Tarrafal, Santiago, Cabo Verde

O Tarrafal da Liberdade e da Vida Lenta


Baía do Tarrafal
Convívio Piscatório
A Câmara Municipal. Do Tarrafal
Mural “Nós é”
Sombra com Vista
Pelada de Praia
Rua a Descer
Salão DilmaKelly
Olhos Crioulos
Barcos em Porto Seguro
Descanso à Sombra
Tempo de Uril
Tarrafal, visto da Malagueta
Rampa para a praia
Mar di Baxu
A vila de Tarrafal delimita um recanto privilegiado da ilha de Santiago, com as suas poucas praias de areia branca. Quem por lá se encanta tem ainda mais dificuldade em entender a atrocidade colonial do vizinho campo prisional.

Inesperado, o casario é o que mais se destaca no panorama desvendado pelas alturas ventosas da Serra da Malagueta (1063 m).

Espraia-se no fundo de uma planura quase nivelada com o mar que há muito não encontrávamos, em Santiago, a maior ilha de Cabo Verde.

Surge no fim de uma longa recta, ajustado a uma angra que um promontório protege do embalo do Atlântico. O promontório é conhecido por Ponta Preta.

Sob um feixe intermitente de luz, vemo-lo mais ocre que escuro, sobranceiro face à alvura da povoação.

Descemos, por sucessivos ziguezagues, na direcção do Contador, para a gentileza geológica do Chão Bom em que um dos vários sulcos fluviais vindos das alturas faz brotar vegetação.

A mesma recta que avistámos à distância, revela-nos os muros e vedações da antiga Colónia Penal do Tarrafal. Haveríamos de lá voltar. Antes disso, prosseguimos rumo à vila piscatória que lhe emprestou o nome.

Passamos a estrada perpendicular de Colonato. O domínio prisional dá lugar a uma grelha com perfil suburbano, já parte do concelho do Tarrafal, o mais setentrional de Santiago, onde habitam quase dezoito mil cabo-verdianos. A maioria deles concentra-se em Chão Bom.

Na vila do Tarrafal, contam-se menos de sete mil.

O Povoamento Colonial da Zona do Tarrafal

Estima-se que o assentamento neste norte inóspito de Santiago date do século XVII, pelo menos dois séculos depois do da Ribeira Grande, a actual Cidade Velha.

Em 1747, já um pequeno povoado surgia nos mapas de navegadores e exploradores, até estrangeiros, como foi o caso do criado pelo geógrafo francês Jacques-Nicolas Bellin que o marcou como Terrafal.

Se bem que, ao longo dos tempos, o lugar se confundiu com a Vila de Mangue, ainda hoje, o baptismo de um dos bairros históricos do Tarrafal e o nome mais popular do estádio de futebol do concelho, vizinho do campo penal.

Por fim, a grande recta dá de si. Desemboca numa tal Rua Macaco e na Praça Tarrafal, o âmago administrativo e religioso da povoação.

O Âmago Urbano do Tarrafal

Como esperado, benze-o uma igreja, a de Santo Amaro, lateralizado face a um rectângulo ajardinado e dotado de coreto.

Também a edilidade por ali se afirma.

O seu relógio redondo estacionou no meio-dia ou na meia-noite, como se queira. Aponta umas também fixas “Boas Festas” que coroam o frontão do edifício turquesa.

Estacionamos. Deambulamos sobre o empedrado da praça. Como sempre acontece em Cabo Verde, damos de imediato com expressões da portugalidade.

Um quiosque identificado como “Super Bar” exibe a imagem de uma das grandes cervejeiras lusas.

Logo ao lado, dois tarrafalenses defrontam-se em sucessivas partidas de uril. Um deles, homem de meia-idade, traja uma camisola do Benfica. Joga contra uma senhora da sua geração, equipada de bata, lenço e chinelos listados.

Assiste ao duelo um único espectador, composto numa calça de ganga escura e num polo, quase do mesmo azul da fachada da câmara municipal.

Aproximamo-nos. Mesmo sabendo que lhes prejudicaríamos a concentração, interpelamo-los. O jogo disputava-se, no entanto, a feijões.

Nem um nem outro se parecem importunar. Indagamos o jogador masculino sobre o seu grau de benfiquismo, partilhado por muitos dos moradores da vila, de tal maneira que um dos “bebedouros” de Strela, de grogue e de outras bebidas, preferidos do Tarrafal, se denomina “Bar Benfica”.

Quando damos por ela, estamos a falar da influência de Renato Sanches na equipa e da sua génese cabo-verdiana. “A família dele é daqui do Tarrafal, sabiam?”

Não fazíamos ideia. A revelação apanha-nos desprevenidos. E comove-nos.

Pedimos desculpa à parceira de jogo pela interrupção. Quando o fazemos, reparamos na cor dos seus olhos. São de um verde-azeitona translúcido que, em redor da pupila, se amarelava.

Voltamos a surpreender-nos. Elogiamo-los e à beleza crioula da senhora.

Voltam a assaltar-nos os remorsos por estarmos a interromper a partida pelo que agradecemos a simpatia e nos despedimos. Retomamos a deambulação em que andávamos.

Rumo à Baía e Porto do Tarrafal

Passamos junto a um tal de salão DilmaKelly, pintado a condizer com a edilidade.

Diante da Igreja Evangélica do Nazareno, uma área por urbanizar concede-nos um vislumbre da baía e porto do Tarrafal, anunciada pelo areal dourado da Praia do Mangue que, na realidade, uma pequena saliência rochosa divide em angras distintas.

A norte, o sopé do Monte Graciosa (642m) surge pejado de vegetação. Parte dela, poderia até ser de tarrafes, os arbustos tamarix senegalensis que por ali abundam e inspiraram o baptismo da povoação.

Quando percorremos o pontão que quebra a baía, vemo-la arredondada como nunca.

A água tom de esmeralda e cristalina do Atlântico afaga o areal com gentileza, o suficiente para agitar uma íris de areia vulcânica, mais escura.

Detemo-nos numa espécie de praceta-miradouro, elevada face à baía e ao molhe.

Ali, um mini-quiosque branco e vermelho abriga-se na sombra esparsa de duas acácias irmanadas.

Serve bebidas, mas, sobretudo, essa mesma sombra, a vista e o convívio descontraído que um grupo de moradores conhecidos da empregada aproveitam, divididos, por géneros, em mesas opostas, com vistas irrepreensíveis.

Saudamo-los. Debruçamo-nos sobre os bancos anichados no muro.

Pescadores em Tempo de Descanso e Conversa em Dia

E dali, continuamos a apreciar a enseada privilegiada do Tarrafal.

Admiramos barcos de pesca de todas as cores, lado a lado, no quase cimo do areal. Permanecem em doca seca, a salvo da subida da maré e das vagas.

Fazem de pouso e de encosto a um núcleo de pescadores, entregues a uma conversa tão acesa que chega a soar a discussão.

Sem aviso, uma jovem mulher aparece do meio dos barcos. Passa diante deles a exibir, sem complexos, as formas voluptuosas que Deus lhe concedeu.

Num ápice, os homens dão tréguas à questão. Viram as cabeças para norte e acompanham-lhe os passos elegantes, como se nada mais valesse a pena.

Como nela se inspiraram o(s) autor(es), um mural tríptico pintado no muro do pontão, pouco acima do Mar di Baxu, define a cisão de género do Tarrafal.

Uma das suas secções, revela um homem a suster um peixe, junto a uma embarcação.

Na oposta, várias mulheres seguram alguidares com cocos. No meio, um duo de músicos canta.

A pintura que os retrata, em particular, anuncia com “Nós é” as duas restantes “omis di mar” e “mudjeris di côco”.

Os Futebolistas e os Forasteiros Encantados do Tarrafal

Entre os barcos e o mar, a aproveitarem a descida da maré, jovens tarrafalenses em boa forma disputam uma pelada sobre a areia molhada.

A partida prova-se de tal maneira aguerrida que nem a passagem da donzela os demove da bola cor-de-laranja.

O  primor técnico e a entrega ao jogo dos santiaguenses produzem, há muito, craques incontornáveis.

Mesmo já nascido em Portugal, Renato Sanches revelou-se apenas um de muitos herdeiros da aptidão e paixão cabo-verdiana pelo futebol.

Malgrado o aparente predomínio de tarrafalenses, a Baía do Tarrafal atrai cada vez mais forasteiros.

Cruzamo-nos com franceses, italianos e alemães, branquelas de peles frágeis que o sol tropical castiga sem misericórdia.

Alguns, entregam-se a snorkelings entre as traineiras ancoradas ao largo.

Outros, a partidas de vólei de praia, na iminência da floresta de coqueiros abaixo do tarrafal vegetal da encosta.

A Subsistência Desafiante das Gentes do Tarrafal

Nos últimos tempos, estes visitantes têm garantido rendimentos complementares às remessas da diáspora cabo-verdiana e aos da agropecuária.

Bem mais fáceis que os da pesca, sobretudo nos meses de Inverno, Dezembro, Janeiro, quando os ventos alísios sopram vigorosos e tornam o Atlântico ao largo tempestuoso a dobrar.

Mesmo árdua, a pesca é fiável. Já a agropecuária, debate-se, há muito, com o clima árido do norte da ilha e com a crescente escassez de água.

Esta mesma aridez moldou a fama oscilante, durante muito tempo duvidosa, do norte de Santiago.

Como o viam as gentes de outras partes da ilha, o Tarrafal ficava nuns confins de terra seca e espinhosa, difícil de cultivar e ainda mais de colonizar.

Como se não bastasse, o estabelecimento, em 1936, do Campo de Concentração, tratado por Campo da Morta Lenta, só veio dramatizar o imaginário associado ao lugar, amaldiçoado pela imposição colonial do regime de Salazar.

Lugar de tortura, de abandono e de morte. Terá sido essa a realidade da colónia prisional a que em breve dedicaremos o seu próprio artigo.

O verdadeiro Tarrafal, o das enseadas no sopé do Monte Graciosa não só tem pouco que ver como o retemos na memória como um abrigo cabo-verdiano e macaronésio abençoado.

Santiago, Cabo Verde

Santiago de Baixo a Cima

Aterrados na capital cabo-verdiana de Praia, exploramos a sua pioneira antecessora. Da Cidade Velha, percorremos a crista montanhosa e deslumbrante de Santiago, até ao topo desafogado de Tarrafal.
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Ilha da Boa Vista, Cabo Verde

Ilha da Boa Vista: Vagas do Atlântico, Dunas do Sara

Boa Vista não é apenas a ilha cabo-verdiana mais próxima do litoral africano e do seu grande deserto. Após umas horas de descoberta, convence-nos de que é um retalho do Sara à deriva no Atlântico do Norte.
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Santo Antão, Cabo Verde

Pela Estrada da Corda Toda

Santo Antão é a mais ocidental das ilhas de Cabo Verde. Lá se situa um limiar Atlântico e rugoso de África, um domínio insular majestoso que começamos por desvendar de uma ponta à outra da sua deslumbrante Estrada da Corda.
Ilha do Fogo, Cabo Verde

À Volta do Fogo

Ditaram o tempo e as leis da geomorfologia que a ilha-vulcão do Fogo se arredondasse como nenhuma outra em Cabo Verde. À descoberta deste arquipélago exuberante da Macaronésia, circundamo-la contra os ponteiros do relógio. Deslumbramo-nos no mesmo sentido.
São Nicolau, Cabo Verde

São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

Partidas forçadas como as que inspiraram a famosa morna “Sodade” deixaram bem vincada a dor de ter que deixar as ilhas de Cabo Verde. À descoberta de Saninclau, entre o encanto e o deslumbre, perseguimos a génese da canção e da melancolia.
Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde

Chã das Caldeiras a Mosteiros: descida pelos Confins do Fogo

Com o cimo de Cabo Verde conquistado, dormimos e recuperamos em Chã das Caldeiras, em comunhão com algumas das vidas à mercê do vulcão. Na manhã seguinte, iniciamos o regresso à capital São Filipe, 11 km de caminho para Mosteiros abaixo.
Brava, Cabo Verde

A Ilha Brava de Cabo Verde

Aquando da colonização, os portugueses deparam-se com uma ilha húmida e viçosa, coisa rara, em Cabo Verde. Brava, a menor das ilhas habitadas e uma das menos visitadas do arquipélago preserva uma genuinidade própria da sua natureza atlântica e vulcânica algo esquiva.
Santo Antão, Cabo Verde

Porto Novo a Ribeira Grande pelo Caminho do Mar

Desembarcados e instalados em Porto Novo de Santo Antão, depressa constatamos duas rotas para chegar à segunda maior povoação da ilha. Já rendidos ao sobe-e-desce monumental da Estrada da Corda, deslumbramo-nos com o dramatismo vulcânico e atlântico da alternativa costeira.
Ponta do Sol a Fontainhas, Santo Antão, Cabo Verde

Uma Viagem Vertiginosa a Partir da Ponta do Sol

Atingimos o limiar norte de Santo Antão e de Cabo Verde. Em nova tarde de luz radiosa, acompanhamos a azáfama atlântica dos pescadores e o dia-a-dia menos litoral da vila. Com o ocaso iminente, inauguramos uma demanda sombria e intimidante do povoado das Fontainhas.
Mindelo, São Vicente, Cabo Verde

O Milagre de São Vicente

São Vicente sempre foi árida e inóspita a condizer. A colonização desafiante da ilha submeteu os colonos a sucessivas agruras. Até que, por fim, a sua providencial baía de águas profundas viabilizou o Mindelo, a urbe mais cosmopolita e a capital cultural de Cabo Verde.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
Nova Sintra, Brava, Cabo Verde

Uma Sintra Crioula, em Vez de Saloia

Quando os colonos portugueses descobriram a ilha de Brava, repararam no seu clima, muito mais húmido que a maior parte de Cabo Verde. Determinados em manterem ligações com a distante metrópole, chamaram a principal povoação de Nova Sintra.
Ribeira Grande, Santo AntãoCabo Verde

Santo Antão, Ribeira Grande Acima

Na origem, uma Povoação diminuta, a Ribeira Grande seguiu o curso da sua história. Passou a vila, mais tarde, a cidade. Tornou-se um entroncamento excêntrico e incontornável da  ilha de Santo Antão.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Monges na escadaria do mosteiro Tashi Lha Khang
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Cerimónias e Festividades
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Telhados cinza, Lijiang, Yunnan, China
Cidades
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Maiko durante espectaculo cultural em Nara, Geisha, Nara, Japao
Cultura
Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Em Viagem
Estradas Imperdíveis

Grandes Percursos, Grandes Viagens

Com nomes pomposos ou meros códigos rodoviários, certas estradas percorrem cenários realmente sublimes. Da Road 66 à Great Ocean Road, são, todas elas, aventuras imperdíveis ao volante.
Horseshoe Bend
Étnico
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Ilha Maurícia, viagem Índico, queda de água de Chamarel
História
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.
Passadiço principal da Mumbo Island, Lago Malawi
Ilhas
Mumbo Island, Malawi

Um Lago Malawi Só para Nós

Dista meros 10km ou 40 minutos num barco tradicional do litoral sempre concorrido de Cape MacLear. Com apenas 1km de diâmetro, a ilha Mumbo proporciona-nos um retiro ecológico memorável no imenso Lago Malawi.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Jingkieng Wahsurah, ponte de raízes da aldeia de Nongblai, Meghalaya, Índia
Natureza
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Parques Naturais
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Rio Matukituki, Nova Zelândia
Património Mundial UNESCO
Wanaka, Nova Zelândia

Que Bem que Se Está no Campo dos Antípodas

Se a Nova Zelândia é conhecida pela sua tranquilidade e intimidade com a Natureza, Wanaka excede qualquer imaginário. Situada num cenário idílico entre o lago homónimo e o místico Mount Aspiring, ascendeu a lugar de culto. Muitos kiwis aspiram a para lá mudar as suas vidas.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Montezuma e Malpaís, melhores praias da Costa Rica, Catarata
Praias
Montezuma, Costa Rica

De Volta aos Braços Tropicais de Montezuma

Passaram 18 anos desde que nos deslumbrámos com este que é um dos litorais abençoados da Costa Rica. Há apenas dois meses, reencontrámo-lo. Tão aconchegante como o  tínhamos conhecido.
Teleférico de Sanahin, Arménia
Religião
Alaverdi, Arménia

Um Teleférico Chamado Ensejo

O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
religiosos militares, muro das lamentacoes, juramento bandeira IDF, Jerusalem, Israel
Sociedade
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Vida Selvagem
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.