Victoria Falls, Zimbabwe

O Presente Trovejante de Livingstone


A Névoa
A Revelação das Cataratas
Pintura retrata o momento em que nativos mostram as cataratas de Victoria a Livingstone
Duo Hippo
Vista Aérea
Alvorada
Vultos Deslumbrados
Pote no fundo das cataratas
Arco-iris projectado da falésia em que se precipita o rio Zambeze
David Livingstone
Alvorada III
Quase noite
Hóspedes terminam mais um dia em estilo na esplanada do hotel Victoria Falls.
Livingstone de Fato
Fotografia histórica de David Livingstone em preparos nada condizentes com o seu estatuto de explorador pioneiro.
Névoa de splash
Névoa levantada pelo impacto das cataratas de Victoria esvoaça sobre a savana
Not Stanley
Empregado do Victoria Falls Hotel à porta da Stanleys Room
The Colonies
Um dos muitos cartazes propagandisticos do hotel Victoria Falls que em tempos promoveu a importância das colónias britânicas
Victoria Falls, em parte
Um dos segmentos das Victoria Falls
Jungle Junction
Empregado do Hotel Victoria Falls faz-se de explorador de trajes de caqui e uma velha espingarda em riste
As grandes Cataratas de Victoria
O rio Zambeze precipita-se numa falha geológica que marca a fronteira entre o Zimbabwe e a Zambia
Cross sing – Rail Road
Sinal avisa para a possível passagem de comboio à entrada de Victoria Falls, no Zimbabwe.
Névoa solarenga
Névoa ascende acima da falha geológica em que se precipita o rio Zambeze, sobre o pôr-do-sol.
Alvorada II
O explorador procurava uma rota para o Índico quando nativos o conduziram a um salto do rio Zambeze. As cataratas que encontrou eram tão majestosas que decidiu baptizá-las em honra da sua rainha

Há já algum tempo que o Zimbabué se evidenciava pelas piores razões.

Só os viajantes mais destemidos se aventuravam pelo seu território desgovernado.

A inflação deste país outrora próspero dizia bem do caos a que o orgulhoso Presidente Mugabe o havia entregue: em 1998, era de 32% e, no fim de 2009, tinha já ascendido ao valor surreal de 516 quintiliões (1030) por cento, ainda assim o segundo pior caso da história.

Os preços dobravam a cada 1.3 dias.

Agravavam a pobreza generalizada numa altura em que a maior parte da população recorria ao mercado negro e às nações vizinhas para sobreviver. 60% da vida selvagem tinha desaparecido devido à caça ilegal e à deflorestação descontrolada.

No entanto, o panorama assustador do país pouco ou nada parecia importunar a existência colonial-glamorosa do hotel Victoria Falls, instalado, desde 1904, no recanto noroeste do Zimbabué.

Há muito conhecido como “The Great Lady of the Falls.”

O Abrigo ex-Colonial do Victoria Falls Hotel

A noite anuncia-se. Hóspedes com as mais distintas origens instalam-se nas cadeiras confortáveis do Stanley’s Terrace, perfumados e rejuvenescidos dos passeios africanos da tarde.

Cataratas de Victoria, Zimbabwe, esplanada do hotel Victoria Falls

Hóspedes terminam mais um dia em estilo na esplanada do hotel Victoria Falls.

Alguns são estreantes no hotel.

O responsável pela equipa de empregados nativos apresenta-os às normas da casa no tom clássico british tão bem caracterizado por Steven Fry enquanto o Jeeves da série Jeeves & Wooster.

“And, if you allow me a final note, ladies and gentlemen, dinner is served from six to nine at the Livingstone Room and Jungle Junction restaurants”.

Cataratas de Victoria, Zimbabwe, porteiro de hotel

Empregado do Victoria Falls Hotel à porta da Stanleys Room

A arquitectura e decoração em redor revelam-se fieis ao ambiente anacrónico que perdura, inspiradas pela grandiosidade e elegância eduardiana com que os colonos britânicos procuraram sentir-se em casa.

Tão longe da velha Albion.

Além do mobiliário da época, destacam-se troféus de caça, longas sequências de posters que recordam a vanglória do império britânico.

Ilustrações e fotos a preto e branco ou sépia conduzem ao passado longínquo de Victoria Falls – a povoação – e das cataratas, na companhia de hóspedes habituais, muitos deles reais ou presidenciais, outros, apenas célebres.

Cataratas de Victoria, Zimbabwe, cartaz imperialista

Um dos muitos cartazes propagandisticos do hotel Victoria Falls que em tempos promoveu a importância das colónias britânicas

David Livingstone desbravou toda esta zona de África à futura colonização da sua coroa.

Inspirou uma série de nomes e títulos, do cocktail mais procurado do hotel à cidade que se desenvolveu do outro lado da fronteira com a Zâmbia.

Não viveu o suficiente para assistir a estes desenvolvimentos adicionais da sua estranha mitificação.

David Livingstone. Da Escócia ao Coração Zambeziano de África

Livingstone nasceu, em 1813, na vila escocesa de Blantyre, no seio de uma família protestante. Durante a sua adolescência, sentiu o apelo da causa missionária.

Em 1841, partiu para a África do Sul.

Lá se juntou a Robert Moffat, da London Missionary Society.

O seu trabalho em Kuruman, os métodos de Moffat e da sociedade missionária, em geral, desiludiram-no. Esse desapontamento levou a que tomasse as suas próprias iniciativas.

Entre 1852 e 1856, depois de quase ter sido devorado por um leão, levou a cabo uma exploração exaustiva da África Central e do Sul.

Foi um dos primeiros ocidentais a realizar uma travessia do continente.

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Pintura retrata o momento em que nativos mostram as cataratas de Victoria a Livingstone

E cumpriu-o com partida de Luanda, Angola e chegada a Quelimane, junto à foz do rio Zambeze, Moçambique, no oceano Índico.

Mapa Cor-de-Rosa e a Rivalidade Luso-Britânica pelo Domínio de África

Também os  portugueses Silva Porto, Hermenegildo Capelo, Roberto Ivens e Serpa Pinto tinham esboçado o feito.

A determinada altura, incentivou-os o objectivo de contribuirem para a concretização do chamado Mapa Cor-de-Rosa, a colonização portuguesa de uma vasta área contínua de África do Atlântico ao Índico, litoral de Angola ao litoral de Moçambique.

Àquela latitude, a combinação letal da malária, com a disenteria, a doença do sono e a oposição feroz de tribos poderosas como os Lozi e os Lunda, haviam, até então, frustrado todas as intenções.

Durante a travessia, Livingstone desceu o rio Zambeze, conduzido por nativos que lhe revelaram as quedas d’ água Mosi-oa-Tunya (o fumo trovejante),

Rendido à beleza e imponência daquele lugar, o explorador viria a escrever: “… cenas tão adoráveis devem ter sido admiradas pelos anjos enquanto voam”.

Ficou com o crédito da descoberta e aproveitou para as baptizar em honra da sua monarca.

Não obstante, mesmo se sem o mesmo impacto e reconhecimento, crê-se que os exploradores portugueses já teriam, antes (durante o século XVII) explorado a zona e assinalado as cataratas em diversos mapas,

Um dos mais prováveis terá sido o missionário jesuíta Gonçalo da Silveira (Almeirim, Portugal, 1526). Silveira desembarcou em Sofala, Moçambique, em 1560.

No fim desse ano, dedicou-se a subir o rio que os portugueses conheciam por Cuama (Zambeze), em busca da capital do império Monomotapa, com capital na povoação que originou as actuais ruínas de Grande Zimbabué.

Em “Os Lusíadas“, Luís de Camões narra como árabes muçulmanos de Moçambique se enfureceram com a acção do padre e o estrangularam.

“Vê do Benomotapa o grande Império,
De selvática gente, negra e nua,
Onde Gonçalo morte e vitupério
Padecerá, pela fé santa sua.”

Mais tarde, os portugueses enviaram uma expedição com o fim de vingar a sua morte. Esses homens não regressaram ou voltaram a dar notícias.

Malgrado o seu fim trágico, Silveira eternizou-se na história colonial de África.

A personagem José Silvestre de “As Minas de Salomão”, de H. Rider Haggard, terá nele sido inspirada.

Por acção de Gonçalo da Silveira ou por obra de outro missionário ou explorador, no século XVII existiam já mapas portugueses que assinalavam a localização das grandes cataratas do rio Zambeze, como sendo “mortais”.

As razões para tal, mantêm-se várias. O risco de nelas cair de quem navega o Zambeze.

As numerosas colónias de hipopótamos, crocodilos, elefantes e outros animais potencialmente letais.

A referência principal de orientação dos hóspedes do Victoria Falls Hotel é, ainda hoje, a cortina de “fumo branco” avistada por Livingstone à distância.

A Travessia Arriscada entre o Hotel Victoria Falls e a Victoria Falls Povoação

Tentamos não a perder de vista à medida que avançamos pelo trilho que conduz à povoação e às quedas de água.

A caminhada é interrompida por complicações inesperadas. Uma manada de búfalos bloqueia a passagem.

Os animais – conhecidos pela sua agressividade – só se mudam ao fim de 20 minutos. Vencido o obstáculo, abordam-nos dezenas de nativos determinados a vender-nos peças de artesanato.

cataratas de Victoria, Zimbabwe, sinal ferroviario

Sinal avisa para a possível passagem de comboio à entrada de Victoria Falls, no Zimbabwe.

Cruzamos a linha de caminho de ferro e o centro da pequena Victoria Falls. Prosseguimos em direcção à entrada do recinto.

Já no interior, espanta-nos a mudança na vegetação, que a aspersão provocada pelas quedas torna bem mais densa e luxuriante que a da savana em redor.

Essa vegetação funciona como um véu natural. Logo se impõe a visão vertiginosa da falha geológica em que se precipita o Zambeze.

Hora de Desvendar as Mosi-oa-Tunya, as Cataratas de Victoria

Enquanto procuramos as perspectivas privilegiadas da Devil’s View, onde a catarata concentra um volume de água massivo, os borrifos refrescam-nos.

São seis as gargantas que compõem as Vic Falls, como são também chamadas.

Com uma altura média de 108 metros, formam uma falha com 1700 metros de extensão que integra o território da Zâmbia.

Cada uma delas dá origem a visuais distintos que mudam à medida que o volume de água oscila da época das chuvas para a seca.

Encontramos a estátua memorial de David Livingstone, em que se lê o mote peculiar porque se regia: “Cristandade, Comércio e Civilização”.

Cataratas Victória, Zâmbia, Zimbabué, Zambeze, David Livingstone

Após a descoberta das cataratas, Livingstone passou a acreditar que a chave para a concretização daqueles princípios era a navegação do rio Zambeze como uma artéria comercial para o interior.

Regressou à Grã-Bretanha com o fito de obter apoio para as suas ideias. E de publicar um livro sobre as suas descobertas que o destacasse como um dos principais exploradores da época.

Livingstone começou também a acreditar que devia seguir um chamamento espiritual que o instigava a explorar em vez de converter.

Demitiu-se da London Missionary Society.

A Decadência Inevitável e a Morte de Livingstone

O governo britânico subsidiou-o e Livingstone regressou ao seu projecto.

O Zambeze provou-se invencível junto aos rápidos de Cahora Bassa.

No tempo que passara, os membros da expedição aperceberam-se da real personalidade do pioneiro escocês. Acusaram-no de não saber liderar, de ser temperamental, caprichoso. De não tolerar criticas ou discordâncias.

Em 1862, John Kirk, o seu médico escreveu “Só posso chegar à conclusão de que o Dr. Livingstone não está bom da cabeça e é um líder perigoso.”

Livingstone revela-se, então, obstinado.Mesmo tendo visto morrer parte dos seus assistentes e sido abandonado por outros, declarou: “Estou preparado para ir a qualquer lugar, desde que seja para a frente”.

Durante seis anos, David Livingstone perdeu contacto com o mundo exterior. Nos últimos quatro de vida esteve doente.

O seu retiro intrigou a Royal Geographical Society de Londres e o mundo em geral.

O New York Herald decidiu enviar Henry Stanley para o procurar. O jornalista encontrou o explorador em Ujiji, nas margens do lago Tanganika, em Outubro de 1869. Lá o terá abordado com a sua famosa frase “Dr. Livingstone, I presume?

Quatro anos depois, Livingstone morreu de malária e de uma hemorragia interna provocada por disenteria. A rainha Victoria, por sua vez, faleceu em Janeiro de 1901.

Victoria nunca viajou para sul da Europa. E nunca chegou a ver as “suas” quedas d’ água.

Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Grande ZimbabuéZimbabué

Grande Zimbabwe, Pequena Dança Bira

Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.  
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Cascatas e Quedas de Água

Cascatas do Mundo: Impressionantes Rios Verticais

Dos quase 1000 metros de altura do salto dançante de Angel à potência fulminante de Iguaçu ou Victoria após chuvas torrenciais, abatem-se sobre a Terra cascatas de todos os tipos.
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Cataratas Iguaçu/Iguazu, Brasil/Argentina

O Troar da Grande Água

Após um longo percurso tropical, o rio Iguaçu dá o mergulho dos mergulhos. Ali, na fronteira entre o Brasil e a Argentina, formam-se as cataratas maiores e mais impressionantes à face da Terra.
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Safari
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
hacienda mucuyche, Iucatão, México, canal
Arquitectura & Design
Iucatão, México

Entre Haciendas e Cenotes, pela História do Iucatão

Em redor da capital Mérida, para cada velha hacienda henequenera colonial há pelo menos um cenote. Com frequência, coexistem e, como aconteceu com a semi-recuperada Hacienda Mucuyché, em duo, resultam nalguns dos lugares mais sublimes do sudeste mexicano.

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Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

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Hinduismo Balinês, Lombok, Indonésia, templo Batu Bolong, vulcão Agung em fundo
Cerimónias e Festividades
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Lombok: Hinduísmo Balinês Numa Ilha do Islão

A fundação da Indonésia assentou na crença num Deus único. Este princípio ambíguo sempre gerou polémica entre nacionalistas e islamistas mas, em Lombok, os balineses levam a liberdade de culto a peito
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A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
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Comida
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Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
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Uma Casa Goesa-Portuguesa, Com Certeza

Um palacete com influência arquitectónica lusa, a Casa Menezes Bragança, destaca-se do casario de Chandor, em Goa. Forma um legado de uma das famílias mais poderosas da antiga província. Tanto da sua ascensão em aliança estratégica com a administração portuguesa como do posterior nacionalismo goês.
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O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
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O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
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Torshavn, Ilhas Faroe, remo
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O Porto Faroês de Thor

É a principal povoação das ilhas Faroé desde, pelo menos, 850 d.C., ano em que os colonos viquingues lá estabeleceram um parlamento. Tórshavn mantém-se uma das capitais mais diminutas da Europa e o abrigo divinal de cerca de um terço da população faroense.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
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Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Natureza
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
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Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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Parques Naturais
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
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Arménia

O Berço do Cristianismo Oficial

Apenas 268 anos após a morte de Jesus, uma nação ter-se-á tornado a primeira a acolher a fé cristã por decreto real. Essa nação preserva, ainda hoje, a sua própria Igreja Apostólica e alguns dos templos cristãos mais antigos do Mundo. Em viagem pelo Cáucaso, visitamo-los nos passos de Gregório o Iluminador, o patriarca que inspira a vida espiritual da Arménia.
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A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
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Praias
Varela, Guiné Bissau

Praia, derradeiro Litoral, até à Fronteira com o Senegal

Algo remota, de acesso desafiante, a aldeia pacata e piscatória de Varela compensa quem a alcança com a afabilidade da sua gente e com um dos litorais deslumbrantes, mas em risco, da Guiné Bissau.
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Religião
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval
Sociedade
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Bwabwata Parque Nacional, Namíbia, girafas
Vida Selvagem
PN Bwabwata, Namíbia

Um Parque Namibiano que Vale por Três

Consolidada a independência da Namíbia, em 1990, para simplificarem a sua gestão, as autoridades agruparam um trio de parques e reservas da faixa de Caprivi. O PN Bwabwata resultante acolhe uma imensidão deslumbrante de ecossistemas e vida selvagem, às margens dos rios Cubango (Okavango) e Cuando.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.