São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo


Doces crocantes
Vendedor de nougats e outros doces mantém a sua banca móvel estacionada contra a velha muralha da fortaleza de Acre.
Supremacia Judaica
Passageiros árabes admiram Acre a partir de um barco de passeios da cidade em que ondula uma bandeira israelita.
Navegação a pedais
Amigos árabes passeiam-se de gaivota nas águas do mar Mediterrâneo em frente à fortaleza de Acre.
Sorriso de avental
Vendedora de uma loja de especiarias do souq de Acre, um mercado milenar do Levante.
De saída
Mulheres muçulmanas descem uma escadaria da mesquita de El Jazzar.
De olho nos aromas
Clientes e transeuntes do souq de Acre em frente a uma grande loja de especiarias.
Duas gerações muçulmanas
Mãe e filha deixam o escuro de um dos vários túneis da fortaleza de Acre.
Cores & Sabores
Especiarias dispostas numa enorme banca do souq de Acre, identificadas em árabe e em judaico.
Silhueta ao fundo do tunel
Vultos desenhados pela luz ao fundo de rua na penumbra.
Porto de Acre
Porto e fortaleza de Acre vistos a partir do mar Mediterrâneo tranquilo ao largo.
Passeio à sombra
Transeuntes percorrem uma arcada da cidade velha de Acre.
Tour equestre
Charrete com passageiros percorre a zona marginal histórica da velha fortaleza de São João de Acre.
Danos visíveis
Fragmento da muralha exterior que em tempos protegeu a fortaleza de ataques inimigos.
Tapeçaria sortida
Tapetes secam num estendal da cidade velha, virados para o Mediterrâneo.
Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.

Chegamos à frente ocidental da fortaleza de Acre.

Deparamo-nos com uma frota de pequenas embarcações em doca seca ou ancoradas e, para lá destas, com o Mar Mediterrâneo liso, batido apenas pelo vento que aliviava o forno estival em que, por aqueles dias, se havia tornado o Médio Oriente.

Andamos algum tempo em busca do barco em que era suposto subirmos a bordo até que alguém pega num altifalante e começa a apregoar em árabe.

Não é que percebêssemos a mensagem mas identificamos de imediato que dali partiam as voltas marítimas à Acre muralhada. Que alguns visitantes preferiam fazer a pedalar em gaivotas garridas.

Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, Navegação a pedais

Amigos árabes passeiam-se de gaivota nas águas do mar Mediterrâneo em frente à fortaleza de Acre.

Antes que a lotação esgotasse, fizemo-nos passageiros.

Instalados sobre a popa mas em constante movimento, compreendemos que se verificava naquela barca de madeira uma extensão da discrepância política que vigorava dentro da fortaleza e no território em frente: o dono e capitão do barco era árabe.

O seu auxiliar e a maioria dos passageiros eram árabes.

Ainda assim, uma bandeira branca e azul com a estrela de David deixava bem claro quem dominava naquelas terras e mares.

Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, bandeira Israel

Passageiros árabes admiram Acre a partir de um barco de passeios da cidade em que ondula uma bandeira israelita.

Esvoaçavam bandeiras iguais em todos os barcos e também em pontos proeminentes da fortaleza como a torre turca do relógio.

À medida que nos afastamos, temos uma visão cada vez mais ampla da velha cidade, disposta numa língua de terra estreita que dificultava a sua conquista.

Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, Porto de Acre

Porto e fortaleza de Acre vistos a partir do mar Mediterrâneo tranquilo ao largo.

Em tempos, protegia-a uma muralha adicional que se erguia a partir do fundo do mar.

Resta, dela, um retalho em ruínas.

Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, muralha marinha

Fragmento da muralha exterior que em tempos protegeu a fortaleza de ataques inimigos.

Já a fortaleza principal, em si, mantém-se preservada e genuína como poucos historiadores pensaram possível tendo em conta a sua existência atribulada.

São João de Acre e o Longo Vaivém de Árabes e Cruzados

Em 636 d.C., Acre foi tomada pelos Árabes ao império Bizantino. Os novos ocupantes usufruíram da cidade sem grandes problemas até à chegada dos exércitos Cristãos. O Papa Urbano apelou às Cruzadas no ano 1095.

Cinco anos depois, Acre estava sob ataque e cercada.

Este cerco durou até 1104, quando foi derrotada pelas forças de Balduíno I de Jerusalém. Os Cruzados fizeram dela o seu ponto de partida para a tomada do alvo primordial, Jerusalém.

Transformaram-na num entreposto comercial que lhes permitiu prosperar com o comércio intenso do Levante, em especial das especiarias asiáticas.

Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, Cores & Sabores

Especiarias dispostas numa enorme banca do souq de Acre, identificadas em árabe e em judaico.

Em 1170, nove anos antes do Papa Alexandre III ter reconhecido a independência de Portugal, Acre era o porto mais importante do Leste do Mediterrâneo e a riqueza do reino de Jerusalém que impressionava os reinos do Ocidente devia-se-lhe.

Acre e Jerusalém não tardaram a capitular perante as forças do poderoso sultão Saladino.

Na Terceira Cruzada, a investida inexorável de Ricardo Coração de Leão e do Rei Filipe de Espanha permitiu-lhes retomar a Terra Santa.

Em Acre, em particular, Ricardo Coração de Leão castigou Saladino por não ter cumprido o que prometera quando se rendeu. Ficou para a história que Ricardo e o exército inglês massacraram quase três mil sarracenos.

Já em 1291, deu-se nova conquista infiel. Os Mamelucos (casta e sultanato poderoso com origem em escravos e militares há muito empregues pelos árabes) surgiram com um exército dez vezes superior ao dos Cristãos.

Após um cerco de dez meses durante o qual a maior parte dos habitantes de Acre fugiram para Chipre, a cidade capitulou e foi significativamente danificada.

Sob o domínio dos Mamelucos, Acre entrou num período de relativa marginalização, até 1517.

A Fortaleza que Resistiu ao Tempo e às Sucessivas Conquistas

Algo que surpreende qualquer visitante é que à imagem da fortaleza de Massada e, ao contrário de outros lugares de Israel, como a mística Tsfat ou Jaffa, a Acre muralhada pouco mudou desde estes tempos das Cruzadas.

As casas são ocupadas por famílias locais e não por artistas.

O seu souq pertence aos pescadores e não a vendedores ambulantes ou artesãos.

Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, tour equestre

Charrete com passageiros percorre a zona marginal histórica da velha fortaleza de São João de Acre.

Para isto e, para a atribuição do estatuto de Património Mundial da UNESCO contribuiu o facto bem mais recente de, após a captura da cidade pelas forças sionistas, em 1948, os Judeus terem optado por deixar a Velha Acre entre muralhas para os árabes e desenvolvido a sua própria nova cidade a leste.

Visitantes que, como nós, vagueiam descomprometidos com o tempo e a direcção pelas suas ruelas, becos e mercados, apreciam de imediato a sua pureza arquitectónica e histórica

Uma riqueza herdada dos tempos em que acolhia embarcações de Amalfi, de Pisa, de Veneza e de todo o Levante.

Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, Duas gerações muçulmanas

Mãe e filha deixam o escuro de um dos vários túneis da fortaleza de Acre.

O Sefardita Oded e o Predomínio Actual dos Árabes na Cidade Velha de Acre

Oded, o judeu quase septuagenário que nos guia não é, claro está, dessa era mas a sua família foi expulsa do Egipto ainda antes da Guerra da Independência de Israel, onde se refugiou.

Oded, viu-se envolvido nos conflitos israelo-árabes que se seguiram, na Guerra dos Seis Dias e na de Yom Kippur, também noutras escaramuças. Nem por isso desenvolveu uma atitude sionista cega ou extrema.

“Bom, se calhar almoçávamos entretanto, não? Que vos parece?” questiona-nos “Conheço aqui uma família que, para mim, tem o melhor húmus de Israel. Vamos lá?” Concordamos, agradecidos pela pausa e pela sugestão.

Pouco depois, estamos sentados à mesa a partilhar especialidades gastronómicas da região, seguidas de uma sobremesa improvisada de nougat tradicional.

Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, Doces crocantes

Vendedor de nougats e outros doces mantém a sua banca móvel estacionada contra a velha muralha da fortaleza de Acre.

A conversa flui.

Intriga-nos sobremaneira a concessão judaica da velha Acre aos Árabes. Oded não se furta a opinar. “Não foi o único lugar em que isso se passou. Há que ver que a fortaleza já era deles desde o século XVI.

Logo depois de os vencermos, em 1948-49, eles fugiram mas, depois de os combates terem esmorecido, muitos refugiados Palestinianos chegaram de outras partes e instalaram-se.

Desmobilizá-los só ia criar mais problemas. Em termos habitacionais, aquelas casas não são propriamente agradáveis.

De qualquer maneira, na municipalidade toda de Acre, eles perfazem uns 30%”

Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, Porto de Acre

Porto e fortaleza de Acre vistos a partir do mar Mediterrâneo tranquilo ao largo.

A Debandada Judaica de Acre que Continua

Pelo que compreendemos, a cedência habitacional da cidade muralhada fez parte de um status quo entre árabes e judeus com que, de ambos os lados, nem todos concordam. Não é suposto, por exemplo, serem erguidas mesquitas em bairros judeus.

Nem sinagogas em bairros árabes.

Seja como for, vários judeus queixam-se de que os minoritários árabes se tentam apoderar da cidade: “Antes, só existiam mesquitas na Velha Akko” queixa-se uma moradora judaica mais radical “agora estão em cima de nós.

Os judeus estão cada vez mais a vender as casas e a sair de cá. Vamos à sinagoga ao Sábado e os árabes fazem churrascos mesmo à nossa frente. Nos últimos 10 anos, mais de 20 mil judeus abandonaram Akko.

Os árabes das aldeias mais próximas substituem-nos. Se isto continua assim, não tarda, Akko vai ter um mayor árabe!”.

Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, tapeçaria sortida

Tapetes de casas e famílias muçulmanas secam num estendal da cidade velha, virados para o Mediterrâneo.

Como continuámos a aprender ruela acima, ruela abaixo, num passado recente, algumas disputas já se provaram menos verbais mas não assumiram nem de perto a dimensão ou a violência do conflito medieval Cristão-Muçulmano.

Após a conquista dos Mamelucos, Acre perdeu grande parte da sua importância.

Mas, no século XVIII, um mercenário otomano bósnio de nome Al-Jazzar devolveu a dignidade e a influência regional ao porto.

O Complexo Legado Histórico de São João de Acre

Em 1799, Napoleão sentiu-se aliciado. Al-Jazzar, teve que requerer o auxílio da armada inglesa para repelir o imperador francês quando este se sentiu aliciado e o tentou capturar.

Das mesquitas que detectamos dentro das muralhas, a que mais se destaca é, de longe, a erguida, em 1781, em honra do otomano. Foi construída sobre uma antiga catedral dos Cruzados.

Aliás, com o passar dos séculos, várias estruturas cristãs seriam cobertas por muçulmanas.

Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, De saída

Mulheres muçulmanas descem da mesquita de El Jazzar, baptizada em honra do mercenário bósnio homónimo.

Não tardámos a refugiar-nos do calor vespertino opressivo.

A verificar que o mesmo tinha acontecido, por exemplo com os Salões dos Cavaleiros.

Estas estruturas surgem oito metros abaixo do nível das ruas.

Em tempos, foram usadas como quartel-general pelos Cavaleiros-Hospitalários ou da Ordem de São João que combateram e prestaram auxílio aos peregrinos doentes, pobres ou feridos – lado a lado com os Cavaleiros Templários e os Teutónicos.

Acre, Fortaleza dos Templários, arcada

Transeuntes percorrem uma arcada da cidade velha de Acre.

Mas, quando os Mamelucos conquistaram Acre, cobriram aquelas salas abobadadas de entulho.

Também um túnel usado pelos templários para se deslocarem secretamente entre o Palácio e o porto foi encontrado há alguns anos por um canalizador após uma moradora se ter queixado de uma conduta entupida.

De volta à superfície, vagueamos pelo souq frenético e apreciamos a diversidade de produtos – ainda com destaque para as especiarias – que em tempos fez a delícia de mercadores de todas as partes – identificados em árabe, em judaico e em inglês.

Acre, Fortaleza dos Templários, Israel, compras

Clientes e transeuntes do souq de Acre em frente a uma grande loja de especiarias.

Não vemos sinal de excursões ou grandes grupos de estrangeiros.

Acre parece ter também resistido ao pior do turismo e preserva a sua integridade secular.

Masada, Israel

Masada: a Derradeira Fortaleza Judaica

Em 73 d.C, após meses de cerco, uma legião romana constatou que os resistentes no topo de Masada se tinham suicidado. De novo judaica, esta fortaleza é agora o símbolo supremo da determinação sionista
Jerusalém, Israel

Mais Perto de Deus

Três mil anos de uma história tão mística quanto atribulada ganham vida em Jerusalém. Venerada por cristãos, judeus e muçulmanos, esta cidade irradia controvérsias mas atrai crentes de todo o Mundo.
Basílica Santo Sepúlcro, Jerusalém, Israel

O Templo Supremo das Velhas Igrejas Cristãs

Foi mandada construir pelo imperador Constantino, no lugar da Crucificação e Ressurreição de Jesus e de um antigo templo de Vénus. Na génese, uma obra Bizantina, a Basílica do Santo Sepúlcro é, hoje, partilhada e disputada por várias denominações cristãs como o grande edifício unificador do Cristianismo.
Mar Morto, Israel

À Tona d'água, nas Profundezas da Terra

É o lugar mais baixo à superfície do planeta e palco de várias narrativas bíblicas. Mas o Mar Morto também é especial pela concentração de sal que inviabiliza a vida mas sustém quem nele se banha.
Jaffa, Israel

Onde Assenta a Telavive Sempre em Festa

Telavive é famosa pela noite mais intensa do Médio Oriente. Mas, se os seus jovens se divertem até à exaustão nas discotecas à beira Mediterrâneo, é cada vez mais na vizinha Old Jaffa que dão o nó.
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
Tsfat (Safed), Israel

Quando a Cabala é Vítima de Si Mesma

Nos anos 50, Tsfat congregava a vida artística da jovem nação israelita e recuperava a sua mística secular. Mas convertidos famosos como Madonna vieram perturbar a mais elementar discrição cabalista.
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Jaffa, Israel

Protestos Pouco Ortodoxos

Uma construção em Jaffa, Telavive, ameaçava profanar o que os judeus ultra-ortodoxos pensavam ser vestígios dos seus antepassados. E nem a revelação de se tratarem de jazigos pagãos os demoveu da contestação.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
Arquitectura & Design
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Cansaço em tons de verde
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Singapura, ilha Sucesso e Monotonia
Cidades
Singapura

A Ilha do Sucesso e da Monotonia

Habituada a planear e a vencer, Singapura seduz e recruta gente ambiciosa de todo o mundo. Ao mesmo tempo, parece aborrecer de morte alguns dos seus habitantes mais criativos.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Jingkieng Wahsurah, ponte de raízes da aldeia de Nongblai, Meghalaya, Índia
Cultura
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Homer, Alasca, baía Kachemak
Em Viagem
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Promessa?
Étnico
Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Hiroxima, cidade rendida à paz, Japão
História
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Bufalos, ilha do Marajo, Brasil, búfalos da polícia de Soure
Ilhas
Ilha do Marajó, Brasil

A Ilha dos Búfalos

Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Península Banks, Akaroa, Canterbury, Nova Zelândia
Natureza
Península de Banks, Nova Zelândia

O Estilhaço de Terra Divinal da Península de Banks

Vista do ar, a mais óbvia protuberância da costa leste da Ilha do Sul parece ter implodido vezes sem conta. Vulcânica mas verdejante e bucólica, a Península de Banks confina na sua geomorfologia de quase roda-dentada a essência da sempre invejável vida neozelandesa.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Geisers El Tatio, Atacama, Chile, Entre o gelo e o calor
Parques Naturais
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio – Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Aloés excelsa junto ao muro do Grande Cercado, Great Zimbabwe
Património Mundial UNESCO
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Banhista, The Baths, Devil's Bay (The Baths) National Park, Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas
Praias
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Páscoa em Helsínquia, Finlândia, iKids em Seurassari
Religião
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Kente Festival Agotime, Gana, ouro
Sociedade
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Vida Selvagem
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.