Ras R’mal, Djerba, Tunísia

A Ilha dos Flamingos de que os Piratas se Apoderaram


Pesca de Baixo-Mar
De volta a Houmt Souk
Os Flamingos da Quase-Ilha
Estranho Areal
Flamingos Juvenis
Banhistas do Dia
Águas Rasas
Acrobacias a Cavalo
Banho Islâmico
O Ancoradouro
Uma das Caleches
De Regresso
O Condutor de Charrete
Passageiros Escuteiros
Passageiros Escuteiros II
Piratas Acrobatas
Um Pontão de Muitos
Pesca de Baixo-Mar
De volta a Houmt Souk
Os Flamingos da Quase-Ilha
Estranho Areal
Até há algum tempo, Ras R’mal era um grande banco de areia, habitat de uma miríade de aves. A popularidade internacional de Djerba transformou-a no covil de uma operação turística inusitada.

Pouco depois de o condutor surgir, percebemos que, mesmo ao volante de um bom jipe, vem aflito com a missão que lhe calhara.

Em conversa com um outro, no dia anterior, tínhamos ficado com a ideia de que, mesmo se estava ali à vista, os motoristas de táxi e afins, consideravam a península ora arenosa, ora lamacenta de Ras R’Mal um domínio exógeno temível.

Mahmoud conta para cima de 60 anos. Há décadas que não se aventurava para aqueles lados, se é que alguma vez o tinha feito. Quando passa do asfalto para a terra batida e húmida da via com início no istmo, põe-se nervoso e ao telefone.

Adiante, espera-o um jovem motociclista a caminho da pesca. Aliviado por o encontrar, Mahmoud digna-se, por fim, a explicar-nos o que se passava. “Os caminhos aqui podem ser traiçoeiros. Ele conhece-os. Eu não. Vamos atrás dele.”

O Trajecto para o “Desconhecido” de Ras R’Mal

Dito e feito. Progredimos para norte. Aos esses e, depressa nos desesperamos, num modo de câmara-lenta imposto pelo motor fraco e velho do motociclo do pescador.

Tentamos abstrair-nos da lentidão ridícula da viagem. Momentos depois, confirmamos que, em pleno Verão, a estrada não se embrenhava sequer em zonas ensopadas. E, se isso acontecesse, as poças rasas pouco ou nada afectariam a potência 4×4 do jipe.

Queixamo-nos a Mahmoud daquele ritmo. Convencemo-lo de que estamos habituados a percursos todo-o-terreno e que, se confiasse em nós, o manteríamos a salvo de chatices. Mahmoud anui.

Agradece ao guia-pescador. Despede-se.

Dai para a frente, de acordo com as constantes dicas de “por aqui” e “por ali” que lhe transmitimos, aproximamo-nos do meio e do ponto mais estreito da língua exígua de terra.

O casario de Houmt Souk, a capital da ilha de Djerba, mantém-se a sul da lagoa de água rasa, conhecida por Bhar Mayet.

Ao longe, na direcção do Mar Mediterrâneo aberto, vislumbramos o que aparentam ser grandes barcos de madeira.

Os Flamingos e os Barcos de Piratas

Ainda nos esforçamos por o confirmar quando, noutra direcção, à beira da lagoa, um bando de aves hirtas nos capta a atenção.

Aproximamo-las com a teleobjectiva.

Logo, fazermos acercar os barcos. A vista amplificada de ambos, confirma-nos que estamos no lugar certo. E com sorte.

Dos dois termos, a popularização de ilha dos Flamingos, pecava pela incorreção do uso de “ilha”. Mesmo na mais cheia das marés, aquela farpa de terra mantinha-se ligada a Djerba, em concreto, à zona ocupada pela aldeia de Mizraya.

Trata-se, assim, de uma quase-ilha, se tal classificação fizer sentido.

O nome acertava, todavia, na presença das criaturas pernaltas.

Tínhamo-las, às centenas, pela frente. Apesar de uma nossa, gradual, mas ambiciosa incursão, pouco dispostas a debandarem.

Fotografamos os flamingos.

Ao fazê-lo, constatamos que são brancos e cinzentos, com partes das asas e as pontas dos bicos, negras.

Vasculhavam as águas salgadas e salobras, em busca dos crustáceos que os alimentam e rosam.

Integravam uma comunidade de várias outras aves, de garças, de cegonhas, de colhereiros.

A sua presença, parte de um ecossistema bem mais complexo, granjeou, em 2007, à península de Ras R’mal o estatuto de zona húmida Ramsar. Supostamente protegida.

A Zona Húmida (Pouco) Protegida de Ras R’mal

Na realidade, vulnerável.

Estamos nesse entretém ornitológico quando, da direcção dos barcos, surge uma fila serpenteante de humanos. O seu caminhar errante trá-los no nosso caminho.

E no das aves.

Decorridos alguns minutos, em vez de dois, somos já uns vinte a observá-las. O grupo demora o seu tempo. Quando o guia dita o regresso, seguimo-los.

Apontados aos barcos ancorados, e à área mais desafogada da península.

Do Pantanal dos Flamingos à Ilha dos Piratas

No encalço da comitiva, chegamos ao pé de uma primeira nau, ancorada contra um pontão, também ele de madeira.

Ao longo da margem sul da península, sucediam-se outras mais, muito parecidas ou quase iguais, todas com escadas de corda a penderem dos mastros, todas com os mastros a almejarem o céu azulão sobre o Golfo de Gabès.

Uns poucos passageiros refrescam-se, com a água translúcida pelos joelhos.

Muitos mais, estão para dentro da península, ora a almoçarem na sombra de estruturas por ali montadas, ora em modo balnear e distraídos com as oportunidades de compras e atracções oferecidas na praia sem fim.

Noutros tempos, a península ou quase-ilha de Ras R’mal, manteve-se entregue à sua fauna e flora, apenas perturbada, a espaços, por uns poucos pescadores ou recolectores de tâmaras.

Assim foi até que Djerba se afirmou como um dos destinos populares do sul do Mediterrâneo, servida por dezenas de voos com origem em distintos pontos da Europa.

Nesse processo, à medida que os resorts se multiplicavam sobre a costa norte da ilha, tornou-se imperativo encontrar pontos de litoral com visual e atmosfera de praia, alternativos às praias dos resorts, demasiado próximas de onde os hóspedes se alojavam.

Alternativas a outras do interior da ilha, caso de Erriadh e do seu bairro de Djerbahood.

A Praia e o Imaginário Apiratado que Atrai Milhares de Visitantes

Ras R’mal estava ali ao lado. Djerba dotou-se dos barcos que asseguravam a travessia a partir de Houmt Souk. E de tripulações feitas piratas, encarregues de servir e de animar os passageiros.

Era suposto termos desembarcado em Ras R’mal, a bordo de uma delas. Propensos a improvisos, demos connosco em terra, a fazermos a viagem sobre rodas.

Por fim, recuperamos o lugar no seio da comitiva da nau “Elissa”.

Almoçamos. Após o que cruzamos o mar de dunas e areia lisa que separa o sul do norte da península.

A pé, por entre as dunas e uma frota deambulante de caleches tradicionais.

Caminhamos rumo a uma linha de chapéus de sol cobertos de uma espécie de serapilheira, cada qual com o seu par de espreguiçadeiras plásticas.

Cada um desses chapéus abriga a sua família de visitantes e banhistas.

Parte deles, são turistas europeus habituados à exposição de biquínis e fatos de banho reduzidos.

Uns poucos, são tunisinos ou provenientes de países vizinhos e do Médio Oriente.

Os princípios da fé muçulmana obrigam as suas mulheres a banharem-se enfiadas em trajes completos.

Observamos um grupo de amigas, a deleitarem-se com a massagem do mar, uma delas, entusiasmada a dobrar, com um longo hijab encharcado a pender para trás da nuca.

Os homens, esses, banham-se com relativo à vontade, uns poucos de t-shirt vestida.

Passeios de Camelos e Acrobacias sobre Cavalos

Indiferente ao recreio marinho, um pelotão de animadores e negociantes sugere os seus produtos e serviços. Expõem colares, pulseiras e chapéus típicos, pequenas peças da olaria de Djerba e itens necessários à praia, em vez de artesanais.

Proprietários de dromedários, por norma, nativos amazigh, conduzem-nos, para cá e para lá, a venderem passeios sobre as bossas solitárias dos camelídeos.

Um duo de jovens djerbianos trota sobre cavalos. Quando nos veem de máquinas e objectivas fotográficas pesadas, prendam-nos com uma exibição de acrobacias a galope que nos deslumbra.

Tão sincronizadas como na viagem para a ilha, as embarcações zarpam de regresso, a formarem uma fila náutica conveniente.

Também o “Elissa” parte do molhe que o abrigava, rumo à extremidade da ponta nordeste da península e, por forma a evitar baixios, num contorno pré-definido por boias que reorienta as naus de volta a Houmt Souk.

Ainda no início da rota, passamos por pescadores que se impõem a um desses baixios, as suas canas espetadas na areia e na direcção de Djerba.

A bordo, para gáudio dos passageiros, a tripulação de falsos piratas retoma a exibição que, como a vinda, havíamos perdido, feita de malabarismos de cordas e mastros, animada com os êxitos reggaeton do momento.

Por baixo dos seus saltos, voos e cambalhotas, um agrupamento tunisino de escuteiros entusiasma-se e exibe o seu próprio espectáculo.

Fazem do convés pista de dança.

À falta de raparigas, roçam as pernas e os traseiros uns nos outros, esforçados em emularem a fórmula de perreo que Porto Rico há muito impinge ao mundo.

O “Elissa” atraca. Lado a lado com oito ou nove outros barcos de piratas.

Os piratas assistem o desembarque dos passageiros. Com o dia ganho, ambos se refugiam nos pontos de partida. Os veraneantes nos resorts djerbianos das suas férias.

Os piratas, nos lares djerbianos que os veraneantes os ajudam a sustentar.

 

COMO IR:

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