Varela, Guiné Bissau

Praia, derradeiro Litoral, até à Fronteira com o Senegal


Árvore Sagrada
Mulheres no Poço
Praia de Nhiquim
O Pescador do Oleado
Pelada Poeirenta
Varela Guiné Bissau, peixe-guitarra
Peixe-Guitarra Pesado
Varela Guiné Bissau, ocaso tropical
Ocaso Tropical
Compradora de Peixe
Manada da Floresta
Mas laterite
Litoral Ameaçado
Laterite vs Flora
Já quase Senegal
Fim da Faina
Escolha com Critério
Tronco acima
Tempo de Damas
O Costureiro
Litoral em Recessão
Banca da Gasosa
Algo remota, de acesso desafiante, a aldeia pacata e piscatória de Varela compensa quem a alcança com a afabilidade da sua gente e com um dos litorais deslumbrantes, mas em risco, da Guiné Bissau.

Assim ditou o isolamento rural deste recanto noroeste da Guiné Bissau.

Cumprido o regresso fluvial e de motorizada da tabanca de Elalab, chegamos a Susana e depressa apuramos que já não devia passar nenhum toca-toca proveniente de São Domingos. A alternativa era só uma: o duo de motoqueiros que nos tinha trazido do embarcadouro.

Varela distava 16km de Susana, cinco vezes mais que o que tínhamos acabado de percorrer, apertados, sobre as motas de Hilário e de um colega, com as mochilas de fotografia entre nós e eles e as malas atadas sobre a grade porta-bagagens.

Assim mesmo, num equilíbrio precário afectado pelos desníveis da pseudo-estrada, uma hora depois, chegamos à entrada de Varela. Recebe-nos alguns moradores e, não tarda, Valentina Kasumaya.

A presença da família de Valentina em Varela vem de há muito.

A sua avó materna era guineense, em tempos, proprietária do terreno em que o pai italiano e a mãe guineense-corsa de Valentina geriram a pousada Chez Helene, hoje, inactiva.

Ao invés, na Casa Aberta, Valentina e a sua equipa não param.

O duche generoso e o jantar com que nos mimam deixam-nos outros. Um sono imaculado recupera-nos de vez da itinerância desgastante em que andávamos, da descoberta de Cachéu e de Elalab.

Praia de Varela: em Recessão, mas Imensa

Despertamos sobre a aurora. Pouco depois, saímos para o caminho arenoso que serpenteia pela floresta e palmar, entre casas de tabanca pouco concentradas.

O trilho deixa-nos sobre o início do areal a sul da aldeia.

Àquela hora, não víamos sinal de pescadores, apenas umas poucas pirogas ao alcance da maré

De acordo, seguimos ao longo do areal, rumo a norte.

Aproximamo-nos de um promontório no prolongamento da povoação. Por ali, com a terra bem mais exposta ao Atlântico, o areal resume-se ao concedido pelo recuo da maré, na base de falésias íngremes e ocres.

A subida do nível dos mares tem-nas afectado e feito desabar, ao ponto de expor as raízes de palmeiras-de-óleo e poliões portentosos, de deixar as árvores numa verticalidade condenada.

Contornamos troncos retorcidos de outras, já derrubadas, encaixados entre os fragmentos de laterite que cobrem vastas zonas da beira-mar.

Caminhamos encurralados entre o Atlântico e os paredões alaranjados, de olho nas vagas e de uma subida inesperada do mar que tínhamos tudo para controlar.

Conquistamos uma derradeira secção, entre vertentes desabadas e grandes rochas. A norte, para lá da sombra da floresta sobranceira estendia-se uma enseada aberta de que não chegávamos a perceber o fim.

Pelo que nos sinalizava o mapa, devia ser aquela a praia principal de Varela, mais ou menos a meias com a de Nhiquim.

A Norte de Varela, o Areal Contíguo de Nhiquim

Uns poucos sulcos revelavam a desembocadura de trilhos provindos do interior.

Não obstante, a praia parecia-nos reservada. A nós, a umas poucas águias-pesqueiras desagradas com a intrusão que representávamos.

E a outras tantas tartarugas visitantes de que, de quando em quando, percebíamos as cabeças-periscópio.

Por fim, sem que o esperássemos, na base de um palmeiral diminuto, mas cerrado, detectamos a presença de um nativo já cinquentão que, com recurso a arneses, subia a uma copa pejada de frutas oleosas.

Saudamo-nos. Perguntamos-lhe se está a correr bem a recolha. “Tudo bom. Pena não haver mais umas palmeiras destas…” afiança-nos, num português que depressa percebemos quase só crioulo.

Despedimo-nos com um “até já” que, pela quantidade de praia que tínhamos para norte, sabíamos ter tudo para demorar.

Dos domínios de Varela, passamos aos de Nhiquim, ditados pela presença de tabancas homónimas e próximas. Aos poucos, os paredões ocres perdem altura e significado.

Alinham-se com a superficialidade do areal mais alvo, dissolvem-se numa profusão de arbustos e gramíneas amareladas.

Segundo nos viria a explicar Valentina, nem só a subida do mar e a erosão fragilizava a superfície ocre em redor.

As Areias Pesadas e Hipervaliosas de Varela

Há muito que se sabia que a região de Varela era rica em areias pesadas, repletas de zircónio, um mineral de valor elevado.

Sem qualquer estudo ambiental, uma empresa russa inaugurou a sua extração, levando à contaminação das águas de que se servem as tabancas.

As consumidas directamente, as que irrigam as suas bolanhas e as que fluem para os manguezais por ali abundantes.

Pois, essa extração durou algum tempo, com a anuência de contratos duvidosos com o governo de Bissau. “Mas quando os nativos começaram a ver as suas bolanhas destruídas, isso, passou todos os limites.

Nos últimos tempos, eram chineses quem procuravam continuar a extracção mas dá-me a ideia que os líderes daqui os travaram. Vamos ver até quando”.

Continuamos praia de Nhiquim acima.

Aqui e ali, com pausas para mergulhos refrescantes. Vários quilómetros depois, chegamos a uma zona em que o areal se enfiava no oceano e formava uma lagoa marinha com duas entradas exíguas.

Por Fim, a Iminência de Cap Skirring e do Senegal

Naquela altura, parecia-nos provável tratar-se do areal mais longo da Guiné Bissau, rivalizado com o do norte de Bubaque, eventualmente algum outro de Canhambaque ou outra ilha Bijagós

A mais setentrional, à entrada de um braço de mar na iminência do Cabo Roxo, já sobre a fronteira com o Senegal e a pouca distância da estância balnear de Cap Skirring, em que viríamos a passar o Natal e uns dias.

Invertemos caminho, o regresso, pautado por ainda mais mergulhos na água tépida.

Atingidas as ruínas feias de cimento que um qualquer projecto turístico abandonou às vagas, flectimos para o interior. Só então, inauguramos a descoberta da povoação.

Depois do Regresso, à Descoberta da Varela Povoação

Predominam na região de Varela, como em redor, os Felupes, um subgrupo étnico dos Diolas predominante em boa parte do Noroeste da Guiné Bissau e região senegalesa de Casamança.

Pois, eram, sobretudo, felupes as gentes com que nos cruzávamos, em redor da mesquita rosada de minarete amarelo.

Entre cabanas e casas remediadas, umas tantas, legadas pelos colonos portugueses após o período colonial.

Por ali, um costureiro migrado da Guiné Conacri criava roupa a partir de tecidos tradicionais africanos.

Conversa puxa conversa, em francês, conseguimos que nos indicasse onde estava a árvore mais famosa de Varela, uma estranha palmeira com tronco rasteiro, que se tinha enfiado entre as raízes de uma outra árvore e, aos poucos, enrolado sobre si mesmo.

Tal era o fenómeno vegetal, que os moradores de Varela a consideravam sagrada.

Varela e um Aguerrido Futebol Empoeirado

Nessa tarde, mesmo em frente à Casa Aberta, damos com um dos jogos de futebol mais estranhos que alguma vez vimos.

Num campo improvisado no interior escuro da floresta, sobre uma areia acinzentada, um grupo de miúdos disputava a bola com a atitude guerreira própria dos felupes.

Era tal a poeirada que levantavam que, nuns breves instantes, nos vimos obrigados a tapar a boca e o nariz com roupa que tínhamos de sobra.

Intrigava-nos, assim, o como sobreviviam a respirar aquele pó concentrado durante uma hora (ou mais) a fio. Nesse espanto, reparamos que, a espaços, o sol que descia a ocidente, penetrava na floresta.

Ao incidir na poeira, gerava feixes de luz dançantes que tornavam a pelada ainda mais deslumbrante.

De acordo, para gaudio da miudagem, instalamo-nos a acompanhá-los.

Quando o sol pára de incidir, deixamo-los. Decidia a partida uma aturada e dramática sequência de penalties.

Contados quase 20km, caminhados de mochilas carregadas, às costas, sobre areia que, amiúde, dava de si, reentramos na Casa Aberta já a arrastar-nos.

A precisarmos de cuidados recuperatórios semelhantes aos da véspera. Valentina prenda-nos com novo jantar divinal. Voltamos a dormir sem apelo.

O dia seguinte era o último que podíamos dedicar a Varela.

Domingo de Pesca e Faina, em vez de Descanso

Para nossa surpresa, nessa manhã de Domingo, quando voltamos a espreitar a praia a sul da Casa Aberta, encontramo-la numa azáfama de faina.

Uns poucos pescadores, tinham acabado de desembarcar, determinados a venderem a pescaria.

Auxiliares descarregavam e dividiam, a critério, espécimes de tudo um pouco.

Peixes-guitarra, peixe-coelho, raias, peixes-gato e até pequenos tubarões.

Mulheres enfiadas em capulanas coloridas, munidas de facas afiadas, amanhavam peixe atrás de peixe, para venda ou para consumo.

Finda a faina, os restos e a praia ficaram à mercê dos bandos de aves marinhas.

Aproveitamos para cirandar por recantos que ainda não tínhamos espreitado e por propriedades abandonadas acima da praia.

Os homens da aldeia entretinham-se a ver a final do Mundial do Qatar.

Pouco depois de a Argentina se sagrar campeã, volta a escurecer.

Na madrugada seguinte, viajamos para São Domingos. Cruzamos a fronteira para terras em tempos portuguesas, francesas, agora senegalesas, de Casamança.

 

COMO IR

1 – Voo Lisboa – Bissau com a Euroatlantic: flyeuroatlantic.pt  por a partir de 550€.

2 – Trajecto por estrada Bissau – São Domingos – Varela (4h)

 ONDE FICAR: 

Casa Aberta, Varela: facebook.com/casaabertakasumayaku/

Reservas pelo Whats App +245 966 640 180

Ilha Kéré, Bijagós, Guiné Bissau

A Pequena Bijagó que Acolheu um Grande Sonho

Criado na Costa do Marfim, o francês Laurent encontrou, no arquipélago das Bijagós, o lugar que o arrebatou. A ilha que partilha com a esposa portuguesa Sónia, aceitou-os e ao afecto que sentiam pela Guiné Bissau. Há muito que Kéré e as Bijagós encantam quem os visita.
Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós

São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau

O Portal das Bijagós

No plano político, Bolama subsiste capital. No âmago do arquipélago e no dia-a-dia, Bubaque ocupa esse lugar. Esta cidade da ilha homónima acolhe a maior parte dos forasteiros. Em Bubaque se encantam. A partir de Bubaque, muitos se aventuram rumo a outras Bijagós.
Cruzeiro Africa Princess, 1º Bijagós, Guiné Bissau

Rumo a Canhambaque, pela História da Guiné Bissau

O Africa Princess zarpa do porto de Bissau, estuário do rio Geba abaixo. Cumprimos uma primeira escala na ilha de Bolama. Da antiga capital, prosseguimos para o âmago do arquipélago das Bijagós.
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Cruzeiro Africa Princess, 2º Orangozinho, Bijagós, Guiné Bissau

Orangozinho e os Confins do PN Orango

Após uma primeira incursão à ilha Roxa, zarpamos de Canhambaque para um fim de dia à descoberta do litoral no fundo vasto e inabitado de Orangozinho. Na manhã seguinte, navegamos rio Canecapane acima, em busca da grande tabanca da ilha, Uite.
Elalab, Guiné Bissau

Uma Tabanca na Guiné dos Meandros sem Fim

São incontáveis os afluentes e canais que, a norte do grande rio Cacheu, serpenteiam entre manguezais e encharcam terras firmes. Contra todas as dificuldades, gentes felupes lá se instalaram e mantêm povoações prolíficas que envolveram de arrozais. Elalab, uma delas, tornou-se uma das tabancas mais naturais e exuberantes da Guiné Bissau.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Safari
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Uma Cidade Perdida e Achada
Arquitectura & Design
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Indígena Coroado
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Bridgetown, cidade da Ponte e capital de Barbados, praia
Cidades
Bridgetown, Barbados

A Cidade (da Ponte) de Barbados

Fundada, na origem, enquanto Indian Bridge, junto a um pântano nauseabundo, a capital de Barbados evoluiu até a capital das Ilhas Britânicas do Barlavento. Os barbadianos tratam-na por “The City”. É a cidade natal da bem mais famosa Rihanna.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Cansaço em tons de verde
Cultura
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Étnico
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
História
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Teleférico Achadas da Cruz à Quebrada Nova, Ilha da Madeira, Portugal
Ilhas
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Passageira agasalhada-ferry M:S Viking Tor, Aurlandfjord, Noruega
Natureza
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Vista do John Ford Point, Monument Valley, Nacao Navajo, Estados Unidos
Parques Naturais
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
religiosos militares, muro das lamentacoes, juramento bandeira IDF, Jerusalem, Israel
Património Mundial UNESCO
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Machangulo, Moçambique, ocaso
Praias
Machangulo, Moçambique

A Península Dourada de Machangulo

A determinada altura, um braço de mar divide a longa faixa arenosa e repleta de dunas hiperbólicas que delimita a Baía de Maputo. Machangulo, assim se denomina a secção inferior, abriga um dos litorais mais grandiosos de Moçambique.
Promessa?
Religião
Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
cowboys oceania, Rodeo, El Caballo, Perth, Australia
Sociedade
Perth, Austrália

Cowboys da Oceania

O Texas até fica do outro lado do mundo mas não faltam vaqueiros no país dos coalas e dos cangurus. Rodeos do Outback recriam a versão original e 8 segundos não duram menos no Faroeste australiano.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Vida Selvagem
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.