Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas


Vale de socalcos
O vale profundo de Batad, coberto de socalcos plantados com arroz.
Gerações
Jovem moi milho sob o olhar do avô e de um galo oportunista.
Nativo e palmeira de betele
Nativo atravessa as plantações de Batad.
Longe de Tudo e de Todos
Vista das montanhas que envolvem Batad com a aldeia escondida no vale abaixo.
Repouso Filipino
Camponês acocorado sobre o rebordo elevado de um socalco.
Mulheres
Mulheres fazem uma pausa no trabalho de limpar um terreno para plantarem batata doce.
Abrigo de Folhas Secas
Palhota típica da região de Batad, com a cobertura íngreme para fazer escoar a chuva abundante na região.
Muro
Nativo caminha sobre um muro alto.
Contemplação
Nativo de Batad contempla a vista a partir da sua casa a meio da encosta.
No Meio do Arrôz
Vista do núcleo central de Batad, no sopé de um longo arrozal em socalcos.
Camponesa
Camponesa corta erva daninha.
Pé a Pé
Raparigas plantam um socalco alagado.
Aldeia
Pormenor da aldeia de Batad no centro dos socalcos de arroz.
Destino: Batad
Visitantes ocidentais descem o trilho íngreme para Batad.
Vício Escarlate
Camponesa masca noz de bétele, um hábito secular desta região isolada de Luzon.
Fidelidade Canina
Cães acompanham a dona enquanto trabalha num dos muitos socalcos de Batad.
Plantação
Crianças plantam arroz num socalco triangular.
Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.

Tínhamos partido de Banaue pouco depois da alvorada, a bordo de um jeepney tão velho quanto exuberante.

Doze quilómetros de estrada de montanha depois, a relíquia automóvel deixa-nos e a um grupo de jovens missionários da Noruega, na base do trilho para Batad.

Vencemos 3 km de subida inclemente até atingirmos uma espécie de sela intermédia formada pelo relevo, já acima da aldeia. Seguem-se 45 minutos de descida íngreme. A combinação destes esforços contrastantes que massacrou-nos as pernas bem mais do que estávamos à espera.

Germaine vê-nos chegar do cimo do vale profundo de Batad. Tenta aliviar-nos o cansaço com boa disposição: “São terríveis esses degraus, não são? Altos que se farta.

Fomos nós que os escavámos mas parecem mais ter sido feitos para os ossos grandes e brancos lá do norte da Europa. Nós cá da aldeia temos perna curta. Ainda nos cansamos mais que vocês, acreditem.”

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Visitantes ocidentais descem o trilho íngreme para Batad.

Instalamo-nos no Rita’s Lodge, uma pousada humilde que a família baptizou em nome da sua mãe, erguida apenas com tábuas mas com vista majestosa sobre a vertente oposta da povoação e da encosta que a tornou famosa.

Nesse dia, já só temos pouco mais que uma hora para a apreciarmos em pleno esplendor. A tarde avança.

O sol incide apenas no topo da montanha. Deixa a povoação primeiro à sombra, logo, numa penumbra silenciosa quebrada pelo brilho longínquo das estrelas, de um outro candeeiro a petróleo e pelo ladrar dos cães.

Romeo, pai de Germaine, junta-se aos hóspedes na varanda do seu estabelecimento. Conversa puxa conversa, inaugura uma longa palestra sobre a valia dos seus antepassados Ifugao. É assim que ouvimos falar pela primeira vez da hipótese histórica que os liga a uma etnia chinesa em fuga.

Defende essa teoria que, entre 2205 e 2106 a.C., o imperador Yu o Grande da Dinastia Shan, ordenou a perseguição de uma minoria rebelde, os Miao. Sem forma de lhes resistir, os Miao teriam cruzado o Mar da China do Sul. Refugiaram-se em Luzon, a maior ilha das Filipinas.

Os Miao já eram conhecidos na China pela sua mestria no cultivo de arroz sobre socalcos.

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O vale profundo de Batad, coberto de socalcos plantados com arroz.

Na Cordillera de Luzon, encontraram uma terra semelhante aquela de que escaparam. Pouco tempo depois de se instalarem, já tinham disseminado os seus terraços por um vasto território.

Os Miao não tardaram a misturar-se com os nativos Ifugao (povo das montanhas) do norte de Luzon. Nessa fusão, passaram-lhes parte da sua cultura, incluindo as técnicas de cultivo.

Romeo ajeita o cabelo grisalho recém-libertado do rabo-de-cavalo. Franze as muitas rugas, provas dermatológicas de uma longa experiência de vida, da sabedoria acumulada sobre a região e os seus costumes.

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Camponês acocorado sobre o rebordo elevado de um socalco.

“Tenho uma enorme colecção de peças dos nossos antepassados no meu museu. Mas não são só estatuetas e jóias. Também para lá guardei fotografias. As minhas preferidas são as das mulheres, durante o hudhud. Têm que as ver!”

Segundo percebemos, não é agora tão frequente mas, durante séculos, as mulheres Ifugao – uma etnia matrilinear – acompanharam as sementeiras e colheitas do arroz, bem como os velórios e funerais com cânticos guturais narrativos épicos, descritivos da história do seu povo.

A UNESCO registou as paisagens dos Terraços de Arroz na lista de Patrimónios Mundiais. Recentemente, o hudhud complementou o rol de tesouros das Filipinas, enquanto herança intangível. Quando foi levada a cabo a sua quantificação, apuraram-se mais de 200 cantos, cada um deles dividido em 40 episódios.

Rita, a esposa de Romeo afiança, com orgulho, que já participou em muitas dessas cantorias comunais.

Aproveitamos uma pausa no diálogo e retiramo-nos para um descanso merecido sob um retalho de firmamento emoldurado.

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Palhota típica da região de Batad, com a cobertura íngreme para fazer escoar a chuva abundante na região.

Despertamos bem depois do planeado. Aliviamos a consciência fotográfica com a noção de que, tal como o Sol abandonava Batad antes de tempo, também demoraria a voltar a incidir na aldeia.

Percorremo-la sem qualquer plano. Passamos por famílias e gentes que nos pareciam perdidas do Mundo. Algumas perdidas até de si próprias, entregues a uma estranha letargia matinal ou a espectáculos de country da Cordillera, um testemunho musical da presença norte-americana durante a 2ª Guerra Mundial a que os fãs assistem em pequenas TVs alimentadas por geradores.

Um miúdo mói farinha com um grande pilão, sob a supervisão do avô sentado e a atenção de um galo oportunista. A pouca distância, à entrada de uma cabana típica, um outro homem mantém um olhar disperso nas montanhas que fecham o horizonte.

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Jovem moi milho sob o olhar do avô e de um galo oportunista.

Ao contrário do que acontece em partes distintas das Filipinas, praticamente não se fala inglês por estes lados. O tagalog (língua nacional) é usado apenas como último recurso.

De cada vez que pedimos para fotografar alguém ouvimos um “amu hom” (Não! Parem! no dialecto Ifugao) rotundo e explícito, seguido de um pedido de doação.

E os nativos pedem-nos mesmo conscientes de que os visitantes pagam uma taxa à aldeia, ainda antes de nela entrarem.

Banaue e Batad podem ter conquistado fama mundial. Os seus cenários risícolas Ifugao surgem inclusive nas costas das notas de 1000 pesos filipinos.

Ainda assim, os cerca de 1000 habitantes rurais da aldeia de Batad nunca se conseguiram preparar para rentabilizar as visitas dos mochileiros.

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Camponesa corta erva daninha.

Não beneficiavam com a notoriedade da sua aldeia. Não conseguiam sequer sair da pobreza a que a gradual desvalorização do arroz e que o afastamento da vida cada vez mais moderna de outras partes das Filipinas os havia condenado.

Vários habitantes procuraram a solução na longínqua e sobrelotada Manila. Os filipinos são um povo emigrante. A nação tem quase tantas pessoas na diáspora como no seu vasto território insular.

Quando a capital não os pôde ajudar, os camponeses de Ifugao imitaram as experiências de tantos outros compatriotas que mudaram de países e de vidas. Deixaram para trás a sua terra e toda uma civilização milenar, crenças e rituais que uns poucos resistentes continuam a praticar.

Mais acima, enquanto caminhamos pelo meio dos campos, deparamo-nos com um grupo de jovens mulheres. Alinhadas sobre a terra, espetam plantas de arroz no solo de lama de um retalho alagado de acordo com os métodos tradicionais a que falta apenas o tão admirado hudhud.

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Crianças plantam arroz num socalco triangular.

Em 2009, os Terraços de Arroz Ifugao foram declarados livres de Organismos Geneticamente Modificados numa cerimónia promovida pelos dirigentes políticos da região, pelo responsável da Greenpeace do Sudeste Asiático Daniel Ocampo e por Cathy Untalan, a directora executiva da fundação Miss Earth.

Antes do anúncio ao público, 3 mumbakis (feiticeiros Ifugao) levaram a cabo um ritual akim de bênção em que oferendaram um animal aos deuses. Não tardamos a deparar-nos com um desses cerimoniais, ainda que em formato privado.

Num terraço mais abaixo, uma mulher sacrifica uma galinha. Tem a companhia da filha que espalha sangue da ave sobre a terra. Por estes lados, as crenças religiosas pouco ou nada têm que ver com as das restantes Filipinas que, a partir do meio do século XVI, os colonos hispânicos fizeram cristãs.

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Nativo atravessa as plantações de Batad.

A fé Ifugao centra-se ainda em Bulol, um deus mudo do arroz, o guardião dos mortos dos povos da Cordillera.

Em honra desta divindade, os nativos talham figuras aos pares, a partir de narra, uma madeira especial que acreditam proporcionar a riqueza, a felicidade e o bem-estar.

Cada passo desta arte – desde a escolha da árvore ao banho em sangue de porco que consagra as pequenas estátuas e as atribui a um lar  – requer uma cerimónia rica em mitologia.  É a mesma mitologia que os Ifugao registam há séculos através da sua escultura e que passam de geração em geração nas letras e sons do HudHud.

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Pormenor da aldeia de Batad no centro dos socalcos de arroz.

Mais próximo da aba da montanha, um outro grupo de camponesas queima e lavra um solo de que as ervas daninhas se tinham apropriado.

Ao verem-nos chegar, limitam-se a estudar-nos com os olhos e a mastigar. O fenómeno não era novo nas Filipinas, nem na Ásia em geral. Todas elas – com excepção de uma criança – mascavam nozes de bétele enquanto trabalhavam.

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Mulheres fazem uma pausa no trabalho de limpar um terreno para plantarem batata doce.

Esboçamos um qualquer palavreado de abordagem, em inglês. Entre risadas nervosas e sujas do suco vermelho daquela noz, as mulheres mostram-nos que, para fugir à norma, plantam batatas doces – kamotis como lhes chamam no seu dialecto.

Trocamos observações e perguntas disfuncionais. Até que uma delas repõe a ordem laboral e leva a comitiva de volta às tarefas.

Deixamo-las a atear fogo a uma porção de terra e seguimos socalcos abaixo ainda em busca da quintessência destes remotos domínios Ifugao.

Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina
Mactan, Cebu, Filipinas

O Atoleiro de Magalhães

Tinham decorrido quase 19 meses de navegação pioneira e atribulada em redor do mundo quando o explorador português cometeu o erro da sua vida. Nas Filipinas, o carrasco Datu Lapu Lapu preserva honras de herói. Em Mactan, uma sua estátua bronzeada com visual de super-herói tribal sobrepõe-se ao mangal da tragédia.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Marinduque, Filipinas

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Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Marinduque, Filipinas

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Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Bacolod, Filipinas

Doces Filipinas

Bacolod é a capital de Negros, a ilha no centro da produção filipina de cana de açúcar. De viagem pelos confins do Extremo-Oriente e entre a história e a contemporaneidade, saboreamos o âmago fascinante da mais Latina das Ásias.
Iloilo, Filipinas

A Cidade Muy Leal y Noble das Filipinas

Em 1566, os espanhóis fundaram Iloilo no sul da ilha de Panay e, até à iminência do século XIX, foi capital das imensas Índias Espanholas Orientais. Mesmo se há quase cento e trinta anos filipina, Iloilo conserva-se uma das cidades mais hispânicas da Ásia.
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Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
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Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

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Praia
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
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Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
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Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Cerimónias e Festividades
Apia, Samoa Ocidental

Fia Fia – Folclore Polinésio de Alta Rotação

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e daqui ao Havai, contam-se muitas variações de danças polinésias. As noites samoanas de Fia Fia, em particular, são animadas por um dos estilos mais acelerados.
Península Iucatão, Cidade Mérida, México, Cabildo
Cidades
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Comida
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Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Cultura
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Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
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O 4 de Julho Mais Longo

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Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

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Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

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A milhares de quilómetros para oeste de Pequim, a Grande Muralha tem o seu extremo ocidental e a China é outra. Um inesperado salpicado de verde vegetal quebra a vastidão árida em redor. Anuncia Dunhuang, antigo entreposto crucial da Rota da Seda, hoje, uma cidade intrigante na base das maiores dunas da Ásia.
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Aterrados na capital cabo-verdiana de Praia, exploramos a sua pioneira antecessora. Da Cidade Velha, percorremos a crista montanhosa e deslumbrante de Santiago, até ao topo desafogado de Tarrafal.
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A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
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De Canal em Canal, numa Holanda Surreal

Liberal no que a drogas e sexo diz respeito, Amesterdão acolhe uma multidão de forasteiros. Entre canais, bicicletas, coffee shops e montras de bordéis, procuramos, em vão, pelo seu lado mais pacato.
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Personagens
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O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Praias
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Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Mtshketa, Cidade Santa da Geórgia, Cáucaso, Catedral de Svetitskhoveli
Religião
Mtskheta, Geórgia

A Cidade Santa da Geórgia

Se Tbilissi é a capital contemporânea, Mtskheta foi a cidade que oficializou o Cristianismo no reino da Ibéria predecessor da Geórgia, e uma das que difundiu a religião pelo Cáucaso. Quem a visita, constata como, decorridos quase dois milénios, é o Cristianismo que lá rege a vida.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Jovens mulheres gémeas, tecelãs
Sociedade

Margilan, Uzbequistão

Périplo pelo Tecido Artesanal do Uzbequistão

Situada no extremo oriental do Uzbequistão, Vale de Fergana, Margilan foi uma das escalas incontornáveis da Rota da Seda. Desde o século X, os produtos de seda lá gerados destacaram-na nos mapas, hoje, marcas de alta-costura disputam os seus tecidos. Mais que um centro prodigioso de criação artesanal, Margilan estima e valoriza um modo de vida uzbeque milenar.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Vida Selvagem
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.