Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé


Folia Divina
Batalhão de cavaleiros do Divino Espírito Santo percorrem uma estrada entre fazendas durante a Folia Divina
Banquete
Imperador da Festa do Divino Espírito Santo acolhe os Cavaleiros do Divino em sua casa.
Cavalgada
Cavaleiros do Divino galopam em frente à igreja do Rosário.
Fé Mariana
Fiel ajoelha-se perante a imagem de Nossa Senhora.
Oração
Cavaleiro do Divino ora numa fazenda visitada pela Divina Folia.
Hipo-teimosia
Jovem cavaleiro indigna-se com a resistência do seu cavalo a ser montado.
Hipo-Encontro
Jovens cavaleiros conversam numa rua do centro histórico de Pirenópolis.
Entrega das Lanças
Cavaleiros do Divino Espírito Santo entregam lanças ao novo Imperador da Festa do Divino Espírito Santo.
Procissão
Procissão do Divino chega ao altar da Igreja de Nª Senhora do Rosário.
Mascarado antes de tempo
Jovem do grupo dos Cavaleiros do Divino assume-se como Mascarado durante um momento de diversão num bar de Pirenópolis.
Coroa e sombra
Fiel segura a coroa do Divino Espírito Santo
Danças em fila
Cavaleiros do divino dançam num bar do centro histórico de Pirenópolis.
Foguetes incómodos
Fiéis tapam os ouvidos para melhor suportarem os estrondos de mais uma salva de foguetes.
Dança de cavaleiros
Cavaleiros do Divino Espírito Santo dançam num momento de diversão após um ensaio.
Mordomos do Divino
Mordomos do Divino durante uma cerimónia religiosa da Festa do Divino Espírito Santo.
Cavaleirito
Pequeno cavaleiro tenta encontrar o seu lugar numa dança em roda realizada durante a Folia Divina.
Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.

À medida que Maio se aproxima do seu fim e da Festa do Divino de Pirenopolis, uma parte considerável dos homens da cidade sede a uma inevitável ansiedade.

A Folia do Divino está iminente e, anuncia-se um quase mês de liberdade concentrada, de diversão exagerada mas justificada e, no caso dos predominantes devotos, de renovação da crença no Espírito Santo.

Chegado o momento, as camisas azuis e brancas e os estandartes recebem os derradeiros cuidados, como as melhores montadas que são escovadas até à exaustão antes de lhes serem colocados os arreios.

Uma vez a caminho, a comitiva eufórica de Cavaleiros do Divino visita fazenda após fazenda e sitio atrás de sitio entregando-se a longos banquetes, a cantorias bem regadas e a catiras (danças folclóricas da região) mas também a orações em grupo.

Cavaleiros do Divino durante a Festa do Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Batalhão de cavaleiros do Divino Espírito Santo percorrem uma estrada entre fazendas durante a Folia do Divino.

Maio, da Folia do Divino, o Arranque da Festa do Divino Espírito Santo

Quando são festejados todos os Pousos da Folia Rural, a tropa reagrupa-se numa última fazenda. Dali, parte em direcção à cidade para se unir à Folia Urbana.

Apreciamos o seu irromper apoteótico pelo centro histórico de Pirenópolis, aplaudido por milhares de visitantes goianos e de outras partes do Brasil e por um exército semi-alcoolizado de mascarados curucucus, espécies de almas marginais.

Cavaleiros do Divino, Festa do Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Cavaleiros do Divino Espírito Santo galopam em frente à igreja do Rosário

Ao mesmo tempo, um subterfúgio histórico a que o povo recorreu para forçar a entrada em cena no evento que foi, durante algum tempo, monopolizado por uma elite endinheirada.

A Festa do Divino Espírito Santo ter-se-á inspirou-se nos Bodos aos Pobres, celebrações religiosas realizadas em Portugal a partir do século XIV que louvavam a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade e em que, a coincidir com o dia de Pentecostes, eram oferecidas comida e esmolas aos pobres.

Devido à acção evangélica, a sua tradição fortaleceu-se em várias futuras colónias lusas como os Açores e o Brasil. Por terras de Vera Cruz, a festa manteve as raízes católicas mas, influenciada pelo exotismo das terras que a acolhiam e rendida aos caprichos dos seus mentores e actores, admitiu inúmeras extravagâncias.

A Adaptação Jesuíta da Versão Açoriana da Festa do Divino

Em Pirenópolis, foram os jesuítas os responsáveis por introduzirem e radicarem o culto de origem açoriana do Espírito Santo, com recurso a elementos e personagens com forte simbolismo cristão com o tempo, adaptados à realidade trópico-brasileira da região de Goiás.

Foram os casos da Coroa e do Ceptro do Divino, mas também da figura protagonista do Imperador do Divino – representativa do Rei e da Corte lisbonense – que vários padres desempenharam, contribuindo para a notoriedade que a comemoração viria a conquistar.

Momento da Festa Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Fiéis tapam os ouvidos para melhor suportarem os estrondos de mais uma salva de foguetes.

Os foguetes rebentam com estrondo ensurdecedor. Obrigam o povo a tapar os ouvidos. Ainda assim, é o som metálico das centenas de ferraduras sobre o asfalto ou o calçadão da cidade velha que vai definindo os acontecimentos.

Acompanhamos o cortejo que termina à porta do domicílio engalanado do Imperador vigente, apurado, por sorteio, entre dezenas de candidatos.

Ali, os Cavaleiros entregam ao anfitrião as Lanças e a Coroa do Divino que pode ser admirada e venerada pelos crentes. E, depois de levados a cabo outros ritos e rituais, são prendados com uma refeição reconfortante.

Entrega das Lanças, Festa do Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Cavaleiros do Divino entregam lanças do Divino ao novo Imperador da Festa do Divino Espírito Santo.

Do Erguer da Bandeira do Divino à Ruidosa Banda do Couro

Nessa mesma noite, há missa na igreja Matriz de Nª Senhora do Rosário. Quando termina a eucaristia, é acesa uma enorme fogueira a distância só por pouco segura da sua nave e o encanto das enormes chamas atrai uma multidão entusiasta. A Bandeira do Divino está no seu lugar. Falta levantar o mastro imponente que a deve hastear.

Procissão entra na Igreja da Nª Srª Rosário, Pirenópolis, Brasil

Procissão do Divino chega ao altar da Igreja de Nª Senhora do Rosário.

A tarefa é arriscada e requer um impressionante esforço colectivo que os voluntários suavizam recorrendo a varas longas que exigem uma delicada combinação entre força e equilíbrio. O mínimo erro pode resultar em tragédia mas, com a bênção do Espírito Santo, tudo corre pelo melhor. Em jeito de recompensa, novo fogo de artifício grandioso ilumina o céu negro.

A jornada não se fica, ainda, por aí. Uma quermesse ruidosa que ocupa o lado oposto da igreja convida os participantes mais populistas a juntar-se ao baile e aos petiscos enquanto as esplanadas elegantes da Rua do Lazer entretêm os restantes.

Mais tarde, por volta das quatro da madrugada, os foliões resistentes (mas também os que já dormem) são brindados com uma alvorada da velha (criada em 1814) Banda de Couro. E, como se não bastasse este despertar compulsivo, no início da manhã que se anuncia, é oferecida à cidade nova descarga pirotécnica.

Dança dos Cavaleiros do Divino num Bar de Pirenópolis, Festa do Divino Espírito Santo, Pirenópolis, Brasil

Cavaleiros do Divino dançam num bar do centro histórico de Pirenópolis.

Encerrado o fim-de-semana, os forasteiros regressam às origens e a povoação entra num regime de semi-animação, estimulada “apenas” pelas actuações da Banda de Couro, pelos repiques de sinos, missas e ensaios diários das Cavalhadas, uma reconstituição – equestre, claro está – das Cruzadas que fecha, todos os anos, o longo cerimonial.

As Virgenzinhas e os Pãezinhos da Festa do Divino

Chegamos a novo Sábado. Tanto os cavaleiros como os mascarados reaparecem. O Cortejo Imperial já está em movimento e são as virgenzinhas de branco que reclamam as atenções até que a procissão dá lugar ao sorteio do Imperador sucessor.

Uma vez achado o contemplado, o vigente é conduzido por uma vasta companhia religiosa ao seu domicílio onde são distribuídas Verónicas (docinhos) e Pãezinhos do Divino às meninas que purificaram o cortejo. Este ritual, em particular, exige paciência redobrada quer aos organizadores quer aos participantes.

Fé Mariana, Pirenópolis, Brasil

Fiel ajoelha-se perante a imagem de Nossa Senhora.

Forma-se uma fila que se prolonga do átrio de entrada para a avenida adjacente à casa. E, por essa ordem, as mães, tias, avós e mulheres com descaramento que baste mas parentescos suspeitos recebem uma cestinha com os desejados bolinhos.

Saem, depois, por uma porta diferente e é suposto seguirem caminho mas, muitas, aproveitando a confusão que toma conta da cerimónia, voltam à fila para levarem a prenda a dobrar ou a triplicar, recorrendo à mais pura criatividade charmosa quando são apanhadas: “Ué, são para as irmãzinhas. Se não levar para elas, vão ficar com ciúme!”

Pouco depois, a multidão feminina deixa a casa do Imperador. No caminho de volta às suas, ecoa nas ruas do centro, mais intenso que nunca, o som das ferraduras contra as pedras polidas das calçadas ou apelam para determinada relação de parentesco suficientemente influente para justificar um fechar de olhos.

Na Iminência das Cavalhadas de Pirenópolis

Nisto, os passeios da cidade vão enchendo com o regresso dos forasteiros. A maioria vem de Brasília, Goiânia e das muitas povoações em redor. Alguns chegam de bem mais longe. De Sampa, do Rio, do estrangeiro, atraídos pela beleza cada vez mais badalada da festa.

Os carros são proibidos no centro histórico. Esta benesse permite aos mascarados apoderar-se das ruas amplas onde cavalgam sem sentido detendo-se apenas para posar para as fotos do público e pedir pequenas contribuições para a compra do seu combustível: a cervejinha gelada.

Mascarado durante a Festa do Divino Espírito Santo Pirenópolis, Brasil

ovem do grupo dos Cavaleiros do Divino assume-se como Mascarado durante um momento de diversão num bar de Pirenópolis

É rara a recusa. Estamos na época seca da região Centro-Oeste brasileira e o calor aperta, principalmente quando se está horas dentro de um fato de fibra, com a cabeça numa máscara de cartão.

Por volta da uma da tarde, os curucucus abrem alas para a passagem solene dos “exércitos” cristãos e mouros, em direcção ao Cavalhódromo. Lá terão início as Cavalhadas.

Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Espectáculos

O Mundo em Cena

Um pouco por todo o Mundo, cada nação, região ou povoação e até bairro tem a sua cultura. Em viagem, nada é mais recompensador do que admirar, ao vivo e in loco, o que as torna únicas.
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Curitiba, Brasil

A Vida Elevada de Curitiba

Não é só a altitude de quase 1000 metros a que a cidade se situa. Cosmopolita e multicultural, a capital paranaense tem uma qualidade de vida e rating de desenvolvimento humano que a tornam um caso à parte no Brasil.

Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Ilhabela, Brasil

Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
planicie sagrada, Bagan, Myanmar
Arquitectura & Design
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Aventura
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Cerimónias e Festividades
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Cidades
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
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Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Cansaço em tons de verde
Cultura
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Passageira agasalhada-ferry M:S Viking Tor, Aurlandfjord, Noruega
Em Viagem
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Étnico
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
tarsio, bohol, filipinas, do outro mundo
História
Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Barcos fundo de vidro, Kabira Bay, Ishigaki
Ilhas
Ishigaki, Japão

Inusitados Trópicos Nipónicos

Ishigaki é uma das últimas ilhas da alpondra que se estende entre Honshu e Taiwan. Ishigakijima abriga algumas das mais incríveis praias e paisagens litorais destas partes do oceano Pacífico. Os cada vez mais japoneses que as visitam desfrutam-nas de uma forma pouco ou nada balnear.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Luzes VIP
Natureza
Ilha Moyo, Indonésia

Moyo: Uma Ilha Indonésia Só Para Alguns

Poucas pessoas conhecem ou tiveram o privilégio de explorar a reserva natural de Moyo. Uma delas foi a princesa Diana que, em 1993, nela se refugiou da opressão mediática que a viria a vitimar.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Hell's Bend do Fish River Canyon, Namíbia
Parques Naturais
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Solovestsky Outonal
Património Mundial UNESCO
Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde, Desembarque
Praias
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Promessa?
Religião
Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Uma espécie de portal
Sociedade
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Casario, cidade alta, Fianarantsoa, Madagascar
Vida Quotidiana
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Homens dragam areia do leito do rio Sangha para pirogas plataforma.
Vida Selvagem
Expedição Ducret 1º:  OuéssoPN Lobéké, Rep. Congo; Camarões

A Subida Inaugural do rio Sangha

Durante uma hora, sobrevoamos a vastidão tropical imensa que separa a capital Brazzaville da pequena cidade ribeirinha de Ouésso. Das suas margens, ascendemos o rio Sangha até ao parque nacional camaronês de Lobéké, num cenário ainda com muito de “Coração das Trevas”.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.