Viti Levu, Fiji

A Partilha Improvável da ilha Viti Levu


Todos a bordo
Passageiros fijianos e indo-fijianos partilham um autocarro citadino da capital Suva.
Índia longe da Índia
Camponeses indo-fijianos vendem vegetais no mercado de Ba.
Pacífico do Sul Superficial
Litoral idílico de uma ilha ao largo de Viti Levu.
Suva Rosada
Transeuntes cruzam-se sob arcadas coloridas numa rua de Suva, a capital de Fiji.
Viti Levu Rural
Camponês de origem indiana com duas das suas vacas no interior norte de Viti Levu.
Montanhas rapadas
Primeiras elevações do norte de Viti Levu, ainda muito abaixo das Nausori Highlands do interior.
No conforto do Lar
Jovem família na sua casa nos arredores de Suva.
Domicílio Campestre
Casa rural entre palmeiras no nordeste de Viti Levu.
Assento do costume
Dois jovens fijianos repousam no exterior de uma loja.
Mar interior
Enseada interior verdejante na costa nordeste de Viti Levu.
Pastagem sob Coqueiros
Vaca pasta em frente a um dos muitos coqueirais de Viti Levu.
Ilha do Tesouro de Fiji
Vista aérea da Treasure island, uma de várias ao largo da costa norte de Fiji.
Protecção Maternal
Mãe e filha de etnia fijiana sob um chapeu de chuva de todas as cores.
Natação em águas calmas
Nativos banham-se junto a um veleiro ancorado à entrada de Suva.
Passageira solitária
Moradora de Suva segue a bordo de um autocarro colorido da capital.
Ilha Submersa
Perspectiva aérea de um banco de areia ao largo da costa norte de Viti Levu.
Bandito juvenil
Crianças fijianas improvisam poses numa aldeia nos arredores de Suva.
Rota Suva Gaji Road
Autocarro garrido percorre uma rua de Suva.
Cenário Irrigado
Meandros apertados de um rio lamacento do norte de Viti Levu.
Nadovi Shopping Centre
Donas de uma pequena loja de Nadovi com um nome ambicioso.
Em pleno Pacífico Sul, uma comunidade numerosa de descendentes de indianos recrutados pelos ex-colonos britânicos e a população indígena melanésia repartem há muito a ilha chefe de Fiji.

À chegada a Viti Levu, encontramos o aeroporto de Nadi sobrecarregado.

Surge repleto de famílias da Oceânia ávidas por aterrarem nas espreguiçadeiras dos resorts ao largo, mas também de mochileiros descontraídos e sem grandes pressas.

Nadi destoa do imaginário que a maior parte dos visitantes ocidentais trazem nas mentes. O cimento e o asfalto predominam, quebrados apenas por pequenas clareiras de vegetação tropical disputadas por bandos de corvídeos dos trópicos.

Recém-chegados a este ambiente urbano, espantamo-nos ao observar como prospera a comunidade indo-fijiana modernizada de Fiji. Inúmeros rent-a-car, hotéis e pousadas, lojas e restaurantes estão nas mãos de famílias com parentes esquecidos no subcontinente.

Têm nomes que não deixam dúvidas: Singh Motel, Narwhal Tours ou Shandilya Flowers.

Nadovi Shopping Centre, Partilha da ilha de Viti Levu, Fiji

Donas de uma pequena loja de Nadovi com um nome ambicioso.

“Compreendemos que para vocês seja fascinante nós termos vindo parar aqui tão longe mas foram coisas do destino…” afiança-nos Sharmila, enquanto passa o espanador pelo tabliê do veículo pouco preparado para as estradas lamacentas do interior, que nos estava prestes a entregar. “Há muito que temos uma nova realidade.

E, de cada vez que as coisas por cá ficam mais instáveis, as nossas mentes viram-se para a Austrália ou a Nova Zelândia, não é propriamente para a Índia. Temos familiares tanto aussies como kiwis. Eu, pessoalmente, não me importava nada de me mudar.”

Casa indiana, Partilha da ilha de Viti Levu, Fiji

Casa rural entre palmeiras no nordeste de Viti Levu.

Os Fijianos Melanésios Indígenas e os Indianos Recrutados pelos Britânicos

Hoje, a coexistência dos indo-fijianos com os comercialmente mais discretos melanésios é frequentemente desafiada pelos interesses políticos e económicos dos líderes do país.

Os indo-fijianos, mais hábeis na arte do lobby, ganham eleições atrás de eleições, por vezes coligados com representantes fijianos. Mas, com demasiada frequência, os militares predominantemente fijianos, rejeitam a submissão aos “invasores” e levam a cabo golpes de estado correctores.

Desde 1987 até à data, foram três. O primeiro causou a expulsão – temporária mas longa – de Fiji da Commonwealth. Os seguintes, quase deram origem a guerras civis e a novas expulsões da comunidade anglófona.

E, no entanto, a coexistência política de ambas as etnias constitui um testemunho tão vivo como mutável do passado colonial de Fiji.

Passageiros fijianos e indo-fijianos partilham um autocarro citadino da capital Suva

A meio do século XIX, os colonos ingleses infiltravam-se já em secções importantes das ilhas principais do arquipélago. Aos poucos, cobriram-nas com plantações de cana-de-açúcar, algodão e tabaco em que escravizavam indígenas raptados nas actuais Ilhas Salomão e Vanuatu.

A cana-de-açúcar, em particular, expandiu-se desmesuradamente e exigiu mais e mais cortadores que os colonos deixaram de poder obter nas ilhas em redor uma vez que o trabalho escravo fora, entretanto, proibido na Grã-Bretanha.

Contratos que Expatriaram os Trabalhadores Indianos para Sempre

Como alternativa, os ingleses recorreram à mão-de-obra inesgotável da Jóia da Coroa. Entre 1879 e 1916, mais de 60.000 indianos foram legalmente trazidos para Fiji.

Os contratos de cinco anos celebrados eram inicialmente vistos pelos signatários como bênçãos divinas mas essa percepção mudava num ápice perante a crueldade do trabalho e as condições de vida miseráveis em geral, agravadas por longas faltas de pagamentos e por alojamentos sobrelotados, partilhados por membros de diferentes castas e religiões.

Findos os prazos, a maior parte dos girmityas (girmit significa acordo) decidiram ou viram-se obrigados a permanecer em Fiji. Muitas  famílias vieram da Índia para se lhes juntarem.

Suva, Partilha da ilha de Viti Levu, Fiji

Transeuntes cruzam-se sob arcadas coloridas numa rua de Suva, a capital de Fiji

A sequência desta imigração forçada alterou, para sempre, o panorama étnico do país. Hoje, de quase um milhão de habitantes, Fiji conta com mais de 40% de indo-fijianos.

À medida que conduzimos em redor de Viti Levu, constatamos como, por contraponto social aos habitantes indo-fijianos citadinos de Nadi e Lautoka, pequenos núcleos permanecem no interior rural.

Lavram as terras de que ainda subsistem, fiéis à sua existência original e à cultura da pátria-mãe, que dista em redor de 11.000 km.

Agricultor, Partilha da ilha de Viti Levu, Fiji

Camponês de origem indiana com duas das suas vacas no interior norte de Viti Levu.

A Índia Longe da Índia de Viti Levu

Como acontece em certas zonas da Índia, por forma a divulgar a sua fé e evitar confusões, também em Viti Levu as famílias hindus marcam as suas casas com pequenas bandeiras vermelhas, enquanto as muçulmanas as pintam preferencialmente com o verde e branco do Islão.

Nos mercados, mulheres enroladas em saris garridos, vendem frutas e vegetais enquanto os homens muçulmanos continuam a usar os seus vestidos salwaar-kameez.

Camponeses indo-fijianos vendem vegetais no mercado de Ba.

A gastronomia pouco mudou, sustentada por uma incontornável paixão por rotis servidos directamente dos fornos caseiros, por caris picantes acompanhados de arroz e seguidos pelos doces tradicionais mithai.

Também os tempos de lazer continuam a obedecer às modas de Mumbay e Nova Deli que as novas tecnologias agora permitem acompanhar com relativa facilidade.

Quase sem excepção, os cinemas hindus das principais povoações passam regularmente os clássicos e os novos sucessos de Bollywood e, nas casas dos seus fãs, os DVD’s repetem-nos vezes sem conta bem como às estridentes bandas sonoras.

Estes e outros hábitos da comunidade indo-fijiana conviveram ao longo do tempo com o modo de vida original da ilha. Mas nem todos reconhecem ou aprovam a partilha da nação.

E os Fijianos Melanésios que Se Viram Forçados a Acolher os Indianos

Um jovem casal visivelmente melanésio convida-nos para sua casa humilde, a norte de Suva. Ali, conversa puxa conversa, perguntamos-lhe se não vivem indo-fijianos na aldeia. Ao que nos respondem de sorriso nos lábios mas com determinação: “Em Suva, Nadi e Lautoka, isso até acontece mas, nas povoações, é raro.

Familia fijiana, Partilha da ilha de Viti Levu, Fiji

Jovem família na sua casa nos arredores de Suva.

Por norma, nós vivemos entre fijianos, eles vivem entre indo-fijianos. Até mesmo entre eles iria haver problemas caso se misturassem de forma pouco pensada. Eles podem ser indo-fijianos hindus ou muçulmanos.

Depois são calcuttas (do norte da Índia) ou madrassis (do sul da Índia). E, como se não bastasse, os hindus ainda pertencem a castas diferentes. A verdade é que é um milagre não haver mais confusão entre eles e entre eles e nós.”

Além de assistirem juntos a alguns desportos, eventos culturais e outras ocasiões especiais, durante largo tempo, os dois grupos pouco interagiram. As suas prioridades educacionais, sociais e económicas sempre foram diferentes.

Em virtude disso, uma boa parte dos fijianos continua a considerar os indo-fijianos vulagi, que é como quem diz, meros intrusos. Uma vez por outra, os ânimos aquecem mas os conflitos mais habituais são os político-militares.

É claro que, à medida que a modernidade toma conta do país, a integração vai-se reforçando e, mesmo ainda apenas sob a forma de excepções, baralha todas as regras.

Mãe e filha, Partilha da ilha de Viti Levu, Fiji

Mãe e filha de etnia fijiana sob um chapéu de chuva de todas as cores.

Mulheres fijianas começaram a usar jóias e tecidos com padrões de sari. Algumas das suas famílias deixam-se igualmente contagiar pela febre de Bollywood ao ponto de certos êxitos “indianos” recentes terem sido gravados por artistas indígenas.

Estes, por sua vez, podem-nos ouvir em bares em que, empregados fijianos servem bebidas em taças de caril, tal como a comunidade indo-fijiana faz em suas casas.

E, como acompanhámos, entretanto da beira da Kings Road, numa tarde chuvosa, jovens indo-fijianos também já aderem ao râguebi, até há pouco uma herança colonial exclusiva dos indígenas

Viti Levu, Fiji

Canibalismo e Cabelo, Velhos Passatempos de Viti Levu, ilhas Fiji

Durante 2500 anos, a antropofagia fez parte do quotidiano de Fiji. Nos séculos mais recentes, a prática foi adornada por um fascinante culto capilar. Por sorte, só subsistem vestígios da última moda.
Navala, Fiji

O Urbanismo Tribal de Fiji

Fiji adaptou-se à invasão dos viajantes com hotéis e resorts ocidentalizados. Mas, nas terras altas de Viti Levu, Navala conserva as suas palhotas criteriosamente alinhadas.
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Honiara e Gizo, Ilhas Salomão

O Templo Profanado das Ilhas Salomão

Um navegador espanhol baptizou-as, ansioso por riquezas como as do rei bíblico. Assoladas pela 2ª Guerra Mundial, por conflitos e catástrofes naturais, as Ilhas Salomão estão longe da prosperidade.
Lifou, Ilhas Lealdade

A Maior das Lealdades

Lifou é a ilha do meio das três que formam o arquipélago semi-francófono ao largo da Nova Caledónia. Dentro de algum tempo, os nativos kanak decidirão se querem o seu paraíso independente da longínqua metrópole.
Efate, Vanuatu

A Ilha que Sobreviveu a "Survivor"

Grande parte de Vanuatu vive num abençoado estado pós-selvagem. Talvez por isso, reality shows em que competem aspirantes a Robinson Crusoes instalaram-se uns atrás dos outros na sua ilha mais acessível e notória. Já algo atordoada pelo fenómeno do turismo convencional, Efate também teve que lhes resistir.
Wala, Vanuatu

Cruzeiro à Vista, a Feira Assenta Arraiais

Em grande parte de Vanuatu, os dias de “bons selvagens” da população ficaram para trás. Em tempos incompreendido e negligenciado, o dinheiro ganhou valor. E quando os grandes navios com turistas chegam ao largo de Malekuka, os nativos concentram-se em Wala e em facturar.
Espiritu Santo, Vanuatu

Os Blue Holes Misteriosos de Espiritu Santo

A humanidade rejubilou, há pouco tempo, com a primeira fotografia de um buraco negro. Em jeito de resposta, decidimos celebrar o que de melhor temos cá na Terra. Este artigo é dedicado aos blue holes de uma das ilhas abençoadas de Vanuatu.
Viti Levu, Fiji

Ilhas à Beira de Ilhas Plantadas

Uma parte substancial de Fiji preserva as expansões agrícolas da era colonial britânica. No norte e ao largo da grande ilha de Viti Levu, também nos deparámos com plantações que há muito só o são de nome.
Melbourne, Austrália

Uma Austrália "Asienada"

Capital cultural aussie, Melbourne também é frequentemente eleita a cidade com melhor qualidade de vida do Mundo. Quase um milhão de emigrantes orientais aproveitaram este acolhimento imaculado.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Cabana de Bay Watch, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,
Arquitectura & Design
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
A Crucificação em Helsínquia
Cerimónias e Festividades
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
panorâmica, Saint Pierre, Martinica, antilhas francesas
Cidades
Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas

Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cultura
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Bark Europa, Canal Beagle, Evolucao, Darwin, Ushuaia na Terra do fogo
Em Viagem
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
Manhã cedo no Lago
Étnico

Nantou, Taiwan

No Âmago da Outra China

Nantou é a única província de Taiwan isolada do oceano Pacífico. Quem hoje descobre o coração montanhoso desta região tende a concordar com os navegadores portugueses que baptizaram Taiwan de Formosa.

Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Donos de lanchas junto ao embarcadouro de Trou d'Eau Douce
História
Ilha Maurícia

Leste da Maurícia, Sul à Vista

A costa leste da ilha Maurícia afirmou-se como um dos édenes balneares do Índico. Enquanto a percorremos, descobrimos lugares que se revelam, ao mesmo tempo, redutos importantes da sua história. São os casos da Pointe du Diable, de Mahebourg, da Île-aux-Aigrettes e de outras paragens tropicais deslumbrantes.
Névoa e sol lateral faz resplandecer a aldeia de Gásadalur
Ilhas
Vágar, Ilhas Faroé

Sorvagur a Gásadalur: Rumo ao Ocaso das Ilhas Faroé

À descoberta dos confins oeste de Vagar, a mais ocidental das grandes ilhas faroesas, percorremos o fiorde SØrvag. Onde a estrada se rende, deslumbramo-nos com a queda d’água de Múlafossur e, acima, com a povoação intrépida, por pouco desabitada, de Gásadalur.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Dia escuro
Natureza

Lago Cocibolca, Nicarágua

Mar, Doce Mar

Os indígenas nicaraos tratavam o maior lago da América Central por Cocibolca. Na ilha vulcânica de Ometepe, percebemos porque o termo que os espanhóis converteram para Mar Dulce fazia todo o sentido.

Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Rede em Palmeiras, Praia de Uricao-Mar das caraibas, Venezuela
Parques Naturais
PN Henri Pittier, Venezuela

PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa

Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
Peregrinos no cimo, Monte Sinai, Egipto
Património Mundial UNESCO
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Tobago, Pigeon Point, Scarborough, pontão
Praias
Scarborough a Pigeon Point, Tobago

À Descoberta da Tobago Capital

Das alturas amuralhadas do Forte King George, ao limiar de Pigeon Point, o sudoeste de Tobago em redor da capital Scarborough, revela-nos uns trópicos controversos sem igual.
Bandeiras de oração em Ghyaru, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Cabine Saphire, Purikura, Tóquio, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Pesca, Caño Negro, Costa Rica
Vida Selvagem
Caño Negro, Costa Rica

Uma Vida à Pesca entre a Vida Selvagem

Uma das zonas húmidas mais importantes da Costa Rica e do Mundo, Caño Negro deslumbra pelo seu ecossistema exuberante. Não só. Remota, isolada por rios, pântanos e estradas sofríveis, os seus habitantes encontraram na pesca um meio embarcado de fortalecerem os laços da sua comunidade.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.