Barra a Kunta Kinteh, Gâmbia

Viagem às Origens do Tráfico Transatlântico de Escravos


Albreda, rio Gâmbia
Never Again Monument
Pontão Adentro
Ruínas de São Domingos
Trabalho Fluviai
Ruínas do Fort St. James
Pescadores
Faina do Pontão
Sr. Eduardo
Portal “Roots”
Fila Fluvial
Canhão do Fort St. James
Drenagem
O Museu da Escravatura
Kunta Kinteh à Vista
Peixe à cabeça
Os Embondeiros de Kinteh
Maré (quase) Vazia
Uma das principais artérias comerciais da África Ocidental, a meio do século XV, o rio Gâmbia era já navegado pelos exploradores portugueses. Até ao XIX, fluiu pelas suas águas e margens, boa parte da escravatura perpetrada pelas potências coloniais do Velho Mundo.

No ponto exacto em que se entrega ao oceano Atlântico, o rio Gâmbia estreita.

É aí que o cruzamos, com partida do porto da capital gambiana, Banjul.

O ferry cumpre a ligação entre o sul e o norte da nação, dividida na íntegra pelo rio, com 1100 km de extensão, um dos mais longos e largos da África Ocidental.

Como quase sempre, vai à pinha, dentro de um limite de pessoas e carga que, confrontadas com naufrágios terríveis nas suas águas e ao largo, as autoridades se viram obrigadas a respeitar.

Sobre o convés, os passageiros ocupam todos os bancos disponíveis, costas contra costas, joelhos contra joelhos.

Seguem de pé, à galhofa, contra as vedações limiares do barco. Malgrado o aperto, dezenas de vendedores percorrem os espaços entre filas. Impingem amendoim e caju, máscaras sanitárias, utensílios para telemóveis e afins.

Outros, promovem cabeleiras e uma incrível farmácia naturalista portátil.

Meia-hora de navegação depois, já sobre a margem oposta, avistamos uma frota de pirogas, lado a lado sobre um areal, aquém de um casario abarracado que, a espaços, se funde com uma linha de coqueiros, de palmeiras, de outras árvores tropicais.

No limiar nordeste da costa, vislumbramos ainda muralhas de uma fortificação.

Entre embondeiros massivos que a época seca desfolhou, esconde-se o emblemático forte Bullen.

O Desembarque em Barra, do Outro lado do Rio Gâmbia

Um grande pórtico dá-nos as boas-vindas: “Welcome to Barra”.

Uma multidão de passageiros desembarca para uma via murada que os leva mais para dentro desta povoação contraponto de Banjul.

Mesmo escrita em inglês, a única língua oficial da Gâmbia, a mensagem incorpora o nome secular português da região: “Barra”, em vez do Niumi que o antecedeu.

Foram os navegadores enviados pelo Infante D. Henrique, os responsáveis por o Reino de Niumi vigente em redor da boca do rio Gâmbia, ficar conhecido como Reino de Barra, mais tarde, apenas como Barra.

Em 1446, durante a sua quarta viagem ao longo da costa ocidental de África, com a missão de chegar à África negra, Nuno Tristão, terá entrado pela foz de um rio da zona, subsiste a polémica quanto a qual, se o Gâmbia, ou outro mais a sul.

Por ele acima se aventurou. Enquanto pôde. Cerca de oitenta nativos (estima-se que Niumi) que seguiam sobre mais de dez canoas cercaram e atacaram o batel para que se tinha transbordado, com vinte e poucos homens.

Dispararam sobre os portugueses centenas de flechas envenenadas.

Só quatro dos alvos sobreviveram para, a muito esforço, regressarem a Lagos e contarem a tragédia. Nuno Tristão não foi um deles.

Com o ferry já a preparar-se para o regresso a Banjul. Damos seguimento à nossa própria, incomparável, aventura.

Sem surpresa, abordam-nos vários “empresários” da cidade. Uns, são condutores de táxi e de sept-places.

Outros, oportunistas que que lucram de recrutarem passageiros toubab (leia-se brancos) a preços inflacionados. Voltamos a exasperar com os esquemas destes “gambian men”, assim conhecidos entre os forasteiros pela sua imaginação negocial e falta de escrúpulos.

Enfiamo-nos num velho VW Golf. Apontamos a Albreda, 33km para sudeste e o interior da Gâmbia.

E a Chegada a Albreda

Lá nos recebe Mrs. Aminata, a co-proprietária do Kunta Kinteh Lodge em que iríamos pernoitar. Aminata é tão branca quanto possível. Tem olhos azuis, algo siameses.

Fala com um leve british accent. Não obstante, traja grandmubas, vestidos tradicionais gambianos repletos de folhos e cores. E é muçulmana.

Quando lhe narramos o frenesim da garage (gare de transportes) de Barra, Aminata desabafa. “Por cá, quando veem pele branca, veem dinheiro. Comigo é a mesma coisa!”

Ms. Aminata, serve-nos almoço. Um guia local não espera sequer que terminemos. Senta-se à mesa. Faz de tudo para que o recrutemos antes de outros.

Naquele momento, queríamos deambular. Assimilar os visuais e atmosfera do lugar. É o que fazemos.

Depressa constatamos a vida dupla de Albreda, dividida entre o dia-a-dia da comunidade local de pescadores e o dos moradores que se dedicam ao mais proveitoso acolhimento e acompanhamento dos visitantes.

À hora do calor, um grupo de barqueiros e guias tagarelavam à sombra, junto à base do pontão que serve Albreda.

À nossa passagem, interrompem a conversa para nos venderem os seus serviços.

Adiamo-los.

O Memorial UNESCO do Tráfico de Escravos de Albreda

Apreciamos o “Never Again Monument”, símbolo anti-esclavagista e modernista com cabeça de planeta Terra, corpo de gente e braços desagrilhoados ao alto.

Três burros erráticos detêm-se na sua base, a devorarem uma rara erva tenra.

Quatro ou cinco cabras fazem o mesmo, sob duas enormes sumaúmas. Passamos junto às suas raízes, em busca do Museu da Escravatura.

Examinamos mapas, painéis explicativos e outros itens e aprendemos um pouco mais sobre o flagelo que assombrou África séculos a fio.

Entre Albreda e as ruínas de São Domingos que logo nos propusemos encontrar, também percorremos a génese do tráfico de escravos europeu.

Perdidas numa floresta ribeirinha, estas ruínas e – apesar de já quase imperceptíveis – as da capela no centro de Albreda, testemunham a presença pioneira dos portugueses, nestas terras que o desfecho da expedição de Nuno Tristão augurava traiçoeiras.

O Regresso à África Ocidental e a Exploração do Rio Gâmbia

O Infante D. Henrique voltou à carga. Volvida uma década, enviou dois outros navegadores, o veneziano Alvise Cadamosto e o genovês Antoniotto Usodimare.

Em Maio de 1456, evitando expor-se demasiado aos nativos Niumi, ancoraram junto a uma pequena ilha, cerca de 3km ao largo da actual Albreda.

Lá terão enterrado André, um marinheiro que a viagem vitimou. Após o que procuraram estabelecer contacto.

Em 1458, seguiu-se-lhes Diogo Gomes.

No regresso de uma incursão ao estuário do Rio Grande de Geba (Guiné Bissau), o navegador de Lagos, voltou a ancorar na recém-baptizada ilha de Santo André.

Desta incursão, veio a resultar a aquisição da ilha a mansas (reis) mandingas locais e ainda a sua autorização para o assentamento fortificado de São Domingos.

Os portugueses apostavam em se imiscuírem nas rotas auríferas que ligavam Timbuktu e o Alto Níger, pelo Saara, ao litoral marroquino. Em vez do ouro, deparam-se com escravos.

O Tráfico de Escravos Fomentado pelos Reis Indígenas

Tal como há séculos faziam com mercadores árabes e de outras paragens de África, diversos reis mandingas procuraram comerciar prisioneiros das suas guerras com os portugueses.

Os portugueses acederam.

Em breve, passaram a fomentar as capturas de nativos africanos em maior número, para uso dos escravos nas suas distintas colónias, com destaque para o Brasil.

Após a União Ibérica de 1580, a coroa espanhola institucionalizou o sistema de asientos que viabilizava contractos de tráfico de escravos com mercadores de outras nações.

Nos séculos XVI e XVII, franceses, holandeses, britânicos, curlandeses, suas companhias privadas e mercenários gananciosos aproveitaram esta brecha no monopólio português e aniquilaram a supremacia portuguesa nas margens do Gâmbia e no litoral em redor.

O centrado na Ilha de Goreia era igualmente prolífico.

Mesmo assim, até ao século XVIII, por lá persistiram bolsas de colonos lusos.

Os Refugiados sem Retorno da Guerra Civil Guineense

Hoje, por motivos distintos, muitos habitantes do rio provêm da lusofonia mais próxima.

Regressados das ruínas de São Domingos, cruzamo-nos com o sr. Eduardo, um homem de etnia diola, esguio, enfiado numa velha camisola da selecção portuguesa e que ainda dizia o dinheiro em contos.

Entendemo-nos num nosso esboço de crioulo e em português.

Eduardo explica-nos que a Guerra Civil de 1998-99 o obrigou a deixar o norte da Guiné Bissau.

À imagem de tantos outros refugiados no Senegal e na Gâmbia, nunca mais voltou.

Eduardo queria levar-nos à ex-ilha de Santo André. As autoridades turísticas atribuíram-nos outro barqueiro.

A Ilha Memorial de Kunta Kinteh às Ruínas do Fort St. James

Atingimos a ilha num ápice. Lá cirandamos entre as ruínas do forte e os embondeiros despidos que lhe servem de sentinelas.

Nas décadas seguintes, como o rio que a envolve, a ilha mudou de potência colonial e de nome amiúde.

Até que, em 1702, ao mesmo tempo que consolidavam a sua Senegâmbia, os britânicos a capturaram e a renomearam e ao forte, de St. James.

Todas as sucessivas potências coloniais se envolveram no tráfico negreiro.

Em Albreda, em parte, sob as grandes sumaúmas, damos com o maior edifício colonial, o edifício CFAO (do administrador) da era francesa, restaurado, agora usado como um bar-restaurante que não chega a desafiar o gerido pela Srª Aminata.

Os britânicos que conquistaram a colónia aos franceses, chegaram a tempo de abastecer de milhões de escravos as suas Índias Ocidentais e os E.U.A..

Avancemos até 1807. Os britânicos votaram a Abolição da Escravatura. Passaram a combate-la.

Durante largos anos, traficantes de escravos de outras nacionalidades procuraram contornar a acção anti-esclavagista britânica.

E, na Senegâmbia, em particular, os tiros dos canhões do fort Bullen de Barra com que os britânicos visavam os navios esclavagistas.

O fort Bullen já só serve de atractivo turístico. Quando o visitámos, nem isso.

Frequentavam-no três enormes vacas, deitadas entre outros tantos embondeiros seculares.

E, no entanto, África sofre um inusitado regresso da escravatura. Sofrem-na os migrantes em busca da Europa que se veem aprisionados na Líbia.

Mas não só.

Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.

Ilha de Goreia, Senegal

Uma Ilha Escrava da Escravatura

Foram vários milhões ou apenas milhares os escravos a passar por Goreia a caminho das Américas? Seja qual for a verdade, esta pequena ilha senegalesa nunca se libertará do jugo do seu simbolismo.​

Elmina, Gana

O Primeiro Jackpot dos Descobrimentos Portugueses

No séc. XVI, Mina gerava à Coroa mais de 310 kg de ouro anuais. Este proveito suscitou a cobiça da Holanda e da Inglaterra que se sucederam no lugar dos portugueses e fomentaram o tráfico de escravos para as Américas. A povoação em redor ainda é conhecida por Elmina mas, hoje, o peixe é a sua mais evidente riqueza.
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Vulcão Ijen, Indonésia

Os Escravos do Enxofre do Vulcão Ijen

Centenas de javaneses entregam-se ao vulcão Ijen onde são consumidos por gases venenosos e cargas que lhes deformam os ombros. Cada turno rende-lhes menos de 30€ mas todos agradecem o martírio.
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Acra, Gana

A Capital no Berço da Costa do Ouro

Do desembarque dos navegadores portugueses à independência em 1957, sucederam-se as potências que dominaram a região do Golfo da Guiné. Após o século XIX, Acra, a actual capital do Gana, instalou-se em redor de três fortes coloniais erguidos pela Grã-Bretanha, Holanda e Dinamarca. Nesse tempo, cresceu de mero subúrbio até uma das megalópoles mais pujantes de África.
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Arquitectura & Design
Cemitérios

A Última Morada

Dos sepulcros grandiosos de Novodevichy, em Moscovo, às ossadas maias encaixotadas de Pomuch, na província mexicana de Campeche, cada povo ostenta a sua forma de vida. Até na morte.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Gelados, Festival moriones, Marinduque, Filipinas
Cerimónias e Festividades
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde, Desembarque
Cidades
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Cultura
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Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Passageira agasalhada-ferry M:S Viking Tor, Aurlandfjord, Noruega
Em Viagem
Flam a Balestrand, Noruega

Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
San Cristobal de Las Casas, Chiapas, Zapatismo, México, Catedral San Nicolau
Étnico
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Dia escuro
História

Lago Cocibolca, Nicarágua

Mar, Doce Mar

Os indígenas nicaraos tratavam o maior lago da América Central por Cocibolca. Na ilha vulcânica de Ometepe, percebemos porque o termo que os espanhóis converteram para Mar Dulce fazia todo o sentido.

Bangkas na ilha de Coron, Filipinas
Ilhas
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Garranos galopam pelo planalto acima de Castro Laboreiro, PN Peneda-Gerês, Portugal
Natureza
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda – Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
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Outono
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Rede em Palmeiras, Praia de Uricao-Mar das caraibas, Venezuela
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PN Henri Pittier: entre o Mar das Caraíbas e a Cordilheira da Costa

Em 1917, o botânico Henri Pittier afeiçoou-se à selva das montanhas marítimas da Venezuela. Os visitantes do parque nacional que este suíço ali criou são, hoje, mais do que alguma vez desejou
Grand Canyon, Arizona, Viagem América do Norte, Abismal, Sombras Quentes
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Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Personagens
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A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Montezuma e Malpaís, melhores praias da Costa Rica, Catarata
Praias
Montezuma, Costa Rica

De Volta aos Braços Tropicais de Montezuma

Passaram 18 anos desde que nos deslumbrámos com este que é um dos litorais abençoados da Costa Rica. Há apenas dois meses, reencontrámo-lo. Tão aconchegante como o  tínhamos conhecido.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Cabine lotada
Sociedade
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Salvamento de banhista em Boucan Canot, ilha da Reunião
Vida Selvagem
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.