Glaciar Mendenhall, Juneau, Alasca

O Glaciar por detrás de Juneau


Caminhada Escorregadia
A Frente Dentada
A Frente de Ablação
Fendas Colossais
Obstáculo Vencido
Mendenhall: o Glaciar e o Lago
Profundezas Azuis
Vale de Verão
Canal Acima
Gelo Crespado
Uma Fila Cautelosa
Profundezas Azuis II
Vista aérea do conjunto Mendenhall
Do Centro de Visitantes
Sara Wong Azulada
Curva Apertada
Os nativos Tlingit denominavam assim este que é um dos mais de 140 glaciares do campo de gelo de Juneau. Mais conhecido por Mendenhall, nos últimos três séculos, o aquecimento global fez a sua distância para a capital diminuta do Alasca aumentar mais de quatro quilómetros.

Em três tempos, o helicóptero Temsco descola da base operacional contígua ao aeroporto de Juneau.

A altitude súbita revela-nos a enseada vasta de Fritz e o canal de Gastineau em que, mais ou menos a meio, se aninhou a capital alasquense.

Do lado oposto, sobre o Norte para que nos dirigimos, desvenda-se o vale de Mendenhall, sulcado pelo rio homónimo. Vemos as montanhas mais próximas do limiar da Boundary Range que, para o interior, separa o Canada dos Estados Unidos.

Em Julho, com o Verão alasquense em pleno, mantêm-se tricolores.

De um verde ensopado, da sua base até a um primeiro terço. Logo acima, de uma rocha escura salpicada e listada de neve.

E na iminência dos vários cumes afiados, cobertas de um branco uniforme de neves eternas.

Para trás desses picos, estende-se o campo de gelo de Juneau, também ele imenso, o quinto mais amplo da América do Norte, ao ponto de se prolongar pelas terras altas do Canadá.

Nuns poucos vales secundários, desciam rios abastecidos pelo degelo. Por algum tempo, sobrevoamos a floresta de coníferas de Tongass. A floresta rende-se à barreira do lago de Mendenhall e do glaciar colossal que curvava vale homónimo abaixo, com a frente semi-afundada no lago que gerava.

Entretanto, a floresta Tongass some-se. Passamos a sobrevoar o lago e, num ápice, o gelo sulcado do glaciar. A baixa altitude, o helicóptero segue os seus meandros.

Expõe-nos as fendas que aumentam e se agravam sobre a curva mais acentuada do rio de gelo.

Aterragem num Campo de Dog Mushing das Montanhas de Juneau

Ascendemos contracorrente. O piloto persegue um acampamento organizado sobre a neve, composto por cabanas para humanos e, a alguma distância, por casotas de cães, também brancas e assim dissimuladas.

Aterramos entre umas e outras. Acolhem-nos no campo de dog mushing local, para excitação generalizada dos huskies e malamutes, que já sabem o que a chegada do helicóptero representa.

Atribuem-nos uma equipa de cães. Deslizamos, aos ziguezagues, pela vastidão nevada daquele cimo remoto.

Pela segunda vez em quinze dias. Tínhamo-lo feito próximo de Seward, no glaciar de Godwin, pelo que, sempre recompensadora, a experiência carecia do factor surpresa.

Valorizamos, sobretudo, o privilégio panorâmico de, a partir do ar, nos deslumbrarmos com o conjunto Mendenhall: o vale, o lago, as torres, o glaciar e tudo o mais que tivesse recebido tal nome.

Glaciar Mendenhall: Incursão Gelo Acima. E Abaixo

De acordo, de regresso a Juneau, concordamos que os deveríamos explorar por terra e ao pormenor. Juntamo-nos a uma pequena expedição focada na descoberta terrestre do glaciar.

Tem lugar no derradeiro dia de Julho, com início às sete da manhã. A combinar com esse horário, a guia que nos conduz chama-se Dawn. Caminhamos, primeiro, por duas horas, floresta de Tongass acima, diz-nos a guia que por áreas que, há 90 anos atrás, estavam debaixo do glaciar.

Atingimos o centro de visitantes do Glaciar Mendenhall. Apreciamo-lo a partir de uma sala escura com janelas polarizadas que enquadravam e faziam destacar aquele incrível fenómeno da Natureza.

Logo, avançamos para uma lateral da frente de ablação do glaciar, para uma margem num plano inferior.

Ali, Dawn dá-nos capacetes, grampos para o calçado, arneses e martelos de gelo. Equipamo-nos com vista privilegiada sobre o lago, os icebergs que nele flutuavam e o glaciar protagonista que os libertava.

O encaixe do glaciar na margem terrosa permite-nos passar sem dificuldade para cima do gelo. Andamos por longos sulcos na superfície que o fluxo de água abre e aprofunda.

Ascendemos a montes gelados, com vista para infindáveis picos, cristas e outras esculturas naturais, frias e azuladas.

Algumas, próximas, mais pareciam máquinas dentadas, prontas a devorarem os grandes blocos de rocha que os sustinham.

Do seu interior, brotavam torrentes de água com urgência de aumentarem o lago.

Frequentadora do glaciar, conhecedora dos seus segredos, Dawn lidera o caminho para algo diferente.

E a Descida a uma Caverna de Gelo Deslumbrante

Um qualquer desajuste entre o gelo e o solo, tinha criado uma gruta azul-gelada que conduzia às profundezas do colosso, com aspecto sólido que bastasse para nela nos podermos enfiar.

Descemos tanto quanto podíamos, até quase nos transformarmos em hologramas subsumidos no azul-gelo.

Fotografamo-nos naqueles visuais místicos. Bebemos da água que caía do tecto, da mais pura e fresca que o Alasca nos poderia oferecer.

Dawn avança um pouco mais, a sondar se poderíamos continuar a descer. “Não… mais para abaixo não me parece boa ideia.” informa-nos.

“Fica demasiado escuro. Nem consigo perceber bem os contornos. Além de que, mesmo se é imperceptível, o glaciar está em movimento e pode espoletar uma qualquer surpresa. Já chegámos aqui e devem concordar que foi fabuloso.

Vamos regressar lá acima.”

Dito e feito. Não tínhamos intenções de nos sacrificar ao glaciar Mendenhall.

O Predomínio de Thomas Corwin Mendenhall na Nomenclatura Local

Já Mendenhall, Thomas Corwin (1841-1924), um físico e meteorologista, dedicou uma boa parte da sua vida à definição de fronteiras exactas na panhandle do Alasca, entre os Estados Unidos e o Canadá.

Como já vimos, o vale, o glaciar, o lago e umas torres rochosas emblemáticas nas montanhas acima, foram baptizadas em sua honra, em 1892.

Como seria de esperar, aos nativos Tlingit destas paragens, o baptismo dos colonos norte-americanos de pouco serviu.

Pelo menos, entre eles, continuam a tratá-lo por Sitaantaago – o glaciar atrás da cidade – ou ainda por Aak’wtaaksit – o glaciar por detrás do pequeno lago.

Em tempos subsequentes à sua formação de 1929, terá feito outro sentido considerar o lago pequeno. Desde o seu comprimento máximo registado a meio do século XVIII, o glaciar encolheu mais de 4km.

Por altura do maior glaciar Aak’wtaaksit, o território em redor era Tlingit com uma presença russa permanente de colonos que estabeleceram entrepostos de captura de peles, sobretudo de lontras do mar.

Panhadle do Alasca: da Presença Russa à Loucura de Seward

A partir de 1804, malgrado frequentes conflitos e batalhas contra os Tlingit, os russos fizeram de Sitka a sua capital alasquense, submeteram os Tlingit a trabalharem para eles e causaram uma ruptura drástica no estilo de vida dos nativos.

No entanto, os russos nunca fundaram uma colónia em Juneau ou em volta.

Em 1867, já o negócio das peles se começava a extinguir, os russos acederam a vender o Alasca aos Estados Unidos. O negócio ficou conhecido como “A Loucura de Seward” de tal maneira os americanos achavam insano o valor que o político oferecia aos Russos.

Ainda assim, concretizou-se.

Alguns anos depois, dois americanos – Richard Harris e Joe Juneau – guiados por um chefe Tlingit de seu nome Kowee – acharam um filão de ouro no que ficaria conhecido por Gold Creek, em redor da actual Juneau.

Amaragem de hidroavião, Juneau a Pequena Capital do Grande alasca

Hidroavião desliza para a doca de Juneau, após amarar no canal Gastineau

Seria o primeiro de vários. Nuns poucos anos de exploração da região, os americanos recuperaram a verba que tinham pago aos russos e passaram ao lucro.

Um fluxo migratório de americanos e estrangeiros inundou Juneau de forasteiros em busca de mais ouro. A própria zona do glaciar Mendenhall foi vasculhada.

De tal forma que um dos seus riachos recebeu e mantém o nome Nugget Creek (riacho das pepitas). É mais um dos que desagua no glaciar Mendenhall.

Glaciar Mendenhall e o Recuo Secular para mais longe de Juneau

O glaciar Mendenhall tem, na actualidade, quase 22km de extensão.

No recuo potenciado pelos efeitos do aquecimento global também do noroeste dos Estados Unidos, fez o lago aumentar.

Como, aos poucos, fez enriquecer o ecossistema dele dependente, de que se destacam vários tipos de salmão, salvelino, truta arco-íris e outras espécies de peixes.

Em simultâneo, em 2012, o retrocesso substancial do glaciar colocou a descoberto uma antiga floresta que o avanço ancestral havia destroçado, coberto e congelado.

Os cientistas espantaram-se quando, ao avaliarem a antiguidade dos troncos, cepos e ramos revelados, concluíram que teriam entre 1200 e 2000 anos.

Estimam ainda que, nesta era de temperaturas cada vez mais quentes, o recuo do glaciar Mendenhall se irá intensificar. Salvo reversão drástica no padrão de aquecimento, o rio de gelo vai separar-se do lago que irriga.

Vai distanciar-se ainda mais da enseada de Fritz.

E ficar cada vez mais para trás da Juneau que inspirou o curioso nome tlingit.

Glaciares

Planeta Azul-Gelado

Formam-se nas grandes latitudes e/ou altitudes. No Alasca ou na Nova Zelândia, na Argentina ou no Chile, os rios de gelo são sempre visões impressionantes de uma Terra tão frígida quanto inóspita.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

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Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

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Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

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Viagem por um Alasca Glacial

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O Tecto Sagrado da América do Norte

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Aqui Começa o Alasca

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