sentadas ou acocoradas, algumas com a companhia de crianças, escolhiam o cacau de grandes montes, com paciência inesgotável.

Nas décadas mais recentes, associada à popularização do chocolate e derivados, a procura do cacau aumentou sobremaneira.

Justificou a sua produção em São Tomé e Príncipe, mesmo se semi-artesanal e em quantidades ínfimas, se comparado, por exemplo, com o grande rival africano, o Gana. São Tomé e Príncipe, o Gana e África em geral laboram, agora, por sua conta.

Ainda celebram as suas independências.

Um painel com um busto negro impera, destacado sobre a placa pós-colonial identificativa da propriedade: “Empresa Estatal Agro-Pecuária Dr. António A. (Agostinho) Neto.”

Não longe, damos com o edifício verde-gasto que acolhe a escola local.

Lá decorre uma partida de futebol aguerrida, disputada pela miudagem num descampado de terra.

Do lado de lá do muro que o delimita, desenrola-se uma corrida de pneus, guiados, descida abaixo, por quatro ou cinco rapazes munidos de varas.

Lagoa Azul, um Pedaço Deslumbrante de Atlântico ainda Norte

Volta após volta, já circulávamos na roça havia mais de uma hora. Vem-nos à mente o itinerário do norte da ilha que era suposto cumprirmos até ao fim do dia. Regressamos ao jipe.

Apontamos ao litoral norte de São Tomé.

Passamos por Guadalupe. Logo, atalhamos para a Lagoa Azul, uma enseada encaixada num apêndice de terra peculiar, encerrado por um promontório ervado de que desponta um farol miniatura homónimo.

Revela-se, ao mesmo tempo, deslumbrante e aconchegante a praia que ali desvendamos, com a sua amostra de areal revelado pela maré-vaza, abaixo de um entorno de calhaus e rochedos de origem vulcânica.

Banham a praia águas atlânticas translúcidas, de um tom turquesa intenso, mais resplandecente que os verdes da erva e dos tamarindos e de outras árvores em redor. Confronta ainda o areal um embondeiro portentoso e, até que a época da queda chegasse, frondoso.

Deleitavam-se na lagoa tépida alguns expatriados, de folga das missões que os levaram a São Tomé. Entretanto, junta-se-lhes uma família santomense, chegada da banca que por ali serve peixe e banana grelhados.

Prendamo-nos com uma curta pausa de deleite balnear. Sob o sol quase equatorial – a Linha do Equador passa sobre o Ilhéu das Rolas, secamo-nos em três tempos. Voltamos à estrada.

Apontamos a Neves, a capital do distrito de Lembá. Lá nos detemos por breves instantes para comprar petiscos. Prosseguimos para sudoeste.

O Projecto Hoteleiro da Roça Monte Forte

No lugarejo seguinte, visitamos a Roça Monte Forte, à data, um projecto de alojamento em que se empenhava um tal de Sr. Jerónimo Mota que nos recebe de braços abertos, trajado com uma camisola da selecção das quinas, comemorativa da derrota com a Grécia na final do Euro 2004.

Jerónimo mostra-nos o edifício principal, todo ele de madeira, com excepção para o telhado, uma vez mais de telha portuguesa clássica.

O anfitrião faz-nos sentar no átrio, em cadeiras de esplanada Super Bock. Serve-nos sumos naturais.

Findos os refrescos, conduz-nos pelo alpendre e pelas varandas, cada qual com vistas privilegiadas sobre a encosta verdejante e o limiar do Atlântico Norte.

Jerónimo passa-nos uma folha de agenda, com a morada e os contactos escrevinhados numa caligrafia contorcionista que, por muito que tentássemos, falharíamos sempre em imitar.

Cumpridas as despedidas, acompanha-nos de volta ao asfalto.

A Estrada de Monteforte a Anambó

Segue-se Esprainha. E Monteforte, a povoação, agora de nome todo junto.

Ao passarmos pela ponte sobre o rio Água Monte Forte, constatamos uma manada de vacas estendida sobre o caudal raso, dividida entre beber da água e devorar as folhas tenras de árvores recém-caídas.

O vaqueiro que as guarda, de sorriso fácil, acerca-se.

Informa-nos que a manada é da Roça Diogo Vaz e ri-se a bom rir quando o alertamos, na brincadeira que, a passarem tanto tempo no rio, os animais se transformariam em hipopótamos.

A estrada torna-se ainda mais sinuosa.

Envolve-a um manto denso de folhas secas de visual outonal, mesmo se o Outono ainda está por visitar São Tomé. Enfia-se numa floresta tropical densa que se insinua ao mar.

Do Padrão dos Descobrimentos de Anambó ao Fim da Estrada

Na beira-mar verdejante, húmida e vulcânica de Anambó encontramos o padrão dos descobrimentos que marca o lugar em que desembarcaram, em 1470, João de Santarém e Pêro Escobar, os descobridores portugueses de São Tomé.

Descemos toda a costa de Santa Clotilde e, entretanto, a de Santa Catarina.

Ali, a via avança na base de uma encosta abrupta, pouco mais de dois metros acima do nível do mar.

Atravessamos um túnel pitoresco que um avanço da falésia impôs ao itinerário.

Uns quilómetros adicionais para sul, cruzado o rio Bindá, a estrada confronta-se com a vastidão selvagem do Parque Natural Ôbo e desiste.

Força-nos a inverter caminho.

Com o sol já desaparecido para o lado oposto da ilha, só interrompemos o regresso em Ribeira Funda.

Fazemo-lo deslumbrados com a alegria com que alguns miúdos, de pelota, repetiam mergulhos acrobáticos para o rio profundo, percorrido por patos. Mais que isso, de cor suspeita.

Toda a acção e a diversão a decorrerem em frente à mansão colonial de uma antiga fazenda. Algures no norte, noroeste exuberante de São Tomé. Sem sinais do extremo oposto da ilha.

Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde

Chã das Caldeiras a Mosteiros: descida pelos Confins do Fogo

Com o cimo de Cabo Verde conquistado, dormimos e recuperamos em Chã das Caldeiras, em comunhão com algumas das vidas à mercê do vulcão. Na manhã seguinte, iniciamos o regresso à capital São Filipe, 11 km de caminho para Mosteiros abaixo.
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe

Ilhéu das Rolas: São Tomé e Principe a Latitude Zero

Ponto mais austral de São Tomé e Príncipe, o Ilhéu das Rolas é luxuriante e vulcânico. A grande novidade e ponto de interesse desta extensão insular da segunda menor nação africana está na coincidência de a cruzar a Linha do Equador.
São Tomé, São Tomé & Príncipe

Viagem até onde São Tomé Aponta o Equador

Fazemo-nos à estrada que liga a capital homónima ao fundo afiado da ilha. Quando chegamos à Roça Porto Alegre, com o ilhéu das Rolas e o Equador pela frente, tínhamo-nos perdido vezes sem conta no dramatismo histórico e tropical de São Tomé.
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
Ilha do Fogo, Cabo Verde

À Volta do Fogo

Ditaram o tempo e as leis da geomorfologia que a ilha-vulcão do Fogo se arredondasse como nenhuma outra em Cabo Verde. À descoberta deste arquipélago exuberante da Macaronésia, circundamo-la contra os ponteiros do relógio. Deslumbramo-nos no mesmo sentido.
São Nicolau, Cabo Verde

São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

Partidas forçadas como as que inspiraram a famosa morna “Sodade” deixaram bem vincada a dor de ter que deixar as ilhas de Cabo Verde. À descoberta de Saninclau, entre o encanto e o deslumbre, perseguimos a génese da canção e da melancolia.
Brava, Cabo Verde

A Ilha Brava de Cabo Verde

Aquando da colonização, os portugueses deparam-se com uma ilha húmida e viçosa, coisa rara, em Cabo Verde. Brava, a menor das ilhas habitadas e uma das menos visitadas do arquipélago preserva uma genuinidade própria da sua natureza atlântica e vulcânica algo esquiva.
Santo Antão, Cabo Verde

Pela Estrada da Corda Toda

Santo Antão é a mais ocidental das ilhas de Cabo Verde. Lá se situa um limiar Atlântico e rugoso de África, um domínio insular majestoso que começamos por desvendar de uma ponta à outra da sua deslumbrante Estrada da Corda.
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Ilha da Boa Vista, Cabo Verde

Ilha da Boa Vista: Vagas do Atlântico, Dunas do Sara

Boa Vista não é apenas a ilha cabo-verdiana mais próxima do litoral africano e do seu grande deserto. Após umas horas de descoberta, convence-nos de que é um retalho do Sara à deriva no Atlântico do Norte.
Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
São Tomé (cidade), São Tomé e Príncipe

A Capital dos Trópicos Santomenses

Fundada pelos portugueses, em 1485, São Tomé prosperou séculos a fio, como a cidade porque passavam as mercadorias de entrada e de saída na ilha homónima. A independência do arquipélago confirmou-a a capital atarefada que calcorreamos, sempre a suar.
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Centro de São Tomé, São Tomé e Príncipe

De Roça em Roça, Rumo ao Coração Tropical de São Tomé

No caminho entre Trindade e Santa Clara confrontamo-nos com o passado colonial terrífico de Batepá. À passagem pelas roças Bombaim e Monte Café, a história da ilha parece ter-se diluído no tempo e na atmosfera clorofilina da selva santomense.
Roça Sundy, Ilha do Príncipe, São Tomé e Príncipe

A Certeza da Teoria da Relatividade

Em 1919, Arthur Eddington, um astrofísico britânico, escolheu a roça Sundy para comprovar a famosa teoria de Albert Einstein. Decorrido mais de um século, o norte da ilha do Príncipe que o acolheu continua entre os lugares mais deslumbrantes do Universo.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
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Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Moa numa praia de Rapa Nui/Ilha da Páscoa
Cerimónias e Festividades
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
MAL(E)divas
Cidades
Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério

Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
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Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
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Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
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O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
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Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
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Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
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No Curso do Budismo Cingalês

Por ter escondido e protegido um dente de Buda, uma ilha diminuta da lagoa da lagoa Madu recebeu um templo evocativo e é considerada sagrada. O Maduganga imenso em redor, por sua vez, tornou-se uma das zonas alagadas mais louvadas do Sri Lanka.
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O Coração Multicultural de Curaçao

Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.
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Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
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Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
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O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
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Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.
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Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
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Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

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Aula de surf, Waikiki, Oahu, Havai
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Waikiki, OahuHavai

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Décadas após o ataque a Pearl Harbor e da capitulação na 2ª Guerra Mundial, os japoneses voltaram ao Havai armados com milhões de dólares. Waikiki, o seu alvo predilecto, faz questão de se render.
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Quando a Cabala é Vítima de Si Mesma

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Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
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O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
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A Cidade Malgaxe da Boa Educação

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Vida Selvagem
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Partimos do coração sul-americano de Cuiabá para sudoeste e na direcção da Bolívia. A determinada altura, a asfaltada MT060 passa sob um portal pitoresco e a Transpantaneira. Num ápice, o estado brasileiro de Mato Grosso alaga-se. Torna-se um Pantanal descomunal.
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Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.