Seul, Coreia do Sul

Um Vislumbre da Coreia Medieval


Manobras a cores
Soldados reais do Palácio de Gyeongbokgung desfilam com armas e estandartes numa das cerimónias de render da guarda.
Linhas medievais coreanas
Sequência de telhados de edifícios do Palácio de Gyeongbokgung.
A salvo do frio
Guarda real aguenta o seu turno num uniforme medieval felpudo adaptado ao frio intenso do Inverno de Seul.
Blues’ Asia
Monumento aos Blues Brothers numa rua da capital sul-coreana.
Em formação
Militares em trajes medievais nos seus postos de guarda, à entrada do Palácio de Gyeongbokgung.
Em Seul, by night
Transeunte atravessa um mercado nocturno de Seul.
Vento inconveniente
Estandarte cobre a face de um dos guardas a postos no Palácio de Gyeongbokgung.
Um abrigo a jeito
Pequeno bar improvisado numa rua fria de Seul.
Em pleno Inverno asiático
Um dos lagos gelados no interior do Palácio de Gyeongbokgung.
Um kiwi entre sul-coreanos
Paul Parsons e amigos durante uma das aulas de equitação que o professor de inglês neozelandês costuma frequentar.
Às voltas na cidade
Moradores de Seul divertem-se a deslizar numa pista de patinagem no gelo.
Invasão fotográfica
Sul-Coreana faz-se fotografar junto aos militares da guarda-real do Palácio de Gyeongbokgung.
O Palácio de Gyeongbokgung resiste protegido por guardiães em trajes sedosos. Em conjunto, formam um símbolo da identidade sul-coreana. Sem o esperarmos, acabamos por nos ver na era imperial destas paragens asiáticas.

Quanto mais caminhamos pelos túneis do metro e falamos em inglês com o último dos expatriados que conhecemos em Seul mais nos custa a crer no surrealismo da conversa. 

“The kids there in my school just love snakes!” “Snakes, really? Are you sure?” tentamos confirmar, abismados. Pouco, depois, o interlocutor pergunta-nos: “Do any of you guys have a pin by chance?”

A pin?” voltámos a perguntar sem perceber para que raio iria querer um pin naquele momento… e os mal-entendidos continuariam pelo fim de tarde fora. Foi preciso mais algum tempo para que nos inteirássemos por completo do que se passava.

Paul Parsons era um jovem neozelandês de face ruborizada pelo frio e olhos azuis fugidios. Fora contratado por uma escola de Seul para dar aulas de inglês a crianças.

O problema começava no seu forte sotaque kiwi da zona da cidade Art Deco de Napier que transformava meros snacks em snakes, pen em pin bem como outras incontáveis mutações tóxicas à inteligibilidade.

Ao confrontar-se com este sério obstáculo aos objectivos do estabelecimento de ensino, o director pediu-lhe para falar inglês dos States em vez do seu kiwi.

Paul recusou-se porque, quando o contrataram, sabiam que ele provinha da Nova Zelândia e não dos “States“. Vimo-nos tão vítimas da sua integridade como os pequenos coreanos seus pupilos mas, aos poucos, lá nos entendemos. Acabámos por confraternizar bem mais do que pensámos possível.

O rechonchudo cantor Psy feito milionário pelo YouTube tornou a febre do bairro de Gangnam pela equitação e requintes afins globalmente famosa.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, aulas equitação

Paul Parsons e amigos durante uma das aulas de equitação que o professor de inglês neozelandês costuma frequentar.

Paul Parsons mostrou-nos como, pelo menos a vertente equina, se tinha disseminado a várias outras partes da cidade e levou-nos a participar em aulas particulares de que um professor seu amigo estava encarregue num picadeiro com visual suburbano.

Damos umas voltas a passo, depois a trote que fizeram aumentar o bafo dos animais condensado pelas temperaturas siberianas que já se faziam sentir debaixo do céu azul sobre a península coreana.

A alvorada seguinte trouxe uma atmosfera igual, talvez ainda mais fria. Deixámo-nos dormir por duas horas extra e a Paul Parsons muito mais. O anfitrião de Couchsurfing tinha chegado já de dia da farra com os amigos.

Ressacado, nem a equitação dessa manhã nem repetir o programa de assistir ao render da guarda real só para nos fazer companhia lhe passavam pela cabeça palpitante.

Por volta das 8h 40, saímos para o gelo cruel do Inverno coreano precoce determinados em espreitar o complexo de palácios Ch’ angdokkgung.

Em particular, o Palácio de Gyeongbokgung, considerado o mais imponente da Coreia do Sul, o mais sumptuoso dos cinco mandados construir pelos monarcas da dinastia Joseon que lideraram a nação do fim do século XIV ao final do XIX.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, Telhados

Sequência de telhados de edifícios do Palácio de Gyeongbokgung.

Chegámos junto à entrada principal do complexo e deparámo-nos com umas poucas dezenas de pessoas à espera. Juntámo-nos ao grupo. Passados alguns minutos, começou a soar uma música oriental antiga.

Em simultâneo, militares coloridos de uma outra era contornaram a esquina do palácio e vieram na nossa direcção afastando-se da vertente granítica do Monte Bugak.

Trajavam longos quimonos acetinados vermelhos ou em diferentes tons de azuis, todos eles com pescoceiras de pelo felpudas que protegiam a nuca e parte considerável da face do frio cada vez mais acentuado.

A completar a indumentária, cada um dos guardiães tinha ainda um colar de contas e um capacete em forma de chapéu feito numa espécie de verga fina em que iam espetadas penas decorativas de pavão e outras aves.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, agasalho

Guarda real aguenta o seu turno num uniforme medieval felpudo adaptado ao frio intenso do Inverno de Seul.

Vários deles, seguravam bandeiras e estandartes tão ou mais coloridos que os seus trajes, alguns, espadas, outros, escudos e armas com longos cabos e lâminas recortadas, similares às glaives medievais europeias.

Outros ainda eram arqueiros. Além dos arcos nas mãos, transportavam conjuntos de grandes flechas às costas.

Enquanto a música se desenrolou, os intervenientes levaram a cabo uma coreografia simples que os fez alinhar de forma pomposa com as bandeiras ao vento, primeiro de frente para o portal principal do palácio, logo com o palácio pelas costas. Então, alguns recolheram para o seu interior.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, Manobras a cores

Soldados reais do Palácio de Gyeongbokgung desfilam com armas e estandartes numa das cerimónias de render da guarda.

Deixaram os contemplados com turnos de vigia numa guarda congelada em posições chave do pórtico para gáudio da pequena multidão de espectadores que aproveitou para com eles se fotografar, sob a arquitectura elegante das muralhas e entradas inaugurais do palácio.

Já tínhamos assistido a inúmeras cerimónias de render da guarda e de içar e recolher da bandeira em diversos países.

Estandarte cobre a face de um dos guardas a postos no Palácio de Gyeongbokgung.

Até então, nenhuma nos tinha impressionado tanto pela beleza dos trajes e realismo da reencenação como aquela. E nem os prédios modernos que se opunham ao Palácio de Gyeongbokgung pareciam prejudicar a subtileza de época conseguida.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, Em formação

Militares em trajes medievais nos seus postos de guarda, à entrada do Palácio de Gyeongbokgung.

Os sul-coreanos têm boas razões para se esforçarem nesta tarefa. Foi a emergência da dinastia Joseon que lhes concedeu períodos de estabilidade, de paz e de identidade e soberania nacional bem mais longos que aqueles a que estavam habituados.

Quebrou os cenários antes prevalecentes de ingerência ou domínio da China e do Japão, os nipónicos sempre atrozes, em particular o de 1910 a 1945 em que, com o pretexto de organizarem uma exposição, os japoneses arrasaram por uma segunda vez o palácio de Gyeongbokgung.

Seguiu-se a Guerra da Coreia que terminou com a divisão do país em Coreia do Norte e Coreia do Sul e a absoluta polarização destas nações em termos de integração na comunidade mundial e de desenvolvimento.

É o reconhecimento pela sua identidade histórica e nacional e pela herança de modernidade generalizada que a Coreia do Sul celebra tanto com o Gyeongbokgung mais uma vez reconstruído como com a sua glamorosa e festiva guarda.

Passámos pelos soldados medievais e entrámos no vasto domínio que o palácio voltou a ocupar. Durante horas a fio, explorámos os incontáveis pavilhões, jardins, pontes e lagos gelados.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, lago gelado

Um dos lagos gelados no interior do Palácio de Gyeongbokgung.

Ao fim da tarde, voltámos à Seul dos nossos dias, sem sinal de Paul que continuava a debater-se com o abuso da noite anterior.

Investigámos o mercado nocturno, atarefado e colorido ao jeito da Korea Town 100% genuína que era. Detivemo-nos num ringue de patinagem e demos umas voltas meio deslizantes meio atabalhoadas mas, mais que saturados de frio, não tardámos a fartar-nos.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, patinagem gelo

Moradores de Seul divertem-se a deslizar numa pista de patinagem no gelo.

Refugiámo-nos no aconchego de um restaurante do centro e na gastronomia coreana.

Experimentámos uma espécie de mini-pizzas feitas com vegetais super picantes e, à parte, uma dose algo mais suave de kimchi. “Com essa combinação, vão ficar imunes a vírus para o Inverno todo!” atirou a empregada de mesa num inglês muito mais perceptível que o do nosso amigo neozelandês. “Não me levem a mal se vos aconselhar dong dong ju para acompanhar.

É um vinho de arroz adocicado tradicional. Vão gostar. Mas atenção! É suave mas muito forte!”

Terminámos a refeição e de novo reconfortados e anestesiados para o frio, deambulámos um pouco mais pelas ruas em redor.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, Blues' Asia

Monumento aos Blues Brothers numa rua da capital sul-coreana.

No regresso a casa, Paul Parsons obrigou-nos a ver um seu projecto universitário rodado em vídeo de 20 mm, uma história de terror com um gato e quatro colegas.

O filme permitiu-nos, acima de tudo, constatar que o seu sotaque era terrivelmente mais cerrado que o dos seus conterrâneos.

Na manhã seguinte, também chegámos à conclusão que estávamos demasiado saturados das temperaturas cada vez mais negativas sabendo que tínhamos para cima de 30º à espera no hemisfério sul.

Metemo-nos num avião. Numas poucas horas, mudámo-nos para o Verão australiano.

DMZ, Dora - Coreia do Sul

A Linha Sem Retorno

Uma nação e milhares de famílias foram divididas pelo armistício na Guerra da Coreia. Hoje, enquanto turistas curiosos visitam a DMZ, várias das fugas dos oprimidos norte-coreanos terminam em tragédia
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Fortalezas

O Mundo à Defesa - Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Pequim, China

O Coração do Grande Dragão

É o centro histórico incoerente da ideologia maoista-comunista e quase todos os chineses aspiram a visitá-la mas a Praça Tianamen será sempre recordada como um epitáfio macabro das aspirações da nação
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Fiel em frente à gompa A gompa Kag Chode Thupten Samphel Ling.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Ilha de Miyajima, Xintoismo e Budismo, Japão, Portal para uma ilha sagrada
Cerimónias e Festividades
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Cidade de Mindelo, São Vicente, Cabo Verde
Cidades
Mindelo, São Vicente, Cabo Verde

O Milagre de São Vicente

São Vicente sempre foi árida e inóspita a condizer. A colonização desafiante da ilha submeteu os colonos a sucessivas agruras. Até que, por fim, a sua providencial baía de águas profundas viabilizou o Mindelo, a urbe mais cosmopolita e a capital cultural de Cabo Verde.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Kiomizudera, Quioto, um Japão Milenar quase perdido
Cultura
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Moradora de Dali, Yunnan, China
Étnico
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
História
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Solovetsky, Ilhas, Arquipélago, Russia, Outono, UAZ, estrada de Outono
Ilhas
Bolshoi Solovetsky, Rússia

Uma Celebração do Outono Russo da Vida

Na iminência do oceano Ártico, a meio de Setembro, a folhagem boreal resplandece de dourado. Acolhidos por cicerones generosos, louvamos os novos tempos humanos da grande ilha de Solovetsky, famosa por ter recebido o primeiro dos campos prisionais soviéticos Gulag.
Cavalos sob nevão, Islândia Neve Sem Fim Ilha Fogo
Inverno Branco
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Cavalgada em tons de Dourado
Natureza
El Calafate, Argentina

Os Novos Gaúchos da Patagónia

Em redor de El Calafate, em vez dos habituais pastores a cavalo, cruzamo-nos com gaúchos criadores equestres e com outros que exibem para gáudio dos visitantes, a vida tradicional das pampas douradas.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Hell's Bend do Fish River Canyon, Namíbia
Parques Naturais
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Abençoado repouso
Património Mundial UNESCO
Hoi An, Vietname

O Porto Vietnamita Que Ficou a Ver Navios

Hoi An foi um dos entrepostos comerciais mais importantes da Ásia. Mudanças políticas e o assoreamento do rio Thu Bon ditaram o seu declínio e preservaram-na como as cidade mais pitoresca do Vietname.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
A República Dominicana Balnear de Barahona, Balneário Los Patos
Praias
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia
Sociedade
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Vida Selvagem
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.