Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo


3 Guys Church
Placard promove a venda de artesanato ecológico nativo tlingit.
M/V Malaspina
Passageiros de um dos barcos do Alaska Marine Highway System, pouco depois de terem deixado Sitka.
Ursos à Vista
Aviso de avistamentos recentes de ursos à entrada do trilho principal do Sitka National Historical Park
Cabeça de Totem 2
Pormenor de um do muitos totens tlingit disseminados pelo Sitka National Historical Park.
Catedral de St. Michaels
A frente da catedral de Saint Michaels, de madeira e com a sua cruz ortodoxa de oito braços
Totem Camuflado
Totem tlingit dissimulado no meio dos troncos largos da floresta de coníferas em redor de Sitka
Ocaso sobre Sitka
Longo pôr-do-sol tardio ilumina a vasta floresta de coníferas num canal nas imediações de Sitka
Trilho Sombrio
Trilho da floresta do Sitka National Historical Park, frequentemente visitado por ursos que justificam sérios avisos e cuidados redobrados dos visitantes.
Cabeça Chapelada
Detalhe do topo de um dos totens da tribo tlingit disseminados pelo Sitka National Historical Park.
O Ranger
Jimmy Craig, o guarda-florestal tlingit ao serviço do Sitka National Historical Park.
Tlingits
Fotografia de fotografia histórica de um grupo de indígenas tlingit, a tribo feroz que fez a vida dificil aos colonos russos
Torre da Catedral
Torre da catedral de Saint Michaels, um dos símbolos da herança russa mais importantes de Sitka e todo o Alasca.
Totem Esculpido
Totem da tribo tlingit perdido no meio das coníferas do Sitka National Historical Park.
Vestidos Quaker
Os vestidos confeccionados à mão por Jillian, uma moradora de Sitka quaker que desprezava a tecnologia.
Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.

Quando chegamos ao coração da baixa de Sitka, um sacerdote ortodoxo conversa com fiéis à entrada da catedral de Saint Michaels, o assento do Bispo de Kamchatka, das ilhas Kuril e do arquipélago aleuta.

A sua batina negra, as barbas grisalhas fazem total sentido na proximidade da igreja azul e branca coroada por várias cruzes de oito braços douradas.

A quem não se inteirou da história, podem fazer menos num dos territórios da nação que foi tanto tempo a arqui-rival da pátria dos czares.

Catedral de St Michaels, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

A frente da catedral de Saint Michaels, de madeira e com a sua cruz ortodoxa de oito braços

Outras referências à América Russa aparecem diante de nós quando menos esperamos. Na vizinha Marine Street, surge a sepultura da Princesa Maksoutoff – a esposa do último governador. A princesa jaz numa espécie de extensão VIP do vasto e arrepiante cemitério russo de que o musgo encharcado e restante vegetação se continuam a apoderar.

Logo ao lado, impõe-se uma réplica da paliçada que os ex-colonos ergueram para se proteger dos ataques frequentes dos indígenas.

Os Tlingit, a Alma Nativa de Sitka e os Ursos que a Habitam

À chegada dos russos, a etnia Tlingit era dona e senhora da região. Depressa espalhou terror entre os invasores. A ameaça dos Tlingit obrigou-os a estabelecer uma aliança oportunista com os rivais Aleutas. Só assim, coligados, os russos conseguiram derrotar os nativos na Batalha de Sitka e erguer o entreposto de Novoarkangelsk.

Jimmy Craig conhece a história ao pormenor. Orgulha-se da resistência feroz dos seus antepassados.

Alasca Marine Highway, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Jimmy Craig, o guarda-florestal tlingit ao serviço do Sitka National Historical Park.

Encontramo-lo fardado de guarda-florestal à entrada do Sitka National Historical Park onde detecta o aroma de fumo de fogueira nas nossas roupas e não resiste a comentar: “Vocês cheiram ao nosso melhor perfume: colónia de lenha! São muitos pontos ganhos na consideração de qualquer Tlingit”.

Sejam bem-vindos. Divirtam-se no parque mas tenham atenção. Nos últimos dias foram avistados ursos. Falem alto um com o outro. Se derem de caras com algum, acima de tudo não virem as costas!”

Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Aviso de avistamentos recentes de ursos à entrada do trilho principal do Sitka National Historical Park

Seguimos o conselho à letra. Embrenhamo-nos na floresta escura. Divertimo-nos a alimentar diálogos tão fúteis quanto barulhentos.

Paramos apenas para admirar cada um dos 18 totens tlingits misteriosos e coloridos e para ler os placares explicativos dispostos ao longo dos trilhos.

Totem, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Totem tlingit dissimulado no meio dos troncos largos da floresta de coníferas em redor de Sitka

Os ursos também criaram problemas aos pioneiros russos.

Alasca. A Vasta Colónia Russa que Acabou Vendida ao Desbarato

Os Russos aventuraram-se no Alasca quase cem anos antes dos britânicos. Motivava-os a abundância de peles, um bem, à época, muito valioso que ali conseguiam em maior quantidade que do outro lado do Estreito de Bering.

Depois de os seus súbditos terem quase extinguido os animais alvo das ilhas Aleutas e de Kodiak, o primeiro governador da colónia, Alexander Andreyevich Baranov deslocou a capital para sul.

Ergueu Sitka com a ambição desmedida de estabelecer um império das peles que se estenderia da Baía de Bristol até ao norte da Califórnia.

O projecto esbarrou no avanço dos britânicos. Não chegou sequer a meio caminho. Ainda assim, os russos dominaram o Alasca até 1867. Nesse mesmo ano, fecharam um dos piores negócios da sua história.

À época, várias contendas domésticas e os conflitos com as tribos nativas, as elevadas despesas com a manutenção da colónia a que se vieram juntar aquelas decorrentes das guerras napoleónicas, esgotaram as finanças de São Petersburgo.

Como último recurso, os russos procuraram vender o território aos Estados Unidos. Os americanos acabaram por concordar com o preço de 7.2 milhões de dólares, um valor inferior a dois cêntimos por acre a que o Partido Republicano chamou “A Loucura de Seward” (o Secretário de Estado de Lincoln que assinou o negócio) que se revelaria surpreendentemente lucrativo.

O Ouro do Alasca Que Atraiu Novos Colonos de Todas as Partes

Treze anos mais tarde, os prospectores Richard Harris e Joseph Juneau, este que veio a dar o nome à capital actual do Alasca, descobriram ouro no Canal Gastineau. O filão que encontraram, em conjunto com outros, depressa rendeu mais de 150 milhões de dólares.

Parte do património e do modo de vida dos vendedores também passou para as mãos dos compradores. Nenhuma outra povoação do sudeste do Alasca herdou tanto como Sitka. Hoje, Sitka conta com 9 mil habitantes. É a única povoação do sudeste do Alasca que desafia o oceano Pacífico.

Como era de esperar, em termos étnicos e culturais, Sitka tornou-se na verdadeira salada-russa. Uma manta de retalhos histórica que nos continuou a intrigar.

Tlingits, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Fotografia de fotografia histórica de um grupo de indígenas tlingit, a tribo feroz que fez a vida dificil aos colonos russos

Passamos parte da noite em redor de uma segunda fogueira, na casa de um casal de jovens quakers que se ofereceu para nos acolher. Não éramos os únicos.

Uma Noite à Fogueira, com Quakers, S’mores e Um Músico Alasquense

Caleb tinha acabado de chegar da longínqua Fairbanks (cidade do norte alasquense) e também era convidado. “Trouxeram vinho? Que maravilha!” exclama quando detecta a garrafa nos nossos sacos de compras para o jantar.

Já Seth e Jillian, os excêntricos anfitriões, não se mostram tão entusiasmados. “Bom, o álcool vai contra os nossos princípios mas não vos vamos impor nada. Bebam mas portem-se bem a seguir! Sabem o que são s’mores?” perguntam-nos ainda. Estamos com muita vontade de voltar a fazer uma noite de s’mores. Mas vamo-nos instalando em volta da fogueira. Já vêem o que é.”

Por via das dúvidas, antes, mostram-nos onde era suposto dormirmos. Nesse mesmo pequeno quarto, divertimo-nos a observar dezenas de trajes folclóricos pendurados que nos parecem adequados a um longo Carnaval.

Vestidos Quaker, Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Os vestidos confeccionados à mão por Jillian, uma moradora de Sitka quaker que desprezava a tecnologia.

Jillian repara no nosso fascínio: “Gostam? Sou eu que os costuro à mão. Nós, quakers não somos grandes fãs de tecnologia, como já devem ter reparado”.

O Fenómeno Então Emergente do grupo Portugal. The Man

Saímos para o quintal e para a noite fria daquele Alasca litoral. Caleb já se servira do vinho.

Enquanto se aquecia junto às chamas lembra-se de algo que o intrigava. “Vocês conhecem os Portugal. The Man ? São uma banda alternativa de Portland já bastante famosa cá pelo norte dos States. Eu até apostava que vão ficar famosos também na Europa. (n.d.A.: foi mais ou menos o que aconteceu e já vieram tocar a Portugal). Porque é que têm este nome? Pois, gostava muito de vos explicar mas a verdade é que não sei. “

Para compensar, fez-nos um verdadeiro interrogatório acerca de Portugal. Garantiu-nos que seria uma das suas viagens prioritárias no Velho Mundo.

Entretanto, Jillian distribuí-nos galhos apanhados ali em redor e abre as hostilidades s’morescas. Faz uma mini-sanduíche de malvaísco entre bolachas. Coloca-a na extremidade do seu galho e tosta-a sobre o fogo. Nós e Caleb, imitamo-la e a Seth. Tímido, este, ria-se de tudo um pouco enquanto se protegia do fumo denso que nos fazia engasgar.

As chamas e o fumo não tardam a apaziguar-se.

Jillian aproveita para nos confessar: “Ah, como isto nos está a saber bem.”. Ainda estamos bastante moídos da aventura da manhã. Fomos minerar ouro para o rio. Nunca pensámos que aquilo cansasse tanto. Ainda por cima não encontrámos nem sinal dele. Nem sequer pó.”

Congeminações Sobre o Passado e o Presente Russo de Sitka

Por essa altura, assalta-nos a mente um paralelismo que expomos à fogueira: “Já repararam que se tivessem sido os russos a achar o primeiro ouro cá por estes lados, podíamos aqui estar a falar russo e a beber vodka acompanhado com pepinos em pickle ?”

Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Torre da catedral de Saint Michaels, um dos símbolos da herança russa mais importantes de Sitka e todo o Alasca.

Ao que Seth contrapõe. “É verdade, rapazes. Mas não tenho bem a certeza se isso não acontece ainda de vez em quando aqui pelas redondezas. Podia ser mais visível, mas esta cidade ainda guarda muito de russo.

Tiveram azar com o calendário dos cruzeiros mas, quase sempre que cá atraca algum, há um espectáculo de danças tradicionais russas.”

Canal em Sitka, Viagem Alasca que já foi da Rússia

Longo pôr-do-sol tardio ilumina a vasta floresta de coníferas num canal nas imediações de Sitka

O próximo cruzeiro só chegava passado demasiado tempo.

Dois dias depois, embarcámos no M/V Malaspina e continuámos a explorar o Alasca pela rota do seu longo Marine Highway.

Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Prince William Sound, Alasca

Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Homer a Whittier, Alasca

Em Busca da Furtiva Whittier

Deixamos Homer, à procura de Whittier, um refúgio erguido na 2ª Guerra Mundial e que abriga duzentas e poucas pessoas, quase todas num único edifício.
Glaciar Mendenhall, Juneau, Alasca

O Glaciar por detrás de Juneau

Os nativos Tlingit denominavam assim este que é um dos mais de 140 glaciares do campo de gelo de Juneau. Mais conhecido por Mendenhall, nos últimos três séculos, o aquecimento global fez a sua distância para a capital diminuta do Alasca aumentar mais de quatro quilómetros.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Pela sombra
Arquitectura & Design
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
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Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

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cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
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Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
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O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
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A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
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Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
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Em Viagem
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Dunas da ilha de Bazaruto, Moçambique
Étnico
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
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A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
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Ilhas
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Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
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Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
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Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
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Parques Naturais
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Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Carrinha no Jossingfjord, Magma Geopark, Noruega
Património Mundial UNESCO
Magma Geopark, Noruega

Uma Noruega Algo Lunar

Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
A República Dominicana Balnear de Barahona, Balneário Los Patos
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Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
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Religião
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

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Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
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Com 1.2 km, a ponte de madeira mais antiga e mais longa do mundo permite aos birmaneses de Amarapura viver o lago Taungthaman. Mas 160 anos após a sua construção, U Bein está no seu crepúsculo.
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Vida Quotidiana
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Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

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