Ilha de Goreia, Senegal

Uma Ilha Escrava da Escravatura


Do lado de cá do Atlântico
Habitantes de Goreia banham-se nas águas translúcidas em redor da ilha.
Porta sem Retorno I
Visitantes criam silhuetas diante da escadaria, hoje rosa-velho, da Casa dos Escravos.
Forte de Nassau ou Orange,
O principal símbolo e instrumento de poder da ilha de Goreia, antes detido por franceses e por holandeses.
Vida de Goreia
Crianças percorrem uma rua semi-calçada, semi-frondosa da ilha de Goreia.
Universidade dos Mutantes
Morador percorre a rua marginal da ilha, sombra da Universidade dos Mutantes, um centro internacional de reencontros e conferências sediado em Goreia, fundada por Léopold Sédar Senghor.
Pontão dos mergulhos
Uma pequena reentrância de cimento é usada pelos jovens da ilha para convívio, mergulhos e banhos no oceano Atlântico.
Porta sem retorno II
A abertura por que os defensores do protagonismo da ilha Goreia e da Casa dos Escravos asseguram terem passado vários milhões de escravos a caminho das Américas.
Sob as palmeiras
Transeunte percorre a longa avenida murada que percorre a ilha de Goreia.
Arquitectura colonial
Pormenor de um dos edifícios construídos pelos franceses e pelos holandeses, após a presença inicial dos colonos portugueses na ilha, ainda no século XV.
Uma Gorée balnear
Crianças banham-se nas águas tranquilas da ilha, a uns poucos quilómetros do extremo ocidental do continente africano.
Maison des Esclaves
Visitantes descem uma das escadarias curvas que os levam de regresso ao piso térreo da Casa dos Escravos.
Gorée à vista
Casario da ilha de Goreia a alguns quilómetros para dentro do Atlântico, em frente à capital senegalesa Dakar.
Formas coloniais
Retalhos arquitectónicos da casa dos escravos, como vista de uma janela do seu primeiro andar.

Foram vários milhões ou apenas milhares os escravos a passar por Goreia a caminho das Américas? Seja qual for a verdade, esta pequena ilha senegalesa nunca se libertará do jugo do seu simbolismo.​

Duas constatações continuam a surpreender-nos e a intimidar-nos pouco depois de deixarmos o aeroporto Léopold Sédhar Senghar, instalado na província de Cap-Vert que partilha com a capital Dakar: há muito que não sentíamos um binómio calor-humidade tão opressivo. Fazia, pelo menos o mesmo tempo que não víamos tantos homens com mais de um metro e noventa juntos. Não tardámos a confirmar que um dos atributos dos grupos étnicos predominantes Wolof e Fula – ou até mesmo dos mandingos – era um porte atlético invejável.

Evitamos os “empresários em nome individual” chatos que abordam quase todos os recém-chegados com esquemas imaginativos para lhes subtraírem francos da comunidade financeira africana, vulgo CFAs, ou pagamentos forçados noutras moedas bem mais famosas.

Do aeroporto, viajamos alguns quilómetros por terra e instalamo-nos numa das áreas balneares nos arredores da cidade. No interior do hotel em que acabamos, o ar é de tal forma denso e bafiento que nos obriga a inspirações cavadas. A noite não tarda a cair e o sono ainda mais pesado alivia-nos do esforço consciente de respirar.

Acordamos bem mais tarde do que desejávamos, espreitamos a praia em frente já sob um calor atroz que acinzenta o céu e o oceano Atlântico abaixo, salpicado de silhuetas enegrecidas de pirralhos que fazem a festa dentro de água e de pescadores atarefados.

Como acontece quase sem excepção nestas paragens de África, foi um navegador português o primeiros a nelas desembarcar.

Estávamos em 1444. Dinis Dias contornou a foz do rio que  hoje estabelece a fronteira entre a Mauritânia e o Senegal. Prosseguiu para o ponto mais ocidental de África que baptizou de Cabo Verde e atingiu aquela que é actualmente a ilha de Goreia, a que chamou Ilha de Palma. Os portugueses não tardaram a usá-la como entreposto comercial para a região. Quase quarenta anos mais tarde, dotaram-na de uma capela – recentemente convertida em posto de polícia – mas a imagem conquistada pelo lugar nada teve de católico. É outra das razões porque fazemos questão de a visitar.

O percurso leva-nos até à zona de Soumbédioune, noutra das pontas da península irregular preenchida por Dakar e arredores. Dali, com alguns dos edifícios mais modernos da capital por detrás, metemo-nos num catamarã e cumprimos a curta travessia. Já nas imediações do destino final, destaca-se a visão de um forte arredondado a que os holandeses e franceses recorreram para defender a ilha das incursões alheias e que preserva a denominação dupla de Nassau-Saint Françoise.

Desembarcamos para um molhe exíguo e sobrelotado de miúdos e adolescentes locais que o usam como plataforma de mergulho. “Olha, olha, mais branquelas!” atira um dos banhistas num francês despachado da ex-colónia. “As fotos na ilha são todas para pagar!” avisam-nos com a insolência que o grupo legitima. Ao contrário do que pensávamos, a conversa era tudo menos fiada. Daí em diante, a cada imagem em que tentamos enquadrar alguém, esse residente evita a sua presença, insurge-se sem cerimónias contra o registo ou atribui-lhe um preço desencorajador mesmo que esteja pouco mais do que de passagem.

Caminhamos sem pressas pelas ruelas de terra ou areia, entre edifícios coloniais coloridos pelos tijolos, pinturas, por buganvílias e outras trepadeiras frondosas. O passeio interrompe-se na Casa dos Escravos, monumento preservado com o fim de eternizar a memória dos africanos aprisionados, violentados, vendidos e alegadamente dali despachados para as Américas nos séculos XVIII e XIX, um tráfico infame representado pelas famosas “Portas sem Retorno”, com acesso directo dos calaboiços lúgubres para o oceano Atlântico.

O edifício colonial foi erguido em 1786, usado como mansão de Ana Colas Pépin, uma mestiça franco-senegalesa abastada que mantinha escravos domésticos e, diz-se que chegou a traficar alguns outros, mantidos no piso térreo da habitação.

Examinamos um mural que ilustra a forma como os escravos era capturados no mato, chicoteados e transportados até ao litoral, presos pelo pescoço e pés em longos comboios humanos, vítimas de despotismo e de crueldade.

A Maison des Esclaves foi renovada, a partir de 1970, com apoio francês. Mantém um forte significado espiritual para muitos visitantes, em particular os Afro-Americanos descendentes de escravos arrebatados da África ocidental. Mas, a dimensão do seu papel no tráfico esclavagista é alvo de acesa disputa.

De um lado, os apologistas de Boubacar Joseph Ndiaye, falecido em 2009, o senegalês ex-curador do museu e principal defensor de que é óbvio que a casa foi construída para alojar grande número de escravos e de que 15 milhões de africanos terão passado pelas suas portas com destino às colónias de todas as potências coloniais.

Tal como os escutamos, guias seus súbditos pregam a versão do mentor da casa: “depois de passarem pela porta, diziam adeus a África. Muitos procuravam fugir mas os que tentavam, morriam. Os grilhões que os detinham eram de tal forma pesados que causavam um afogamento quase imediato nas águas profundas em redor da ilha. E mesmo que resistissem ainda teriam que escapar aos tubarões.”

Do outro lado da contenda, Philip D. Curtain, professor emérito de história, também falecido em 2009, que escreveu, em 1969, “The Atlantic Slave Trade” e vários outros historiadores e investigadores que afiançam que o mais certo é nenhum escravo ter passado por aquela porta. Que o verdadeiro ponto de partida se situava a 300 metros dali e que os barcos nunca se aproximariam das traseiras da casa dos escravos, inacessível devido às muitas rochas, ainda para mais quando a ilha tinha um pontão ali próximo.

Defendem ainda que dos 10 a 15 milhões de escravos levados de África, só existem registos inequívocos de que 26 mil terão passado pela ilha, ou ainda menos. É o caso do jornal Le Monde que enfureceu as autoridades senegalesas e várias suas personalidades com uma estimativa de 300 a 500 deportações por ano.

Os seguidores de Boubacar Joseph Ndiaye acusam esta corrente de revisionismo, de procurar negar o protagonismo da Ilha de Goreia na história da escravatura.

Percebemos que Ndiaye havia eternizado no museu a sua marca acusadora. Destaca-se uma foto sua na companhia de João Paulo II e uma inscrição em francês que se traduz como ”Memória Triste e Comovente, Noite dos Tempos. Como poderá ser apagada da memória dos Homens?”

João Paulo II orou em Goreia, em 1992. Aproveitou para fazer fé na palavra dos historiadores e pedir perdão por muitos dos missionários católicos terem estado envolvidos no tráfico.

E, apesar de toda a polémica factual em redor da ilha, personalidades das mais distintas origens e inúmeros chefes de estado fizeram e fazem questão de renovarem a sua memória. Nelson Mandela, já enquanto presidente sul-africano, visitou-a. Bill Clinton e George W. Bush estiveram na ilha. O último, apenas 20 minutos, uma incursão a despachar que a BBC e outros canais de media influentes acusaram ter tido como único propósito conquistar votos dos eleitores negros para assegurar a eleição nos E.U.A.. Barak e Michele Obama também já marcaram presença.

Acra, Gana

A Capital no Berço da Costa do Ouro

Do desembarque dos navegadores portugueses à independência em 1957, sucederam-se as potências que dominaram a região do Golfo da Guiné. Após o século XIX, Acra, a actual capital do Gana, instalou-se em redor de três fortes coloniais erguidos pela Grã-Bretanha, Holanda e Dinamarca. Nesse tempo, cresceu de mero subúrbio até uma das megalópoles mais pujantes de África.
Elmina, Gana

O Primeiro Jackpot dos Descobrimentos Portugueses

No séc. XVI, Mina gerava à Coroa mais de 310 kg de ouro anuais. Este proveito suscitou a cobiça da Holanda e da Inglaterra que se sucederam no lugar dos portugueses e fomentaram o tráfico de escravos para as Américas. A povoação em redor ainda é conhecida por Elmina mas, hoje, o peixe é a sua mais evidente riqueza.

Sul do Belize

A Estranha Vida ao Sol do Caribe Negro

A caminho da Guatemala, constatamos como a existência proscrita do povo garifuna, descendente de escravos africanos e de índios arawaks, contrasta com a de vários redutos balneares bem mais airosos.

Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Safari
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 – Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Saida Ksar Ouled Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia
Cerimónias e Festividades
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Verão Escarlate
Cidades

Valência a Xàtiva, Espanha

Do outro Lado da Ibéria

Deixada de lado a modernidade de Valência, exploramos os cenários naturais e históricos que a "comunidad" partilha com o Mediterrâneo. Quanto mais viajamos mais nos seduz a sua vida garrida.

Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Intersecção
Cultura
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Em Viagem
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Navala, Viti Levu, Fiji
Étnico
Navala, Fiji

O Urbanismo Tribal de Fiji

Fiji adaptou-se à invasão dos viajantes com hotéis e resorts ocidentalizados. Mas, nas terras altas de Viti Levu, Navala conserva as suas palhotas criteriosamente alinhadas.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Bonaire, ilha, Antilhas Holandesas, ABC, Caraíbas, Rincon
História
Rincon, Bonaire

O Recanto Pioneiro das Antilhas Holandesas

Pouco depois da chegada de Colombo às Américas, os castelhanos descobriram uma ilha caribenha a que chamaram Brasil. Receosos da ameaça pirata, esconderam a primeira povoação num vale. Decorrido um século, os holandeses apoderaram-se dessa ilha e rebaptizaram-na de Bonaire. Não apagaram o nome despretensioso da colónia precursora: Rincon.
Passadiço principal da Mumbo Island, Lago Malawi
Ilhas
Mumbo Island, Malawi

Um Lago Malawi Só para Nós

Dista meros 10km ou 40 minutos num barco tradicional do litoral sempre concorrido de Cape MacLear. Com apenas 1km de diâmetro, a ilha Mumbo proporciona-nos um retiro ecológico memorável no imenso Lago Malawi.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
bandeira argentina no lago-glaciar perito moreno-argentina
Natureza
Perito Moreno, Argentina

O Glaciar Que Resiste

O aquecimento é supostamente global mas não chega a todo o lado. Na Patagónia, alguns rios de gelo resistem.De tempos a tempos, o avanço do Perito Moreno provoca derrocadas que fazem parar a Argentina
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Cavalgada em tons de Dourado
Parques Naturais
El Calafate, Argentina

Os Novos Gaúchos da Patagónia

Em redor de El Calafate, em vez dos habituais pastores a cavalo, cruzamo-nos com gaúchos criadores equestres e com outros que exibem para gáudio dos visitantes, a vida tradicional das pampas douradas.
Mergulhão contra pôr-do-sol, Rio Miranda, Pantanal, Brasil
Património Mundial UNESCO
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
A República Dominicana Balnear de Barahona, Balneário Los Patos
Praias
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
A Crucificação em Helsínquia
Religião
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
Sociedade
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Vida Selvagem
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.