Seul, Coreia do Sul

Um Vislumbre da Coreia Medieval


Manobras a cores
Soldados reais do Palácio de Gyeongbokgung desfilam com armas e estandartes numa das cerimónias de render da guarda.
Linhas medievais coreanas
Sequência de telhados de edifícios do Palácio de Gyeongbokgung.
A salvo do frio
Guarda real aguenta o seu turno num uniforme medieval felpudo adaptado ao frio intenso do Inverno de Seul.
Blues’ Asia
Monumento aos Blues Brothers numa rua da capital sul-coreana.
Em formação
Militares em trajes medievais nos seus postos de guarda, à entrada do Palácio de Gyeongbokgung.
Em Seul, by night
Transeunte atravessa um mercado nocturno de Seul.
Vento inconveniente
Estandarte cobre a face de um dos guardas a postos no Palácio de Gyeongbokgung.
Um abrigo a jeito
Pequeno bar improvisado numa rua fria de Seul.
Em pleno Inverno asiático
Um dos lagos gelados no interior do Palácio de Gyeongbokgung.
Um kiwi entre sul-coreanos
Paul Parsons e amigos durante uma das aulas de equitação que o professor de inglês neozelandês costuma frequentar.
Às voltas na cidade
Moradores de Seul divertem-se a deslizar numa pista de patinagem no gelo.
Invasão fotográfica
Sul-Coreana faz-se fotografar junto aos militares da guarda-real do Palácio de Gyeongbokgung.
O Palácio de Gyeongbokgung resiste protegido por guardiães em trajes sedosos. Em conjunto, formam um símbolo da identidade sul-coreana. Sem o esperarmos, acabamos por nos ver na era imperial destas paragens asiáticas.

Quanto mais caminhamos pelos túneis do metro e falamos em inglês com o último dos expatriados que conhecemos em Seul mais nos custa a crer no surrealismo da conversa. 

“The kids there in my school just love snakes!” “Snakes, really? Are you sure?” tentamos confirmar, abismados. Pouco, depois, o interlocutor pergunta-nos: “Do any of you guys have a pin by chance?”

A pin?” voltámos a perguntar sem perceber para que raio iria querer um pin naquele momento… e os mal-entendidos continuariam pelo fim de tarde fora. Foi preciso mais algum tempo para que nos inteirássemos por completo do que se passava.

Paul Parsons era um jovem neozelandês de face ruborizada pelo frio e olhos azuis fugidios. Fora contratado por uma escola de Seul para dar aulas de inglês a crianças.

O problema começava no seu forte sotaque kiwi da zona da cidade Art Deco de Napier que transformava meros snacks em snakes, pen em pin bem como outras incontáveis mutações tóxicas à inteligibilidade.

Ao confrontar-se com este sério obstáculo aos objectivos do estabelecimento de ensino, o director pediu-lhe para falar inglês dos States em vez do seu kiwi.

Paul recusou-se porque, quando o contrataram, sabiam que ele provinha da Nova Zelândia e não dos “States“. Vimo-nos tão vítimas da sua integridade como os pequenos coreanos seus pupilos mas, aos poucos, lá nos entendemos. Acabámos por confraternizar bem mais do que pensámos possível.

O rechonchudo cantor Psy feito milionário pelo YouTube tornou a febre do bairro de Gangnam pela equitação e requintes afins globalmente famosa.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, aulas equitação

Paul Parsons e amigos durante uma das aulas de equitação que o professor de inglês neozelandês costuma frequentar.

Paul Parsons mostrou-nos como, pelo menos a vertente equina, se tinha disseminado a várias outras partes da cidade e levou-nos a participar em aulas particulares de que um professor seu amigo estava encarregue num picadeiro com visual suburbano.

Damos umas voltas a passo, depois a trote que fizeram aumentar o bafo dos animais condensado pelas temperaturas siberianas que já se faziam sentir debaixo do céu azul sobre a península coreana.

A alvorada seguinte trouxe uma atmosfera igual, talvez ainda mais fria. Deixámo-nos dormir por duas horas extra e a Paul Parsons muito mais. O anfitrião de Couchsurfing tinha chegado já de dia da farra com os amigos.

Ressacado, nem a equitação dessa manhã nem repetir o programa de assistir ao render da guarda real só para nos fazer companhia lhe passavam pela cabeça palpitante.

Por volta das 8h 40, saímos para o gelo cruel do Inverno coreano precoce determinados em espreitar o complexo de palácios Ch’ angdokkgung.

Em particular, o Palácio de Gyeongbokgung, considerado o mais imponente da Coreia do Sul, o mais sumptuoso dos cinco mandados construir pelos monarcas da dinastia Joseon que lideraram a nação do fim do século XIV ao final do XIX.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, Telhados

Sequência de telhados de edifícios do Palácio de Gyeongbokgung.

Chegámos junto à entrada principal do complexo e deparámo-nos com umas poucas dezenas de pessoas à espera. Juntámo-nos ao grupo. Passados alguns minutos, começou a soar uma música oriental antiga.

Em simultâneo, militares coloridos de uma outra era contornaram a esquina do palácio e vieram na nossa direcção afastando-se da vertente granítica do Monte Bugak.

Trajavam longos quimonos acetinados vermelhos ou em diferentes tons de azuis, todos eles com pescoceiras de pelo felpudas que protegiam a nuca e parte considerável da face do frio cada vez mais acentuado.

A completar a indumentária, cada um dos guardiães tinha ainda um colar de contas e um capacete em forma de chapéu feito numa espécie de verga fina em que iam espetadas penas decorativas de pavão e outras aves.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, agasalho

Guarda real aguenta o seu turno num uniforme medieval felpudo adaptado ao frio intenso do Inverno de Seul.

Vários deles, seguravam bandeiras e estandartes tão ou mais coloridos que os seus trajes, alguns, espadas, outros, escudos e armas com longos cabos e lâminas recortadas, similares às glaives medievais europeias.

Outros ainda eram arqueiros. Além dos arcos nas mãos, transportavam conjuntos de grandes flechas às costas.

Enquanto a música se desenrolou, os intervenientes levaram a cabo uma coreografia simples que os fez alinhar de forma pomposa com as bandeiras ao vento, primeiro de frente para o portal principal do palácio, logo com o palácio pelas costas. Então, alguns recolheram para o seu interior.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, Manobras a cores

Soldados reais do Palácio de Gyeongbokgung desfilam com armas e estandartes numa das cerimónias de render da guarda.

Deixaram os contemplados com turnos de vigia numa guarda congelada em posições chave do pórtico para gáudio da pequena multidão de espectadores que aproveitou para com eles se fotografar, sob a arquitectura elegante das muralhas e entradas inaugurais do palácio.

Já tínhamos assistido a inúmeras cerimónias de render da guarda e de içar e recolher da bandeira em diversos países.

Estandarte cobre a face de um dos guardas a postos no Palácio de Gyeongbokgung.

Até então, nenhuma nos tinha impressionado tanto pela beleza dos trajes e realismo da reencenação como aquela. E nem os prédios modernos que se opunham ao Palácio de Gyeongbokgung pareciam prejudicar a subtileza de época conseguida.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, Em formação

Militares em trajes medievais nos seus postos de guarda, à entrada do Palácio de Gyeongbokgung.

Os sul-coreanos têm boas razões para se esforçarem nesta tarefa. Foi a emergência da dinastia Joseon que lhes concedeu períodos de estabilidade, de paz e de identidade e soberania nacional bem mais longos que aqueles a que estavam habituados.

Quebrou os cenários antes prevalecentes de ingerência ou domínio da China e do Japão, os nipónicos sempre atrozes, em particular o de 1910 a 1945 em que, com o pretexto de organizarem uma exposição, os japoneses arrasaram por uma segunda vez o palácio de Gyeongbokgung.

Seguiu-se a Guerra da Coreia que terminou com a divisão do país em Coreia do Norte e Coreia do Sul e a absoluta polarização destas nações em termos de integração na comunidade mundial e de desenvolvimento.

É o reconhecimento pela sua identidade histórica e nacional e pela herança de modernidade generalizada que a Coreia do Sul celebra tanto com o Gyeongbokgung mais uma vez reconstruído como com a sua glamorosa e festiva guarda.

Passámos pelos soldados medievais e entrámos no vasto domínio que o palácio voltou a ocupar. Durante horas a fio, explorámos os incontáveis pavilhões, jardins, pontes e lagos gelados.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, lago gelado

Um dos lagos gelados no interior do Palácio de Gyeongbokgung.

Ao fim da tarde, voltámos à Seul dos nossos dias, sem sinal de Paul que continuava a debater-se com o abuso da noite anterior.

Investigámos o mercado nocturno, atarefado e colorido ao jeito da Korea Town 100% genuína que era. Detivemo-nos num ringue de patinagem e demos umas voltas meio deslizantes meio atabalhoadas mas, mais que saturados de frio, não tardámos a fartar-nos.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, patinagem gelo

Moradores de Seul divertem-se a deslizar numa pista de patinagem no gelo.

Refugiámo-nos no aconchego de um restaurante do centro e na gastronomia coreana.

Experimentámos uma espécie de mini-pizzas feitas com vegetais super picantes e, à parte, uma dose algo mais suave de kimchi. “Com essa combinação, vão ficar imunes a vírus para o Inverno todo!” atirou a empregada de mesa num inglês muito mais perceptível que o do nosso amigo neozelandês. “Não me levem a mal se vos aconselhar dong dong ju para acompanhar.

É um vinho de arroz adocicado tradicional. Vão gostar. Mas atenção! É suave mas muito forte!”

Terminámos a refeição e de novo reconfortados e anestesiados para o frio, deambulámos um pouco mais pelas ruas em redor.

Palácio Gyeongbokgung, Seul, Viagem Coreia, Blues' Asia

Monumento aos Blues Brothers numa rua da capital sul-coreana.

No regresso a casa, Paul Parsons obrigou-nos a ver um seu projecto universitário rodado em vídeo de 20 mm, uma história de terror com um gato e quatro colegas.

O filme permitiu-nos, acima de tudo, constatar que o seu sotaque era terrivelmente mais cerrado que o dos seus conterrâneos.

Na manhã seguinte, também chegámos à conclusão que estávamos demasiado saturados das temperaturas cada vez mais negativas sabendo que tínhamos para cima de 30º à espera no hemisfério sul.

Metemo-nos num avião. Numas poucas horas, mudámo-nos para o Verão australiano.

DMZ, Dora - Coreia do Sul

A Linha Sem Retorno

Uma nação e milhares de famílias foram divididas pelo armistício na Guerra da Coreia. Hoje, enquanto turistas curiosos visitam a DMZ, várias das fugas dos oprimidos norte-coreanos terminam em tragédia
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Fortalezas

O Mundo à Defesa - Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Pequim, China

O Coração do Grande Dragão

É o centro histórico incoerente da ideologia maoista-comunista e quase todos os chineses aspiram a visitá-la mas a Praça Tianamen será sempre recordada como um epitáfio macabro das aspirações da nação
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
São João de Acre, Israel

A Fortaleza que Resistiu a Tudo

Foi alvo frequente das Cruzadas e tomada e retomada vezes sem conta. Hoje, israelita, Acre é partilhada por árabes e judeus. Vive tempos bem mais pacíficos e estáveis que aqueles por que passou.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
hacienda mucuyche, Iucatão, México, canal
Arquitectura & Design
Iucatão, México

Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Cerimónias e Festividades
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde, Desembarque
Cidades
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Verificação da correspondência
Cultura
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
mural de extraterrestre, Wycliffe Wells, Australia
Em Viagem
Wycliffe Wells, Austrália

Os Ficheiros Pouco Secretos de Wycliffe Wells

Há décadas que os moradores, peritos de ovnilogia e visitantes testemunham avistamentos em redor de Wycliffe Wells. Aqui, Roswell nunca serviu de exemplo e cada novo fenómeno é comunicado ao mundo.
Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
Étnico
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Santa Marta, Tayrona, Simón Bolivar, Ecohabs do Parque Nacional Tayrona
História
Santa Marta e PN Tayrona, Colômbia

O Paraíso de que Partiu Simón Bolívar

Às portas do PN Tayrona, Santa Marta é a cidade hispânica habitada em contínuo mais antiga da Colômbia.  Nela, Simón Bolívar, começou a tornar-se a única figura do continente quase tão reverenciada como Jesus Cristo e a Virgem Maria.
Ilha do Pico, a oeste da montanha, Açores, lajes do Pico
Ilhas
Ilha do Pico, Açores

A Ilha a Leste da Montanha do Pico

Por norma, quem chega ao Pico desembarca no seu lado ocidental, com o vulcão (2351m) a barrar a visão sobre o lado oposto. Para trás do Pico montanha, há todo um longo e deslumbrante “oriente” da ilha que leva o seu tempo a desvendar.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Natureza
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Mini-snorkeling
Parques Naturais
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Assuão, Egipto, rio Nilo encontra a África negra, ilha Elefantina
Património Mundial UNESCO
Assuão, Egipto

Onde O Nilo Acolhe a África Negra

1200km para montante do seu delta, o Nilo deixa de ser navegável. A última das grandes cidades egípcias marca a fusão entre o território árabe e o núbio. Desde que nasce no lago Vitória, o rio dá vida a inúmeros povos africanos de tez escura.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Praias
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Religião
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Crocodilos, Queensland Tropical Australia Selvagem
Vida Selvagem
Cairns a Cape Tribulation, Austrália

Queensland Tropical: uma Austrália Demasiado Selvagem

Os ciclones e as inundações são só a expressão meteorológica da rudeza tropical de Queensland. Quando não é o tempo, é a fauna mortal da região que mantém os seus habitantes sob alerta.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.