Chebika, Tamerza, Mides, Tunísia

Onde o Saara Germina da Cordilheira do Atlas


Buvette do Oásis
O Conforto de Hadi
Canyon de Mides
Mãos de Ouro
Cabra-Montesa
Pequeno Oásis
Rio de Palmeiras
Cascata-Oásis de Chebika
O Trilho do Oásis
Travessia do Deserto
Venda de Chebika
Venda de Chebika II
A Nova Chebika
Panos de Tamerza
A Velha Tamerza
O Grande Desfiladeiro
Chegados ao limiar noroeste de Chott el Jérid, o grande lago de sal revela-nos o término nordeste da cordilheira do Atlas. As suas encostas e desfiladeiros ocultam quedas d’água, torrentes sinuosas de palmeiras, aldeias abandonadas e outras inesperadas miragens.

Vem-nos à mente, acompanhada de um sorriso sarcástico, a preocupação de antes do Verão, de se, no final de Setembro, início de Outubro, o calor tórrido do Saara já teria desvanecido o suficiente.

Em Tozeur, às portas do maior dos desertos de areia, o dia amanhece sob um céu plúmbeo. Irriga-o uma carga d’água.

Mantemos os planos.

Metemo-nos no trânsito urbano, perturbado por inúmeras recém-formadas poças e pela lentidão de veículos e de pedestres impreparados para a intempérie.

Por fim, deixamos a cidade, para a recta sem aparente fim que conduz à orla oriental do lago Chott el-Gharsa e ao sopé da secção tunisina do Atlas.

À medida que nos acercamos da cordilheira, o manto de nuvens dá de si. Concede passagem a uns poucos laivos solares que douram as montanhas e fazem resplandecer o palmeiral denso na sua base.

Estamos prestes a atravessá-lo. Um longo rebanho de cabras cruza a amostra de asfalto. Deixa-nos a contemplá-lo e ao cenário imponente que dali se destaca.

Passa a última cabra. Saúda-nos o pastor.

Com a via desimpedida, enfiamo-nos no palmeiral e prosseguimos pela ladeira recurvada que subia para Chebika, a primeira escala do dia.

Chebika, um Desfiladeiro-Palmeiral na Base da Cordilheira do Atlas

Um desvio ténue da estrada deixa-nos junto ao mercado de artesanato e de souvenirs da povoação, disposto logo ao lado do miradouro que ali atrai centenas de visitantes por dia.

Dois ou três guias disputam a nossa atenção. Nem essa esperada distração atenua o espanto que nos assola.

O mesmo palmeiral que tínhamos atravessado surge magnificado.

Ocupa uma faixa generosa da terra salgada de El Gharsa.

Víamo-lo preencher o desfiladeiro inclinado que tínhamos a leste, com ensejos de se alastrar ao outro lado da serrania.

O caminho progride pela beira elevada da povoação, entre vendedores de pedras e minerais e outros de artesanato.

Onde o casario termina, o trilho prossegue encosta acima.

Até um ponto ainda mais panorâmico, coroado pela estátua de uma cabra montesa.

Da Ad Speculum Romana à Coexistência Arabe-Beduína

Na longa Era Romana, este lugar acolheu uma civitas denominada Ad Speculum.

Situava-se sobre uma das limes (linhas de defesa) em que os Romanos se defendiam dos ataques dos povos a que chamavam bárbaros.

Avancemos até ao século VII d.C..

Os árabes liderados pelo califado Omíada varreram o Império Bizantino de África, já abalado pelos sucessivos ataques Vândalos.

Novas vagas de árabes impuseram-se para ficar, inclusive, aos nativos berberes que, malgrado as sucessivas imposições de povos forasteiros, sempre habitaram estas terras.

Daquele ponto, conseguíamos apreciar melhor o casario arruinado que ficara para trás, o povoado Chebika original.

O Legado da Enxurrada Diluviana de 1969

Tal como sucedeu a tantos outros, na iminência do Saara e até mais para sul, destruiu-o uma aberração meteorológica de 1969 que nos faz reavaliar a estranheza da intempérie matinal.

Nesse ano, uma chuva intensa de vinte e dois dias gerou enxurradas que erodiram e arrastaram os edifícios erguidos num adobo arenoso vulnerável. Quando a intempérie deu de si, além de toda a destruição, tinha feito mais de quatrocentas vítimas.

E, no entanto, o sol continuou a brilhar em, pelo menos, 350 dos 365 dias do ano. A Chebika que sobrou do temporal mantem o seu cognome de Qasr el-Shams ou “Palácio do Sol”.

A nova povoação pouco ou nada tem que ver com a predecessora.

Foi construída de urgência, na falda de uma derradeira crista do Atlas oriental, já na planura do deserto, em materiais modernos mais resistentes às chuvadas que, de tempos a tempos, inundam as montanhas e o Saara.

Cenários Resplandecentes de “O Paciente Inglês” e de “A Guerra das Estrelas”

Passam por nós duas visitantes espanholas, conduzidas por um guia local.

“Reparem bem no palmeiral lá em baixo”, roga-lhes.

“Este mesmo cenário que daqui descobrimos, entrou num filme que estou certo que conhecem.

Aliás, entrou o cenário e entrei eu!” acrescenta, com orgulho.”

O filme é o nove vezes galardoado com Óscares da Academia, “O Paciente Inglês” realizado por Anthony Minghella.

Na longa-metragem de 1996, Ralph Fiennes interpreta o Conde László de Almásy, um cartógrafo húngaro que, nos derradeiros anos 30, liderava uma expedição da Royal Geographic Society com o propósito de cartografar a Líbia e o Egipto.

O alastrar da 2ª Guerra Mundial a África envolve László na trama intrincada do conflito entre Aliados e forças do Eixo. Um avião pilotado pelo conde húngaro é abatido. László sofre queimaduras graves.

É salvo pelos Beduínos. Após um hiato no tempo e no mapa, vemos Hana, uma enfermeira representada por Juliette Binoche a tratá-lo, já em Itália.

Além de “O Paciente Inglês”, os cenários de Chebika surgem no episódio IV – “Uma Nova Esperança” da “Guerra das Estrelas”. Aliás, vários episódios da saga foram filmados em diversos lugares da Tunísia , incluindo na ilha de Djerba

À medida que avançamos, vemos definirem-se esses e outros cenários.

Novos meandros do estreito, salpicado de palmeiras, refrescados por uma queda d’água que a chuva da noite revigorara.

Do Cimo às Profundezas Irrigadas de Chebika

Descemos para as funduras do desfiladeiro.

Percorremo-lo até ao beco sem saída marcado pela cascata, entre uma colónia de palmeiras de distintas alturas e formas.

Algumas, aparentam brotar da rocha. As mais idosas, estão carregadas das tâmaras que há muito alimentam os beduínos e os árabes magrebinos.

Regressamos ao miradouro inicial.

Dali, ascendemos pelas elevações de Djebel el Negueb, rumo a Tamerza (antiga Ad Turres romana), com passagem pela sua Cascade de la Palmeraie.

Encontramo-la com um volume comedido. Ainda assim, entretém, sobretudo com selfies, algumas famílias tunisinas.

As Ruínas da Velha Tamerza, à Beira de Outro Oásis

A mesma via no cimo da ravina, cruza a Tamerza moderna. Deixa-nos de frente para Tamerza El Gdima, do lado de lá de um leito fluvial seco, encaixada aquém das falésias de outro canyon, o Dourado.

À imagem de Chebika, a velha Tamerza el Gdima perdura em ruínas, destruída pelas mesmas chuvas diluvianas de 1969.

Também surge em cenas de “O Paciente Inglês”, em panoramas vistos do avião pilotado pelo Conde Almásy.

Anos antes, George Lucas inspirou-se e, mais tarde, instalou-se com a sua equipa no hotel Tamerza Palace. Dessa base logística, filmou outros trechos da sua saga “Guerra das Estrelas”, nestas paragens que continuamos a desvendar.

A Caminho de Mides, com a Argélia logo ao Lado

Estamos a uns poucos quilómetros da vizinha Argélia. Entre o Tamerza Palace e Ain El Karma, cortamos para nordeste, na direcção de Mides, do seu oásis e desfiladeiro.

A determinada altura deste faroeste tunisino, a fronteira fica tão próxima que rasamos grandes vedações coroadas por arame-farpado e torres de vigia.

A estrada gasta e poeirenta rende-se a novo precipício.

Fica-se pela entrada do oásis de Mides e pela beira do seu longo canyon, famoso não tanto pela profusão de palmeiras no fundo (só alberga umas poucas), mas pelas suas falésias arredondadas, cravadas de camadas geológicas.

Passamos por um dos muitos vendedores de minerais da região. A sua banca exibe dezenas de rosas de sal do deserto.

Não obstante, o comerciante tenta impressionar-nos com uns poucos dentes fossilizados de tubarão, para nossa surpresa, abundantes nas terras ressequidas em volta.

Chegamo-nos ao limiar do precipício.

As Linhas Retorcidas do Canyon de Mides

Admiramos-lhe as formas caprichosas. Percebemos o porquê de os romanos ali se terem aquartelado, protegidos de investidas inimigas pelos fossos naturais a toda a volta.

Ao longo dos séculos, a povoação beduína local defendeu-se de maneira idêntica. Não resistiu à pluviosidade aberrante, de 1969, que arrasou as Chebika e Tamerza originais.

Caminhamos pela orla quando Hedi, um outro vendedor, nos convida a examinar as pedras e minerais expostos no seu bar-esplanada, a uns poucos passos de uma queda para as entranhas do desfiladeiro. Compramos-lhe duas pequenas geodes de interior brilhante.

Examinamo-las quando reparamos numa relíquia de sofá de costas de asa-de-borboleta, muito altas, num recanto do estabelecimento. Parece-nos ainda mais exuberante que os geodes.

O Sofá Casamenteiro de Hedi

Hedi nota a súbita admiração. Pergunta-nos se o queremos experimentar. “Antes, os noivos, vinham cá ao canyon.

Fotografam-se em longas sessões casamenteiras. Entretanto, meteu-se pandemia e, com os confinamentos, perdemo-los. Estão a voltar, mas muito pouco. Olhem, aproveitem vocês!”

Temos outros planos. Pedimos a Hedi para nele se instalar, o mais confortável possível.

Fotografamo-lo e à sua elegância beduína, com a barba grisalha a condizer com o turbante branco e a napa pejada de tachas decorativas afundadas.

Tínhamos chegado aos 386 metros.

Aqueles confins orientais da cordilheira ainda subiriam até aos 1544 m do monte Jebel ech Chambi, o zénite da nação.

Três povoações, oásis e desfiladeiros do Atlas tunisino depois, com o sol a afundar-se para oeste do Saara, revertemos caminho apontados ao ponto de partida de Tozeur.

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Erriadh, Djerba, Tunísia

Uma Aldeia Feita Galeria de Arte Fugaz

Em 2014, uma povoação djerbiana milenar acolheu 250 pinturas murais realizadas por 150 artistas de 34 países. As paredes de cal, o sol intenso e os ventos carregados de areia do Saara erodem as obras de arte. A metamorfose de Erriadh em Djerbahood renova-se e continua a deslumbrar.
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Djerba, Tunísia

A Ilha Tunisina da Convivência

Há muito que a maior ilha do Norte de África acolhe gentes que não lhe resistiram. Ao longo dos tempos, Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Árabes chamaram-lhe casa. Hoje, comunidades muçulmanas, cristãs e judaicas prolongam uma partilha incomum de Djerba com os seus nativos Berberes.
Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
Chefchouen a Merzouga, Marrocos

Marrocos de Cima a Baixo

Das ruelas anis de Chefchaouen às primeiras dunas do Saara revelam-se, em Marrocos, os contrastes bem marcados das primeiras terras africanas, como sempre encarou a Ibéria este vasto reino magrebino.
Dunhuang, China

Um Oásis na China das Areias

A milhares de quilómetros para oeste de Pequim, a Grande Muralha tem o seu extremo ocidental e a China é outra. Um inesperado salpicado de verde vegetal quebra a vastidão árida em redor. Anuncia Dunhuang, antigo entreposto crucial da Rota da Seda, hoje, uma cidade intrigante na base das maiores dunas da Ásia.
Sossusvlei, Namíbia

O Namibe Sem Saída de Sossusvlei

Quando flui, o rio efémero Tsauchab serpenteia 150km, desde as montanhas de Naukluft. Chegado a Sossusvlei, perde-se num mar de montanhas de areia que disputam o céu. Os nativos e os colonos chamaram-lhe pântano sem retorno. Quem descobre estas paragens inverosímeis da Namíbia, pensa sempre em voltar.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Kolmanskop, Namíbia

Gerada pelos Diamantes do Namibe, Abandonada às suas Areias

Foi a descoberta de um campo diamantífero farto, em 1908, que originou a fundação e a opulência surreal de Kolmanskop. Menos de 50 anos depois, as pedras preciosas esgotaram-se. Os habitantes deixaram a povoação ao deserto.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Ras R’mal, Djerba, Tunísia

A Ilha dos Flamingos de que os Piratas se Apoderaram

Até há algum tempo, Ras R’mal era um grande banco de areia, habitat de uma miríade de aves. A popularidade internacional de Djerba transformou-a no covil de uma operação turística inusitada.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Arquitectura & Design
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Cansaço em tons de verde
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Forte de San Louis, Fort de France-Martinica, Antihas Francesas
Cidades
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Casa Menezes Bragança, Chandor, Goa, India
Cultura
Chandor, Goa, Índia

Uma Casa Goesa-Portuguesa, Com Certeza

Um palacete com influência arquitectónica lusa, a Casa Menezes Bragança, destaca-se do casario de Chandor, em Goa. Forma um legado de uma das famílias mais poderosas da antiga província. Tanto da sua ascensão em aliança estratégica com a administração portuguesa como do posterior nacionalismo goês.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Em Viagem
Morondava, Avenida dos Baobás, Madagáscar

O Caminho Malgaxe para o Deslumbre

Saída do nada, uma colónia de embondeiros com 30 metros de altura e 800 anos ladeia uma secção da estrada argilosa e ocre paralela ao Canal de Moçambique e ao litoral piscatório de Morondava. Os nativos consideram estas árvores colossais as mães da sua floresta. Os viajantes veneram-nas como uma espécie de corredor iniciático.
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
Étnico
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

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Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

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Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
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A Vida Exuberante da Namíbia Branca

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Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

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