Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam


Dia no ksar
Nativos deixam o ksar Ouled Soultane.
Abraço Ancião
Dois anciãos saúdam-se no ksar Oule Soultane.
Moda berber
Mulheres exibem o folclore berber no ksar Douiret.
Cavalaria do Deserto
Grupo de cavaleiros alinhados em frente à bancada do estádio de Tataouine em que se realizou o Festival dos Ksour.
Jóquei
Jóquei tunisino antes do início de uma prova equestre.
Encenação de batalha
Cavaleiros encenam antigas batalhas no deserto.
Corredores do Deserto
Prémios são entregues aos vencedores e participantes de uma prova de atletismo do Festival dos Ksours.
Tuareg
Guerreiro líbio exibe arte de guerra tuareg.
Cenário do deserto
O deserto visto do ksar Douiret, na iminência de uma tempestade de areia.
Conversa Discreta
Motorista da comitiva de políticos fala ao telefone num recanto do Ksar Ouled Soultane.
De volta a Casa
Mulheres descem do ksar Douiret para a planície em redor, a caminho da sua aldeia.
Vida colorida
Mulher exibe dotes de tecelagem durante exibições culturais levadas a cabo em Tataouine.
Reverência Forçada
Participantes do Festival dos Ksours louvam o então Presidente Tunisino Ben Ali, deposto durante a revolução tunisina Primavera Árabe.
Convívio berber
Nativos da região de Tataouine posam contra uma fachada interior do ksar Ouled Soultane.
Acrobacias a cavalo
Cavaleiro galopa de costas ao som de música berbere.
Tuareg
Guerreiro tuareg, parte de uma comitiva líbia que participou no festival.
Quotidiano simulado
Dois nativos berberes observam o trabalho de um ferreiro figurante, no ksar Ouled Soultane.
Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.

Tataouine ganhava nova vida.

Milhares de almas do deserto do Sara, provenientes dos quatro cantos do Magrebe e do Egipto, instalavam-se na povoação

Chegavam por terra, em carrinhas cobertas de poeira fina. Ou em voos curtos provenientes das nações vizinhas. Formavam comitivas desorganizadas e barulhentas que se instalavam um pouco por toda a cidade e arredores, de tendas de inspiração beduína aos hotéis mais luxuosos.

Os nativos de Tataouine estão habituados à esta invasão anual dos visitantes. Identificam com facilidade as origens dos visitantes. Saúdam-nos com salamaleques efusivos e apertos de mão repetidos.

O Mundo (Por Essa Altura ainda Mais Extraterreno) de Tataouine

Não estamos assim tão longe da Europa mas estas portas do Sara estabelecem ainda uma fronteira de exotismo que era famosa em tempos coloniais.

Os franceses partiram da Tunísia no terceiro mês de 1956. Por terras gaulesas, “aller à Tataouine” continua a significar perder-se no fim do mundo. Sem saber como nem porquê, George Lucas conseguiu ridicularizar a expressão.

Filmou parte substancial do episódio IV da Guerra das Estrelas na região circundante. Quando teve que baptizar um remoto exoplaneta das areias para a saga, optou por Tatooine.

Cavaleiros, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Grupo de cavaleiros alinhados em frente à bancada do estádio de Tataouine em que se realizou o Festival dos Ksour.

Enquanto avançamos do centro da capital de província para o hipódromo que acolheria vários eventos do festival, Tataouine parece-nos realmente de outro mundo.

Uma vasta zona de baixas-pressões resiste sobre o centro e norte de África. Estende-se do interior do Senegal, Mali e Níger até à Sicília e à Sardenha.

O manto de nuvens cúmplice rouba o sol escaldante a grande parte do Sara. Em simultâneo, vendavais revolvem as dunas do deserto e pintam a atmosfera do sul da Tunísia de um tom sépia algo marciano.

ksar guermessa, festival dos ksour, tataouine, tunisia

O deserto visto do ksar Douiret, na iminência de uma tempestade de areia.

Atletismos, Corridas de Cavalos, Acrobacias, Danças e Afins

Zulia, uma anfitriã do evento recebe-nos em frente ao hipódromo. Após os devidos cumprimentos, faz questão de avisar: “Está prestes a começar uma corrida. Andem por aí à vontade mas tenham cuidado com os animais. Alguns sentem a excitação no ar e podem dar coices ou morder”.

Não levamos a coisa demasiado a sério. Circulamos entre camelos e cavalos a que os proprietários e os jóqueis dão os derradeiros cuidados. Um veterinário de serviço inspeciona-os com minúcia e tira notas num bloco com páginas pré-formatadas. Está visto que as provas não são a brincar.

Cavalo, Jokei, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Jóquei tunisino antes do início de uma prova equestre.

Passamos para o interior do recinto. Damos com as bancadas repletas de um público agasalhado e curioso que acompanha a chegada à meta dos primeiros classificados de uma meia-maratona. Atrapalham-nos camelos foragidos que teimam em não abandonar a pista.

Os prémios são entregues com pompa e circunstância.

Premiados Atletismo, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Prémios são entregues aos vencedores e participantes de uma prova de atletismo do Festival dos Ksours.

Logo após, têm início exibições de acrobacias montadas que entusiasmam a multidão: cavaleiros que galopam virados para trás. Outros que deles se dependuram e apanham terra do chão. Tudo ao som de tambores e flautas do deserto tocados ao vivo. Tudo narrado em directo por uma repórter radiofónica equipada a rigor.

Entretanto, um exército de peões trajados de jilabas toma conta do recinto. Alinham-se no extremo oposto à bancada a empunharem bandeiras vermelhas e brancas, – as cores da Tunísia.

Assistem à acção oferecida por cavaleiros que galopam de um lado para o outro, a simularem antigas batalhas históricas a que Lawrence das Arábias preferia não ter faltado.

Cavaleiros a Galope, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Cavaleiros encenam antigas batalhas no deserto.

Sem que o esperássemos, tornamo-nos vítimas do confronto.

Perigosos Disparos de Pólvora Seca e os Tuaregues Líbios

Os cavaleiros haviam recebido ordens para dispararem quando se cruzassem em frente ao centro da bancada.

Alguns fazem-no contra o solo, demasiado próximo dos fotógrafos e do público. Ficamos meio surdos.

Como se não bastasse, somos atingidos por pequenas pedras projectadas do chão que nos provocam feridas ligeiras no pescoço e na face. Esses estilhaços e deixam uma espectadora a chorar, com perda momentânea de visão.

Recuperamos do incómodo. Um comentário sarcástico de um colega inglês devolve-nos o bom-humor: “São assim os guerreiros do deserto! Se os tivessem deixado usar pólvora a sério, por esta altura estávamos todos mortos!”

Pouco depois, entra em cena uma milícia tuaregue líbia. Os seus trajes negros, as bolsas vermelhas a tiracolo e os turbantes e véus que lhes revelam apenas os olhos impressionam-nos.

Guerreiros, Libios, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Guerreiro líbio exibe arte de guerra tuareg.

Sentimo-nos intimidados mas, ao mesmo tempo, aliviados. Como armas, usavam apenas punhais. Só com muito azar sofreríamos novos danos.

Uma Já Esperada Apoteose Presidencial

Nos últimos anos e até à revolução tunisina, o grande evento do hipódromo era encerrado em apoteose.

Levava-o a cabo uma multidão de participantes e figurantes que exibiam ao público uma fotografia emoldurada do ex-Presidente Ben Ali, entre bandeiras ondulantes da Tunísia e gritos de apoio incondicional. Isto, enquanto o locutor de serviço assegurava uma longa ovação de pé.

Viva Presidente, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Participantes do Festival dos Ksours louvam o então Presidente Tunisino Ben Ali, deposto durante a revolução tunisina Primavera Árabe.

A realização do Festival dos Ksour de 2012 esteve em dúvida. Foi recentemente confirmada pelos representantes da Associación des Diplomés du Superieur, pela primeira vez encarregada de supervisionar a organização. Ben Ali já não esteve presente, nem em pessoa nem em imagens.

No dia seguinte, o Festival dos Ksour passa a itinerante. Afasta-se da cidade e visita os ksour considerados mais importantes da região.

Acrobacias Cavalo, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Cavaleiro galopa de costas ao som de música berbere.

A Fascinante Itinerância do Festival dos Ksour

Viajamos quase 20 km. Até que damos com uma multidão de pedestres de beira de estrada.

Como nós, dirigiam-se para o ksar de Guermassa, situado num cenário extraterrestre ainda e cada vez mais alaranjado, entrecortado por mesetas longínquas. A subida para o topo da colina deixa bem claro porque o povo berbere ali instalou a sua fortificação.

Mulheres a sair Ksar, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Mulheres descem do ksar Douiret para a planície em redor, a caminho da sua aldeia.

Pelo caminho, informam-nos que está prestes a começar o espectáculo dos aldeãos. Chegamos extenuados mas a tempo de ouvir a música introduzir as danças, protagonizadas por um coro de mulheres trajadas com haiks folclóricos e lenços vermelhos que cobrem as cabeças coroadas por tiaras douradas.

Indiferente à agitação humana, um camelo altivo, também enfeitado, espreita por cima deste grupo.

Grupo Mulheres, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Mulheres exibem o folclore berber no ksar Douiret.

Ao nível do solo, dois anciãos de jilabas brancas protagonizam uma estranha dança bélica.

Circulam num sentido e no outro. As velhas espingardas que mantêm em riste fazem-nos lembrar ponteiros de relógio. Da forma que os manuseiam, os guerreiros de idade, renovam provocações dramáticas e perseguições lentas e contidas.

Quando a exibição termina, mudamo-nos para o ksar Ouled Soultane.

Saida Ksar Ouled Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Nativos deixam o ksar Ouled Soultane.

O Castelo de Areia Sumptuoso de Ouled Soultane

Ouled Soultane é um dos castelos de areia mais sumptuosos do Magrebe. Agrupa duas estruturas de ghorfas (células de armazenamento de alimentos) construídas em alturas diferentes (séculos XV e XVIII) e repartidas por quatro ou cinco andares.

Ksar, Ouled, Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Nativos da região de Tataouine posam contra uma fachada interior do ksar Ouled Soultane.

Também aqui os aldeões organizaram uma recepção calorosa aos visitantes. Contempla degustação de comida tradicional, música e danças e uma reconstituição do que se crê ter sido a existência das tribos berberes que habitavam o ksar.

Dois outros anciãos encontram-se. Trocam um abraço interminável que nos parece pôr cobro a uma longa separação.

Abraço, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Dois anciães saúdam-se no ksar Oule Soultane.

Perguntamos o porquê de tanta emoção a um organizador que fala francês.

O anfitrião explica-nos com orgulho: “Nunca foi fácil por estes lados. Agora a Tunísia é predominantemente árabe mas já foi berbere. A partir da altura em que os primeiros exércitos islâmicos aqui chegaram, as incursões tornaram-se frequentes e, sempre sob ameaça, as tribos habituaram-se a dar valor à amizade e à solidariedade.

Foram valores que nunca mais se perderam. Estes cumprimentos são apenas uma das suas expressões. Não pensem que só acontecem nestes dias.”

Acompanhamos o festival até o fim e percebemos melhor a honra porque se rege o evento: malgrado todas as adversidades, os povos indígenas do Sara não salvaram só os ksour.

Tecela, festival dos ksour, tataouine, tunisia

Mulher exibe dotes de tecelagem durante exibições culturais levadas a cabo em Tataouine.

Ao manterem os seus castelos na areia, preservaram as suas identidades.

São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Jaisalmer, Índia

A Vida que Resiste no Forte Dourado de Jaisalmer

A fortaleza de Jaisalmer foi erguida a partir de 1156 por ordem de Rawal Jaisal, governante de um clã poderoso dos confins hoje indianos do Deserto do Thar. Mais de oito séculos volvidos, apesar da contínua pressão do turismo, partilham o interior vasto e intrincado do último dos fortes habitados da Índia quase quatro mil descendentes dos habitantes originais.
Sigiriya, Sri Lanka

A Capital Fortaleza de um Rei Parricida

Kashyapa I chegou ao poder após emparedar o monarca seu pai. Receoso de um provável ataque do irmão herdeiro do trono, mudou a principal cidade do reino para o cimo de um pico de granito. Hoje, o seu excêntrico refúgio está mais acessível que nunca e permitiu-nos explorar o enredo maquiavélico deste drama cingalês.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Elmina, Gana

O Primeiro Jackpot dos Descobrimentos Portugueses

No séc. XVI, Mina gerava à Coroa mais de 310 kg de ouro anuais. Este proveito suscitou a cobiça da Holanda e da Inglaterra que se sucederam no lugar dos portugueses e fomentaram o tráfico de escravos para as Américas. A povoação em redor ainda é conhecida por Elmina mas, hoje, o peixe é a sua mais evidente riqueza.
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Chefchouen a Merzouga, Marrocos

Marrocos de Cima a Baixo

Das ruelas anis de Chefchaouen às primeiras dunas do Saara revelam-se, em Marrocos, os contrastes bem marcados das primeiras terras africanas, como sempre encarou a Ibéria este vasto reino magrebino.
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Djerba, Tunísia

A Ilha Tunisina da Convivência

Há muito que a maior ilha do Norte de África acolhe gentes que não lhe resistiram. Ao longo dos tempos, Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Árabes chamaram-lhe casa. Hoje, comunidades muçulmanas, cristãs e judaicas prolongam uma partilha incomum de Djerba com os seus nativos Berberes.
Erriadh, Djerba, Tunísia

Uma Aldeia Feita Galeria de Arte Fugaz

Em 2014, uma povoação djerbiana milenar acolheu 250 pinturas murais realizadas por 150 artistas de 34 países. As paredes de cal, o sol intenso e os ventos carregados de areia do Saara erodem as obras de arte. A metamorfose de Erriadh em Djerbahood renova-se e continua a deslumbrar.
Chebika, Tamerza, Mides, Tunísia

Onde o Saara Germina da Cordilheira do Atlas

Chegados ao limiar noroeste de Chott el Jérid, o grande lago de sal revela-nos o término nordeste da cordilheira do Atlas. As suas encostas e desfiladeiros ocultam quedas d’água, torrentes sinuosas de palmeiras, aldeias abandonadas e outras inesperadas miragens.
Ras R’mal, Djerba, Tunísia

A Ilha dos Flamingos de que os Piratas se Apoderaram

Até há algum tempo, Ras R’mal era um grande banco de areia, habitat de uma miríade de aves. A popularidade internacional de Djerba transformou-a no covil de uma operação turística inusitada.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Competição do Alaskan Lumberjack Show, Ketchikan, Alasca, EUA
Arquitectura & Design
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Queima de preces, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao
Cerimónias e Festividades
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
Um dos prédios mais altos de Valletta, Malta
Cidades
Valletta, Malta

As Capitais Não se Medem aos Palmos

Por altura da sua fundação, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários apodou-a de "a mais humilde". Com o passar dos séculos, o título deixou de lhe servir. Em 2018, Valletta foi a Capital Europeia da Cultura mais exígua de sempre e uma das mais recheadas de história e deslumbrantes de que há memória.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cultura
Lhasa, Tibete

Quando o Budismo se Cansa da Meditação

Nem só com silêncio e retiro espiritual se procura o Nirvana. No Mosteiro de Sera, os jovens monges aperfeiçoam o seu saber budista com acesos confrontos dialécticos e bateres de palmas crepitantes.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Em Viagem
Moçamedes ao PN Iona, Namibe, Angola

Entrada em Grande na Angola das Dunas

Ainda com Moçâmedes como ponto de partida, viajamos em busca das areias do Namibe e do Parque Nacional Iona. A meteorologia do cacimbo impede a continuação entre o Atlântico e as dunas para o sul deslumbrante da Baía dos Tigres. Será só uma questão de tempo.
Navala, Viti Levu, Fiji
Étnico
Navala, Fiji

O Urbanismo Tribal de Fiji

Fiji adaptou-se à invasão dos viajantes com hotéis e resorts ocidentalizados. Mas, nas terras altas de Viti Levu, Navala conserva as suas palhotas criteriosamente alinhadas.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Frente do Forte Christian, a principal estrutura de defesa de Charlotte Amalie.
História
Charlotte Amalie, Ilhas Virgens Americanas

De Porto Cervejeiro da Dinamarca a Capital das Caraíbas Americanas

Os dinamarqueses fundaram Charlotte Amalie, em 1666 e, pouco depois, já lá abundavam as salas de cerveja. A cidade prosperou até que sucessivas tragédias e a abolição da escravatura a condenaram à decadência. No início do séc. XX, os Estados Unidos adquiriram as Índias Ocidentais Dinamarquesas. Charlotte Amalie evoluiu para uma sempre atarefada escala de cruzeiros.
A inevitável pesca
Ilhas

Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Natureza
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Monte Denali, McKinley, Tecto Sagrado Alasca, América do Norte, cume, Mal de Altitude, Mal de Montanha, Prevenir, Tratar
Parques Naturais
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Bridgetown, cidade da Ponte e capital de Barbados, praia
Património Mundial UNESCO
Bridgetown, Barbados

A Cidade (da Ponte) de Barbados

Fundada, na origem, enquanto Indian Bridge, junto a um pântano nauseabundo, a capital de Barbados evoluiu até a capital das Ilhas Britânicas do Barlavento. Os barbadianos tratam-na por “The City”. É a cidade natal da bem mais famosa Rihanna.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Cruzeiro Princess Yasawa, Maldivas
Praias
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
Intervenção policial, judeus utraortodoxos, jaffa, Telavive, Israel
Religião
Jaffa, Israel

Protestos Pouco Ortodoxos

Uma construção em Jaffa, Telavive, ameaçava profanar o que os judeus ultra-ortodoxos pensavam ser vestígios dos seus antepassados. E nem a revelação de se tratarem de jazigos pagãos os demoveu da contestação.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia
Sociedade
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Duo de girafas cruzadas acima da savana, com os montes Libombo em fundo
Vida Selvagem
Reserva de KaMsholo, eSwatini

Entre as Girafas de KaMsholo e Cia

Situada a leste da cordilheira de Libombo, a fronteira natural entre eSwatini, Moçambique e a África do Sul, KaMsholo conta com 700 hectares de savana pejada de acácias e um lago, habitats de uma fauna prolífica. Entre outras explorações e incursões, lá interagimos com a mais alta das espécies.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.