Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar


Coqueiral no Sopé da Serra do Mar
Vista Arejada
Trilho Gracioso
Plataforma de Vendas
Lanchonette Rocha Pombo
Pescaria Anfíbia
Mesa de Barreado
Caldeirão
Bóiadação
Ponte Desactivada
Pescaria Elevada
Manobras
Passeio Diminuto
Artesanato de Carmen Maria
Banana no Barreado
Vista Imperdível
Bóiadação II
Igreja de Morretes
Nhundiaquara Pedregoso
Bromélia Viçosa
Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.

Aos 935 metros de altitude, mesmo em pleno Verão do Hemisfério Sul, voltamos a despertar numa Curitiba nublada e fresca.

É com esse clima que chegamos à estação de partida. Se em termos históricos, o comboio ficou conhecido como Serra do Mar, a empresa que o explora denominou-o Trem Serra Verde, de acordo com o tom predominante da viagem.

Quando a locomotiva retrocede em direcção à segunda carruagem, percebemos o quanto ambas destoavam.

Uns poucos funcionários ferroviários acoplam a máquina ao vagão, decorado com uma pintura promocional da bebida mais famosa do Mundo. São ambas vermelhas.

A terceira revela-se azul. As seguintes, por fim, têm o tom clorofilino em que, entretanto, nos embrenharíamos.

Termina o embarque. Uma anfitriã munida de microfone inaugura uma apresentação e locução que se prolongaria percurso fora. A locomotiva puxa pela composição.

Em pouco tempo, deixamos os arredores meio rurais, algo incaracterísticos da capital paranaense. Noutro tanto, entramos em desfiladeiros apertados, conquistados pela engenharia a encostas, mas que a vegetação abundante reclamou e dissimulou.

Um matagal de que se destacam grandes fetos e até bromélias roça as carruagens.

Serra do Mar Abaixo, na Direcção do Atlântico do Sul

O trem inicia a sua descida abrupta. Enfia-se numa névoa baixa com densidade intermitente, leva-nos por um desfiladeiro vertiginoso e ao cerne silvestre da Serra do Mar.

Como a víamos, forrada de vegetação tropical, sulcada por umas poucas cascatas e até lagoas que a sarapintavam de branco, aquela serrania era uma ínfima secção.

Um trecho do todo montanhoso e vegetal que se estendia há quase 1500km, com início no longínquo estado do Rio de Janeiro e passagem pelos de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O zénite paranaense da Serra do Mar, de quase 1878m, ficava algures por ali. Dificilmente a neblina o iria revelar, muito menos o túnel em que nos metemos, escavado numa rocha tingida por líquenes e musgo.

Era o primeiro de uma sequência de catorze e trinta pontes e viadutos essenciais ao fluxo das composições nos 110km do caminho-de-ferro original e integral.

Devido ao seu arrojo, um viaduto em particular, o do Presidente Carvalho (presidente do estado do Paraná durante a construção), acrescentado acima de um precipício e que dá para outro túnel inesperado, tornou-se a imagem de marca do comboio.

Em breve, por lá passamos, abismados pela vastidão do vale à direita, intrigados quanto ao que nos reservava o lado de lá da escuridão.

Mesmo se não tão vertiginosa, o que encontramos é mais Serra do Mar, íngreme, caprichosa, em que o comboio homónimo serpenteava apontado ao Atlântico.

Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejadaA intervalos, a composição abrandava, quase se imobilizava.

Cordilheira Marumbi. Uma Secção da Imensa Serra do Mar

Deteve-se por completo na base do Pico e cordilheira Marumbi. Ali, vemos desembarcar um grupo de caminheiros carregados com mochilas.

Iam inaugurar uma caminhada exigente ao cimo da serrania, feito de sete picos rochosos, mas repletos de vegetação: o Boa Vista, o Gigante, o Ponta do Tigre, o Esfinge, a Torre dos Sinos, o Abrolhos e o Facãozinho.

Nós, e os restantes passageiros, aproximávamo-nos das quatro horas de trajecto e da estação final de Morretes.

Estas quatro horas que passámos em modo recreativo e panorâmico são resultado de uma empreitada ambiciosa e esforçada que se arrastou por cinco anos.

Antes do Trem do Serra do Mar, a Sinuosa Estrada da Graciosa

Em função da reportagem que realizámos na região, chegamos a percorrer a Estrada da Graciosa, concluída em 1873 (12 anos antes do Trem Serra do Mar) e que, nesse tempo, foi a única ligação entre o Planalto Paranaense a Morretes e à beira-mar.

Tão histórica como elegante, a estrada mantem boa parte do calçadão original, sobreposto aos trilhos antes usados pelos indígenas e aos caminhos alargados pelos tropeiros que conduziam gado do interior elevado para o litoral.

Nessa dúzia de anos, a Estrada da Graciosa ajudou os fazendeiros e criadores de gado a transportarem as suas mercancias até Paranaguá.

Revelou-se, todavia, demasiado íngreme, sinuosa e complicada para as despachar em grande quantidade e de forma rápida.

Como tal, uma série de personalidades influentes e com interesses comerciais do recém-independentizado Brasil requereram concessões imperiais para construírem um caminho-de-ferro complementar.

Por dificuldades financeiras e operacionais, as duas primeiras tentativas falharam.

O Projecto Megalómano da Ferrovia Serra do Mar

A terceira, partiu de uma empresa francesa, a Compagnie Generalle des Chemins de Fer Bresiliens, liderada no Brasil pelo italiano Antonio Ferrucci que tinha como principal credencial a sua participação no projecto do Canal do Suez.

Esta empresa, por fim, conseguiu a necessária concessão imperial.

Em 1880, com a presença do Imperador Dom Pedro II, inaugurou as obras, executados por cerca de 9000 mil trabalhadores livres.

Apesar de, por essa altura, a escravatura perdurar no Brasil.

As obras depressa se provaram desafiantes. Como veio a concluir António Ferrucci, demasiado arriscadas. Davam-se desabamentos sobre as estruturas erguidas.

O mais notório terá sido o do trecho do Rochedinho, substituído pelo tal arrojado e emblemático Viaduto Presidente Carvalho.

Descontente com este e outros revezes, em 1882, António Ferrucci acabou por abandonar o projecto. Ocupou o seu lugar João Teixeira Soares, um engenheiro ferroviário brasileiro, sócio da Compagnie Generalle des Chemins de Fer Bresiliens.

Sob a sua liderança, o caminho de ferro integral foi inaugurado em 1885, com a devida pompa e circunstância.

E, para estragar a festa, protestos dos carroceiros e trabalhadores que, até então, asseguravam o transporte de carga sobre carroças pela Estrada da Graciosa.

Enfim, Terras planas e a Estação Terminal de Morretes

A composição faz-se a terras aplanadas entre a Serra do Mar e o Atlântico do Sul.

Abranda.

Detém-se na estação de Morretes, já a meros oito metros de altitude. Desembarcados, percebemos o provável sentido do nome.

A povoação tem vista privilegiada para a cordilheira Marumbi e essa vista dos montes terá sido popularizada como Morretes.

O título da cidade foi, não obstante alvo de disputa, ora sendo considerada Nhundiaquara (peixe + buraco) – o termo tupi-guarani que define o rio local – ora passando a Morretes.

Morretes prevaleceu como o baptismo do povoado fundado por mineradores paulistas que se estabeleceram, no seculo XVII, em busca de ouro. Seguiram-nos outros colonos e famílias.

E, logo, a Igreja que lá ergueu um seu templo, por estes dias, alvo, com molduras azuis condizentes com o céu de que se destacam os sete morros na distância.

Em Morretes, desvendamos o casario secular pitoresco, alinhado com a margem do rio.

Barreado, sabor de Morretes, com Origem nos Açores

Instalamo-nos no mais famoso restaurante, refrescados pelo caudal escuro, de que temos vista por entre arcadas de um dos vários casarões coloniais da povoação.

Lá nos deliciamos com o prato típico da agora cidade, o barreado, diminutivo de carne barreada, da forma como era lentamente cozinhada em panelas resistentes, de barro que aguentam cozeduras de vinte horas ou mais.

Como seria de esperar, à imagem da feijoada brasileira em geral, também o barreado tem a sua génese em Portugal.

Levaram-no para o sul do Brasil, durante o século XVIII, emigrantes açorianos que se diz terem começado a disseminar aquela forma única de cozinhar a carne de vaca, acompanhada de arroz, farinha de mandioca, banana, com o sabor enriquecido por tudo o mais que integra a receita.

O Barreado provou-se, sempre, uma refeição pesada, mas revigorante.

Os tropeiros habituaram-se a pedi-lo, à chegada das suas jornadas das terras altas do Paraná.

À era do Tropeirismo, Morretes mantinha-se prolífica, repleta de comércios que serviam as gentes do litoral e as que, como os Tropeiros, chegavam do Planalto Paranaense.

Reforçou a sua riqueza o facto de empresários radicados em volta do porto de Paranaguá lá terem instalado engenhos de beneficiamento da cada vez mais procurada erva-mate, estruturas de moagem que separavam os ramos e o pó das valiosas folhas da planta.

Ora, por mais irónico que possa soar, a chegada do Trem da Serra do Mar a Morretes acabou com este processo lucrativo e com o protagonismo da vila.

Uma ponte ferroviária sobre o rio Nhundiaquara subsiste como testemunho férreo desse declínio.

Hoje, a Morretes, cabe sobretudo a fama e o proveito turístico. Paranaguá, a sua baía ampla e o porto ficaram com tudo o mais. Paranaguá é, todavia, toda uma outra história.

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