Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa


Via Conflituosa
Soldados israelitas passam percorrem a mesma rua em que decorre a Via Crucis.
Leitura bíblica
Padres Franciscanos lêem passagens da bíblia numa das estações da Via Dolorosa.
Igreja do Santo Sepúlcro
A igreja do Santo Sepúlcro, no âmago da Jerusalém Cristã.
Pedra de unção
Crente debruça-se sobre a pedra da unção sagrada na Igreja do Santo Sepúlcro.
Velas
Fiel acende uma vela num recanto escuro da Igreja do Santo Sepúlcro.
Jerusalém
Panorâmica de Jerusalém, a partir do Monte das Oliveiras.
Via Dolorosa
Sinalética de Jerusalém que indica a terceira estação da Via Dolorosa.
Franciscanos na 1a Estação
Padres franciscanos alinhados no cimo da rampa em que tem início a Via Crucis.
Abóboda divina
Abóbada da Igreja do Santo Sepúlcro.
Santo sepulcro
Padre ortodoxo em frente à capela do Santo Sepúlcro.
Na Paz de Deus
Padres coptas num recanto da zona copta da igreja do Santo Sepúlcro.
Fila de Fé
Fiéis esperam pela sua vez de acederem à capela do Calvário.
Guardião do Leste
Padre ortodoxo à entrada da capela do Calvário.
Dor Cristã
Fiéis debruçam-se em reverência, junto à pedra de unção em que foi depositado e cuidado o corpo de Cristo.
Dor Cristã II
Crentes aglomerados em redor da pedra de unção de Jesus Cristo, à entrada da Igreja do Santo Sepulcro.
Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.

Ainda não são 3 da tarde.

Os padres franciscanos já estão alinhados à sombra da parede da capela da Flagelação, à espera da hora marcada, de mais fiéis ou simples interessados no itinerário guiado.

Os tradicionais hábitos castanhos uniformizam-nos perante Deus e os crentes mas não disfarçam a diversidade étnica da congregação, representada, em Jerusalém, por clérigos de várias partes do mundo.

Via Crucis: a Primeira Estação Paredes Meias com um Colégio Islâmico

Cinco separam-se da comitiva, sobem a rampa do colégio islâmico Al-Omariyeh e alinham-se à frente da entrada. O local exacto da primeira estação fica dentro da instituição.

As janelas do andar superior concedem uma vista privilegiada sobre o Monte do Templo mas a comitiva nem da porta passa. A cerimónia  ainda está por começar e a disputa religiosa e territorial pela Cidade Santa já se faz sentir.

Um dos franciscanos de feições asiáticas inaugura a leitura ao microfone das passagens da bíblia descritivas dos derradeiros dias de Cristo. Quase ao mesmo tempo, soa do minarete acima um apelo estridente de muezzin à oração que abafa as palavras amplificadas do padre.

A rivalidade pouco tem de novo. Ao longo dos séculos, os exércitos de cruzados e de combatentes muçulmanos, como os sacerdotes e imãs chegaram e partiram. As ruelas de Jerusalém passaram dos domínios de Deus aos de Alá várias vezes.

Na actualidade, em termos territoriais, a cidade até é dominada pela terceira das religiões abraâmicas mas as fés concorrentes e os seus seguidores já se conformaram com uma frágil coexistência forçada.

A estranha desgarrada prossegue por uns minutos. Em seguida, os franciscanos voltam a descer a rampa, juntam-se aos restantes irmãos e dão início ao cortejo.

Via Crucis: a Segunda Estação Junto à Igreja Franciscana da Condenação

Deixamos as imediações da Capela da Flagelação e paramos na segunda estação, situada do lado oposto do colégio na Igreja Franciscana da Condenação, onde se acredita que Jesus terá recebido a cruz pouco antes de ser castigado.

Passamos por debaixo do arco de Ecce Homo, que se pensou em tempos ser uma das entradas para a fortaleza de Herodes.

Contra a opinião de inúmeros historiadores, o local em que Poncius Pilatos terá apresentado Jesus Cristo já flagelado e com a coroa de espinhos colocada, à multidão judaica hostil, onde determinou que, uma vez que não via razões óbvias para a condenação que fosse a multidão a decidir o seu destino,

Via Crucis: a Terceira Estação nas Imediações da Capela Católica Polaca

A procissão chega ao fim do beco sombrio. Entra na rua Al-Wad e no souq movimentado do Bairro Muçulmano. Segue em direcção à terceira estação, o lugar em que Cristo terá caído pela primeira vez no percurso para o Calvário, hoje situado junto a uma pequena capela polaca adjacente à entrada do Hospício Patriarcal Católico Arménio.

Os franciscanos detêm-se ali por algum tempo, a completarem a narrativa bíblica correspondente, sob o olhar controlador de jovens militares das forças de defesa israelitas. A passagem do cortejo não parece agradar aos proprietários muçulmanos das lojas em redor.

Entretanto, os participantes tinham aumentado a olhos vistos. Bloqueavam a circulação dos transeuntes pela rua e as entrada de clientes. Como se não bastasse, alguns visitantes são acusados de fotografarem um grupo de mulheres islâmicas sem lhes pedir autorização.

Suscitam a ira de dois ou três homens visivelmente ressentidos que os querem obrigar a apagar as imagens. Como é habitual nestas contendas, os soldados da IDF não tardam a marcar presença.

Impõem a sua autoridade e desencorajam os queixosos de prosseguir com o escândalo. Quase em simultâneo, surgem três outros militares a escoltar um palestiniano algemado por entre a multidão.

Via Crucis: a Quarta, Quinta e Sexta Estação

Por essa altura, a procissão já se adiantara para a quarta estação, onde se acredita que Jesus encarou a sua mãe. Forçados a recuperar terreno, nunca chegamos a perceber qual o motivo do aprisionamento.

A Via Dolorosa prossegue para a quinta estação onde se diz que os romanos ordenaram a Simão o Cirenaico que ajudasse Jesus a carregar a cruz e para a sexta em que Verónica Lhe limpou a face com um pano. Ali próximo, já no Bairro Cristão, o Patriarcado Grego Ortodoxo exibe inclusive o que reclama ser esse pano, com a marca da face de Jesus.

A rua Al-Wad continua para sul em direcção à Muralha Ocidental.

Deixamo-la na pista dos franciscanos que vencem uma escadaria delimitada pelas lojas do enorme souq Khan as-Zeit. Os padres desafiam os fiéis a rezar com eles mas recitam a dezena do terço em Latim e a língua morta desencoraja os seguidores.

A lacuna frustra um franciscano que, em italiano, não contém a sua desilusão: “Já não sabem latim? Deviam saber. O latim é a nossa língua. Foi através dela que espalhámos a santa fé!”.

Via Crucis: a Sétima Estação próxima da Capela Franciscana

A sua reclamação não colhe frutos até porque a sétima estação se anuncia e os irmãos dela encarregues reclamam o protagonismo para descreverem o drama da segunda queda de Jesus, sob o peso desumano da cruz.

Atravessamos todo o atarefado souq e absorvemos de forma multisensorial os traços culturais daquele velho centro comercial muçulmano. Subimos a rua Aqabat al-Khanqah e encontramos a oitava estação em que Jesus disse a algumas mulheres para chorarem por elas e pelos filhos, não por Ele.

Então, a continuação da Via Crucis requer o regresso ao souq.

Via Crucis: a Nona Estação Marcada pela Igreja Copta de Jerusalém

Dali, segue rumo à Porta de Damasco e contorna a Igreja Copta. Os vestígios de uma coluna na sua porta marcam a nona estação e o lugar em que Cristo caiu pela terceira vez.

As cinco estações seguintes, encontram-se no interior da Basílica do Santo Sepulcro, o mais sagrado dos edifícios cristãos da Cidade Velha de Jerusalém por abarcar alegadamente o local bíblico do Calvário.

Pelo menos, assim acreditou Helena, a mãe do Imperador Constantino, 300 anos depois da morte de Cristo – ela própria uma peregrina convicta – que, após a identificação da sepultura de José de Arimateia e das três cruzes, decretou a construção do templo protector.

Via Crucis: Décima à Décima Quarta Estação, na Basílica do Sepulcro

Há 16 séculos que peregrinos dos 4 cantos do mundo ali chegam, se comovem e deixam as suas lágrimas junto aos lugares em que foram retiradas as vestes a Jesus (10ª estação), em que foi pregado à cruz (11ª), em que pereceu (12ª), em que o seu corpo foi removido da cruz e entregue a Maria (13ª) e, por fim, onde foi colocado no Santo Sepulcro (14ª). O mesmo acontece com vários crentes que acompanhamos no périplo da Via Dolorosa prestes a chegar ao término.

Por volta do século VIII, já os fiéis levavam a cabo paragens rituais que recuperavam os acontecimentos do caminho de Cristo para a Cruz.

As várias cisões da fé cristã são evidentes na Cidade Velha que há muito acolhe templos e crentes católicos, ortodoxos, coptas luteranos, entre outros. Durante a Idade Média, a Cristandade Latina dividiu-se em campos rivais e a Via Dolorosa ramificou-se.

Cada uma das facções reclamava que os verdadeiros itinerários visitavam as capelas de uma ou da outra.

A Elaboração Secular e Controversa da Via Crucis

No século XIV, os franciscanos desenharam uma caminhada de devoção que incluía algumas das estações actuais mas tinha como início o Santo Sepulcro.

Durante 200 anos, foi esta a rota usual até que o desejo dos peregrinos europeus em seguir os acontecimentos pela ordem das escrituras e a terminar no Calvário acabou por conquistar a mudança. Mas nem todos se puseram de acordo, nem assim se esperava em Jerusalém, a cidade de todas as disputas.

Vários historiadores reclamam que a Via Dolorosa deveria começar ainda fora da Cidadela, junto de onde, em tempos, se erguia a residência de Pilatos. Referências bíblicas ao julgamento de Jesus mencionam que teve lugar numa plataforma e num espaço aberto.

Segundo os estudiosos, só o palácio do governador poderia ter tal estrutura. De acordo, os historiadores reivindicam que o itinerário ideal para a Via Dolorosa deveria seguir, dali, para leste pela rua de David.

Depois, para norte, através do actual souq el-Lahamin e, para Oeste, em direcção ao Calvário.

Morondava, Avenida dos Baobás, Madagáscar

O Caminho Malgaxe para o Deslumbre

Saída do nada, uma colónia de embondeiros com 30 metros de altura e 800 anos ladeia uma secção da estrada argilosa e ocre paralela ao Canal de Moçambique e ao litoral piscatório de Morondava. Os nativos consideram estas árvores colossais as mães da sua floresta. Os viajantes veneram-nas como uma espécie de corredor iniciático.
São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.

Istambul, Turquia

Onde o Oriente encontra o Ocidente, a Turquia Procura um Rumo

Metrópole emblemática e grandiosa, Istambul vive numa encruzilhada. Como a Turquia em geral, dividida entre a laicidade e o islamismo, a tradição e a modernidade, continua sem saber que caminho seguir

Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Jaffa, Israel

Onde Assenta a Telavive Sempre em Festa

Telavive é famosa pela noite mais intensa do Médio Oriente. Mas, se os seus jovens se divertem até à exaustão nas discotecas à beira Mediterrâneo, é cada vez mais na vizinha Old Jaffa que dão o nó.
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Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Marinduque, Filipinas

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Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Jaffa, Israel

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Nos anos 50, Tsfat congregava a vida artística da jovem nação israelita e recuperava a sua mística secular. Mas convertidos famosos como Madonna vieram perturbar a mais elementar discrição cabalista.
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Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
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Étnico
Majuli, Índia

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Majuli é a maior ilha fluvial da Índia e seria ainda uma das maiores à face da Terra não fosse a erosão do rio Bramaputra que há séculos a faz diminuir. Se, como se teme, ficar submersa dentro de vinte anos, mais que uma ilha, desaparecerá um reduto cultural e paisagístico realmente místico do Subcontinente.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Promessa?
História
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Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
Curieuse Island, Seychelles, tartarugas de Aldabra
Ilhas
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

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Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
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África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Joshua Tree Parque Nacional, Califórnia, Estados Unidos,
Natureza
PN Joshua Tree, Califórnia, Estados Unidos

Os Braços Virados ao Céu do PN Joshua Tree

Chegados ao extremo sul da Califórnia, espantamo-nos com as incontáveis árvores de Josué que despontam dos desertos de Mojave e Colorado. Tal como os colonos mórmons que as terão baptizado, cruzamos e louvamos estes cenários inóspitos do Faroeste norte-americano.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Vai-e-vem fluvial
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Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
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Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
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Personagens
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O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
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Praias
Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço

Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Santo Sepulcro, Jerusalém, igrejas cristãs, sacerdote com insensário
Religião
Basílica Santo Sepúlcro, Jerusalém, Israel

O Templo Supremo das Velhas Igrejas Cristãs

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Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Sociedade
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Vida Selvagem
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.