Papeete, Polinésia Francesa

O Terceiro Sexo do Taiti


Caiaque em Dourado
Dupla manobra um caiaque ao largo do Taiti, com a ilha de Moorea em fundo.
Uma Economia de Mercado II
Bancas do Mercado Mapuru a Paraita repletas de plantas, vegetais e fruta tropical.
Uma Economia de Mercado
Mulher mantém a sua montra de frutos e vegetais organizada sem mácula.
Alta Expectactiva
Mahu entre mulheres, aguardam os resultados do concurso de misses
Mahu em concurso Misses
Um mahu traja um vestido tradicional do Taiti, durante um concurso de misses
Maison de Gauguin
Letreiro de uma loja de produtos dedicados à passagem de Paul Gauguin pela Polinésia Francesa e às suas obras que também retrataram mahus
Jambés e tatoos
Nativo do Taiti tatuado segundo os preceitos polinésios toca tambor no mercado de Papeete.
Escada não Rolante
Músicos polinésios confrontam-se com a imobilidade de umas escadas rolantes do Mapuru a Paraita.
Mestre de cerimónias
Apresentador do evento trajado a rigor com cocar e vestido tradicionais polinésios
Jambés e tatoos II
Tocador de jambé exibe o tronco repleto de tatuagens tradicionais polinésias
Tamborada mahu
Mahu toca jambé e anima a manhã no mercado.
Trio Azul
Um mahu e duas mulheres observam a acção no mercado a partir de um varandim elevado.
Elegancia mahu
Grupo de mulheres e um mahu (vestido de creme) participam num concurso de misses realizado no mercado municipal de Papeete
Trio Azul II
Mahu e amigas acompanhantes assistem a um espectáculo musical protagonizado por um cantor que entoa os clássicos de Elvis Presley.
O Deslumbrante Taiti
Mulher e crianças refrescam-se numa praia da costa sul do Taiti
Herdeiros da cultura ancestral da Polinésia, os mahu preservam um papel incomum na sociedade. Perdidos algures entre os dois géneros, estes homens-mulher continuam a lutar pelo sentido das suas vidas.

Pouco passa das nove da manhã. No Mapuru a Paraita, o mercado de Papeete, o frenesim é absoluto.

Observamos uma multidão folclórica a instalar-se entre as bancas de fruta e a dificultarem a circulação dos clientes. No interior, a instalação sonora faz ecoar a sua péssima qualidade.

Ainda assim, um DJ improvisado passa os sucessos polinésios do momento como som de fundo para a locução.

Mapuru a Paraita, Mahu, Terceiro Sexo da Polinesia, Papeete, Taiti

Bancas do Mercado Mapuru a Paraita repletas de plantas, vegetais e fruta tropical.

O Concurso de Misses Repleto de Mahus do Mercado Mapuru a Paraita

Decorre um concurso local de misses. As concorrentes surgem cercadas por representantes mais velhas das suas zonas da cidade e do restante Taiti.

Trajam vestidos típicos repletos de cor, folhos e outros complementos vistosos. Embelezam-nas ainda grinaldas, coroas e tiaras de plumerias, gardénias, hibiscos ou orquídeas.

Consoante o posicionamento de algumas destas flores nas orelhas, comunicam o seu estado civil e a sua disponibilidade amorosa. À primeira vista, parecem-nos todas mulheres. As aparências iludem. Encobrem a presença de alguns mahu. Os homens-mulher do Taiti.

Mahu, Terceiro Sexo da Polinesia, Papeete, Taiti

Grupo de mulheres e um mahu (vestido de creme) participam num concurso de misses realizado no mercado municipal de Papeete

A Descoberta Europeia do Fenómeno Social Polinésio Mahu

William Bligh, o mestre da famosa “Bounty” e o ainda mais reputado capitão James Cook estiveram entre os primeiros europeus a deparar-se com eles e a relatá-los com espanto.

Descreveram então, a sua realidade social, em parte, semelhante à actual: “São rapazes diferentes que recebem, desde a infância, uma educação distinta da dos jovens guerreiros … Para eles, não há guerra nem caça.

Depilam-se e trasvestem-se. Quando chegam a adultos, comem à parte dos homens, cantam e dançam com as mulheres e tornam-se, com frequência, empregados domésticos da nobreza…”

Durante o seu retiro taitiano, Paul Gauguin encantou-se com a sua suave excentricidade e pintou-os com redobrado prazer.

Mahu, Terceiro Sexo da Polinesia, Papeete, Taiti

Letreiro de uma loja de produtos dedicados à passagem de Paul Gauguin pela Polinésia Francesa e às suas obras que também retrataram mahus

Ainda no campo histórico, convivem duas explicações para a existência e a aceitação dos mahu.

Uma diz que os pais os começavam a considerar e a tratar como raparigas assim que percebiam algum indício inesperado de feminilidade.

A outra teoria defende que, quando as famílias tinham demasiados rapazes, passavam a tratar um dos mais novos como rapariga. Garantiam, assim, a ajuda necessária na lida da casa. O terceiro nascido era, por hábito, o alvo da experiência.

Nos tempos que correm, a primeira prática é ainda corrente.

Sem surpresa, os mahu preferem ser abordados no feminino, algo que a nação taitiana há muito se habituou a respeitar e até a admirar.

Mahu, Terceiro Sexo da Polinesia, Papeete, Taiti

Mahu entre mulheres, aguardam os resultados do concurso de misses

A Função Crucial dos Mahu na Realidade Polinésia

Como em tantos outros casos, a existência de Danu Heuea passou pela reprovação implícita do pai.

Hoje, apesar do sofrimento da juventude, esta cinquentona bem conservada, de pele dourada pelo sol tropical, desdenha e combate a discriminação. Danu desempenha um papel protagonista no concurso de misses e introduz e descreve as concorrentes.

Em tempos, apresentou um programa de TV chamado “Nós, as Mulheres”. Nos dias normais, é a responsável pela comunicação da câmara municipal de Papeete.

Tantos outros ocupam lugares essenciais em empresas ou organizações. São empregados de mesa, cozinheiros ou recepcionistas. Ou conquistaram cargos de responsabilidade nas relações públicas de hotéis e agências de turismo.

São também músicos e coreógrafos, alguns conceituados como Coco HotaHota e Tonio que lideram grupos de danças polinésias idolatrados nas ilhas.

À imagem de Danu, a maior parte dos mahu têm plena consciência de serem “efeminados” em físicos de homem.

Orgulham-se do seu papel intermediário entre a brutidão masculina e a doçura perfumada das mulheres, que em tudo procuram imitar.

Mahu, Terceiro Sexo da Polinesia, Papeete, Taiti

Apresentador do evento trajado a rigor com cocar e vestido tradicionais polinésios

O Desdém dos Mahu Pelo Substantivo Paralelo Rae Rae

Os mais velhos não gostam particularmente de ser confundidos com os Rae-Rae, os travestis sexualmente “predadores” que recorrem à prostituição no red district de Papeete para financiar as suas existências marginais.

Para seu desgosto, desde 1960 – quando a nova palavra surgiu – os dois termos intersectaram-se. Por toda a Polinésia Francesa, o termo rae-rae  popularizou-se. Agora, define os travestis em geral, sejam ou não operados.

Os “retoques” médicos e a cirurgia provaram-se passos reais para um sonho que quase todos os mahu partilham: o de se transformarem em verdadeiras mulheres. É comum optarem por tratamentos hormonais que lhes concedem os tão desejados seios, por mais pequenos que sejam.

A derradeira operação, essa, é quase sempre demasiado dispendiosa. Não se faz no Taiti, o que torna obrigatória uma ruinosa viagem aos Estados Unidos.

Além da mudança física de sexo, a sua ansiedade recai também sobre um relacionamento. O comum mahu dá por si a aspirar com a vida com um homem.

Isto, mesmo que, na Polinésia Francesa, os missionários do Velho Mundo tenham escrito e selado a ordem natural das coisas. O casamento entre mahu e homens é considerado um tabu (a palavra é originalmente Polinésia) católico contra o qual é raro os mahu insurgirem-se.

O Fim do Concurso de Misses e o Romantismo do Elvis Rockos

No mercado Mapuru a Paraita, o concurso de misses prossegue, animado a ritmos de tambor e jambé tocados por machos polinésios musculados e tatuados que fazem suspirar tanto as donzelas como os mahu.

Mahu, Terceiro Sexo da Polinesia, Papeete, Taiti

Tocador de jambé exibe o tronco repleto de tatuagens tradicionais polinésias

São fontes inesgotáveis de testosterona, esculturas bronzeadas perfeitas moldadas pela alimentação proteica, pelas muitas horas de treino sobre canoas e outros exercícios tonificantes. Tudo aquilo que a natureza se esqueceu de conceder aos mahu, ou preferiu não fazê-lo.

No fim do evento, o mercado acalma. Parte das organizadoras refugiam-se num bar do piso superior onde um cantor encantador de nome Rockos canta sucessos de Elvis, faz algum tempo.

Sentadas junto ao palco, vários mahu partilham um petisco leve de peixe cru com leite de coco enquanto seguem as melodias.

Mahu, Terceiro Sexo da Polinesia, Papeete, Taiti

Mahu e amigas acompanhantes assistem a um espectáculo musical protagonizado por um cantor que entoa os clássicos de Elvis Presley.

Sucedem-se “Love Me Tender”, “Suspicious Minds” e “Heartbreak Hotel” que suscitam admiração e mais suspiros.

Quando o romantismo dá lugar ao Rock ‘n’ Roll frenético de “All Shook Up” as três amigas todas vestidas de azul e branco (dois dos seus trajes iguais), refugiam-se na varanda contígua.

Ali ficam a contemplar os derradeiros movimentos do mercado de Papeete. Passados minutos, duas delas voltam para o show.

A terceira, mahu, prefere o isolamento e a reflexão, como que a reexaminar se a sua vida de mulher em corpo de quase mulher lhe continua a fazer sentido.

Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
Moorea, Polinésia Francesa

A Irmã Polinésia que Qualquer Ilha Gostaria de Ter

A meros 17km de Taiti, Moorea não conta com uma única cidade e abriga um décimo dos habitantes. Há muito que os taitianos veem o sol pôr-se e transformar a ilha ao lado numa silhueta enevoada para, horas depois, lhe devolver as cores e formas exuberantes. Para quem visita estas paragens longínquas do Pacífico, conhecer também Moorea é um privilégio a dobrar.
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Maupiti, Polinésia Francesa

Uma Sociedade à Margem

À sombra da fama quase planetária da vizinha Bora Bora, Maupiti é remota, pouco habitada e ainda menos desenvolvida. Os seus habitantes sentem-se abandonados mas quem a visita agradece o abandono.
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Ouvéa, Nova Caledónia

Entre a Lealdade e a Liberdade

A Nova Caledónia sempre questionou a integração na longínqua França. Na ilha de Ouvéa, arquipélago das Lealdade, encontramos uma história de resistência mas também nativos que preferem a cidadania e os privilégios francófonos.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Viti Levu, Fiji

A Partilha Improvável da ilha Viti Levu

Em pleno Pacífico Sul, uma comunidade numerosa de descendentes de indianos recrutados pelos ex-colonos britânicos e a população indígena melanésia repartem há muito a ilha chefe de Fiji.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Bora-Bora, Raiatea, Huahine, Polinésia Francesa

Um Trio Intrigante de Sociedades

No coração idílico do vasto oceano Pacífico, o Arquipélago da Sociedade, parte da Polinésia Francesa, embeleza o planeta como uma criação quase perfeita da Natureza. Exploramo-lo durante um bom tempo a partir do Taiti. Os últimos dias, dedicamo-los a Bora Bora, Huahine e Raiatea.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Arquitectura & Design
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Santo Domingo, Cidade Colonial, República Dominicana, Diego Colombo
Cidades
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Garranos galopam pelo planalto acima de Castro Laboreiro, PN Peneda-Gerês, Portugal
Cultura
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda – Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
A Toy Train story
Em Viagem
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Étnico
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
História
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Vai-e-vem fluvial
Ilhas
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Inverno Branco
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
silhueta e poema, cora coralina, goias velho, brasil
Literatura
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
Santiago, ilha, Cabo Verde, São Jorge dos Órgãos
Natureza
Santiago, Cabo Verde

Santiago de Baixo a Cima

Aterrados na capital cabo-verdiana de Praia, exploramos a sua pioneira antecessora. Da Cidade Velha, percorremos a crista montanhosa e deslumbrante de Santiago, até ao topo desafogado de Tarrafal.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
viajantes contemplam, monte fitz roy, argentina
Parques Naturais
El Chalten, Argentina

O Apelo de Granito da Patagónia

Duas montanhas de pedra geraram uma disputa fronteiriça entre a Argentina e o Chile.Mas estes países não são os únicos pretendentes.Há muito que os cerros Fitz Roy e Torre atraem alpinistas obstinados
Ruínas, Port Arthur, Tasmania, Australia
Património Mundial UNESCO
À Descoberta de Tassie,  Parte 2 - Hobart a Port Arthur, Austrália

Uma Ilha Condenada ao Crime

O complexo prisional de Port Arthur sempre atemorizou os desterrados britânicos. 90 anos após o seu fecho, um crime hediondo ali cometido forçou a Tasmânia a regressar aos seus tempos mais lúgubres.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Vista da Casa Iguana, Corn islands, puro caribe, nicaragua
Praias
Corn Islands-Ilhas do Milho, Nicarágua

Puro Caribe

Cenários tropicais perfeitos e a vida genuína dos habitantes são os únicos luxos disponíveis nas também chamadas Corn Islands ou Ilhas do Milho, um arquipélago perdido nos confins centro-americanos do Mar das Caraíbas.
Chiang Khong a Luang prabang, Laos, Pelo Mekong Abaixo
Religião
Chiang Khong - Luang Prabang, Laos

Barco Lento, Rio Mekong Abaixo

A beleza do Laos e o custo mais baixo são boa razões para navegar entre Chiang Khong e Luang Prabang. Mas esta longa descida do rio Mekong pode ser tão desgastante quanto pitoresca.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Vulcão ijen, Escravos do Enxofre, Java, Indonesia
Sociedade
Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Vida Selvagem
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.