Bora-Bora, Raiatea, Huahine, Polinésia Francesa

Um Trio Intrigante de Sociedades


Baptismo
Momento de uma cerimónia religiosa numa igreja de Bora Bora.
Bora Bora enevoada
Névoa irriga a vegetação verdejante que cobre o âmago da ilha de Bora Bora.
Tropical quase Horizontal
Coqueiros buscam o oceano Pacífico, em Huahine.
Foto de Grupo
Crentes posam para uma fotografia no exterior de uma igreja protestante de Bora Bora.
Ilhas-Sociedade-Polinésia-Francesa
Montanha verdejante no coração de um dos muitos atóis das Ilhas Sociedade.
Litoral Tropical
A linha de costa verdejante de Huahine.
Recanto de Marae
Elementos étnicos decoram um marae cerimonial polinésio de Raiatea.
Fé uniforme
Uma assistência de crentes apenas mulheres assiste à missa em trajes brancos muito semelhantes.
Braço-de-mar
Braço de mar recorta o interior frondoso de Huahine.
No coração idílico do vasto oceano Pacífico, o Arquipélago da Sociedade, parte da Polinésia Francesa, embeleza o planeta como uma criação quase perfeita da Natureza. Exploramo-lo durante um bom tempo a partir do Taiti. Os últimos dias, dedicamo-los a Bora Bora, Huahine e Raiatea.

Em plena era das Descobertas, James Cook, impressionado com a exuberância dos cenários e com a beleza e gentileza das mulheres polinésias, terá declarado Bora Bora a Pérola do Pacífico.

Dois séculos depois, Bora Bora faz parte do imaginário de meio mundo como um símbolo de paraíso luxuoso, tão hedonista como frívolo. As mais poderosas corporações turísticas, transformaram-na numa ilha geradora de enormes lucros.

À imagem de Moorea, Bora Bora prova-se uma obra-prima geológica que combina inúmeros picos vulcânicos aguçados cercados por um atol excêntrico que deixam deslumbrados os mais insensíveis às expressões do Planeta.

Há trinta anos, o hotel Bora Bora instalou-se a partir de um dos motus, os ilhéus que delimitam a lagoa. Daí para cá, dezenas de outros resorts se juntaram ao pioneiro e o marketing eficaz que promove a ilha a uma escala mundial passou a atrair milhares de casais em lua-de-mel, desejosos de viver a “dita” mais sofisticada experiência polinésia e de, no regresso, dela se poderem gabar.

Os hóspedes são essencialmente europeus, americanos e japoneses. Chegam a exibir malas Louis Vuitton. Instalam-se em bungalows requintados sobre a lagoa, esperançados em partilhar as suas férias com Pierce Brosnan, que se diz, por aqui, ser quase residente, ou outras estrelas de cinema.

Quanto às actividades de lazer, Bora Bora pouco oferece de novo em relação às irmãs. É da praxe participar-se pelo menos num lagoon tour que inclui paragens para snorkeling e um churrasco num ou vários bancos de areia.

Por algumas centenas de euros extra, os resorts proporcionam experiências inesquecíveis de mergulho com mantas e tubarões. Quando o mar azul-azulão da ilha começa a fartar, pode-se ainda passear a cavalo ao longo do motu Piti Aau.

Ilhas-Sociedade, Polinésia, Francesa

Montanha verdejante no coração de um dos muitos atóis das Ilhas Sociedade.

Claro que, no arquipélago das Sociedade, todos os hotéis requintados se fazem pagar a condizer. No caso de Bora Bora, os preços afastam os aspirantes com carteiras menos recheadas. E, no entanto, a ilha também reserva lugar para quem, como nós, busca expressões da sua alma taitiana.

Chegada em Tempo de Chuva

Aterramos no motu Mote numa tarde de chuva, vento e céu cinzento. Já tínhamos tido a nossa dose de bom tempo e de vistas paradisíacas noutras ilhas. De acordo, prosseguimos com a visita conformados com o azar meteorológico.

Damos entrada na Chez Rosine, uma pensão familiar situada à beira da lagoa mas, ainda assim, no coração da ilha.

Duas horas depois, quando perguntamos à empregada o que nos aconselha a fazer num dia de chuva, responde com uma entediada sinceridade: “Meus amigos, em Bora Bora, tirando olhar para as cores da lagoa, há pouco que fazer“. Nem por isso desistimos. A chuva torrencial dá tréguas. Pegamos em bicicletas da pousada e saímos à descoberta.

Floresta tropical, Bora Bora, Ilhas-Sociedade, Polinésia, Francesa

Névoa irriga a vegetação verdejante que cobre o âmago da ilha de Bora Bora.

Pelo caminho, observamos a paisagem mística do Monte Otemanu, difuso entre a vegetação densa e as nuvens baixas que o irrigam e às cascatas que por ele deslizam. Passamos por lojas e mais lojas orientadas para o turista e por uma ou outra casa humilde que resistiu à inevitável pressão imobiliária.

Só nos detemos em Faanui. Decorre uma missa na igreja protestante da povoação. Uma multidão de crentes, quase todos mulheres nos seus melhores trajes, aflui em massa. Após breves momentos de convívio no exterior, as fiéis entram. A igreja fica à pinha.

Deslumbra-nos uma imensidão de vestidos brancos e chapéus rendilhados que as predominantes senhoras mantêm na cabeça durante o cerimonial.

Mulheres na Missa. Bora Bora, Ilhas-Sociedade, Polinésia, Francesa

Uma assistência de crentes apenas mulheres assiste à missa em trajes brancos muito semelhantes.

No dia seguinte, continuamos a explorar o que subsistia das raízes pré-turísticas de Bora Bora.

Um Salto no Arquipélago. À Descoberta de Raiatea

E recuamos ainda mais na história polinésia quando viajamos para Raiatea, a próxima ilha da Sociedade no mapa.

Decididamente à margem do glamour das antecessoras do grupo, Raiatea – mas não a sua extensão Taha’a que é apenas e só selvagem – revela-se tão sofisticada quanto reservada e antiquada.

Os seus habitantes vivem segundo os termos que estabeleceram. Confirmamos que a agricultura e os postos de trabalho governamentais são as principais fontes de emprego, os últimos, concentrados em Uturoa, porto local e a segunda maior cidade da Polinésia Francesa, a seguir à capital Pape’ete, esta situada na ilha-mãe Taiti.

Raiatea acolheu, há muitos séculos atrás, alguns dos santuários sagrados mais relevantes de toda a Polinésia. As suas terras verdejantes emanam um mistério e misticismo que não passa despercebido aos arqueólogos ou exploradores interessados na milenar cultura taitiana.

Marae em Raiatea, Ilhas Sociedade, Polinésia, Francesa

Elementos étnicos decoram um marae cerimonial polinésio de Raiatea.

Delas se destacam determinados maraes, lugares de culto religioso e cerimónias sociais que os nativos limparam de vegetação e delimitaram. Encontramo-los em diversos pontos estratégicos do litoral.

É o caso do Taputapuatea que teve tanta importância para os polinésios que qualquer outro marae construído noutra ilha devia incluir uma das suas pedras, como símbolo de aliança. Esta lei aplicava-se até às longínquas Ilhas Cook ou ao arquipélago do Havai.

É ainda o caso do Tauraa, um recinto tapu (tabu) que preserva uma pedra elevada de investidura em que os jovens ari’i (chefes) eram coroados. Outros maraes com o Tainuu da aldeia de Tevaitou permitem continuar a acrescentar dados ao contexto histórico de Raiatea e à sua função no vasto universo taitiano.

Não é que lhe faltem os ingredientes sedutores porque se tornou tão desejado o arquipélago da Sociedade mas, se cada uma das suas ilhas é ideal para fins distintos, a Raiatea, cabia a nobre missão de revelar as origens enigmáticas da civilização polinésia. De acordo, abreviamos o voo para a ilha que seguia: Huahine.

Huahine, a Sociedade que se Segue

Tal como voltamos a apreciar das janelas do avião, à imagem do Taiti, Huahine é composta por duas ilhas: Huahine Nui e Huahine Iti.

Ambas estão cercadas por um anel de recife de coral e têm a companhia de diversos ilhéus, motus. Separam-nas Nui e Iti umas poucas centenas de metros de água que, durante a maré vazia, desvenda uma língua de areia que permite caminhar de uma a outra.

Huahine Nui e Huahine Iti formam o clássico conjunto geológico ilha-montanha com ponto mais alto nos 670 metros do pico Turi. E envolve-as um dos atóis abundantes no arquipélago das Sociedade. O duo prova-se mais um monumento natural da Terra exuberante e sedutor que mantém estas paragens do Planeta nos imaginários de paraíso de qualquer viajante ou pretendente a viajar.

Coqueiros, Huahine, Ilhas Sociedade, Polinésia Francesa

Coqueiros buscam o oceano Pacífico, em Huahine.

As melhores praias de Huahine estão na pequena Iti. Em termos balneares e de cenário, ficam bem aquém das de Maupiti, Bora Bora e Moorea, para mencionar apenas três das ilhas do vasto arquipélago Sociedade.

A Vida Cosmopolita e Solarenga de Chez Guynette

Instalamo-nos na Chez Guynette, uma pousada familiar, gerida por um casal de franceses com dois filhos, donos da Guynette que inspirou o baptismo do negócio, uma cadela castanha. A meio da década de 2000, os proprietários mudaram-se de Nice, Côte d’Azur para a ainda mais solarenga Polinésia Francesa.

Dizem-nos que os seus melhores amigos são portugueses, de Chaves, que já os foram visitar durante as romarias de Verão de Trás-os-Montes.

Partilhamos o espaço comum da pousada com Gerald, um austríaco, como nós, numa longa viagem e que abordamos na brincadeira quando o vemos a folhear um grande e pesado atlas. “Andas a viajar com isso?” “Acham que sim? Por acaso até sou um bocado estúpido, mas não tanto como isso”, responde-nos e gera uma enorme gargalhada comunal.

Gerald descreve-nos os lugares do Alasca que tinha achado mais mágicos. Reforça o entusiasmo que já sentíamos por esse trecho americano da viagem de volta ao nundo a que nos entregaríamos daí a uns meses.

O Aussie Jim, a Espiritualidade e a Numerologia

Gerald vai à sua vida. Aparece Jim. Jim é um australiano de Byron Bay que, entre outros dotes, faz surf, constrói pranchas de surf, escreve música. Jim, confessa-nos que está prestes a iniciar um retiro de ioga e jejum na natureza, determinado em libertar toxinas do seu corpo.

Jim cultivou um forte interesse na numerologia. Pergunta se nos importamos que nos analise do ponto de vista numerológico. “Não, claro que não!”  respondemos-lhe, entusiasmados e intrigados. Na sequência, tira nota de uma série de informações essenciais à análise: data de nascimento, idade, nomes.

Aplica as respostas a uma sua fórmula. Como resultado, atribui números correspondentes às nossas personalidades que afiança que já tinha mais ou menos definido, apesar de só nos ter estudado uns vinte minutos.

O mate Jim tem que fazer. Tal como nós. Despedimo-nos com um até mais logo a contar com um reencontro nocturno que se veio a verificar.

Na manhã seguinte, saímos num carro alugado aos preços exorbitantes da Polinésia Francesa.

Percorrem Huahine Nui estradas estreitas mas imaculadas que os financiamentos estruturais gauleses ajudam a manter. Na prática, é o mesmo efeito que têm no que diz respeito à dependência da Polinésia Francesa face à França.

Estas vias, desvendam a natureza luxuriante da ilha.

Braço-de-mar, Huahine, Ilhas-Sociedade, Polinésia Francesa

Braço de mar recorta o interior frondoso de Huahine.

Damos-lhe mais que uma volta. Desiludimo-nos. Os cenários e a atmosfera eram os mesmos dos de Raiatea. Mais ainda que em Raiatea, praticamente não detectámos ou sentimos vida humana além de um ou dois nativos a tratarem das frentes das suas casas, de uma forma quase obsessiva.

A Surpreendente Desolação Tropical de Huahine

De tal maneira nos aborrecemos com a inesperada esterilidade demasiado ajardinada e arranjada da ilha que devolvemos o carro, quatro horas depois, ainda a meio do tempo de aluguer.

Huahine depressa transmite, a quem chega de fora, uma sensação de absoluto isolamento. Não é alheia a essa sensação a postura defensiva da população local face ao turismo milionário. Mesmo conscientes de como prejudicam as suas contas bancárias, os menos de 6000 habitantes da ilha sempre se mostraram contra a construção de resorts luxuosos.

Até à data da nossa visita, só um grande hotel daqueles que espraiam constelações de cabanas mar adentro tinha conseguido furar o bloqueio.

Desse hotel, brotou mais um pequeno mundo privado, pseudo-sofisticado e alienado no já de si universo retirado dos confins das Ilhas Sociedade.

Maupiti, Polinésia Francesa

Uma Sociedade à Margem

À sombra da fama quase planetária da vizinha Bora Bora, Maupiti é remota, pouco habitada e ainda menos desenvolvida. Os seus habitantes sentem-se abandonados mas quem a visita agradece o abandono.
Papeete, Polinésia Francesa

O Terceiro Sexo do Taiti

Herdeiros da cultura ancestral da Polinésia, os mahu preservam um papel incomum na sociedade. Perdidos algures entre os dois géneros, estes homens-mulher continuam a lutar pelo sentido das suas vidas.
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Moorea, Polinésia Francesa

A Irmã Polinésia que Qualquer Ilha Gostaria de Ter

A meros 17km de Taiti, Moorea não conta com uma única cidade e abriga um décimo dos habitantes. Há muito que os taitianos veem o sol pôr-se e transformar a ilha ao lado numa silhueta enevoada para, horas depois, lhe devolver as cores e formas exuberantes. Para quem visita estas paragens longínquas do Pacífico, conhecer também Moorea é um privilégio a dobrar.
Rapa Nui - Ilha da Páscoa, Chile

Sob o Olhar dos Moais

Rapa Nui foi descoberta pelos europeus no dia de Páscoa de 1722. Mas, se o nome cristão ilha da Páscoa faz todo o sentido, a civilização que a colonizou de moais observadores permanece envolta em mistério.
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Lifou, Ilhas Lealdade

A Maior das Lealdades

Lifou é a ilha do meio das três que formam o arquipélago semi-francófono ao largo da Nova Caledónia. Dentro de algum tempo, os nativos kanak decidirão se querem o seu paraíso independente da longínqua metrópole.
Grande Terre, Nova Caledónia

O Grande Calhau do Pacífico do Sul

James Cook baptizou assim a longínqua Nova Caledónia porque o fez lembrar a Escócia do seu pai, já os colonos franceses foram menos românticos. Prendados com uma das maiores reservas de níquel do mundo, chamaram Le Caillou à ilha-mãe do arquipélago. Nem a sua mineração obsta a que seja um dos mais deslumbrantes retalhos de Terra da Oceânia.
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Ouvéa, Nova Caledónia

Entre a Lealdade e a Liberdade

A Nova Caledónia sempre questionou a integração na longínqua França. Na ilha de Ouvéa, arquipélago das Lealdade, encontramos uma história de resistência mas também nativos que preferem a cidadania e os privilégios francófonos.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
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Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
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O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
religiosos militares, muro das lamentacoes, juramento bandeira IDF, Jerusalem, Israel
Cerimónias e Festividades
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
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Comida
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Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

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Portfólio Fotográfico Got2Globe
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Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
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Lago Sevan, Arménia

O Grande Lago Agridoce do Cáucaso

Fechado entre montanhas a 1900 metros de altitude, considerado um tesouro natural e histórico da Arménia, o Lago Sevan nunca foi tratado como tal. O nível e a qualidade da sua água deterioram-se décadas a fio e uma recente invasão de algas drena a vida que nele subsiste.
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Ilhas
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Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
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Inverno Branco
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Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
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Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
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Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
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Outono
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
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Parques Naturais
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Do “Pequeno Tibete Português” às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Mergulhão contra pôr-do-sol, Rio Miranda, Pantanal, Brasil
Património Mundial UNESCO
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
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O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
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Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
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Religião
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Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
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Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Graffiti deusa creepy, Haight Ashbury, Sao Francisco, EUA, Estados Unidos America
Sociedade
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
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A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Gandoca Manzanillo Refúgio, Baía
Vida Selvagem
Gandoca-Manzanillo (Refúgio de Vida Selvagem), Costa Rica

O Refúgio Caribenho de Gandoca-Manzanillo

No fundo do seu litoral sudeste, na iminência do Panamá, a nação “tica” protege um retalho de selva, de pântano e de Mar das Caraíbas. Além de um refúgio de vida selvagem providencial, Gandoca-Manzanillo revela-se um deslumbrante éden tropical.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.