Willemstad, Curaçao

O Coração Multicultural de Curaçao


Handelskade e Ponte Rainha Emma
A marginal handelskade para lá da ponte móvel rainha Emma.
estátua Dr. Efrain Jonckeer
Estátua de Efrain Jonckeer em Otrobanda contempla o bairro de Punda.
Mansão de Otrobanda
Edifício majestoso transformado em hotel, nas imediações do museu Kurá Hulanda.
Ponte Rainha Emma
Pedestres aguardam a ligação completa da ponte móvel Rainha Emma.
Arquitectura Excêntrica
Edifícios dispares e excêntricos de Punda.
Handelskade I
As linhas arquitectónicas "holandesas" da Handelskade.
Museu Kurá Hulanda
Fachada do museu do esclavagismo Kurá Hulanda, situado em Otrobanda.
Ocaso sobre a Ponte Rainha Emma
Pedestres sobre a ponte rainha Emma, com o sol a pôr-se a ocidente de Curaçao.
Palácio do Governo
O Palácio Governamental protegido pelas velhas muralhas da cidade.
Rua de Otrobanda
Arquitectura "holandesa" menos imponente numa via de Otrobanda.
Estátua da Rainha
Monumento à rainha Emma na zona de Pietermaai.
Arte de Rua
Mural com relevo num recanto de Punda.
Edifício Penha
O edifício-sede de Penha, uma companhia de perfumes e afins que opera desde 1708.
Átrio da Sinagoga
Visitante num pátio cercado de lápides da sinagoga de Curaçao
A Sinagoga de Curaçao
Visitante fotografa o interior da sinagoga de Curaçao, a mais antiga das Américas.
Telhados e Fachadas
Conjunto arquitectónico de Pietermaai.
Mural do Mercado
Citação e figura de uma personagem ilustre de Curaçao.
Raízes em África
Escultura de África no interior do museu Kurá Hulanda.
Esclavagismo e Tortura
Guia exibe um instrumento usado na era esclavagista de Curaçao.
Mural de Punda
Uma das muitas obras de arte de rua que embelezam Punda e outros bairros de Willemstad
Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.

Provou-se quase imediata a sensação de intimidade com a nova escala do périplo caribenho que havíamos inaugurado quase quatro meses antes.

Tínhamos aterrado, fazia uma meia-hora, provindos de Port of Spain, Trinidad. Na deslocação entre o aeroporto e o centro de Willemstad, metemo-nos numa carrinha estilo Hiace, daquelas bem populares e económicas, que acolhe passageiros pelo caminho.

Sentados em lugares dianteiros, escutamos os diálogos entre as passageiras de todos os dias e o condutor, que as conhecia de ginjeira. De conversa de ocasião, a interacção evoluiu para tagarelice. Sem que o esperássemos, quanto mais os ouvíamos mais nos parecia identificarmos sons e palavras.

Evitamos precipitar-nos. No entanto, entre tantas outras expressões e termos do crioulo local, continuaram a repetir-se “tá bom” e “tio”, estes, bem mais que alguns outros.

Quando chegamos ao destino final de Otrobanda, estávamos convictos a dobrar da influência do português no papiamento, o dialecto oficial de Curaçao e de Aruba, também falado em Bonaire, a ilha B” do famoso trio ABC do Caribe Holandês.

Otrobanda. A Caminho de Punda

Saímos na derradeira paragem de OtroBanda. Tínhamos marcado alojamento numa das ruas de Punda mas, com o mapa estudado, sabíamos que era curta a distância entre ambas.

Metemo-nos a caminho. Pouco depois, confrontamo-nos com o canal de Sint Annabaai que nos separava de Punda.

A sudeste, como em redor, o céu mantinha-se limpo e azulão, condizente com a atmosfera seca e ventosa que se fazia sentir. Percorriam-no, apenas, caravanas velozes de pequenas nuvens brancas.

Este firmamento em fundo reforçava a elegância arquitectónica e, àquela distância, sobretudo cromática, da Handelskade, a marginal encerrada por uma linha de prédios históricos exuberantes.

Willemstad, Curaçao, Punda, Handelskade

Metemo-nos pela ponte móvel Rainha Emma que, nos dias seguintes, haveríamos de cruzar vezes sem conta. Sentimos, pela primeira vez, o seu estranho menear.

A ponte deixa-nos de frente para o que nos pareceu o mais intrincado dos edifícios do conjunto.

O Penha faz de sede de um dos comerciantes de produtos de beleza pioneiros das Caraíbas, de portas abertas desde 1708.

Willemstad, Curaçao, Punda, Penha

Surge à entrada da espécie de centro comercial histórico instalado ao longo da Breedestraat, a via por que prosseguimos a caminhada.

Damos entrada nos aposentos já sobre as quatro da tarde. Com trabalho de “tipo escritório” por completar e os dias em Curaçao ainda em aberto, já não saímos.

O dia seguinte amanhece igual. Aproveitamo-lo ao máximo, com deambulações longas e aturadas por praticamente todas as ruas e ruelas, para começar, as da Punda em redor.

Willemstad, Curaçao, Mural de Punda

O Principal Entreposto Esclavagista da Holanda no Atlântico

Ditaram o tempo e a história que Willemstad se desdobrasse em áreas bem demarcadas. Essa sua diversidade só lhe granjeia interesse.

Punda foi a primeira zona a surgir, a partir de 1634, o ano em que os holandeses conquistaram Curaçao aos espanhóis. O seu nome derivou do holandês de punt, a Ponta.

Ciosos de que Espanha – ou outro qualquer rival colonial – poderia almejar a ilha, os novos donos apressaram-se a erguer muralhas.

Willemstad, Curaçao, Punda, Palácio do Governo

Três décadas mais tarde, até à abolição holandesa do esclavagismo, Willemstad manteve-se o principal polo de comércio de escravos da Holanda, capturados ou adquiridos no litoral oeste de África, vendidos para os restantes territórios coloniais das Caraíbas e das Américas, não só os holandeses.

Willemstad, Curaçao, otrobanda, Kurá HulandaEste comércio fez aumentar a população de Punda a grande ritmo. O potencial da colónia atraiu novos comerciantes.

Século XVI: a Chegada dos Judeus Sefarditas ainda em Fuga da Inquisição

No final do século XV, o rei D. Manuel decretou a expulsão de todos os judeus que não se convertessem ao catolicismo. Em 1497, cerca de vinte mil judeus concentraram-se no porto de Lisboa, decididos a partir.

Muitos, rumaram ao norte da Europa, sobretudo Alemanha e Países Baixos. Dos Países Baixos, uma parte, atravessou o Atlântico e instalou-se na Nova Holanda, o território do norte do Brasil ocupado e explorado pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais.

No contexto complexo de disputa do norte do Brasil entre Portugal, a Holanda e Espanha, Portugal prevaleceu. Na sequência, o Tribunal do Santo Ofício Português dedicou-se a identificar e a castigar os judeus que tinham fugido da sua acção na Europa.

Willemstad, Curaçao, Punda, Lápides da Sinagoga

Milhares de sefarditas recém-chegados à Nova Holanda voltaram a fugir. Muitos, rumaram a Nova Amesterdão (mais tarde, Nova Iorque). Outros, dispersaram-se por colónias caribenhas e das Índias Ocidentais. A começar por Curaçao.

A componente portuguesa e crioula-portuguesa do dialecto papiamento advém da linguagem introduzida pelos judeus sefarditas, dos dialectos falados pelos escravos chegados de territórios portugueses, da actual Guiné-Bissau de Cabo Verde e até de São Tomé e Príncipe.

Os judeus instalaram-se e aos seus prolíficos negócios em Punda.

A Expansão para fora do Domínio Muralhado de Punda

Com eles, o número de lares e edifícios comerciais aumentou sobremaneira.

De tal forma, que as autoridades se viram obrigadas a aprovar a expansão da colónia para fora das muralhas, a uma distância de cerca de 500 metros que permitisse aos canhões do Forte Amesterdão alvejar navios ao largo, sem edifícios pelo meio.

Essa nova povoação, Pietermaai, estendeu-se para sudeste de Punda e do braço de mar de Waaigat que a delimita a norte.

Willemstad, Curaçao, Telhados e fachadasDia após dia, deambulamos por ambos.

Confirmamos em Punda, o perfil mais urbano de Willemstad, repleto de prédios de quatro e cinco andares de corres garridas, culminados por águas furtadas com fachada recortada, numa óbvia transposição da arquitectura de Amesterdão e de outras partes da metrópole holandesa.

E, a despontar do conjunto, a sinagoga de Curaçao, erguida pelos judeus sefarditas chegados da Holanda e do Brasil, hoje, a sinagoga mais antiga das Américas, com piso de areia, como se tornou hábito nas Caraíbas.

Willemstad, Curaçao, Punda, Sinagoga de Curaçao

Lá nos sentamos e acompanhamos a dissertação de um rabi norte-americano que a desbobinava tim-tim por tim-tim a cada novo grupo de visitantes.

As Vivendas Seculares de Pietermaai e os Prédios “holandeses” de  Punda

Em Pietermaai, predominam as vivendas, envelhecidas, senhoras de uma deslumbrante decadência colonial. Algumas, foram transformadas em bares e restaurantes que combinam mobília velha, mas elegante com murais, pinturas e outras decorações criativas.

Willemstad é, toda ela, uma deslumbrante galeria de arte de rua, repleta de murais tridimensionais, que aproveitam as formas de contadores de água e outros recursos criativos inspiradores.

Willemstad, Curaçao, Punda, arte de rua

Devido aos preços hiperinflacionados, a sua marginal está reservada aos passageiros dos cruzeiros.

Mais para dentro, os inevitáveis franchises multinacionais também marcam presença. Malgrado as sucessivas marés de turistas desembarcados, Willemstad preserva alguns recantos antigos e genuínos.

A tasquinha que anuncia petiscos de kuminda krioyo que identificamos sem grande esforço: os pastechi, serbes i refresco, pan ku krokèt, ku frikandel ou ku hotdog.

Noutros estabelecimentos, a excêntrica sopa tradicional de iguana também servida na Plasa Bieu!, a extensão gastronómica do Old Market.

Willemstad, Curaçao, Punda, Mural do Mercado

O Influxo de Migrantes Venezuelanos e da sua Cultura

Há uns poucos anos, este mercado contava com uma ala flutuante de frutas e vegetais sobre as águas de Waigaat que  dependia da chegada de produtos e de vendedores da vizinha Venezuela.

Deixou de funcionar quando o presidente Nicolas Maduro ordenou o fecho das fronteiras com as ilhas ABC. Condenados pela miséria que se alastra na sua nação, os venezuelanos continuam a chegar, muitos deles (quase todos) por meios ilegais.

Instalam-se e enriquecem o caldeirão étnico e cultural secular de Curaçao.

Willemstad, Curaçao, Punda, Ocaso atrás da Ponte Rainha Emma

Ao entardecer, sentados numa das esplanadas da Handelskade, ouvimos alguns deles tagarelar no castelhano suave do sul do Caribe.

E, pouco depois, prendarem os clientes com uma cantoria generosa de rumba, reggaeton e outros sucessos latino-americanos.

Por essa altura, devido a uma qualquer necessidade da navegação, as autoridades portuárias mantinham a ponte móvel recolhida. A substituí-la, colocaram ao dispor um pequeno ferry com convés elevado.

Agradados com a variante, cumprimos a viagem no seu cimo.

Uma e outra vez. Para cá e para lá, até nos fartarmos.

Travessia à Descoberta de Otrobanda e de Scharloo

Por fim, desembarcarmos à descoberta de Otrobanda, o bairro oposto de Punda, seu rival quase espelhado se bem que sem o mesmo deslumbre arquitectónico do lado de lá da Sint Anna Bay, tratado por “lado hispânico”, por conta do perfil dos seus habitantes.

Lá visitamos o museu antropológico Kurá Hulanda, que exibe e explica a história do tráfico esclavagista do Atlântico. Guia-nos Yflen Florentina, ela própria, descendente dos escravos radicados em Curaçao.

Willemstad, Curaçao, otrobanda, Kurá HulandaSubimos a níveis mais elevados de Otrobanda, entre vivendas arejadas, aqui e ali, à conversa com os seus moradores, às tantas, com tentativas esforçadas de empregarmos uma ou outra expressão do papiamento.

Até que escurece. Descemos de volta para a Sint Anna Bay. Da sua beira, admiramos a iluminação artificial da frente de Handelskade destacar-se do crepúsculo.

Willemstad, Curaçao, Punda, Ponte móvel Rainha Emma

Voltamos a passar para lá, pela ponte que está de novo operacional. Regressamos às margens de Waigaat.

Aventuramo-nos por Scharloo, o quarto bairro de Willemstad, na génese, uma plantação abandonada onde, mais tarde, os mercadores judeus abastados ergueram as suas villas.

Evoluiu, assim, para se tornar o sector grãfino da cidade, até que, por volta de 1960, entrou noutro dos deliciosos declínios da ilha.

Lá nos sentamos numa esplanada popular. Lá saboreamos cervejas Brion geladas. Tínhamos o tempo por nossa conta. Willemstad e Curaçao mereciam muito mais.

Willemstad, Curaçao, Punda, Handelskade ao anoitecer

Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Saba, Holanda

A Misteriosa Rainha Holandesa de Saba

Com meros 13km2, Saba passa despercebida até aos mais viajados. Aos poucos, acima e abaixo das suas incontáveis encostas, desvendamos esta Pequena Antilha luxuriante, confim tropical, tecto montanhoso e vulcânico da mais rasa nação europeia.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
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Mérida a Los Nevados: nos Confins Andinos da Venezuela

Nos anos 40 e 50, a Venezuela atraiu 400 mil portugueses mas só metade ficou em Caracas. Em Mérida, encontramos lugares mais semelhantes às origens e a geladaria excêntrica dum portista imigrado.
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A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
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Little Havana, E.U.A.

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Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
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Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

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Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

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Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
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Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
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O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
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Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Cabana de Bay Watch, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,
Arquitectura & Design
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
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Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Cerimónias e Festividades
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Estátuas de elefantes à beira do rio Li, Elephant Trunk Hill, Guilin, China
Cidades
Guilin, China

O Portal Para o Reino Chinês de Pedra

A imensidão de colinas de calcário afiadas em redor é de tal forma majestosa que as autoridades de Pequim a imprimem no verso das notas de 20 yuans. Quem a explora, passa quase sempre por Guilin. E mesmo se esta cidade da província de Guangxi destoa da natureza exuberante em redor, também lhe achámos os seus encantos.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Danças
Cultura
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Em Viagem
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Camponesa, Majuli, Assam, India
Étnico
Majuli, Índia

Uma Ilha em Contagem Decrescente

Majuli é a maior ilha fluvial da Índia e seria ainda uma das maiores à face da Terra não fosse a erosão do rio Bramaputra que há séculos a faz diminuir. Se, como se teme, ficar submersa dentro de vinte anos, mais que uma ilha, desaparecerá um reduto cultural e paisagístico realmente místico do Subcontinente.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Nacionalismo Colorido
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Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
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A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
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Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
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O Recreio Caribenho de Hemingway

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São cinco os vulcões que fazem da ilha grande Havai aumentar de dia para dia. O Kilauea, o mais activo à face da Terra, liberta lava em permanência. Apesar disso, vivemos uma espécie de epopeia para a vislumbrar.
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Em 73 d.C, após meses de cerco, uma legião romana constatou que os resistentes no topo de Masada se tinham suicidado. De novo judaica, esta fortaleza é agora o símbolo supremo da determinação sionista
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Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
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O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
cowboys oceania, Rodeo, El Caballo, Perth, Australia
Sociedade
Perth, Austrália

Cowboys da Oceania

O Texas até fica do outro lado do mundo mas não faltam vaqueiros no país dos coalas e dos cangurus. Rodeos do Outback recriam a versão original e 8 segundos não duram menos no Faroeste australiano.
Jovens mulheres gémeas, tecelãs
Vida Quotidiana

Margilan, Uzbequistão

Périplo pelo Tecido Artesanal do Uzbequistão

Situada no extremo oriental do Uzbequistão, Vale de Fergana, Margilan foi uma das escalas incontornáveis da Rota da Seda. Desde o século X, os produtos de seda lá gerados destacaram-na nos mapas, hoje, marcas de alta-costura disputam os seus tecidos. Mais que um centro prodigioso de criação artesanal, Margilan estima e valoriza um modo de vida uzbeque milenar.
Abutres em modo de ventilação, a usar a brisa suave acima da savana
Vida Selvagem
PN Kruger, África do Sul

O Parque Nacional Ancião da África do Sul

Parte da sua área actual já era protegida antes da viragem para o século XX. Decretado, em 1926, o primeiro parque nacional da nação arco-íris, o PN Kruger continuou a expandir-se. Hoje, o sétimo maior de África, abriga o ansiado Big Five e, no que diz respeito a vida selvagem, uma imensidão de espécies mais.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.