Ogimashi, Japão

Um Japão Histórico-Virtual


Lena em Voo
O lado sombrio e demoníaco de Higurashi no Naku Koro ni: Lena voa a empunhar um cutelo.
Sessão espontânea
Satoko, Rena e Keiichii Maebara posam para fotógrafos de ocasião
Fãs & Fotógrafos
Fotografos de ocasião fazem as suas proprias imagens de personagens famosas que há muito conhecem.
Rika
Rika destaca-se do cenário xintoista do templo de Hachiman-jinja.
Satoko
Kigurumi de Satoko abre os braços aos novos amigos portugueses.
Criador e Kigurumi
Kigurumi da personagem Satoko de Higurashi no Naku Koro ni e um dos criativos da série, Chikima.
Mion e Hanyu
Kigurumis de Mion e de Hanyu junto ao templo de Hachiman, em Ogimashi.
kigurumis Mion e Keiichii Maebara-templo Hachiman- Ogimashi-Japão
Mion e Keiichii Maebara conversam junto a uma árvore nas imediações templo Hachiman.
Trio Kigurumi
Satoko, Mion e Keiichii Maebara
Poses
Rena, Satoko, Mion e Keiichii Maebara este, último, aquele que, na série, desvenda a maior parte dos mistérios.
Mensagem bisnaga
Mensagem deixada no templo Hachiman. por um jovem fã de manga.
Ogimashi
VIsta de Ogimashi ao cair da noite.
Mion e Keiichii Maebara
Mion e Keiichii Maebara partilham o encanto da paisagem outonal de Ogimashi.
Satoko & Rika
Satoko e Rika conversam nos degraus do templo de Hachiman, em Ogimashi.
Higurashi no Naku Koro ni” foi uma série de animação nipónica e jogo de computador com enorme sucesso. Em Ogimashi, aldeia de Shirakawa-Go, convivemos com um grupo de kigurumis das suas personagens.

Onikakushi-ken”, o primeiro título electrónico da série “Higurashi no Naku Koro ni” (“Quando as Cigarras Choram”) foi lançado, no Japão, em Agosto de 2002 para PC.

Saiu em estilo visual novel e baseado no motor NScripter, informação que, nos dias de hoje, só dirá algo aos programadores mais informados.

O Enredo Enigmático de Higurashi no Naku Koro ni.

A história desenrolava-se numa aldeia rural fictícia chamada Hinamizawa. O lugar revela-se aparentemente pacífico e tranquilo.

Até que a recém-chegada protagonista Keiichi Maebara descobre que, nos últimos quatro anos, tem morrido uma pessoa e desaparecido uma outra durante o Watanagashi-matsuri (Festival do Algodão Flutuante) que lá presta homenagem ao guardião da aldeia Oyashiro-sama.

Ao longo dos jogos, intrigada e determinada, a adolescente investiga os vários mistérios com que se depara.

Não satisfeitos com o já de si complexo enredo passado para as pranchas e computadores, os criadores deram-se ao trabalho de desenvolverem um contexto histórico tão ou mais exaustivo e, surpreendentemente macabro.

Foi esta dicotomia dinâmica entre o visual patusco predominante entre as personagens e o envolvimento malévolo por detrás que atraiu e fidelizou os fãs da série.

Ryukishi07 o Mentor da Série … Sanguinária

O seu principal mentor, Ryukishi07 (cavaleiro do dragão), confessou-se um fã inveterado da epopeia electrónica-nipónica “Final Fantasy”. Aliás, a Reina Ryugu de “Higurashi no Naku Koro ni” – uma das suas 6 adolescentes  – foi inspirada na heroína semi-homónima daquela outra produção.

De acordo com a imaginação de Ryukishi07, séculos antes, Watanagashi era conhecido como o Festival dos Intestinos Flutuantes.

Servia para os aldeões limparem os seus pecados com o sangue de um humano torturado com recurso a ferramentas disponíveis no templo fictício Furude.

Algo que era feito segundo um processo meticuloso que envolvia pregar pregos em cada junta dos dedos da vítima antes de um sacerdote lhe retirar o estômago e os intestinos com um instrumento parecido com uma enxada. A que se seguia uma dança intrincada.

As vísceras e o corpo seriam depois atirados ao rio e flutuariam com a corrente, simbolizando, assim, o afastar dos pecados das pessoas.

Kigurumis Mion e Hanyu, templo Hachiman, Ogimachi, Japão

Kigurumis de Mion e de Hanyu junto ao templo de Hachiman, em Ogimashi.

Em tempos mais recentes, o Watanagashi original começara a ser visto como demasiado violento e cruel. Os aldeões adaptaram, assim, o outro significado do prefixo wata (algodão em vez de intestinos).

A partir de então, contribuíram com velhas peças de vestuário cujo algodão seria retirado e reunido num grande futon.

O sacerdote passou a esventrar o futon em vez de um infeliz humano e caberia a cada aldeão retirar um pedaço do enchimento para colocar a flutuar no rio.

Satoko e Rika, templo Hachiman, Ogimachi, Japão

Satoko e Rika conversam nos degraus do templo de Hachiman, em Ogimashi.

Higurashi no Naku Koro ni: mais que uma Série, uma Longa Saga

Vários outros acontecimentos e ligações passados apimentam o desenrolar da saga que segue as fórmulas mais inesperadas do suspense psicológico.

Em Agosto de 2006, já existiam oito jogos. “Higurashi no Naku Koro ni” teve tanto sucesso que justificou o lançamento de CDs com animação. Pouco depois, seguiu-se a adaptação para manga, publicada na revista “Gangan Powered” com ilustrações da famosa artista Karin Suzuragi.

Quase ao mesmo tempo, saíram a versão animé “Higurashi no Naku Koro ni Kai” e um conjunto de animações vídeo originais.

Mensagens, Templo hachiman, Ogimashi, Japao

Mensagem deixada no templo Hachiman por um jovem fã de manga.

O sucesso, cada vez mais internacional, nunca cessou de aumentar e esta última experiência, em particular, justificou, em 2008, a adaptação cinematográfica da série.

A Descoberta Histórica e Virtual de Shirakawa-Go

Da última vez que viajámos pelo Japão, sentimos o mesmo apelo inspirador de Ryukishi07 por Shirakawa-Go, um reduto interior e semi-rural da região de Hida  que a UNESCO classificou como Património Mundial de maneira a proteger a sua cultura.

Em particular, as casas gassho-zukuri («mãos em oração»), aperfeiçoadas com o passar dos séculos com o fim de resistir à meteorologia caprichosa daquela que é uma das zonas mais nevosas à face da Terra.

Visitamos o lugar com expectativas elevadas que, malgrado o fluxo excessivo de visitantes quase inevitável nas ilhas do sol nascente, acabam por se cumprir.

Chegamos ao fim do segundo dia de exploração da zona. O sol já desapareceu por detrás da encosta íngreme da montanha de Hakusan. A noite anuncia-se sobre o vale de Shokawa.

Ogimachi, Shirakawa go, Japao

VIsta de Ogimashi ao cair da noite.

O Encontro com os Kigurumis da Série e o Autor, em Ogimashi

Sem qualquer aviso, o cenário misterioso do templo Hachiman-jinja é invadido por um bando de kigurumis (bonecos animados por pessoas).

As suas figuras garridas e cândidas passeiam-se sobre a escadaria irregular. Insinuam-se e interagem com movimentos e poses tão expressivos e sentimentais que poderiam seduzir o mais rude dos humanos.

Persegue-os um grupo coordenado de fotógrafos que reage a qualquer solicitação, sob supervisão descontraída e afável de Chikima, um dos criativo sui generis que então desenvolviam a série.

Kigurumis, Templo hachiman, Ogimachi

Rena, Satoko, Mion e Keiichii Maebara este, último, aquele que, na série, desvenda a maior parte dos mistérios.

A Passagem da Série para os Ecrãs de Cinema

No tempo que passou, o filme tinha tido um excelente retorno de bilheteiras. Justificou a aposta do estúdio numa sequela cinematográfica “Higurashi no Naku Koro ni Chikai” um título que, à boa maneira nipónica, voltou a explorar o duplo sentido das palavras: naku pode significar tanto “sons feitos por organismos não humanos” como “chorar”.

Em cada episódio da longa saga, a protagonista descobre que um dos amigos tinha sofrido uma demonização e cometido os crimes. Para cúmulo dos cúmulos, por norma, as vítimas são os seus próprios amigos: Mion, Shion, Rena, Satoko, Hanyū e Rika.

A história desenvolve-se em capítulos questão, capítulos de resposta e alguns outros extra. São também criados finais paralelos, uns aterrorizantes outros mais suaves.

No fim de 2009, foi lançado para Playstation “Higurashi no Naku Koro Ni Matsuri: Kakera Asobi”.

Nesta versão, se os jogadores tomarem determinadas decisões, podem gerar um desfecho mais terrível ou agradável para dois fins distintos da série: “Miotsukushi-hen” (Drenagem do Canal) que é, segundo o autor, o verdadeiro final ou o mais feliz “Matsuribayashi-hen” (Música do Festival).

A Série que Ganha Vida entre os Pinheiros e Ciprestes de Ogimashi

Quando encontramos os kigurumis, apesar do cenário algo arrepiante formado pelos pinheiros e ciprestes nipónicos da floresta de Ogimashi, o grupo está a salvo e exibe as suas melhores expressões de empatia.

Kigurumi Rika, templo Hachiman, Ogimashi, Japão

Rika destaca-se do cenário xintoista do templo de Hachiman-jinja.

Aproveitamos para entramos, por momentos, naquele improvável convívio abonecado e fazemo-nos fotografar na sua companhia e na de Chikima sem grande comunicação verbal para lá de uns “sugoys” (cool, giro) e “arigatos” ou não fossem aqueles japoneses, como a grande parte, inábeis no uso de línguas estrangeiras e, nós, meros estudantes preguiçosos do seu exigente dialecto.

Chikima e kigurumi, templo de Hachiman, Ogimashi, Japão

Kigurumi da personagem Satoko de Higurashi no Naku Koro ni e um dos criativos da série, Chikima.

Faltam apenas uns minutos para o escuro se apoderar em absoluto do vale e os curiosos que acompanhavam a acção promocional já debandaram.

Os telhados dos gasshos soltam fumo branco com cheiro a lenha mesmo ao lado do parque de estacionamento improvisado em que tínhamos deixado o carro alugado, numa espécie de quintal repleto de diospireiros carregados. Ali, assistimos a um inesperado desmistificar da série.

Damos com a carrinha da comitiva de Chikima na proximidade da nossa.

Fechado mais um dia de trabalho, os jovens que animavam os sete kigurumis despiam as cabeleiras e fatos e transformavam-se em adolescentes de carne e osso – mais osso que carne, diga-se de passagem.

De cuecas, sob uma temperatura quase negativa, tremiam de frio, desejosos de  mudarem aquele desagradável final.

Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Safari
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Arquitectura & Design
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cerimónias e Festividades
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Uma espécie de portal
Cidades
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Cultura
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka
Em Viagem
PN Yala-Ella-Candia, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
Promessa?
Étnico
Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
ilha de Alcatraz, Califórnia, Estados Unidos
História
Alcatraz, São Francisco, E.U.A.

De Volta ao Rochedo

Quarenta anos passados sobre o fim da sua pena, a ex-prisão de Alcatraz recebe mais visitas que nunca. Alguns minutos da sua reclusão explicam porque o imaginário do The Rock arrepiava os piores criminosos.
Vista Miradouro, Alexander Selkirk, na Pele Robinson Crusoe, Chile
Ilhas
Ilha Robinson Crusoe, Chile

Alexander Selkirk: na Pele do Verdadeiro Robinson Crusoe

A principal ilha do arquipélago Juan Fernández foi abrigo de piratas e tesouros. A sua história fez-se de aventuras como a de Alexander Selkirk, o marinheiro abandonado que inspirou o romance de Dafoe
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Ocaso no Flat Lake, Luisiana
Natureza
Atchafalaya Basin, Luisiana, E.U.A.  

O Grande Pântano do Sul Americano Profundo

Por alguma razão os indígenas o tratavam por “rio longo”. A determinado ponto, o Atchafalaya espraia-se num pântano feito de lagoas ligadas por canais, salpicadas de ciprestes, carvalhos e tupelos. Exploramo-lo, entre Lafayette e Morgan, Luisiana, no caminho para a sua foz do Golfo do México.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
A Gran Sabana
Parques Naturais

Gran Sabana, Venezuela

Um Verdadeiro Parque Jurássico

Apenas a solitária estrada EN-10 se aventura pelo extremo sul selvagem da Venezuela. A partir dela, desvendamos cenários de outro mundo, como o da savana repleta de dinossauros da saga de Spielberg.

Thira, Santorini, Grécia
Património Mundial UNESCO
Fira, Santorini, Grécia

Fira: Entre as Alturas e as Profundezas da Atlântida

Por volta de 1500 a.C. uma erupção devastadora fez afundar no Mar Egeu boa parte do vulcão-ilha Fira e levou ao colapso a civilização minóica, apontada vezes sem conta como a Atlântida. Seja qual for o passado, 3500 anos volvidos, Thira, a cidade homónima, tem tanto de real como de mítico.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Cabo Ledo Angola, moxixeiros
Praias
Cabo Ledo, Angola

O Cabo Ledo e a Baía do Regozijo

A apenas a 120km a sul de Luanda, vagas do Atlântico caprichosas e falésias coroadas de moxixeiros disputam a terra de musseque. Partilham a grande enseada forasteiros rendidos ao cenário e os angolanos residentes que o mar generoso há muito sustenta.
Morione romano em tricycle, festival moriones, Marinduque, Filipinas
Religião
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Ponte u bein, Amarapura, Myanmar
Sociedade
Ponte u-BeinMyanmar

O Crepúsculo da Ponte da Vida

Com 1.2 km, a ponte de madeira mais antiga e mais longa do mundo permite aos birmaneses de Amarapura viver o lago Taungthaman. Mas 160 anos após a sua construção, U Bein está no seu crepúsculo.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Elefante caminha acima da praia e lagoa na orla do PN Loango
Vida Selvagem

PN Loango, Gabão

Numa Orla Edénica da África Equatorial

Quase 80% do território gabonês é composto por floresta tropical densa. O PN Loango fica na confluência exuberante dessa floresta com o litoral Atlântico. É feito de lagoas, de rios largos e escuros, de uma savana assente em areia repleta de bolsas de selva misteriosa. Percorrem-no elefantes, búfalos, gorilas, chimpanzés, sitatungas, javalis. Espécies sem fim de um domínio terrestre protegido e prodigioso.

The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.