Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério


Esticadores naturais
Jovens testam a resistência de lianas que suportam a torre de saltos.
Air Vanuatu
Habitantes acompanham um avião da Air Vanuatu.
De Partida
Mulher e criança seguem a trajectória de um avião da Air Vanuatu, na pista de Lanorore.
Em Paz
Jovem repousa sobre a parte detrás da base da torre de saltos
Jovens espectadoras
Crianças observam a coreografia levada a cabo pelos adultos na base da torre de saltos de Pentecostes.
A caminho de Lanorore
Nativos aproximam-se de Lanorore pelo litoral com a ilha vizinha de Ambae em fundo.
Naghol-pentecostes-bungee-jumping-homens-de-olho-no-salto
Raparigas acompanham a acção dos saltadores no cimo da torre.
Irmãos-Toranja
Crianças dirigem-se para o lugar da cerimónia de Pentecostes pela praia e a comerem enormes toranjas.
Naghol-pentecostes-bungee-jumping-homens-nativa
Mulher da aldeia de Lonorore cobre os seios algo envergonhada entre os valores tribais e os ocidentais
Saltador dopado
Saltador de Naghol com os olhos vermelhos devido ao consumo de drogas naturais que facilitam o salto Naghol.
Nanbawan netwok
Outdoor promove a empresa de comunicaçoes móveis Digicel.
Piolho ??
Irmã mais velha cata uma menina no intervalo de dois saltos.
Pleno salto
Saltador prepara os braços para se proteger de um eventual impacto no solo.
Puro salto
Mais um jovem em pleno ar, nesta ocasião, após saltar de uma plataforma intermédia da torre.
Teste de solidez
Homem de Pentecostes examina a solidez da torre de saltos.
Saltador entre pares
Um dos saltadores convive com outros jovens de Pentecostes, pouco antes do seu salto
Mulheres preocupadas
Mulheres observam o momento de mais um salto Naghol, preocupada com a sorte dos seus jovens
Namba garrida
Cápsula vegetal que distingue dois tipos tribais de Vanuatu, os Big Nambas e os Small Nambas, consoante o tamanho da cápsula.
Cimo da torre
Um dos saltadores no topo da torre de saltos de Lanorore.
Saltador cool
Saltador posa junto à base da torre com óculos escuros emprestados por um espectador forasteiro da cerimónia.
Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.

A aproximação do Harbin Y-12 à pista desvenda o monte Vulmat coberto de selva densa encharcada por dois dias de chuva intensa.

E uma beira-mar exígua feita de areia negra e calhaus que a vegetação invade, quase a alcançar a água azul do oceano Pacífico.

Quando o avião se imobiliza, uma pequena multidão de ni-vanuatu (os habitantes de Vanuatu) curiosos deixa a sombra das árvores e aproxima-se para saudar os novos visitantes.

Avião Air Vanuatu, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu

Habitantes acompanham um avião da Air Vanuatu.

Os Momentos Tranquilos que Antecedem o Naghol de Pentecostes

Convidam-nos a registarmo-nos com os anciãos de Lonorore. Cumprida a formalidade, ficamos livres para explorar o litoral exótico que esconde a povoação.

Aos poucos, chegam mais grupos de nativos por um trilho apertado ou ao longo do areal. Também eles se aglomeram em redor dos barracões que servem o aeroporto.

A caminho de Lanorore, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu

Nativos aproximam-se de Lanorore pelo litoral com a ilha vizinha de Ambae em fundo.

Falta apenas uma hora para o início do ritual. O recinto continua interdito. Frequentam-no apenas os jovens saltadores e os homens que tratam dos derradeiros preparativos.

Estamos no fim de Maio. A época do Naghol ainda vai a meio. Em tempos, o evento tinha lugar uma vez por ano.

À medida que mais viajantes descobriam Pentecostes, a cerimónia revelou-se uma fonte de lucro incontornável para as aldeias que a praticavam.

As Origens e a Tradição Secular do Naghol de Pentecostes

Repete-se, agora, oito vezes, de Abril a Junho. Já a sua origem, se verdadeira, não podia ser mais única.

Conta-se na ilha que uma nativa se queixava da persistência dos avanços sexuais do marido, de seu nome Tamalie. Sem o conseguir sensibilizar, fartou-se e fugiu para a floresta. Tamalie perseguiu-a.

Nativa envergonhada, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu

Mulher da aldeia de Lonorore cobre os seios algo envergonhada entre os valores tribais e os ocidentais

Obrigou-a a trepar a uma figueira-da-índia. Encurralada, ao ver o marido subir, a mulher atou lianas aos tornozelos e lançou-se. Ficou a balouçar junto ao solo, incólume, antes de se soltar.

Sentindo-se desafiado mas sem reparar nas lianas, Tamalie saltou atrás dela e perdeu a vida.

Daí em diante, os homens de Pentecostes decidiram praticar o salto com lianas para que não mais fossem enganados pelas parceiras. Daí em diante, a prática tornou-se kastom (tradição).

Em pleno ar, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu

Mais um jovem em pleno ar, nesta ocasião, após saltar de uma plataforma intermédia da torre.

À margem da lenda, o Naghol é levado a cabo como ritual de passagem dos rapazes das aldeias. Os nativos acreditam que, quando realizado com sucesso, contribui para boas colheitas de mandioca.

Jovens de Pentecostes, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu

Um dos saltadores convive com outros jovens de Pentecostes, pouco antes do seu salto

E para afastar os males próprios da época das chuvas, incluindo a malária que prevalece no arquipélago de Vanuatu, como noutras partes luxuriantes da Melanésia.

O Intensificar Tropical do Naghol de Pentecostes

Quando é dada a permissão para avançarem, os forasteiros depressa se esquecem dos mosquitos que os incomodam e preocupam. Juntam-se ao grupo de espectadores nativos e avançam pela floresta, nos passos de um anfitrião apressado.

A determinada altura, o trilho estreito entra numa clareira ampla. Dela se destacam uma encosta lamacenta e, no seu topo, uma enorme torre de troncos.

Enquanto a assistência se distribui pelo sopé e pelos lados da encosta, alguns homens amolecem o solo na projecção da base da torre.

Outros, revêem e retocam a sua estrutura caótica.

Ancião testa a torre, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu

Homem de Pentecostes examina a solidez da torre de saltos.

Ao mesmo tempo, um grupo de apoiantes tribais – crianças à frente, seguidas de mulheres e, depois pelos homens – dançam, cantam e assobiam, para cá e para lá, em modo de incentivo dos saltadores.

Grupo de apoio, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu

Nativos levam a cabo movimentos repetitivos para encorajar o próximo saltador.

Estes, são mantidos nas imediações da torre durante dois dias, sem contacto com raparigas para garantir a requerida abstinência sexual.

É também habitual que se untem de óleo de coco e que usem presas de javali como amuletos, além das nambas, cápsulas vegetais com que envolvem o pénis.

Saltador, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu

Saltador posa junto à base da torre com óculos escuros emprestados por um espectador forasteiro da cerimónia.

Como pudemos notar mais tarde, alguns, inspiram-se com recurso a substâncias naturais (leia-se drogas).

Quanto mais longo é o salto para que se preparam, maior é a inspiração.

Os Saltos da Torre Naghol. Coragem (ou Loucura) de Baixo para Cima

O ritual começa com mergulhos a partir das plataformas inferiores da torre. Evolui para o topo, consoante a idade dos participantes. Os anciãos das aldeias escolhem as lianas. Têm que as  cortar pouco antes da cerimónia, de acordo com o peso de cada saltador e a altura de que vai saltar.

Apesar da precisão exigida, os responsáveis continuam a dispensar qualquer instrumento moderno. Feita a selecção, desfiam-se as pontas das lianas que são presas aos tornozelos dos participantes.

Se forem mal atadas ou demasiado longas, o saltador infeliz despenha-se no solo. Caso fiquem curtas, o saltador pode colidir com a base da torre, de onde se projectam vários troncos.

Jovem em base da torre, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu

Jovem repousa sobre a parte detrás da base da torre de saltos

O Naghol de Pentecostes que Terminou em Desgraça

Para não comprometer a elasticidade das lianas, o Naghol foi sempre realizado na época seca. Mas, em 1974, a administração colonial quis impressionar a soberana Rainha Isabel II – que visitava as então chamadas Novas Hébridas.

Contra a vontade dos indígenas, a visita da rainha forçou que a cerimónia se realizasse durante as chuvas. Foi uma vez sem exemplo. As lianas usadas por um dos saltadores quebraram-se.

Em pleno salto, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu

Saltador prepara os braços para se proteger de um eventual impacto no solo.

Causaram a única tragédia directamente provocada pelos mergulhos do Naghol.

De regresso à clareira, os saltadores intermédios cumpriram já o seu papel e a cerimónia decorre sem acidentes. O grupo de “apoiantes” volta a dançar e a cantar, então, com intensidade redobrada.

O Salto Tresloucado do Topo Vertiginoso da torre Naghol

O momento da verdade, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu

Saltador eleva os braços ao céu, segundos antes de se lançar do topo da torre do Naghol.

Um último adolescente trepa até ao cimo da torre onde se posiciona sobre uma plataforma ínfima. Já no auge, junta-se aos cânticos por um minuto e acena a olhar para o céu.

Sem mais contemplações, impulsiona-se para diante, cobre a cabeça e o pescoço com os braços e sobrevoa a selva de Pentecostes, antes de mergulhar na direcção ao solo.

As lianas quebram a queda, como a torre que se dobra ligeiramente e suaviza o esticão. Como é esperado, as mãos do saltador tocam ligeiramente na terra.

Além de alguma dor nas pernas, depois de examinado por outros aldeãos, comprova-se que está em condições de celebrar.

Salto para a frente, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu

Saltador projecta os braços para conseguir afastar-se dos troncos cortantes da torre.

Uma vez terminada a cerimónia, a assistência recebe autorização para se aproximar da torre. Em três tempos, envolve e glorifica o novo adulto. Mas a reacção do saltador é contida.

Os seus olhos vermelhos explicam uma certa “ausência” que compensa com sorrisos sem fim.

Saltador dopado, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu

Saltador com os olhos vermelhos devido ao consumo de drogas naturais que facilitam o  Naghol.

Já a compensação monetária exigida pela ilha de Pentecostes às empresas de bungee-jumping do mundo por estas terem copiado o Naghol ainda não foi paga.

Se um destes dias Pentecostes ganhar este caso, todos os seus nativos terão razões extra para sorrir.

Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
Wala, Vanuatu

Cruzeiro à Vista, a Feira Assenta Arraiais

Em grande parte de Vanuatu, os dias de “bons selvagens” da população ficaram para trás. Em tempos incompreendido e negligenciado, o dinheiro ganhou valor. E quando os grandes navios com turistas chegam ao largo de Malekuka, os nativos concentram-se em Wala e em facturar.
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a "Survivor"

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Honiara e Gizo, Ilhas Salomão

O Templo Profanado das Ilhas Salomão

Um navegador espanhol baptizou-as, ansioso por riquezas como as do rei bíblico. Assoladas pela 2ª Guerra Mundial, por conflitos e catástrofes naturais, as Ilhas Salomão estão longe da prosperidade.
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Tanna, Vanuatu

Daqui se Fez Vanuatu ao Ocidente

O programa de TV “Meet the Natives” levou representantes tribais de Tanna a conhecer a Grã-Bretanha e os E.U.A. De visita à sua ilha, percebemos porque nada os entusiasmou mais que o regresso a casa.
Espiritu Santo, Vanuatu

Divina Melanésia

Pedro Fernandes de Queirós pensava ter descoberto a Terra Australis. A colónia que propôs nunca se chegou a concretizar. Hoje, Espiritu Santo, a maior ilha de Vanuatu, é uma espécie de Éden.
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Arquitectura & Design
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cerimónias e Festividades
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Vilanculos, Moçambique, Dhows percorrem um canal
Cidades
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Tabatô, Guiné Bissau, Balafons
Cultura
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Encontro das águas, Manaus, Amazonas, Brasil
Étnico
Manaus, Brasil

Ao Encontro do Encontro das Águas

O fenómeno não é único mas, em Manaus, reveste-se de uma beleza e solenidade especial. A determinada altura, os rios Negro e Solimões convergem num mesmo leito do Amazonas mas, em vez de logo se misturarem, ambos os caudais prosseguem lado a lado. Enquanto exploramos estas partes da Amazónia, testemunhamos o insólito confronto do Encontro das Águas.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Goiás Velho, Legado da Febre do ouro, Brasil
História
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Bangkas na ilha de Coron, Filipinas
Ilhas
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Bando de flamingos, Laguna Oviedo, República Dominicana
Natureza
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Viajante acima da lagoa gelada de Jökursarlón, Islândia
Parques Naturais
Lagoa Jökursarlón, Glaciar Vatnajökull, Islândia

Já Vacila o Glaciar Rei da Europa

Só na Gronelândia e na Antárctica se encontram geleiras comparáveis ao Vatnajökull, o glaciar supremo do velho continente. E no entanto, até este colosso que dá mais sentido ao termo Terra do Gelo se está a render ao cerco inexorável do aquecimento global.
Património Mundial UNESCO
Cascatas e Quedas de Água

Cascatas do Mundo: Impressionantes Rios Verticais

Dos quase 1000 metros de altura do salto dançante de Angel à potência fulminante de Iguaçu ou Victoria após chuvas torrenciais, abatem-se sobre a Terra cascatas de todos os tipos.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Fila Vietnamita
Praias

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

Jerusalém deus, Israel, cidade dourada
Religião
Jerusalém, Israel

Mais Perto de Deus

Três mil anos de uma história tão mística quanto atribulada ganham vida em Jerusalém. Venerada por cristãos, judeus e muçulmanos, esta cidade irradia controvérsias mas atrai crentes de todo o Mundo.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Sociedade
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Vida Selvagem
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.