Bacolod, Filipinas

Doces Filipinas


A Ver a Vida Passar
Visitantes na varanda do museu Balay Negrense.
Património
A Casa ancestral de Bernardino Jalandoni, em Bacolod.
Fila de tricycles, Bacolod
Fila de trycicles o sustento de muitos moradores de Bacolod, como das Filipinas em geral.
Very Angry Christ
Altar da Angry Jesus Church, em Vitoria City, Bacolod.
Clínica ao ar livre
Curandeira atende um bébe numa rua de Bacolod.
Catedral de San Sebastian, Bacolod
Catedral de San Sebastian, no coração histórico de Bacolod.
Sinooker
Crianc?as jogam mini-snooker numa rua de Bacolod, a capital de Negros Occidental.
Âmago Cristão de Bacolod
Fachada da Catedral de San Diego em Silay, Bacolod.
Acima de tudo
A cu?pula reluzente da Catedral de San Diego em Silay.
Bacolod é a capital de Negros, a ilha no centro da produção filipina de cana de açúcar. De viagem pelos confins do Extremo-Oriente e entre a história e a contemporaneidade, saboreamos o âmago fascinante da mais Latina das Ásias.

Recém-desembarcados do ferry que liga a ilha de Iloilo à principal urbe de Negros, saímos directos para almoçar num buffet com comida tradicional de um centro-comercial de Bacolod.

Estávamos esfomeados e, de acordo, compenetrados no que tínhamos trazido nos pratos. Betsy Gazo, a guia nativa que nos acompanharia ao longo dos dias, não se deixou demover. Betsy, é – não temos, agora, qualquer dúvida – uma das cidadãs de Bacolod mais orgulhosas da sua cidade e ansiosas por que os visitantes a admirassem pelo muito que tinha por louvar.

Assim mesmo, armada de mapas e folhetos, Betsy serve-nos a sugestão aturada de itinerário que havia delineado. Esforçamo-nos para acompanhar as suas catadupas de raciocínios, demasiadas vezes em vão, perdidos entre as delícias gastronómicas da refeição e sucessivos e inevitáveis desvios temáticos.

Não vimos Betsy desarmar. Como nunca a vimos perder o foco da missão de nos desvendar o que em Bacolod mais a deslumbrava.

Negros é a quarta maior ilha das vastas Filipinas. De longe, a suprema do sub-grupo das Visayas que continuávamos a explorar.

As Famílias e as Mansões Históricas de Negros

Destacam-se dos seus tesouros históricos as mansões erguidas pelas famílias abastadas, algumas dessas famílias com nomes hispânicos, outras pré-hispânicos: os Lopez, os Ledesma, os Locsin. Outras ainda, fruto das fusões estratégicas levadas a cabo, caso da Locsin-Ledesma.

Com o passar das décadas, vários dos seus antigos lares foram restaurados, aprimorados e transformados em pequenos museus. No polo oposto, muitos outros viram-se votados a um abandono que custava a Betsy constatar.

Findo o almoço, a cicerone levou-nos e a Michael – o guia que nos acompanhava onde quer que fossemos nas Filipinas – a um destes últimos casos. “Bom, vou só dar aqui um empurrãozinho e deve ficar resolvido, isto tem donos mas tenho a certeza que não se importariam com a nossa visita, muito pelo contrário.”

De Visita ao Malacañang Palace

Passamos por um portão de ferro mal fechado. Em frente, resplandece uma mansão de base de tijolinhos com adornos de pedra trabalhada. O Malacañang Palace, como ficou conhecido, é  considerado a primeira Residência Presidencial das Filipinas.

Foi erguido pelo General Aniceto Lacson durante a década de 1880, num estilo denominado “Bahay na Bato, com a tradução simples de Casa de Pedra.

Numa altura em que muitos filipinos se tinham fartado sem retorno das imposições da Coroa Espanhola, Aniceto Lacson levou a insatisfação a outro nível. Parte de um grupo regional de insurrectos, liderou a revolta katipunera (anti-hispânica) geral da ilha de Negros contra a guarnição colonial de Bacolod, em 5 de Novembro de 1898. As forças espanholas não tardaram a render-se.

Na ressaca, Aniceto Lacson foi designado presidente da recém-formada República de Negros. Estabeleceu o escritório da sua presidência naquela mesma mansão que admirávamos, primeiro por fora, pouco depois, no seu interior desmobilado e a partir da varanda panorâmica que dá a volta ao piso superior.

Ao longo do século XX, até 1970, a mansão foi habitada por uma sucessão de filhos e netos de Aniceto Lacson. Nesse ano, como acontece todos os anos nas Filipinas, os tufões entraram em acção. Um em particular assolou Negros e danificou o telhado do edifício.

Os descendentes de Lacson ainda ponderaram a sua reparação mas, confrontados com a magnitude dos estragos, viram-se forçados a abandoná-lo. O Malacañang Palace entrou num processo de degradação que desolava Betsy.

Para seu contento, em 2002, foi formada uma fundação de co-proprietários apostados em reunir fundos para a restauração. Quando por ali cirandámos, estava longe de terminada.

Museu Balay Negrense, Bacolod, Negros Occidental, Filipinas

Visitantes na varanda do museu Balay Negrense.

A Victor Fernandez Gaston Ancestral House…

Ditavam os planos de Betsy que, até ao sol se instalar no seu leito ao largo do Estreito de Guimaras, ainda visitaríamos outro velho mas resplandecente domicílio, a Victor Fernandez Gaston Ancestral House.

Victor Gaston era filho de um normando de nome Yves Leopold Germain Gaston, que se revelou um dos pioneiros do cultivo de cana-de-açúcar nestas partes das filipinas. A construção da casa teve lugar em 1897, quando Victor Baston vivia ainda em casa do pai, uma tal de Hacienda Buen Retiro.

Nesse mesmo período, a sua esposa faleceu. A casa ficou pronta a tempo de acolher o viúvo e os doze filhos desde 1901 até à sua morte em 1927, ano em que a família deixou de a habitar. Abandonada por completo, em 1970, começou a degradar-se.

Ao contrário do que sucedeu com o Malacañang Palace de Aniceto Lacson, a sua recuperação veio a gerar um dos patrimónios culturais mais valiosos de Negros. Um dos herdeiros, o padre Monsignor Guillermo Ma. Gaston, decidiu doá-la à Autoridade de Turismo das Filipinas.

Esta Autoridade recorreu à sua capacidade nacional de angariação de fundos, incluindo estatais e investiu cinco milhões de pesos filipinos, (em redor de cem mil euros) para a reparar e mobilar com adereços e mobília da época. Conseguido esse desígnio, transformou a mansão no museu Balay Negrense que nos entretemos a examinar.

… Agora, museu Balay Negrense de Bacolod

O museu exibe um exemplo quase-vivo do lar e do estilo de vida de um barão do açúcar negrense. Está assente em fundações de madeira dura filipina balayong, e as tábuas longas, largas e espessas dos soalhos foram cortadas desse mesmo material.

O andar superior surge coberto de um telhado de ferro galvanizado em vez de telhas, de acordo com as indicações difundidas pelas autoridades de Manila, na ressaca dos sismos que devastaram várias localidades da ilha-mãe Luzon.

Com Negros tranquila e segura, apreciamos o salão superior da casa-museu em todo o seu esplendor revigorado. Um casal de namorados que a visitava em simultâneo chega à janela arqueada tripla e espreita o cenário de Silay ajardinado-luxuriante à sua frente, sob um candeeiro secular com luz quente.

Lá fora, o sol estava prestes a desligar-se. Nós, já usávamos as últimas energias do dia pelo que, momentos depois, recolhemos ao abrigo modernizado do hotel em que nos tinham hospedado.

O Masskara Festival e a Vida a Sério de Bacolod

Chegamos ao Domingo determinado para o Masskara Festival, uma espécie de Carnaval criado para animar a cidade e a ilha após o afundamento trágico do ferry M/S Don Juan. Aos poucos, Bacolod enche-se de vida.

Enquanto os participantes se prepararam para a loucura mascarada e saltitante do evento, seguimos Betsy em mais uma série de voltas e incursões cirúrgicas na vida local. Sob a arcada de uma das ruas da cidade, uma curandeira idosa atende pacientes de todas as idades.

Curandeira, Bacolod, Negros Occidental, Filipinas

Curandeira atende um bébe numa rua de Bacolod.

Temos umas ligeiras dores de fundo das costas, quase inevitáveis de tempos a tempos pelo peso das mochilas de fotografia que carregamos.

Mais curiosos com aquele consultório ao ar livre que em necessidade, colocamo-nos na fila, ao lado de um banco usado pelos doentes mais fracos e de uma banca repleta de frasquinhos com óleos, medicamentos caseiros e afins.

A senhora revela-se sobretudo pediatra mas atende um ou outro adulto com maleitas que domina. Quando se inteira do que nos queixávamos, recruta os serviços de uma quiropatra que, para bem dos nossos pecados, se esquiva a tratamentos radicais.

O Taj Mahal de Negros

Na sequência, visitamos as Ruínas de Talisay, chamadas de “Taj Mahal de Negros”, o que resta de uma mansão erguida pelo barão filipino do açúcar Mariano Ledesma Lacson em homenagem à sua esposa macaense-portuguesa Maria Braga Lacson, que faleceu vítima de um acidente doméstico, quando estava grávida do décimo primeiro filho do casal.

A caminho do que resta desta outra mansão incendiada pela resistência filipina para evitar a sua ocupação pelos japoneses na 2ª Guerra Mundial, atravessamos uma das plantações de cana-de-açúcar a perder de vista da ilha.

Um grupo de jovens trabalhadores corta cana sob o sol tropical. Outros, transportam-na para cima da caixa de um camião já meio-cheio de caules ressequidos.

A Produção Histórica e Artesanal de Cana-de-Açúcar

Betsy mostra-se comovida: “Por incrível que pareça, por cá ainda se corta a cana assim. E ainda temos gente como eles: tão pobres que aceitam trabalhar do nascer ao pôr-do-sol para ganhar uns míseros pesos.”

Séculos depois da introdução da cana-de-açúcar na ilha às mãos de mercadores árabes que terão trazido a planta das Celebes, algum tempo menos desde que a expansão e o aperfeiçoamento do cultivo enriqueceram várias famílias de proprietários da ilha, a economia de Negros evoluiu e diversificou-se.

Ainda assim, Negros é a maior produtora e exportadora de açúcar das Filipinas, a nação, por sua vez, a nona produtora do mundo desta matéria-prima. Mas não é só o açúcar. Uma grande refinadora situada em Cadiz, garante a produção de uma boa série de derivados: acetileno, fertilizantes e até rum.

Mais para o fim da tarde, regressamos a Silay. Betsy leva-nos ao cimo de um prédio que aloja serviços estatais da cidade. Passamos por uma série de salas e gabinetes.

Expedição Panorâmica a um Terraço Estatal de Bacolod

Já no terraço que encerrava os pisos do edifício, admiramos a urbanidade verdejante do centro daquela espécie de sub-cidade de Bacolod, com a cúpula prateada da catedral San Diego Pro, bem destacada da vida abaixo: a dos condutores de tricycles que a percorrem sem descanso.

Trycicles, Bacolod, Negros Occidental, Filipins

Fila de trycicles o sustento de muitos moradores de Bacolod, como das Filipinas em geral.

A dos adolescentes entregues a um jogo de basquete, a dos jardineiros que regam e aparam a vegetação da Silay Public Plaza.

Desde manhã cedo que andamos entregues ao critério cultural e histórico de Betsy Gatso. Possuída por um espírito benéfico de missão, Betsy pede-nos que recorramos às nossas derradeiras energias, que as empregássemos numa última viagem a um lugar em tudo diferente dos anteriores e que prometia não nos desapontar.

Viajamos cerca de 20km para sul, quase sempre à beira do Estreito de Guimaras. Em três quartos de hora, mudamo-nos de Silay para a vizinha Victorias City.

A mando de Betsy, o motorista deixa-nos à porta de uma tal de St. Joseph the Worker Chapel que encontramos vazia. “Já percebi que não são propriamente Cristãos devotos, muito menos beatos. Melhor assim. Preparem-se que vão ter uma grande surpresa.”

O Polémico Jesus Zangado de Victoria City

Entramos na nave moderna da igreja. No imediato, apercebemo-nos apenas de que o altar seria o mais colorido e exuberante que tínhamos alguma vez visto. Calibramos a vista e aproximamo-nos.

Angry Jesus Church, Vitoria City, Bacolod, Filipinas

Altar da Angry Jesus Church, em Vitoria City, Bacolod.

Perante os nossos olhos, umas mãos escarlates mantêm de braços abertos um Cristo de olhos azuis fulminantes e o coração atormentado por espinhos e fogo. Irado, como não sabíamos ser possível, aquele messias parecia julgar-nos antes de tempo.

Confrontamo-lo por um momento, até que Betsy volta a ceder à ansiedade e nos esclarece o muito que ali havia para esclarecer.

“Se querem que seja sincera, nem sei bem como isto foi possível em Negros e nas Filipinas em geral, onde a Igreja é tão conservadora. A verdade é que cá está e eu tenho uma enorme admiração por este trabalho.”

A pintura em questão, criada pelo artista abstracto filipino-americano Alfonso A. Ossorio fez jus à arquitectura sacro-moderna e anti-terramoto do arquitecto checo Antonín Raymond. Foram ambas encomendadas pela maior empresa sacarina das Filipinas, a Victorias Milling Company.

A relativa autonomia religiosa desta empresa face à Igreja deu azo ao capricho artístico mas, como nos confirma Betsy “a facção católica mais rígida de Manila não achou piada e tentou mundos e fundos para que a pintura fosse removida. Até à data em vão.”

Nas Filipinas do açúcar, há séculos que a abertura de espírito e a doçura do carácter das gentes estão acima de tudo.

Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Mactan, Cebu, Filipinas

O Atoleiro de Magalhães

Tinham decorrido quase 19 meses de navegação pioneira e atribulada em redor do mundo quando o explorador português cometeu o erro da sua vida. Nas Filipinas, o carrasco Datu Lapu Lapu preserva honras de herói. Em Mactan, uma sua estátua bronzeada com visual de super-herói tribal sobrepõe-se ao mangal da tragédia.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Iloilo, Filipinas

A Cidade Muy Leal y Noble das Filipinas

Em 1566, os espanhóis fundaram Iloilo no sul da ilha de Panay e, até à iminência do século XIX, foi capital das imensas Índias Espanholas Orientais. Mesmo se há quase cento e trinta anos filipina, Iloilo conserva-se uma das cidades mais hispânicas da Ásia.
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Monges na escadaria do mosteiro Tashi Lha Khang
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Cerimónias e Festividades
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Jovens monges budistas sobre um jipe de um mosteiro de Mandalay
Cidades

Mandalay, Myanmar

Mandalay: o Cerne Cultural Birmanês

Mandada erguer, apenas em 1857, por um rei determinado a reinar da sua própria capital, Mandalay sucumbiu às bombas lançadas pelos japoneses na 2ª Guerra Mundial. Após a independência da Grã-Bretanha, a jovem cidade recuperou o seu lugar no sopé da colina homónima e na alma dos bramás.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Kiomizudera, Quioto, um Japão Milenar quase perdido
Cultura
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Em Viagem
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Cowboys basotho, Malealea, Lesoto
Étnico
Malealea, Lesoto

A Vida no Reino Africano dos Céus

O Lesoto é o único estado independente situado na íntegra acima dos mil metros. Também é um dos países no fundo do ranking mundial de desenvolvimento humano. O seu povo altivo resiste à modernidade e a todas as adversidades no cimo da Terra grandioso mas inóspito que lhe calhou.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Campeche, México, Península de Iucatão, Can Pech, Pastéis nos ares
História
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
Lançamento de rede, ilha de Ouvéa-Ilhas Lealdade, Nova Caledónia
Ilhas
Ouvéa, Nova Caledónia

Entre a Lealdade e a Liberdade

A Nova Caledónia sempre questionou a integração na longínqua França. Na ilha de Ouvéa, arquipélago das Lealdade, encontramos uma história de resistência mas também nativos que preferem a cidadania e os privilégios francófonos.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Vulcao dos Capelinhos, Misterios, Faial, Açores
Natureza
Vulcão dos Capelinhos, Faial, Açores

Na Pista do Mistério dos Capelinhos

De uma costa da ilha à opostoa, pelas névoas, retalhos de pasto e florestas típicos dos Açores, desvendamos o Faial e o Mistério do seu mais imprevisível vulcão.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Fortaleza de Massada, Israel
Parques Naturais
Masada, Israel

Masada: a Derradeira Fortaleza Judaica

Em 73 d.C, após meses de cerco, uma legião romana constatou que os resistentes no topo de Masada se tinham suicidado. De novo judaica, esta fortaleza é agora o símbolo supremo da determinação sionista
Selfie, Muralha da china, Badaling, China
Património Mundial UNESCO
Badaling, China

A Invasão Chinesa da Muralha da China

Com a chegada dos dias quentes, hordas de visitantes Han apoderam-se da Muralha da China, a maior estrutura criada pelo homem. Recuam à era das dinastias imperiais e celebram o protagonismo recém-conquistado pela nação.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
vista monte Teurafaatiu, Maupiti, Ilhas sociedade, Polinesia Francesa
Praias
Maupiti, Polinésia Francesa

Uma Sociedade à Margem

À sombra da fama quase planetária da vizinha Bora Bora, Maupiti é remota, pouco habitada e ainda menos desenvolvida. Os seus habitantes sentem-se abandonados mas quem a visita agradece o abandono.
Motociclista no desfiladeiro de Sela, Arunachal Pradesh, Índia
Religião
Guwahati a Sela Pass, Índia

Viagem Mundana ao Desfiladeiro Sagrado de Sela

Durante 25 horas, percorremos a NH13, uma das mais elevadas e perigosas estradas indianas. Viajamos da bacia do rio Bramaputra aos Himalaias disputados da província de Arunachal Pradesh. Neste artigo, descrevemos-lhe o trecho até aos 4170 m de altitude do Sela Pass que nos apontou à cidade budista-tibetana de Tawang.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Sociedade
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Wadjemup, Rottnest Island, Quokkas
Vida Selvagem
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.