Barra a Kunta Kinteh, Gâmbia

Viagem às Origens do Tráfico Transatlântico de Escravos


Albreda, rio Gâmbia
Never Again Monument
Pontão Adentro
Ruínas de São Domingos
Trabalho Fluviai
Ruínas do Fort St. James
Pescadores
Faina do Pontão
Sr. Eduardo
Portal “Roots”
Fila Fluvial
Canhão do Fort St. James
Drenagem
O Museu da Escravatura
Kunta Kinteh à Vista
Peixe à cabeça
Os Embondeiros de Kinteh
Maré (quase) Vazia
Uma das principais artérias comerciais da África Ocidental, a meio do século XV, o rio Gâmbia era já navegado pelos exploradores portugueses. Até ao XIX, fluiu pelas suas águas e margens, boa parte da escravatura perpetrada pelas potências coloniais do Velho Mundo.

No ponto exacto em que se entrega ao oceano Atlântico, o rio Gâmbia estreita.

É aí que o cruzamos, com partida do porto da capital gambiana, Banjul.

O ferry cumpre a ligação entre o sul e o norte da nação, dividida na íntegra pelo rio, com 1100 km de extensão, um dos mais longos e largos da África Ocidental.

Como quase sempre, vai à pinha, dentro de um limite de pessoas e carga que, confrontadas com naufrágios terríveis nas suas águas e ao largo, as autoridades se viram obrigadas a respeitar.

Sobre o convés, os passageiros ocupam todos os bancos disponíveis, costas contra costas, joelhos contra joelhos.

Seguem de pé, à galhofa, contra as vedações limiares do barco. Malgrado o aperto, dezenas de vendedores percorrem os espaços entre filas. Impingem amendoim e caju, máscaras sanitárias, utensílios para telemóveis e afins.

Outros, promovem cabeleiras e uma incrível farmácia naturalista portátil.

Meia-hora de navegação depois, já sobre a margem oposta, avistamos uma frota de pirogas, lado a lado sobre um areal, aquém de um casario abarracado que, a espaços, se funde com uma linha de coqueiros, de palmeiras, de outras árvores tropicais.

No limiar nordeste da costa, vislumbramos ainda muralhas de uma fortificação.

Entre embondeiros massivos que a época seca desfolhou, esconde-se o emblemático forte Bullen.

O Desembarque em Barra, do Outro lado do Rio Gâmbia

Um grande pórtico dá-nos as boas-vindas: “Welcome to Barra”.

Uma multidão de passageiros desembarca para uma via murada que os leva mais para dentro desta povoação contraponto de Banjul.

Mesmo escrita em inglês, a única língua oficial da Gâmbia, a mensagem incorpora o nome secular português da região: “Barra”, em vez do Niumi que o antecedeu.

Foram os navegadores enviados pelo Infante D. Henrique, os responsáveis por o Reino de Niumi vigente em redor da boca do rio Gâmbia, ficar conhecido como Reino de Barra, mais tarde, apenas como Barra.

Em 1446, durante a sua quarta viagem ao longo da costa ocidental de África, com a missão de chegar à África negra, Nuno Tristão, terá entrado pela foz de um rio da zona, subsiste a polémica quanto a qual, se o Gâmbia, ou outro mais a sul.

Por ele acima se aventurou. Enquanto pôde. Cerca de oitenta nativos (estima-se que Niumi) que seguiam sobre mais de dez canoas cercaram e atacaram o batel para que se tinha transbordado, com vinte e poucos homens.

Dispararam sobre os portugueses centenas de flechas envenenadas.

Só quatro dos alvos sobreviveram para, a muito esforço, regressarem a Lagos e contarem a tragédia. Nuno Tristão não foi um deles.

Com o ferry já a preparar-se para o regresso a Banjul. Damos seguimento à nossa própria, incomparável, aventura.

Sem surpresa, abordam-nos vários “empresários” da cidade. Uns, são condutores de táxi e de sept-places.

Outros, oportunistas que que lucram de recrutarem passageiros toubab (leia-se brancos) a preços inflacionados. Voltamos a exasperar com os esquemas destes “gambian men”, assim conhecidos entre os forasteiros pela sua imaginação negocial e falta de escrúpulos.

Enfiamo-nos num velho VW Golf. Apontamos a Albreda, 33km para sudeste e o interior da Gâmbia.

E a Chegada a Albreda

Lá nos recebe Mrs. Aminata, a co-proprietária do Kunta Kinteh Lodge em que iríamos pernoitar. Aminata é tão branca quanto possível. Tem olhos azuis, algo siameses.

Fala com um leve british accent. Não obstante, traja grandmubas, vestidos tradicionais gambianos repletos de folhos e cores. E é muçulmana.

Quando lhe narramos o frenesim da garage (gare de transportes) de Barra, Aminata desabafa. “Por cá, quando veem pele branca, veem dinheiro. Comigo é a mesma coisa!”

Ms. Aminata, serve-nos almoço. Um guia local não espera sequer que terminemos. Senta-se à mesa. Faz de tudo para que o recrutemos antes de outros.

Naquele momento, queríamos deambular. Assimilar os visuais e atmosfera do lugar. É o que fazemos.

Depressa constatamos a vida dupla de Albreda, dividida entre o dia-a-dia da comunidade local de pescadores e o dos moradores que se dedicam ao mais proveitoso acolhimento e acompanhamento dos visitantes.

À hora do calor, um grupo de barqueiros e guias tagarelavam à sombra, junto à base do pontão que serve Albreda.

À nossa passagem, interrompem a conversa para nos venderem os seus serviços.

Adiamo-los.

O Memorial UNESCO do Tráfico de Escravos de Albreda

Apreciamos o “Never Again Monument”, símbolo anti-esclavagista e modernista com cabeça de planeta Terra, corpo de gente e braços desagrilhoados ao alto.

Três burros erráticos detêm-se na sua base, a devorarem uma rara erva tenra.

Quatro ou cinco cabras fazem o mesmo, sob duas enormes sumaúmas. Passamos junto às suas raízes, em busca do Museu da Escravatura.

Examinamos mapas, painéis explicativos e outros itens e aprendemos um pouco mais sobre o flagelo que assombrou África séculos a fio.

Entre Albreda e as ruínas de São Domingos que logo nos propusemos encontrar, também percorremos a génese do tráfico de escravos europeu.

Perdidas numa floresta ribeirinha, estas ruínas e – apesar de já quase imperceptíveis – as da capela no centro de Albreda, testemunham a presença pioneira dos portugueses, nestas terras que o desfecho da expedição de Nuno Tristão augurava traiçoeiras.

O Regresso à África Ocidental e a Exploração do Rio Gâmbia

O Infante D. Henrique voltou à carga. Volvida uma década, enviou dois outros navegadores, o veneziano Alvise Cadamosto e o genovês Antoniotto Usodimare.

Em Maio de 1456, evitando expor-se demasiado aos nativos Niumi, ancoraram junto a uma pequena ilha, cerca de 3km ao largo da actual Albreda.

Lá terão enterrado André, um marinheiro que a viagem vitimou. Após o que procuraram estabelecer contacto.

Em 1458, seguiu-se-lhes Diogo Gomes.

No regresso de uma incursão ao estuário do Rio Grande de Geba (Guiné Bissau), o navegador de Lagos, voltou a ancorar na recém-baptizada ilha de Santo André.

Desta incursão, veio a resultar a aquisição da ilha a mansas (reis) mandingas locais e ainda a sua autorização para o assentamento fortificado de São Domingos.

Os portugueses apostavam em se imiscuírem nas rotas auríferas que ligavam Timbuktu e o Alto Níger, pelo Saara, ao litoral marroquino. Em vez do ouro, deparam-se com escravos.

O Tráfico de Escravos Fomentado pelos Reis Indígenas

Tal como há séculos faziam com mercadores árabes e de outras paragens de África, diversos reis mandingas procuraram comerciar prisioneiros das suas guerras com os portugueses.

Os portugueses acederam.

Em breve, passaram a fomentar as capturas de nativos africanos em maior número, para uso dos escravos nas suas distintas colónias, com destaque para o Brasil.

Após a União Ibérica de 1580, a coroa espanhola institucionalizou o sistema de asientos que viabilizava contractos de tráfico de escravos com mercadores de outras nações.

Nos séculos XVI e XVII, franceses, holandeses, britânicos, curlandeses, suas companhias privadas e mercenários gananciosos aproveitaram esta brecha no monopólio português e aniquilaram a supremacia portuguesa nas margens do Gâmbia e no litoral em redor.

O centrado na Ilha de Goreia era igualmente prolífico.

Mesmo assim, até ao século XVIII, por lá persistiram bolsas de colonos lusos.

Os Refugiados sem Retorno da Guerra Civil Guineense

Hoje, por motivos distintos, muitos habitantes do rio provêm da lusofonia mais próxima.

Regressados das ruínas de São Domingos, cruzamo-nos com o sr. Eduardo, um homem de etnia diola, esguio, enfiado numa velha camisola da selecção portuguesa e que ainda dizia o dinheiro em contos.

Entendemo-nos num nosso esboço de crioulo e em português.

Eduardo explica-nos que a Guerra Civil de 1998-99 o obrigou a deixar o norte da Guiné Bissau.

À imagem de tantos outros refugiados no Senegal e na Gâmbia, nunca mais voltou.

Eduardo queria levar-nos à ex-ilha de Santo André. As autoridades turísticas atribuíram-nos outro barqueiro.

A Ilha Memorial de Kunta Kinteh às Ruínas do Fort St. James

Atingimos a ilha num ápice. Lá cirandamos entre as ruínas do forte e os embondeiros despidos que lhe servem de sentinelas.

Nas décadas seguintes, como o rio que a envolve, a ilha mudou de potência colonial e de nome amiúde.

Até que, em 1702, ao mesmo tempo que consolidavam a sua Senegâmbia, os britânicos a capturaram e a renomearam e ao forte, de St. James.

Todas as sucessivas potências coloniais se envolveram no tráfico negreiro.

Em Albreda, em parte, sob as grandes sumaúmas, damos com o maior edifício colonial, o edifício CFAO (do administrador) da era francesa, restaurado, agora usado como um bar-restaurante que não chega a desafiar o gerido pela Srª Aminata.

Os britânicos que conquistaram a colónia aos franceses, chegaram a tempo de abastecer de milhões de escravos as suas Índias Ocidentais e os E.U.A..

Avancemos até 1807. Os britânicos votaram a Abolição da Escravatura. Passaram a combate-la.

Durante largos anos, traficantes de escravos de outras nacionalidades procuraram contornar a acção anti-esclavagista britânica.

E, na Senegâmbia, em particular, os tiros dos canhões do fort Bullen de Barra com que os britânicos visavam os navios esclavagistas.

O fort Bullen já só serve de atractivo turístico. Quando o visitámos, nem isso.

Frequentavam-no três enormes vacas, deitadas entre outros tantos embondeiros seculares.

E, no entanto, África sofre um inusitado regresso da escravatura. Sofrem-na os migrantes em busca da Europa que se veem aprisionados na Líbia.

Mas não só.

Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.

Ilha de Goreia, Senegal

Uma Ilha Escrava da Escravatura

Foram vários milhões ou apenas milhares os escravos a passar por Goreia a caminho das Américas? Seja qual for a verdade, esta pequena ilha senegalesa nunca se libertará do jugo do seu simbolismo.​

Elmina, Gana

O Primeiro Jackpot dos Descobrimentos Portugueses

No séc. XVI, Mina gerava à Coroa mais de 310 kg de ouro anuais. Este proveito suscitou a cobiça da Holanda e da Inglaterra que se sucederam no lugar dos portugueses e fomentaram o tráfico de escravos para as Américas. A povoação em redor ainda é conhecida por Elmina mas, hoje, o peixe é a sua mais evidente riqueza.
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Acra, Gana

A Capital no Berço da Costa do Ouro

Do desembarque dos navegadores portugueses à independência em 1957, sucederam-se as potências que dominaram a região do Golfo da Guiné. Após o século XIX, Acra, a actual capital do Gana, instalou-se em redor de três fortes coloniais erguidos pela Grã-Bretanha, Holanda e Dinamarca. Nesse tempo, cresceu de mero subúrbio até uma das megalópoles mais pujantes de África.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Fiel em frente à gompa A gompa Kag Chode Thupten Samphel Ling.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Saida Ksar Ouled Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia
Cerimónias e Festividades
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Anoitecer no Parque Itzamna, Izamal, México
Cidades
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Cultura
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Gorila não habituado, a pouca distância de Bon Coin, Bomassa
Em Viagem
Expedição Ducret 2º:  PN Lobéké, Camarões - Wali Bai, Rep. Congo

Hyacinth e o Gorila de Bon Coin: Encontros com Primatas Peculiares

Acampados numa ilha do rio Sangha, saímos à descoberta dos parques nacionais Lobéké e do Wali Bai, Nouabalé-Ndoki, nos Camarões e na Rep. do Congo. Lá nos surpreendem criaturas deslumbrantes, mas díspares.  
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Étnico
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

A pequena-grande Senglea II
História
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Aruba, Antilhas Holandesas, ABC, tartaruga
Ilhas
Aruba

Aruba: a Ilha no Lugar Certo

Crê-se que os nativos caquetío lhe chamavam oruba, ou “ilha bem situada”. Frustrados pela falta de ouro, os descobridores espanhóis trataram-na por “ilha inútil”. Ao percorrermos o seu cimo caribenho, percebemos o quanto o primeiro baptismo de Aruba sempre fez mais sentido.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Encontro das águas, Manaus, Amazonas, Brasil
Natureza
Manaus, Brasil

Ao Encontro do Encontro das Águas

O fenómeno não é único mas, em Manaus, reveste-se de uma beleza e solenidade especial. A determinada altura, os rios Negro e Solimões convergem num mesmo leito do Amazonas mas, em vez de logo se misturarem, ambos os caudais prosseguem lado a lado. Enquanto exploramos estas partes da Amazónia, testemunhamos o insólito confronto do Encontro das Águas.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Parques Naturais

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Twyfelfontein, Ui Aes, Twyfelfontein, Adventure Camp
Património Mundial UNESCO
Twyfelfontein - Ui Aes, Namíbia

À Descoberta da Namíbia Rupestre

Durante a Idade da Pedra, o vale hoje coberto de feno do rio Aba-Huab, concentrava uma fauna diversificada que ali atraía caçadores. Em tempos mais recentes, peripécias da era colonial coloriram esta zona da Namíbia. Não tanto como os mais de 5000 petróglifos que subsistem em Ui Aes / Twyfelfontein.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Banhista, The Baths, Devil's Bay (The Baths) National Park, Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas
Praias
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Pemba, Moçambique, Capital de Cabo Delgado, de Porto Amélia a Porto de Abrigo, Paquitequete
Religião
Pemba, Moçambique

De Porto Amélia ao Porto de Abrigo de Moçambique

Em Julho de 2017, visitámos Pemba. Dois meses depois, deu-se o primeiro ataque a Mocímboa da Praia. Nem então nos atrevemos a imaginar que a capital tropical e solarenga de Cabo Delgado se tornaria a salvação de milhares de moçambicanos em fuga de um jihadismo aterrorizador.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Sociedade
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Hipopótamo na Lagoa de Anôr, Ilha de Orango, Bijagós, Guiné Bissau
Vida Selvagem
Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós

São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.