Chania a Elafonisi, Creta, Grécia

Ida à Praia à Moda de Creta


Verão insuflável
Bóias expostas à beira de uma estrada de Kissamos, a caminho da garganta de Topolio.
Erro pouco tradicional
Placa promove produtos tradicionais de Creta, com um erro natural em quem usa o alfabeto grego, não o latino.
Amor Kri Kri
Giorgos segura um grande bode kri kri, à beira da estrada que atravessa a garganta de Topolio.
Agia. A Sofia
Capela ortodoxa da gruta de Agia Sofia.
Um Campanário Estrelado
Ícones da Ortodoxia
Imagens de Cristo reforçam a religiosidade ortodoxa da gruta de Agia Sofia.
Giorgos, em Voulgaro
Cretense vestido à moda tradicional da ilha.
Atracção Marinha
Banhistas à beira do Mediterrâneo quase raso de Elafonisi.
Praia Cretense Vigiada
Torre de vigia de uma das praias pouco profundas de Elafonisi.
Ânsia de Mar Profundo
Banhista corre pelo mar de Elafonisi adentro.
Voo Rasado
Gaivota faz um voo a rasar um rochedo à beira do mar de Elafonisi.
A leste de Elafonisi
Baía a leste de Elafonisi, como vista do cimo da ilha.
À descoberta do ocidente cretense, deixamos Chania, percorremos a garganta de Topolia e desfiladeiros menos marcados. Alguns quilómetros depois, chegamos a um recanto mediterrânico de aguarela e de sonho, o da ilha de Elafonisi e sua lagoa.

A alternativa iria revelar-se um improviso rodoviário sinuoso e custoso, como vários outros em que, nos dias que já levávamos de deambulação por Creta, nos tínhamos metido.

Optamos, assim, pelo caminho mais fácil da auto-estrada grega 90, mais conhecida por VOAK, a via suprema da ilha, que percorre a sua costa norte e de que partem incontáveis estradas secundárias que servem outros tantos lugares para sul.

Em plena Kolpos Kissamou, a Baía de Kissamos, desviamos para uma delas, a Epar.Od. Kaloudianon-Chrisoskalitissas.

Ainda no seu início, a montra insuflável de uma loja deixa-nos a impressão de que estamos no bom caminho. Preenche-a uma formação de boias garridas, de flamingos, cisnes brancos e até unicórnios.

Loja praia, Kissamos, Creta, Grecia

Bóias expostas à beira de uma estrada de Kissamos, a caminho da garganta de Topolio.

Acima da placa destacada do edifício, um letreiro informa a morada e contactos da loja. Em grego, e a azul e branco, as cores da bandeira helénica, para que não restem dúvidas quanto ao patriotismo do negócio. Dissimulado atrás das boias, um painel de um verde quase igual ao da fachada, versa, em inglês “Going to the Sea”.

Estrada Kaloudianon-Chrisoskalitissas Abaixo, Rumo à Garganta de Topolia

Dali para baixo, quase não tínhamos como nos equivocarmos. De volta às nações e seus alfabetos, foi o que fizeram os donos de uma banca de produtos rurais, uma de tantas que servem a região de Kissamos, sobretudo no fim da Primavera e Verão, quando a fértil Creta se torna ainda mais prolífica.

Desta feita a branco, vermelho e verde, uma tabuleta promovia TraNditional Products, assim mesmo, com um N desnecessário, um erro irrisório se tivermos em conta o quanto o alfabeto grego nos conseguia desorientar.

Placa com erro, Kissamos, Creta, Grécia

Placa promove produtos tradicionais de Creta, com um erro natural em quem usa o alfabeto grego, não o latino.

Devemos, acima de tudo, vangloriar a diversidade e a qualidade de tudo o que sai dos terrenos agrícolas e pequenas granjas da região de Kissamos: os queijos e carnes fumadas, azeite, as compotas, rakomelo (raki com mel) e, o expoente dos expoentes, o famoso mel de tomilho que não tardarmos a encontrar, em distintos miradouros sobre a garganta de Topolia.

Distração após distração, damos connosco à sua entrada. Estacionamos junto a um destes mirantes, no sentido contrário ao que seguíamos, com vista sobre as profundezas do desfiladeiro.

Dedicamo-nos a apreciar os penhascos rochosos por diante e um casal de grandes águias-douradas que, tudo indicava, pairavam em redor de um ninho no cimo da falésia.

Águias Douradas, Cabras kri kri e a Moda Cretense de Vestir

Um vendedor da banca aproxima-se e aborda-nos, num inglês com algum sotaque helénico: “Compreendo que as águias vos mereçam toda a atenção. Connosco é a mesma coisa. Aqui, por estes lados, estamos no território das cabras kri kri (cabras-de-creta). E, acreditem ou não, estas águias têm força para apanharem os cabritos mais pequenos e os levarem para os ninhos. Já não é a primeira vez, nem a segunda que o testemunhamos. Aliás, já aconteceu camponeses daqui lá irem tentar resgatar cabras deles. Querem ir espreitar o ninho? Se quiserem, levo-vos lá e fazem fotos incríveis!”

Confrontado com a nossa escusa, Savvas – assim se chamava o interlocutor – direcciona-nos para a montra do seu mel e apresenta-nos ao amigo Giorgos Papantonakis. Este, deslumbra-nos de imediato. Giorgos traz vestes tradicionais da zona, camisa negra de que pende um lenço a terminar num X de pernas díspares.

Pastor em trajes tradicionais, Topolia, Creta, Grécia

Cretense vestido à moda tradicional da ilha.

Veste ainda calças de um cinzento-claro, do mesmo tom do lenço, enfiadas numas botas de cano alto que lhe ficavam logo abaixo do joelho. Giorgos segurava ainda um cajado de madeira retorcida.  E mantem uma barba e bigode arruivados que combinavam com o conjunto, tão genuíno como Creta se podia revelar.

Como se não bastasse, não falava inglês.

De quando em quando, esboçava um esforço para o fazer. Mas seu o discurso tombava logo para o helénico e obrigava Savvas a vir em seu socorro. “Ele está a perguntar se querem ver o bode dele” transmite-nos o tradutor.

Curiosos, anuímos. Giorgos, olha para um pequeno curral abaixo do muro que nos separava do fundo da garganta. Ouvimo-lo chamar “Yero! Yero!” Num ápice, um enorme bode lança as patas dianteiras sobre o muro, encavalita-se na direcção do dono e beija-lhe a face.

Giorgos pega no cajado. Sem sequer o termos que sugerir, segura a barbicha negra do animal e compõe uma produção caprina-cretense que nos tira do sério. Fotografamos o inesperado duo. Logo, Giorgos remete a cabra para os seus aposentos. Savvas retoma o discurso. “Tem quatro anos. Já viram bem o tamanho?? Incrível não é?”

Cretense em trajes tradicionais, Voulgaro, Creta, Grécia

Giorgos segura um grande bode kri kri, à beira da estrada que atravessa a garganta de Topolio.

Despedimo-nos. Prosseguimos pela garganta de Topolia abaixo, uns poucos quilómetros, apenas, os suficientes para atingirmos Kythira.

A Visita Incontornável à Gruta Agia Sofia

Já nesta povoação, um grande sinal castanho à direita da estrada indica a gruta de Agia Sofia, e o início ventoso dos cento e cinquenta degraus que lhe dão acesso.

Vencemos a escadaria imposta à falésia, entre figueiras bravas e outras árvores que renovavam o aroma inconfundível do estio cretense. Mais para o alto, certas aberturas revelavam-nos o aperto do desfiladeiro para norte. E como, para dela se livrar, a estrada ziguezagueava em apuros, numa das subidas mais íngremes do percurso.

No cimo da escadaria, já dentro da caverna, cruzamo-nos com um funcionário solitário, sentado a uma mesa com vista para uma galeria de estalagmites e estalactites dispostas por diante. O funcionário levanta a cabeça. Contempla-nos com olhar de toupeira, detrás de uns óculos com lentes fundo de garrafa.

Saúda-nos com um “kalispéra” contido e deixa-nos à vontade para explorarmos a sacralidade lúgubre e ortodoxa do santuário, também conhecido como Sabedoria de Deus, de acordo com o ícone trazido de um templo de Constantinopla por combatentes cretenses.

Num recanto da gruta, uma simples parede e um telhado coroado por um campanário com uma cruz de pedra e uma estrela eléctrica compõem uma capela.

Gruta Agia Sofia, Topolia, Creta, Grécia

Capela ortodoxa da gruta de Agia Sofia.

Lá dentro, encontramos uma área exclusiva aos sacerdotes, delimitada por um biombo preenchido com um sortido de imagens iconográficas de Cristo, de Nossa Senhora, de anjos e afins, assentes num dourado que a luz natural que ali se aventurava e a de algumas lâmpadas faziam resplandecer.

Em redor, um grande cadeirão de madeira e vários outros ícones alinhados sobre um muro baixo completavam a ortodoxia grega da gruta.

Gruta Agia Sofia, Topolia, Creta, Grécia

Imagens de Cristo reforçam a religiosidade ortodoxa da gruta de Agia Sofia.

Malgrado a sua importância histórica e religiosa, no tempo que lá passámos, fomos os únicos visitantes. Não nos demorámos.

Por altura da Taverna Oi Myloi Iliakis Michael, tínhamos deixado a garganta de Topolia para trás.

Prosseguimos pela sua sequência, o desfiladeiro longo, se bem que menos apertado e profundo do rio Potamos. Mesmo diminuído pela secura do Verão, o rio entregou-se ao Mediterrâneo na baía de Ormos Stómio. Nós, flectimos para sul, rumo aos confins sudoeste de Creta.

Avistamos Elafonisi do cimo de um ponto sobranceiro da estrada, junto a um restaurante que, com justiça posicional e etimológica, se intitulava Panorama.

Dali, vemos uma meio ilha meio península estender-se pelo azulão do mar adentro, separada de terra apenas por uma lagoa de águas rasas e, como tal, bem mais claras, de um gradiente translúcido de ciano e esmeralda.

Baía, Elafonisi, Creta, Grécia

Baía a leste de Elafonisi, como vista do cimo da ilha.

Apesar de distante das principais cidades do norte da ilha – Chania, Iráklio, Retimo – Elafonisi tornou-se um dos domínios litorais reverenciados de Creta.

Frequentam-na milhares de cretenses, outros gregos e estrangeiros, muitos dos quais alugam casas de campo e de praia nos fundos da ilha.

A comprová-lo, quando descemos para o nível do mar, damos com um parque de estacionamento improvisado entre as árvores à pinha.

Àquela hora, a maré estava tão baixa quanto possível. Mantinha a descoberto o istmo anfíbio que separava a ilha de Elafonisi da grande Creta e que, em simultâneo, dava para duas praias opostas.

A virada a oriente preservava um mar quase digno desse nome, menos raso, mesmo se exigia várias dezenas de passos para nos subir à cintura.

Não obstante a superficialidade e imobilidade do Mediterrâneo, as autoridades gregas levavam a sério as suas responsabilidades. Uma torre de vigia destacada  bem acima das colónias de chapéus de palha vigiava os movimentos dos banhistas.

Elafonisi, Creta, Grécia

Torre de vigia de uma das praias pouco profundas de Elafonisi.

Estava identificada a vermelho, como “Lifeguard” mas, de maneira a evidenciar a helenicidade daquele domínio, ostentava uma bandeira azul e branca listada a ondular ao vento.

À sombra concedida pelo cimo da estrutura, um jovem salva-vidas mantinha-se no seu posto, não propriamente a postos. “Tu, com este mar, chegas a ter alguma coisa que fazer? atiramos, em jeito de brincadeira, de maneira a estabelecermos conversa. Giorgis surpreende-se com a abordagem.

“Olá! Olhem que não é bem como vocês pensam. O mês passado morreu aqui uma senhora estrangeira. Claro que não teve a ver com ondas ou correntes. Foi vítima de um ataque de epilepsia e ninguém reparou a tempo. Eu estava de folga”.

“De onde são vocês? De Portugal? Ai, tão feliz que eu fui por lá. Fiz um Erasmus inteiro em Lisboa, sabiam? O mais difícil, ainda foi estudar, não preciso de explicar porquê, certo?” e pisca-nos o olho com ar malandro. “Subam. Tirem umas fotos cá de cima! O meu turno está no fim. Eu vou andando. Assim até ficam com mais espaço”.

Durante uns bons dez minutos, aproveitamos a benesse. De volta á areia, caminhamos até ao solo permanente da ilha de Elafonisi, uma reserva natural protegida das multidões que esconde mini-praias deliciosas.

Elafonisi, Creta, Grécia

Banhista corre pelo mar de Elafonisi adentro.

Exploramos as suas dunas. Admiramos o Mediterrâneo imaculado daquele sul remoto, estendido até uma baía recortada a leste, no sopé das montanhas que escondiam a vila piscatória, hoje mais estância de Verão que outra coisa, de Gialos.

Até o paraíso que nos cercava preservava o seu passado macabro.

Como acontece em tantas outras partes da pátria helénica, tinha-o originado o conflito que há séculos opõe a Grécia à Turquia e vice-versa.

Em Abril de 1824, em plena expansão do Império Otomano, centenas de habitantes gregos destas partes abrigaram-se das incursões inimigas. Por azar, as tropas turcas decidiram aquartelar-se nas imediações. Como se não bastasse, um dos seus cavalos fugiu. Na comoção gerada, o animal acabou por revelar o esconderijo dos cretenses.

Gaivota, Elafonisi, Creta, Grécia

Gaivota faz um voo a rasar um rochedo à beira do mar de Elafonisi.

Reza a história que, entre 650 a 850 gregos, boa parte foram mortos, e os sobreviventes levados para o Egipto, onde se viram vendidos como escravos.

Uma placa no cimo de Elafonisi assinala a tragédia e a eterna contenda turco-helénica, hoje, mais acirrada que nunca, pela disputa dos tesouros do Mediterrâneo, os minerais, não os balneares.

A riqueza de Elafonisi, vivemo-la e louvámo-la em paz. Até que o sol se sumiu para os lados da Sicília, de Malta de Gozo e nos ditou o regresso à menos longínqua Chania.

Iraklio, CretaGrécia

De Minos a Menos

Chegamos a Iraklio e, no que diz respeito a grandes cidades, a Grécia fica-se por ali. Já quanto à história e à mitologia, a capital de Creta ramifica sem fim. Minos, filho de Europa, lá teve tanto o seu palácio como o labirinto em que encerrou o minotauro. Passaram por Iraklio os árabes, os bizantinos, os venezianos e os otomanos. Os gregos que a habitam falham em lhe dar o devido valor.
Míconos, Grécia

A Ilha Grega em Que o Mundo Celebra o Verão

Durante o século XX, Míconos chegou a ser apenas uma ilha pobre mas, por volta de 1960, ventos cicládicos de mudança transformaram-na. Primeiro, no principal abrigo gay do Mediterrâneo. Logo, na feira de vaidades apinhada, cosmopolita e boémia que encontramos quando a visitamos.
Fira, Santorini, Grécia

Fira: Entre as Alturas e as Profundezas da Atlântida

Por volta de 1500 a.C. uma erupção devastadora fez afundar no Mar Egeu boa parte do vulcão-ilha Fira e levou ao colapso a civilização minóica, apontada vezes sem conta como a Atlântida. Seja qual for o passado, 3500 anos volvidos, Thira, a cidade homónima, tem tanto de real como de mítico.
Nea Kameni, Santorini, Grécia

O Cerne Vulcânico de Santorini

Tinham decorrido cerca de três milénios desde a erupção minóica que desintegrou a maior ilha-vulcão do Egeu. Os habitantes do cimo das falésias observaram terra emergir no centro da caldeira inundada. Nascia Nea Kameni, o coração fumegante de Santorini.
Gozo, Malta

Dias Mediterrânicos de Puro Gozo

A ilha de Gozo tem um terço do tamanho de Malta mas apenas trinta dos trezentos mil habitantes da pequena nação. Em duo com o recreio balnear de Comino, abriga uma versão mais terra-a-terra e serena da sempre peculiar vida maltesa.
Valletta, Malta

As Capitais Não se Medem aos Palmos

Por altura da sua fundação, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários apodou-a de "a mais humilde". Com o passar dos séculos, o título deixou de lhe servir. Em 2018, Valletta foi a Capital Europeia da Cultura mais exígua de sempre e uma das mais recheadas de história e deslumbrantes de que há memória.
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Chania, Creta, Grécia

Chania: pelo Poente da História de Creta

Chania foi minóica, romana, bizantina, árabe, veneziana e otomana. Chegou à actual nação helénica como a cidade mais sedutora de Creta.
Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

Atenas, Grécia

A Cidade que Perpetua a Metrópolis

Decorridos três milénios e meio, Atenas resiste e prospera. De cidade-estado belicista, tornou-se a capital da vasta nação helénica. Modernizada e sofisticada, preserva, num âmago rochoso, o legado da sua gloriosa Era Clássica.

Spinalonga, Creta, Grécia

Uma Ilha Fortaleza Rendida a Colónia de Leprosos

Desde sempre disputada, ocupada por cristãos e sarracenos, venezianos, otomanos e, mais tarde, cretenses e gregos, entre 1903 e 1957, a árida Spinalonga acolheu um lazareto. Quando lá desembarcamos, estava desabitada, graças ao dramatismo do seu passado, era um dos lugares mais visitados da Grécia.

Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Arquitectura & Design
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Indígena Coroado
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Nova Sintra, Brava, Cabo Verde, panorâmica
Cidades
Nova Sintra, Brava, Cabo Verde

Uma Sintra Crioula, em Vez de Saloia

Quando os colonos portugueses descobriram a ilha de Brava, repararam no seu clima, muito mais húmido que a maior parte de Cabo Verde. Determinados em manterem ligações com a distante metrópole, chamaram a principal povoação de Nova Sintra.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Kente Festival Agotime, Gana, ouro
Cultura
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Avião em aterragem, Maho beach, Sint Maarten
Em Viagem
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Étnico
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Península Iucatão, Cidade Mérida, México, Cabildo
História
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Viagem São Tomé, Equador, São Tomé e Principe, Pico Cão Grande
Ilhas
São Tomé, São Tomé & Príncipe

Viagem até onde São Tomé Aponta o Equador

Fazemo-nos à estrada que liga a capital homónima ao fundo afiado da ilha. Quando chegamos à Roça Porto Alegre, com o ilhéu das Rolas e o Equador pela frente, tínhamo-nos perdido vezes sem conta no dramatismo histórico e tropical de São Tomé.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Natureza
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Namibe, Angola, Gruta, Parque Iona
Parques Naturais
Namibe, Angola

Incursão ao Namibe Angolano

À descoberta do sul de Angola, deixamos Moçâmedes para o interior da província desértica. Ao longo de milhares de quilómetros sobre terra e areia, a rudeza dos cenários só reforça o assombro da sua vastidão.
Luzes de Ogimachi, Shirakawa-go, Ogimachi, Japao, Aldeia das Casas em Gassho
Património Mundial UNESCO
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Pórtico de Daytona Beach, praia mais famosa do ano, Florida
Praias
Daytona Beach, Flórida, Estados Unidos

A Dita Praia Mais Famosa do Mundo

Se a sua notoriedade advém sobretudo das corridas NASCAR, em Daytona Beach, encontramos uma estância balnear peculiar e um areal vasto e compacto que, em tempos, serviu para testes de velocidade automóvel.
Mtshketa, Cidade Santa da Geórgia, Cáucaso, Catedral de Svetitskhoveli
Religião
Mtskheta, Geórgia

A Cidade Santa da Geórgia

Se Tbilissi é a capital contemporânea, Mtskheta foi a cidade que oficializou o Cristianismo no reino da Ibéria predecessor da Geórgia, e uma das que difundiu a religião pelo Cáucaso. Quem a visita, constata como, decorridos quase dois milénios, é o Cristianismo que lá rege a vida.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Ilha Sentosa, Singapura, Família em praia artificial de Sentosa
Sociedade
Sentosa, Singapura

A Evasão e a Diversão de Singapura

Foi uma fortaleza em que os japoneses assassinaram prisioneiros aliados e acolheu tropas que perseguiram sabotadores indonésios. Hoje, a ilha de Sentosa combate a monotonia que se apoderava do país.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Gorila não habituado, a pouca distância de Bon Coin, Bomassa
Vida Selvagem
Expedição Ducret 2º:  PN Lobéké, Camarões - Wali Bai, Rep. Congo

Hyacinth e o Gorila de Bon Coin: Encontros com Primatas Peculiares

Acampados numa ilha do rio Sangha, saímos à descoberta dos parques nacionais Lobéké e do Wali Bai, Nouabalé-Ndoki, nos Camarões e na Rep. do Congo. Lá nos surpreendem criaturas deslumbrantes, mas díspares.  
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.