PN Yala-Ella-Kandy, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka


Em 2ª Classe
Passageiros de 2ª Classe do comboio Ella - Kandy.
Frescura Tropical
Banhistas cingaleses refrescam-se nas quedas d'água de Ravona.
A Caminho do Campo
Camponesa conduz duas vacas pelo cimo ferroviário da Nine Arches Bridge.
Uma Ponte com 9 Arcos
Composição cruza a Nine Arches Bridge, a poucos km da estação de Ella.
O Chefe da estação
O chefe da estação ferroviária de Ella, no seu gabinete.
Modo de espera
Família cingalesa aguarda na estação ferroviária de Ella.
Comboios humanos
Passageiros saem da estação de Ella sobre os carris.
Plantacao cha-Sri Lanka
Um retalho das plantações de chá vastas de ambos os lados da linha na zona entre Ella e Kandy.
Uma Plateia a Bordo
Passageiros apreciam a vista das portas e janelas do comboio.
Em 2ª Classe
Passageiros de 2ª Classe do comboio Ella - Kandy.
Passageiros à janela-comboio Ella Kandy-Sri Lanka
Passageiros refrescam-se de janelas abertas e fora das janelas.
O caminho mais óbvio
Pedestre caminha pela linha à saída da estação de Nanu Oya.
Um arejar arriscado
Passageiros debruçam-se para o exterior da composição, à entrada de um túnel.
A Máquina Motriz
Locomotiva à saída da estação de Nanu Oya.
Passageiros dependurados-Comboio Ella Kandi-Sri Lanka
Passageiros dependurados da composição detida numa estação.
Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.

Passámos a madrugada e o início da manhã às voltas na floresta do PN Yala, à procura dos seus sempre elusivos leopardos.

Por volta do meio-dia, donos e senhores de fotografias mal-amanhadas de espécimes demasiado distantes ou demasiado escondidos, voltamos à companhia do motorista Ari e inauguramos o trajecto que nos levaria a Ella.

Passamos por Kataragama, por Sella e pelo templo hindu local em que os fiéis louvam Lord Ganesh. Cumpridos alguns quilómetros na mesma estrada, cruzamo-nos com elefantes de verdade, entretidos a devorar frutas de árvores à beira do asfalto.

Em Buttala, flectimos para oeste. Uns minutos depois, Ari anuncia-nos Wellawaya e, não tarda, a primeira paragem digna desse nome: “Pronto, já cá estamos em Buduruwagala.

Este é um dos santuários budistas mais antigos e importantes do Sri Lanka. Eles costumam fechar cedo, por isso viemos mais depressa e directos. Divirtam-se, vou estar por aqui.”

Monge Budista, esculturas de Buduruwagala, Sri Lanka

Monge budista de visita às esculturas milenares de Buduruwagala.

Escala em Buduruwagala, um Santuário Budista Milenar

Não que fosse necessário mas a sequência Sella-Kataragama – Buduruwagala voltava a evidenciar-nos a complexidade religiosa da nação singalesa.

À hora tardia em que damos entrada no espaço de Buduruwagala, o reduto natural envolvente parecia por nossa conta.

Milenar, o monumento consiste em sete imagens esculpidas lado a lado, na face de um grande rochedo enegrecido pelo tempo. Seis delas surgem alinhadas ao lado de um buda Avalokitesvara agora embranquecido, a maior escultura de Buda do Sri Lanka. Crê-se que uma delas represente Tara, a consorte de Buda.

Um passar de olhos mais atento pela superfície ampla do rochedo prova-nos que tínhamos afinal companhia. Num recanto, cada qual sentado sobre sua rocha arredondada, dois monges budistas admiravam as esculturas.

Por respeito à sua paz reverente, mantivemo-nos à distância mas quando um deles caminhou sobre a laje de pedra na base do monumento e se prostrou na base do grande Buda a rezar, aproveitamos para enriquecer as imagens que dali levávamos com uma preciosa escala e relação humana.

Os monges não tardaram a debandar. Pressionados pelo percurso que ainda tínhamos pela frente, seguimos-lhes o exemplo.

A Ascensão Lenta e Sinuosa para Ella

Aos poucos, deixamos as terras planas do sul e inauguramos uma ascensão sinuosa e vagarosa para os mil metros de altitude de Ella. Pelo caminho, a selva de montanha adensava-se a olhos vistos. Irrigavam-na incontáveis veios que conduziam de volta ao Índico a água despejada pelas persistentes chuvas.

Devagar devagarinho, retidos por sucessivos camiões Tata (mas não só), atingimos um meandro da estrada atravessado por um desses riachos, frequentado por dezenas de cingaleses saídos de autocarros de excursão com pinturas exuberantes.

Banhistas cingaleses, Ravona, Sri Lanka

Banhistas cingaleses refrescam-se nas quedas d’água de Ravona.

O Deleite Melodramático das Ravana Falls

Ari detém o carro. Aconselha-nos a redobrarmos cuidados ao caminharmos sobre as pedras polidas que ladeavam o curso íngreme das quedas d’ água acima, as Ravana Falls.

“Todos os anos aí escorrega alguém e já vários turistas, até estrangeiros, acabaram por morrer. Trinta e seis até agora, acreditem ou não. As autoridades já deviam ter feito alguma coisa a este lugar… “

Malgrado o dramatismo do alerta, dedicamo-nos a admirar e a registar mais que as quedas d’água em si, o frenesim balnear que os cingaleses de visita ali geravam, entregues a aturados banhos de sari ou de tanga (consoante o género) sob repuxos caídos de pequenos tanques, ou em convívios bem-dispostos nas lagoas então quase rasas abastecidas pelas cascatas.

Atentos como nós às tropelias e comoções dos banhistas, macacos sinicas felpudos endémicos do Sri Lanka espreitavam as melhores oportunidades para furtarem os petiscos e posses dos primos humanos desatentos.

Ella já só distava cinco quilómetros, vinte minutos de derradeiras curvas e contracurvas. Por essa altura, o despertar madrugador começava a cobrar-nos o seu preço. Como o reclamava também a Ari.

De acordo, regressámos ao carro e completámos o percurso até à guest house recôndita em que tínhamos reservado estada.

Instalamo-nos e damos ao motorista, a liberdade porque tanto ansiava, com o compromisso doloroso de nos voltar a apanhar às oito da manhã.

Camponesa e vacas, Nine Arches Bridge, Sri Lanka

Camponesa conduz duas vacas pelo cimo ferroviário da Nine Arches Bridge.

A Epopeia Ferroviária do Trecho Ferroviário Ella – Kandy

A essa mesma hora, metemos as malas na bagageira do carro, após o que Ari nos deixou à entrada de um desvio que conduzia a um vale cruzado pelos carris do trajecto ferroviária Ella-Kandy. Sabíamos que o comboio passava sobre uma ponte da era colonial, a Ponte dos Nove Arcos.

Após uma descida por caminho de cabras para o nível dos carris. Instalamo-nos num lugar privilegiado para o apreciarmos. No processo, atravessaram a também chamada Ponte no Céu sucessivos camponeses, alguns deles conduziam vacas.

Por fim, por volta das 9h20, o comboio apareceu da curva dissimulada que antecede a estrutura. Primeiro, uma locomotiva longa e poderosa.

Aos poucos, as onze carruagens puxadas pela máquina, o conjunto de um azul-claro que se destacava do panorama vegetal-tropical em redor.

Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka

Composição cruza a Nine Arches Bridge, a poucos km da estação de Ella.

Estávamos longe de ser os únicos dedicados àquele programa. Noutras ladeiras subsumidas na vegetação, sobre varandas e terraços feitos panorâmicos de restaurantes e pousadinhas em redor, vários outros estrangeiros admiravam o filme ferroviário.

Breve Convívio com a Autoridade Cingalesa

De um lado e do outro da ponte, dois polícias enfiados nas tradicionais fardas cingalesas cor-de-mostarda controlavam os movimentos dos forasteiros de maneira a evitar que as suas desventuras fotográficas terminassem em tragédia.

Após descermos do poiso instável que havíamos escolhido, sentamo-nos num bar improvisado na floresta, entre a ponte e o túnel que seguia. Lá bebemos duas lassis à conversa com J.M.W.S Karunarathne e A.W.M Nandasena, o duo da autoridade destacado para a ponte.

Revigorados pelo descanso e pelo iogurte-refresco, seguimos carris-a-fora até à estação de Ella, meros 2km dali, e onde subiríamos a bordo do comboio.

Como já esperávamos, os lugares em turística e em 2ª Classe com assento marcado estavam esgotados. Compramos bilhetes para 2ª Classe Normal e sujeitamo-nos ao imprevisto.

A Fascinante Estação de Ella

Durante a nova espera pelo comboio, fizemos da vida da estação de Ella, uma deliciosa viagem cultural.

Enfiamo-nos no gabinete pitoresco do chefe da estação e fotografamo-lo, orgulhoso do seu posto, sob fotos emolduradas do presidente do Sri Lanka, com uma bandeirinha cingalesa sobre a sua secretária de mogno.

Chefe de estação ferroviária Ella, Sri Lanka

O chefe da estação ferroviária de Ella, no seu gabinete.

Examinámos com inevitável curiosidade étnico-religiosa, a entrada na plataforma de uma família muçulmana, as suas três mulheres cobertas por chadares negros.

Entretanto, o surgimento súbito da composição interrompeu as brincadeiras de um grupo de amigos indianos sobre os carris e gerou uma disputa frenética pela beira da plataforma.

Por Fim, a Bordo e a Caminho

Mais confusão menos confusão, conseguimos instalar-nos à porta de uma das carruagens que o absoluto relaxamento da empresa ferroviária estatal do Sri Lanka nos permitiu – como a tantos outros jovens passageiros acrobatas – manter abertas, a servir de poleiros e de arejamento providencial aos vendedores de comida que caminhavam de uma ponta à outra da composição sem descanso.

Passageiros, Comboio Ella Kandy, Sri Lanka

Passageiros de 2ª Classe do comboio Ella – Kandy.

O comboio fluía com a suavidade comprometida pelos muitos meandros impostos pela serrania e pelos sucessivos túneis que a perfuram.

O trecho inicial do percurso fez-se por uma selva algo ressequida, antecedida por bananeiras e papaeiras da beira-linha.

A determinada altura, já numa altitude superior, passa a fluir entre plantações de chá vastas e ondulantes, as mesmas aperfeiçoadas pelos colonos britânicos e que continuam a produzir e a exportar o famoso chá do Ceilão, como é o caso da reputada e infindável Edinburgh State.

Badulla, Ohiya, Pattipola, Ambewela, as estações sucediam-se.

A cada paragem, a composição renovava as suas gentes, os saris, as camisas lustrosas dos homens, os sacos, trouxas e embrulhos atirados de ambos os lados das carruagens com a habitual emergência e audácia destas paragens sobrelotadas.

Dois miúdos pintarolas recém-subidos a bordo encantam-se com a nossa comoção fotográfica.

Sem pejo ou cerimónias reclamam-nos a atenção com poses e mais poses estilosas atrás de sorrisos juvenis e dos óculos baratuchos a fingir de aviador.

Nestes e noutros entreténs, não damos pela chegada à paragem em que Ari nos esperava. Só o aviso estridente comunicado, via altifalantes, pelo chefe de estação nos salva de prosseguirmos a em vão.

Desembarque Antecipado em Nanu Oya

Tínhamos já percorrido a secção realmente imperdível do trecho Ella-Kandy que o Lonely Planet classificou de forma sensacionalista como “A Viagem de Comboio Mais Bela do Mundo”. De acordo, em boa parte devido conselho de Ari, saímos em Nanu Oya.

Não encontramos o motorista nem à primeira nem à segunda. Desistimos de o procurar.

Vemos os moradores da povoação caminharem sobre os carris como se de um trilho se tratasse e emulamos-lhes os passos asulipados. Acabamos a fotografar a composição vermelha que tínhamos abandonado a atravessar uma outra ponte local.

Ari apareceu do nada. Ou melhor – assim calculávamos – de mais um dos seus frequentes masala chais. Voltámos ao carro híbrido em que nos conduzia e ao asfalto.

Eram duas da tarde. Kandy distava 85km, três horas no pior dos casos. Alertamos Ari de que íamos continuar sem pressas, com as paragens necessárias, nem que chegássemos de noite. Dito e feito.

Duas da Tarde: Hora da Descoberta do Chá Cingalês

Cruzamos Nuwara Eliya, outra hill station pós-colonial repleta de chá, no momento, coberta por um manto de névoa que irrigava as plantações verdejantes.

Uns quilómetros adicionais para norte, detemo-nos na fábrica de chá Glen Loch, também ela sintomática da predominância colonial escocesa destas paragens.

Ari estaciona e deixa-nos entregue à guia de serviço, Shiva Kala de seu nome, uma cingalesa senão deusa da destruição, do tempo e da morte (como os deuses que tinham inspirado o seu baptismo) pelo menos, divinal; a mulher mais bonita e encantadora que tínhamos encontrado no Sri Lanka, concordamos pouco depois, sem demasiados atritos.

Seguimo-la e às suas narrativas sorridentes. Cheiramos folhas de chá verde. Comparamos com outras tostadas, do negro. Provamos uma série de infusões aromáticas e espreitamos a loja bem abastecida de caixas e saquinhos com designs apelativos.

Éramos os últimos visitantes da fábrica, numa tarde que se tornara chuvosa.

Os Derradeiros Quilómetros para Kandy

Calculamos que, sorrisos à parte, Shiva Kala deveria estar desejosa de nos trocar pela família e fazemos-lhe a vontade.

Chegamos a Kandy às oito e um quarto da noite, hora tardia que deixou Ari apreensivo quanto às jornadas que estavam por vir. Para compensar, deixámo-lo levar-nos a um hotel em que se poderia hospedar de graça. Arrependemo-nos em três tempos.

Fosse como fosse, estávamos em Kandy, coração do Ceilão, na Cidade-Reino histórica que Portugal nunca conseguiu subjugar e que, a partir do século XVII e da conquista holandesa do forte de Galle, precipitou o colapso do Ceilão Português,

Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Sigiriya, Sri Lanka

A Capital Fortaleza de um Rei Parricida

Kashyapa I chegou ao poder após emparedar o monarca seu pai. Receoso de um provável ataque do irmão herdeiro do trono, mudou a principal cidade do reino para o cimo de um pico de granito. Hoje, o seu excêntrico refúgio está mais acessível que nunca e permitiu-nos explorar o enredo maquiavélico deste drama cingalês.
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Galle, Sri Lanka

Nem Além, Nem Aquém da Lendária Taprobana

Camões eternizou o Ceilão como um marco indelével das Descobertas onde Galle foi das primeiras fortalezas que os portugueses controlaram e cederam. Passaram-se cinco séculos e o Ceilão deu lugar ao Sri Lanka. Galle resiste e continua a seduzir exploradores dos quatro cantos da Terra.
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Arquitectura & Design
Cemitérios

A Última Morada

Dos sepulcros grandiosos de Novodevichy, em Moscovo, às ossadas maias encaixotadas de Pomuch, na província mexicana de Campeche, cada povo ostenta a sua forma de vida. Até na morte.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Cerimónias e Festividades
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Saint George, Granada, Antilhas, casario
Cidades
Saint George, Granada

Uma Detonação de História Caribenha

A peculiar Saint George dispersa-se pela encosta de um vulcão inactivo e em redor de uma enseada em U. O seu casario abundante e ondulante comprova a riqueza gerada ao longo dos séculos na ilha de Granada de que é capital.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Sombra de sucesso
Cultura
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
voos baratos, comprar voos baratos, bilhetes de avião baratos,
Em Viagem
Viajar Não Custa

Compre Voos Antes de os Preços Descolarem

Conseguir voos baratos tornou-se quase uma ciência. Fique a par dos princípios porque se rege o mercado das tarifas aéreas e evite o desconforto financeiro de comprar em má hora.
Banhistas em pleno Fim do Mundo-Cenote de Cuzamá, Mérida, México
Étnico
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Goiás Velho, Legado da Febre do ouro, Brasil
História
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Em espera, Mauna Kea vulcão no espaço, Big Island, Havai
Ilhas
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Cavalos sob nevão, Islândia Neve Sem Fim Ilha Fogo
Natureza
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Joshua Tree Parque Nacional, Califórnia, Estados Unidos,
Parques Naturais
PN Joshua Tree, Califórnia, Estados Unidos

Os Braços Virados ao Céu do PN Joshua Tree

Chegados ao extremo sul da Califórnia, espantamo-nos com as incontáveis árvores de Josué que despontam dos desertos de Mojave e Colorado. Tal como os colonos mórmons que as terão baptizado, cruzamos e louvamos estes cenários inóspitos do Faroeste norte-americano.
New Orleans luisiana, First Line
Património Mundial UNESCO
New Orleans, Luisiana, E.U.A.

A Musa do Grande Sul Americano

New Orleans destoa dos fundos conservadores dos E.U.A. como a defensora de todos os direitos, talentos e irreverências. Em tempos francesa, para sempre afrancesada, a cidade do jazz inspira, a novos ritmos contagiantes, a fusão de etnias, culturas, estilos e sabores.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Personagens
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Praias
Gizo, Ilhas Salomão

Gala dos Pequenos Cantores de Saeraghi

Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
Detalhe do templo de Kamakhya, em Guwahati, Assam, Índia
Religião
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Ilha Sentosa, Singapura, Família em praia artificial de Sentosa
Sociedade
Sentosa, Singapura

A Evasão e a Diversão de Singapura

Foi uma fortaleza em que os japoneses assassinaram prisioneiros aliados e acolheu tropas que perseguiram sabotadores indonésios. Hoje, a ilha de Sentosa combate a monotonia que se apoderava do país.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Vida Selvagem
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.