La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical


Brigada incrédula
Visitantes de La Digue dentro de água a capturarem o incrível cenário dos rochedos de Anse Source d'Argent.
Sombra de azul
Mulher fotografa as águas turquesa da costa norte da ilha.
Grande Anse
Onda rola na areia coralífera da costa leste de La Digue, a mais batida pelo oceano Índico.
Bye !!
Thomas e Yencel regressam a La Passe depois de capturarem polvos e chocos nas águas baixas de Anse Gaulettes.
Verde cyano
Enseada tropical em frente ao vilarejo de Patatran.
Repouso tropical
Amigas descontraem à beira-mar de Anse Source d'Argent.
Pesca fácil
Thomas e Yencel exibem as suas capturas do dia.
Coração de pedra
Rochedos isolados na selva encharcada do nordeste de La Digue.
Num equilíbrio geológico
Calhaus de granito destacam-se da praia idílica de Petite Anse.
Doce vislumbre
Cores deslumbrantes de outra das enseadas da costa oriental de La Digue.
Welcome to Grande Anse
Proprietário de um bar à entrada da Grande Anse de La Digue, prepara-se para grelhar peixe.
Attention
Grande cartaz esclarece os visitantes de La Union sobre os cuidados a terem com as tartarugas locais.
Sumos da Tropicalidade
Vendedora de sumos a postos na banca por norma gerida pelo seu irmão.
De Partida
Traineira prestes a zarpar do porto de La Digue.
Vida Subaquática
Peixes cercam os banhistas que removem a areia junto aos seus territórios.
Lares. De férias
Casas na encosta florestada em redor na doca em que atracam os ferries.
Bozoo
Guia num carrinho de golfe, a saudar conhecidos.
Flor & Pedra
Trepadeira ajusta-se ao granito predominante em La Digue e nas Seychelles em geral.
Coração de Granito
Grande bloco de granito no interior de La Digue.
Marina
Veleiros preenchem a marina de La Digue, junto à doca dos ferries.
Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.

Até há algum tempo, não era autorizada a propriedade de carros na pequena ilha.

Hoje, ainda são raros.

Daniel, aguardava-nos num mas de golfe, o tipo de veículo mais popular de La Digue, lado a lado com a bicicleta. Dá-nos as boas vindas à saída da doca em que atraca o ferry vindo de Praslin e convida-nos a subir a bordo.

Connosco instalados, inaugura a curta viagem de travessia da costa oeste à oriental. Avançamos por um caminho de blocos de cimento que a vegetação envolve e torna sombria.

Daniel conhece todos os não forasteiros com que se cruza, também eles ao volante de golf carts, de bicicletas ou a pé e cumprimenta-os de forma alternada. Saúda alguns com um simples “Allo”, a outros dá um “bozoo”, o crioulo local para “bonjour”.

La Digue, Seychelles, Estradinha

Guia num carrinho de golfe, a saudar conhecidos.

Outros ainda, vê-os com tanta regularidade que lhe dedica apenas um esboço de aceno. Cinco minutos volvidos, chegamos à entrada viçosa da Grande Anse.

Vencida uma persistente hesitação, combinamos a hora em que nos apanharia de volta e metemo-nos no trilho curto que, entre coqueiros, conduzia ao areal.

As Praias Selvagens do Leste de La Digue

Uma placa assinala o seu término e o início do verdadeiro litoral. O aviso que difunde alarma o mais que pode, a branco e vermelho e em cinco dialectos distintos, a começar pelo seichelense: “Atansyon: Kouran tré danzere”.

Ainda assim, o que mais nos capta a atenção é a beleza da enorme praia que se estende tanto para norte como para sul, o areal alvo, o mar cristalino banhado em gradientes de azul que se encaixa na perfeição da baía.

La Digue, Seychelles, Praia junto a Patatran

Banhista deixa o mar turquesa ao largo de Patatran.

E as pequenas penínsulas cobertas penhascos que lhe encerram a longitude, desde o mar já sem pé até à orla verdejante da selva equatorial, a que os nativos chamam de “pointes”.

Fazia uma semana que estávamos nas Seychelles.

Depois das ilhas irmãs Mahé e de Praslin, aquele tipo de formações rochosas não eram propriamente novidade. Tinham, no entanto, uma harmonia de formas e linhas inédita que, condomínio com alguns coqueiros intrépidos e com vegetação arbustiva, tornavam singulares.

La Digue, Seychelles, seta indicação Petite Anse

Indicação do trilho para a Petite Anse.

A Grande Anse foi só a primeira das praias desertas, selvagens e sedutoras que exploramos naquela manhã de sol radioso. A norte desta, escondia-se a Petite Anse.

Para lá desta menor, ficava a Anse Coco.

Pointe após Pointe, as Anses Perfeitas de La Digue

Findos os areais de cada uma, o acesso à próxima seguia trilhos que se metiam por pequenos pantanais e trepavam ao cimo de novas “pointes” tanto pela floresta tropical como por entre os rochedos afiados que dela se destacam.

Fosse em que trecho fosse, a humidade mantinha-se opressiva e, por mais água que bebêssemos, destilava-nos aos poucos.

Tão desenfreada crescia a selva que nem sempre a conquista do cimo destas “pointes” nos garantia vistas desafogadas das baías abaixo. Por mais que uma vez, para as conseguirmos tivemos que concretizar acrobacias sobre os rochedos afiados, por vezes, em equilibrios realmente precários.

Quando, por fim, atingíamos pontos livres de rochas ou de copas de coqueiros, os panoramas das “anses” arredondadas, com as suas colónias de calhaus graníticos, o mar azulão e a selva verde- garrido deixavam-nos boquiabertos.

La Digue, Seychelles, Costa leste

Cores deslumbrantes de outra das enseadas da costa oriental de La Digue.

Descemos ao areal da Anse Cocos encharcados em suor.

Uma placa similar à da Grande Anse sinalizava mais correntes marinhas traiçoeiras mas, cozinhados como estávamos pela clorofila quente daquelas latitudes, não tínhamos como resistir.

Escolhemos um recanto sem aparentes abnormalidades no vaivém do mar e banhámo-nos como aquela pequena ilha das Seychelles merecia: em absoluto êxtase.

Apressado pelo atraso vergonhoso que já tínhamos face ao combinado com Daniel, completamos o regresso à Grande Anse num quinto do tempo.

Regresso Atrasado ao Povoado de La Digue

Quando lá chegamos, já tinha voltado à povoação de La Digue.

Recuperamos energias num bar crioulo de praia em convívio com os donos e com uma estrangeira cinquentona amalucada que nos parecia ali regressar após alguns anos e que, para espanto do trio, os tratava como se fossem íntimos.

La Digue, Seychelles, Bar em Grande Anse

Proprietário de um bar à entrada da Grande Anse de La Digue, prepara-se para grelhar peixe.

Daniel aparece com um ar tranquilo mas conformado. Mais uma vez à sua boleia retornamos ao centrinho quase urbano da ilha. Já em La Passe, mudamos do carrinho de golfe para duas bicicletas sem mudanças, tão perras quanto seria possível, eventualmente as piores da ilha.

Mesmo em modo de queixume, pedalamos costa norte acima.

Ciclistas, La Digue, Seychelles

Moradores partilham bicicletas na povoação da pequena La Digue.

Logo na primeira rampa, constatamos porque vários outros ciclistas-turistas conduziam as suas bicicletas apeados.

É a pé que chegamos à beira do cemitério local, um conglomerado de campas e cruzes brancas coloridas por flores que se sucediam sobre a relva até ao domínio mais elevado da floresta.

Anse Severe e a Costa Urbanizada de La Digue

Os primeiros colonos franceses de La Digue desembarcaram na ilha acompanhados de escravos africanos, a partir de 1769.

Muitos regressaram a França mas os nomes de vários outros podem ser encontrados nas lápides mais antigas que tínhamos por diante, como nos apelidos dos actuais habitantes, descendentes dos colonos que ficaram, dos escravos entretanto libertados e de emigrantes asiáticos que a estes se juntaram.

Descemos do cemitério de novo para a beira-mar da Anse Severe.

Detemo-nos a examinar aquela praia semi-escondida à sombra de um exército poderoso de árvores takamaka com ramos que invadiam o areal.

Por baixo de uma destas árvores, encontramos uma vendedora de sumos instalada atrás de uma banca coberta de frutas tropicais coloridas que havia decorado com flores de hibisco cor-de-rosa.

Um Convívio Refrescante com Dona Alda dos Sumos

Perguntamos quanto custava cada sumo. Alda, a senhora, responde-nos dez euros como se não fosse nada. Explicamos-lhe que não podemos gastar vinte euros assim do nada em dois sumos.

A senhora reconhece que o preço é exagerado e recorre a uma panóplia de explicações: “sabem é que a banca não é minha, é do meu filho e foi o preço que ele e a mulher decidiram.

La Digue, Seychelles, Vendedora de Sumos

Vendedora de sumos a postos na banca por norma gerida pelo seu irmão.

Ao contrário do que a maior parte das pessoas pensam, a fruta aqui em La Digue, é cara, vem de Mahé já a preços bem altos.” Entretanto apresentámo-nos mutuamente. Alda comenta o que mais nos intrigava: “não é assim tão fácil nós plantarmos fruta por cá.

Os terrenos são muito caros por todas as Seychelles. Cada um de nós tem espaços mínimos em redor das casas. O que conseguimos plantar é para a família consumir.” Ficamos meia-hora à fala com a senhora que nos desabafa metade dos problemas da sua vida.

Sensibilizada pela companhia, oferece-nos os sumos que bebemos, entregues a mais conversa. Findas as bebidas, retomamos as bicicletas e a estradinha sinuosa de cimento.

Pedalamos esforçados mas re-hidratados quando atingimos o meandro apertado do extremo norte da ilha e passamos da Anse Severe para a Anse Patates.

A La Digue Sedutora de Patatran para Sudeste

Por altura do vilarejo de Patatran, o litoral de La Digue, ali bem mais suave do que o virado ao grande Índico da costa leste, volta a aprimorar-se.

Veste-se de uma fabulosa paleta de azuis e cianos marinhos prolongada céu acima. Novelos brancos verticais atravessam o firmamento e acima e ocultam o horizonte longínquo.

No plano abaixo do varandim de que apreciávamos este fabuloso panorama tropical único, se bem que comparável ao “The Baths” da ilha caribenha de Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas.

Um branco reflector emanava da areia que as vagas de enfeite não conseguiam molhar.

Coqueiros sedentos de frescura inclinam-se sobre o mar e deixam as suas silhuetas no areal, mais uma vez delimitado por “pointes” elegantes de granito.

Enquanto contornamos a costa do norte para oeste, o litoral de La Digue pouco deriva deste cenário imaculado.

La Digue, Seychelles, Silhueta em Ciano

Mulher fotografa as águas turquesa da costa norte da ilha.

A Pescaria Tresloucada de Thomas e Yencel

Já a pedalar na Anse Gaulettes, detemo-nos a espreitar a actividade de dois nativos que vasculhavam o mar, com a água pelos joelhos. Gesticulamos-lhes a nossa curiosidade. Respondem-nos para esperarmos um pouco. Passam apenas um minuto deitados na água.

Quando se levantam, exibem-nos o resultado da sua demanda: um polvo e um choco acabados de capturar.

Satisfeitos com o prémio quase instantâneo, caminham para fora de água. Mesmo antes de saírem, um deles ainda nos consegue surpreender: “Esperem lá! Pensavam que já tinha acabado.

La Digue, Seychelles, Pesca

Thomas e Yencel exibem as suas capturas do dia.

Ainda há mais.” Mergulha as mãos na água e retira-as já a segurar uma pequena tartaruga. “Se querem fotografar, sejam rápidos!

Elas entram em stresse se as segurarmos fora de água muito tempo.

OK, vou larga-la!” avisa-nos Thomas com a anuência de Yencel a partilharem risadas fáceis e solarengas enquanto se debatiam com as tentativas de mordedura da tartaruga e com as vagas que, mesmo comedidas, os desequilibravam.

La Digue, Seychelles, Tartaruga

Tartaruga apressada em regressar ao oceano Índico que banha La Digue e as Seychelles.

Deixamo-los a arrumarem os moluscos e seguimos a pedalar à frente. Pouco nos adiantamos quando deixamos cair uma garrafa de água e temos que encostar à berma.

Enquanto nos recompomos, o duo passa por nós com grande espalhafato. Thomas segue sobre uma bicicleta cor-de-rosa de criança que parece ter saído de uma qualquer promoção da Barbie.

Os dois acenam-nos “adeuses”, com enormes sorrisos e “byes” estridentes abaixo de uma nuvem com visual de mascote e extraviada a baixa altura. Thomas gritou-a a exibir os seus grandes dentes, perfeitos, ainda mais brancos pelo contraste com a pele negra.

La Digue, Seychelles, Ciclistas

Thomas e Yencel regressam a La Passe depois de capturarem polvos e chocos nas águas baixas de Anse Gaulettes.

De tão cómica e surreal, a cena lembra-nos parte de um daqueles históricos anúncios de TV do rum Malibu rodados nas Caraíbas.

La Digue e as suas Tartarugas Hiperbólicas e Quase Jurássicas

Continuamos costa leste abaixo até atingirmos à “pointe” da Anse Caiman que nos separava da Anse Cocos em que havíamos terminado a caminhada matinal.

Aí, voltamos uma vez mais ao ponto de partida de La Passe, comprarmos víveres numa mercearia quase a fechar e apontamos à fazenda e fábrica de copra agora histórica de Union.

La Digue, Seychelles, cuidados com as tartarugas

Grande cartaz esclarece os visitantes de La Union sobre os cuidados a terem com as tartarugas locais.

Em tempos, esta propriedade concentrava a principal produção de La Digue, os cocos.

Hoje, é um parque temático informal.

Abriga o maior e um dos mais antigos rochedos de granito da ilha, com 700 milhões de anos, quarenta metros de altura e diz-se que uma área de 4000 m2 e, na sua base, uma colónia malcheirosa, e barulhenta de tartarugas gigantes de Aldabra.

La Digue, Seychelles, Granito e Coqueiros

Grande bloco de granito no interior de La Digue.

Também libidinosas, devemos dizê-lo.

La Digue, Seychelles, Tartarugas em cópula

Velhas tartarugas de La Digue apanhada em plena actividade sexual.

Anse Source d’Argent: a La Digue Monumental

Espreitamo-las e também ao velho cemitério local.

Prosseguimos fazenda fora e chegamos à mais notória das praias de La Digue: Anse Source d’Argent. Damos entrada no seu ainda mais excêntrico reduto de granito pelo meio de alguns dos rochedos que tanto a caracterizam.

Já do lado de lá, encontramos a maré vazia como seria perfeito que estivesse. Entramos mar adentro com cuidado, entre corais e bancos de algas submersos.

E quando nos afastamos o suficiente da beira-mar, percebemos a sumptuosidade do cenário à frente.

Vemo-lo composto por sucessivos rochedos estriados e listados, alguns empoleirados em cima de outros, os mais baixos coroados por copas de coqueiros e cercados da floresta viçosa e pujante.

La Digue, Seychelles, Anse d'Argent

Visitantes de La Digue dentro de água a capturarem o incrível cenário dos rochedos de Anse Source d’Argent.

Durante todo o tempo que admiramos e fotografamos a paisagem, uma família de peixes-morcegos-redondos nada-nos em redor das pernas, a verificarem o que poderiam aproveitar da turbulência que provocávamos no leito do mar.

La Digue, Seychelles, Anse d'Argent peixes

Peixes cercam os banhistas que removem a areia junto aos seus territórios.

O ocaso anunciava-se e o ferry para Praslin zarpava daí a uma hora.

Sem estadia marcada em La Digue, corremos para o areal, apanhámos as bicicletas ainda presas a coqueiros e pedalámos à velocidade que aquelas pasteleiras permitiam em direcção à doca de La Passe.

Apanhamos o ferry sem sobressaltos e ainda com luz suficiente para um último olhar sobre algumas das incríveis obras de arte graníticas de La Digue.

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os "Caribanhos" Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério

Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.
PN Tortuguero, Costa Rica

A Costa Rica e Alagada de Tortuguero

O Mar das Caraíbas e as bacias de diversos rios banham o nordeste da nação tica, uma das zonas mais chuvosas e rica em fauna e flora da América Central. Assim baptizado por as tartarugas verdes nidificarem nos seus areais negros, Tortuguero estende-se, daí para o interior, por 312 km2 de deslumbrante selva aquática.
PN Tortuguero, Costa Rica

Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles

Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.
Victoria, Mahé, Seychelles

De "Estabelecimento" Francófono à Capital Crioula das Seychelles

Os franceses povoaram o seu “L’Établissement” com colonos europeus, africanos e indianos. Dois séculos depois, os rivais britânicos tomaram-lhes o arquipélago e rebaptizaram a cidade em honra da sua rainha Victoria. Quando a visitamos, a capital das Seychelles mantém-se tão multiétnica como diminuta.
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Arquitectura & Design
Fortalezas

O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Ilha de Miyajima, Xintoismo e Budismo, Japão, Portal para uma ilha sagrada
Cerimónias e Festividades
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Uma espécie de portal
Cidades
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Cultura
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Motociclista no desfiladeiro de Sela, Arunachal Pradesh, Índia
Em Viagem
Guwahati a Sela Pass, Índia

Viagem Mundana ao Desfiladeiro Sagrado de Sela

Durante 25 horas, percorremos a NH13, uma das mais elevadas e perigosas estradas indianas. Viajamos da bacia do rio Bramaputra aos Himalaias disputados da província de Arunachal Pradesh. Neste artigo, descrevemos-lhe o trecho até aos 4170 m de altitude do Sela Pass que nos apontou à cidade budista-tibetana de Tawang.
Insólito Balnear
Étnico

Sul do Belize

A Estranha Vida ao Sol do Caribe Negro

A caminho da Guatemala, constatamos como a existência proscrita do povo garifuna, descendente de escravos africanos e de índios arawaks, contrasta com a de vários redutos balneares bem mais airosos.

Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Willemstad, Curaçao, Punda, Handelskade
História
Willemstad, Curaçao

O Coração Multicultural de Curaçao

Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.
Navala, Viti Levu, Fiji
Ilhas
Navala, Fiji

O Urbanismo Tribal de Fiji

Fiji adaptou-se à invasão dos viajantes com hotéis e resorts ocidentalizados. Mas, nas terras altas de Viti Levu, Navala conserva as suas palhotas criteriosamente alinhadas.
Caminhantes andam sobre raquetes na neve do PN Urho Kekkonen
Inverno Branco
Saariselkä, Finlândia

Pelas Terras (não muito) altas da Finlândia

A oeste do monte Sokosti (718m) e do imenso PN Urho Kekkonen, Saariselkä desenvolveu-se enquanto polo de evasão na Natureza. Chegados de Ivalo, é lá que estabelecemos base para uma série de novas experiências e peripécias. A uns 250km enregelantes a norte do Círculo Polar Árctico.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Natal na Austrália, Platipus = ornitorrincos
Natureza
Atherton Tableland, Austrália

A Milhas do Natal (parte II)

A 25 Dezembro, exploramos o interior elevado, bucólico mas tropical do norte de Queensland. Ignoramos o paradeiro da maioria dos habitantes e estranhamos a absoluta ausência da quadra natalícia.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Passadiço principal da Mumbo Island, Lago Malawi
Parques Naturais
Mumbo Island, Malawi

Um Lago Malawi Só para Nós

Dista meros 10km ou 40 minutos num barco tradicional do litoral sempre concorrido de Cape MacLear. Com apenas 1km de diâmetro, a ilha Mumbo proporciona-nos um retiro ecológico memorável no imenso Lago Malawi.
igreja, nossa senhora, virgem, guadalupe, mexico
Património Mundial UNESCO
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Montezuma e Malpaís, melhores praias da Costa Rica, Catarata
Praias
Montezuma, Costa Rica

De Volta aos Braços Tropicais de Montezuma

Passaram 18 anos desde que nos deslumbrámos com este que é um dos litorais abençoados da Costa Rica. Há apenas dois meses, reencontrámo-lo. Tão aconchegante como o  tínhamos conhecido.
Religião
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Bar de Rua, Fremont Street, Las Vegas, Estados Unidos
Sociedade
Las Vegas, E.U.A.

O Berço da Cidade do Pecado

Nem sempre a famosa Strip concentrou a atenção de Las Vegas. Muitos dos seus hotéis e casinos replicaram o glamour de néon da rua que antes mais se destacava, a Fremont Street.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Tartaruga recém-nascida, PN Tortuguero, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Tortuguero, Costa Rica

Uma Noite no Berçário de Tortuguero

O nome da região de Tortuguero tem uma óbvia e antiga razão. Há muito que as tartarugas do Atlântico e do Mar das Caraíbas se reunem nas praias de areia negro do seu estreito litoral para desovarem. Numa das noites que passamos em Tortuguero assistimos aos seus frenéticos nascimentos.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.