Hué, Vietname

A Herança Vermelha do Vietname Imperial


Comunismo Imperial
Ciclistas pedalam em frente à velha muralha da fortaleza imperial de Hué, agora um domínio comunista, como todo o país.
Na sombra do tempo
Visitante vietnamita da fortaleza de Hué no interior sombrio de um dos seus vários edifícios históricos.
Entrada para lado nenhum
Homens vietnamitas em trajes ocidentalizados atravessam um pórtico colorido da Cidade Proibida.
Numa doca perfumada
Embarcações de recreio ancoradas numa margem do rio Perfume.
Protector solar Vietnamita
Mulher abrigada do sol tropical numa margem elevada do rio Perfume.
Passos na história vietnamita
Casal percorre um dos grandes pátios da antiga Cidade Proibida de Hué.
Protecção budista
Incenso queima lentamente num dos vários templos budistas da cidade.
Ciclo-colegas
Condutores de cyclos - rickshaws sem motor. Muitos dos homens entregues a esta profissão foram banidos de um futuro melhor pelas autoridades comunistas por terem alinhado contra as forças vietcong.
À boleia
Casal de boné e chapéu tradicionais non la partilha uma velha bicicleta em frente a uma secção massiva da fortaleza de Hué.
Jardinagem
Trabalhadores tratam duma área da Cidade Proibida de Hué, distinguida pela UNESCO como Património Mundial.
Ex-Phuoc Dien agora Thien Mu
O pagode Phuoc Dien (antiga torre Thien Mu) parte de um templo budista à beira do rio Perfume.
Badminton
Vietnamitas idosos disputam partidas aguerridas de badminton.
Velho pórtico
Guarda refugiado à sombra de um pórtico secular de Hué.
Sofreu as piores agruras da Guerra do Vietname e foi desprezada pelos vietcong devido ao passado feudal. As bandeiras nacional-comunistas esvoaçam sobre as suas muralhas mas Hué recupera o esplendor.

O Vietname, ao estilo do Chile, é tão longilíneo que tem destas coisas.

Após vários dias de exploração da capital Hanói, da baía de Halong e outras áreas do norte sob um Inverno tropical quase frio, sempre húmido e nublado, chegamos a meio do país e a meteorologia muda de figura. Em Hué, o céu exibe um azul resplandecente e brilha um sol tórrido.

Somos aficionados incondicionais do calor seja de que tipo for. A surpresa estival afaga-nos os sentidos e estimula-nos. Não perdemos sequer tempo a recuperar da tortura rodoviária da noite anterior.

Instalamo-nos numa qualquer guest-house nas imediações da estação de camionagem, alugamos uma acelera e saímos em modo de exploração.

Logo ali, nas imediações, dezenas de condutores de uma frota de cyclos (os rickshaws movidos a força humana do Vietname) contemplam-nos e ao motociclo com desdém comparável ao que muitos taxistas lisboetas nutrem pelos recém-chegados tuk tuks.

hué, cidade comunista, Vietname Imperial, Ciclo-colegas

Condutores de cyclos – rickshaws sem motor. Muitos dos homens entregues a esta profissão foram banidos de um futuro melhor pelas autoridades comunistas por terem alinhado contra as forças vietcong.

A Herança que Perdura da Guerra do Vietname

Quarenta anos depois do término da Guerra do Vietname, algumas das feridas sociais abertas pelo conflito ainda saram. Vários daqueles homens eram suas vítimas.

Após a vitória norte-vietnamita e a anexação forçada do sul, os novos líderes comunistas baniram de todos os cargos estatais – e o máximo possível da sociedade – os homens vietnamitas que tinham colaborado com os E.U.A na aliança anti-comunista.

Despojados de posses e de perspectivas de prosperidade, assim que conseguiram juntar parcos recursos, investiram em cyclos e numa das poucas profissões que lhes foi admitido exercerem.

O ostracismo desvaneceu-se com o passar dos anos mas o governo faz tudo para controlar a proliferação destas triciletas emblemáticas que empatam o trânsito de Hanói, Ho Chi Minh e de outras grandes cidades.

Cidade sem lei, Transito de Hanoi, Sob a Ordem do Caos, Vietname

Um cruzamento auto-gerido da capital vietnamita, Hanói.

Em Hué, em particular,  inúmeros condutores idosos ou os seus descendentes sujeitam-se ao último estertor da pena e da tradição. Sobrevivem a pedalar contra a vontade das autoridades e contra a modernidade.

Cidade Proibida Púrpura: o Coração Imperial de Hué

Circulamos em redor do perímetro de 10 km da sua cidadela cercada de fossos e canais, pelas margens verdejantes dos rios Perfume e Nhung.

Visitamos o reduto imperial e o coração da Cidade Proibida Púrpura onde os únicos servos admitidos eram eunucos que não ameaçavam a exclusividade das concubinas reais.

Vamos para onde formos, ondula suprema a bandeira vermelho-amarelo-estrelada de Cot Co, no mastro mais alto do Vietname.

hué, cidade comunista, Vietname Imperial, À boleia

Casal de boné e chapéu tradicionais non la partilha uma velha bicicleta em frente a uma secção massiva da fortaleza de Hué.

Esta bandeira e várias outras não tão elevadas impõem a toda e qualquer era vietnamita, a agenda político-social e a realidade triunfal da República há já quatro décadas Socialista do Vietname.

As Atrocidades Bélicas por que Hué Passou

Pouco antes da sua morte, em 1999, Harry G. Summers, um coronel norte-americano narrava com frequência um encontro que tinha tido com um congénere vietnamita de nome Tu, em 1975, durante uma visita a Hanói.

“Sabe, vocês nunca nos derrotaram nas principais batalhas da guerra.” disse-lhe Summers no bom jeito gabarolas ianque.

Ao que o coronel vietnamita, após uma breve pausa, respondeu com a subtileza e o pragmatismo que já garantira a resistência vietcong: “Até pode ter sido, mas isso é irrelevante, não é?”

Hué acolheu uma das batalhas mais sangrentas da célebre Ofensiva Tet de 1968.

Foi a única cidade no sul do Vietname capturada pelas forças do norte por mais que alguns dias (3 semanas e meia) o suficiente para que quadros comunistas tenham implementado planos para liquidar milhares de elementos não cooperativos.

hué, cidade comunista, Vietname Imperial, Na sombra do tempo

Visitante vietnamita da fortaleza de Hué no interior sombrio de um dos seus vários edifícios históricos.

Cerca de três mil civis, incluindo mercadores, monges budistas e padres católicos, intelectuais e outros foram abatidos a tiro, mortos à bastonada ou enterrados vivos.

Mais tarde, durante a reconquista do sul liderada pelos E.U.A., o número de baixas entre os habitantes da cidade ascendeu a dez mil, na grande maioria civis.

Em plena Guerra Fria, as palavras do coronel vietnamita resumiram a ironia geopolítica do desfecho do confronto. Preconizaram ainda a longa vigência comunista que, como aconteceu com os condutores de cyclos, não tardou a sacrificar Hué.

A Génese Medieval da Grande e Fortificada Hué

Na sua origem de 1687, a povoação chamava-se Phu Xuan.

Em 1802, já muralhada, tornou-se a capital de uma vasta área do sul então dominada por nobres que viriam a formar a poderosa dinastia Nguyen.

Esta dinastia inspirou o nome hoje mais popular no Vietname, adoptado ou herdado por quase 40% dos habitantes.

Também fundou um império que dominou parte substancial da Indochina. Os senhores feudais Nguyen mantiveram-se no poder até 1945 mas, de 1862 a 1945 – o longo período colonial francês – esse poder não passou de uma formalidade.

Os novos líderes ex-vietcong que tomaram conta do país após o termo da Guerra do Vietname consideraram os edifícios seculares da cidade heranças vergonhosas do passado imperial da nação, declararam-nos politicamente incorrectos e vetaram-nos ao abandono.

Por volta de 1990, numa altura em que o Vietname se havia já aberto ao Mundo, as autoridades locais compreenderam o potencial turístico daquele legado. Promoveram os monumentos a tesouros nacionais.

hué, cidade comunista, Vietname Imperial, Comunismo Imperial

Ciclistas pedalam em frente à velha muralha da fortaleza imperial de Hué, agora um domínio comunista, como todo o país.

A UNESCO recompensou a reviravolta, designou-os Património Mundial da Humanidade e apoiou trabalhos de restauração e preservação de monta.

Ao explorarmos a cidade, sentimos cada vez mais dificuldade em distingui-la da sua história prolífica.

A Proliferação das Religiões, numa Nação de Forte Raíz Comunista

Apesar do proselitismo tanto dos padres portugueses como, mais tarde, dos franceses, não obstante a submissão da nação ao comunismo, em Hué, o budismo é tolerado de forma contranatura pelas autoridades da república socialista como em nenhuma outra cidade vietnamita.

Hué sempre teve o maior número de mosteiros do país e os seus monges mais reactivos e, por isso, mais notórios. De tal maneira que a torre Thap Phuoc Duyen do pagode de Thien Mu – também erguido por um senhor Nguyen e que, na década de 80, acolheu fortes protestos anti-comunistas –  se preserva como símbolo oficial da cidade.

Disso nos informa um dos guias que impinge os seus serviços à entrada. Acabamos por o admitir e o cicerone refresca-nos a memória de outros factos surpreendentes.

hué, cidade comunista, Vietname Imperial, Numa doca perfumada

Embarcações de recreio ancoradas numa margem do rio Perfume.

“Em 1963, em plena Guerra do Vietname, Tích Quàng Dúc, um dos monges residentes mais inconformados, conduziu um Austin até Saigão com o objectivo de protestar contra a política anti-budista do governo Sul-Vietnamita. Acabou por se imolar em público.”

Vêm-nos à mente as imagens da sua morte atroz em chamas que correram o mundo e inspiraram várias outras auto-imolações. “Muitos ocidentais ficaram menos chocados pelos suicídios que pela reacção da cruel Madame Nhu, a cunhada do presidente que o povo alcunhou de borboleta de ferro devido à sua requintada crueldade.

Ela declarou que as auto-imolações eram meros churrascos e, como se não bastasse, ainda acrescentou: “deixem-nos arder que nós bateremos palmas”.

Para chegar a Thien Mu, viajamos quatro quilómetros sobre a acelera, ao longo de uma margem luxuriante do rio Perfume em que se sucedem mausoléus seculares e sumptuosos de antigos imperadores.

A torre tem 21 metros.

Surge destacada sobre uma elevação ribeirinha pelo que a detectamos sem dificuldade.

hué, cidade comunista, Vietname Imperial, Ex-Phuoc Dien agora Thien Mu

O pagode Phuoc Dien (antiga torre Thien Mu) parte de um templo budista à beira do rio Perfume.

O Rio Perfume e a Elegância Oriental de Hué

Já dentro do pagode, juntamo-nos a comitivas de peregrinos que ali procuram expiação e aperfeiçoamento espiritual. Admiramos fiéis vietnamitas que acendem paus de incenso à entrada do templo.

Mesmo sem o desejarmos, também somos purificados pelo fumo e pelo aroma libertado.

hué, cidade comunista, Vietname Imperial, Protecção budista

Incenso queima lentamente num dos vários templos budistas da cidade.

Como qualquer nativo ou morador, Quang aproveita a sua presença para nos referir a formosura das mulheres de Hué, reverenciada por todo o país.

Já por nossa conta, regressamos ao sossego da margem do Perfume quando damos com um potencial arquétipo tanto dessa beleza como do exotismo vietnamita.

Uma senhora trajada com calças púrpura e camisa azul de manga comprida contempla-nos acocorada à moda asiática e semi-acrobática sobre um pequeno muro elevado face ao caudal do rio.

Um lenço que condizia com as restantes vestes e um mais que esperado chapéu non la protegiam-lhe a face do sol tropical e preservavam-lhe a clareza amarelada da pele, requisito incontornável da perfeição física por estas paragens realmente vizinhas da velha Cochinchina.

hué, cidade comunista, Vietname Imperial, Protector solar Vietnamita

Mulher abrigada do sol tropical numa margem elevada do rio Perfume.

A senhora só falava vietnamita. Com recurso a gestos ilustrativos e instigados pela empatia que emanava dos seus ínfimos olhos amendoados, depreendemos que a podíamos fotografar.

Quando o fizemos, sentimos um grande sorriso por detrás do lenço colorido.

Até ao fim do dia, continuámos à descoberta do encanto das gentes orgulhosas da antiga capital do Vietname.

Pequim, China

O Coração do Grande Dragão

É o centro histórico incoerente da ideologia maoista-comunista e quase todos os chineses aspiram a visitá-la mas a Praça Tianamen será sempre recordada como um epitáfio macabro das aspirações da nação
Hoi An, Vietname

O Porto Vietnamita Que Ficou a Ver Navios

Hoi An foi um dos entrepostos comerciais mais importantes da Ásia. Mudanças políticas e o assoreamento do rio Thu Bon ditaram o seu declínio e preservaram-na como as cidade mais pitoresca do Vietname.

Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

Hanói, Vietname

Sob a Ordem do Caos

Hanói ignora há muito os escassos semáforos, outros sinais de trânsito e os sinaleiros decorativos. Vive num ritmo próprio e numa ordem do caos inatingível pelo Ocidente.
Ho Chi-Minh a Angkor, Camboja

O Tortuoso Caminho para Angkor

Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
Banguecoque, Tailândia

Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
Bago, Myanmar

Viagem a Bago. E ao Reino Português de Pegu

Determinados e oportunistas, dois aventureiros portugueses tornaram-se reis do reino de Pegu. A sua dinastia só durou de 1600 a 1613. Ficou para a história.
Monte Kyaiktiyo, Myanmar

A Rocha Dourada e em Equilíbrio de Buda

Andamos à descoberta de Rangum quando nos inteiramos do fenómeno da Rocha Dourada. Deslumbrados pelo seu equilíbrio dourado e sagrado, juntamo-nos à peregrinação já secular dos birmaneses ao Monte Kyaiktyo.
Yangon, Myanmar

A Grande Capital da Birmânia (Delírios da Junta Militar à Parte)

Em 2005, o governo ditatorial do Myanmar inaugurou uma nova capital bizarra e quase deserta. A vida exótica e cosmopolita mantém-se intacta, em Yangon, a maior e mais fascinante cidade birmanesa.
Lago Inlé, Myanmar

Uma Agradável Paragem Forçada

No segundo dos furos que temos durante um passeio em redor do lago Inlé, esperamos que nos tragam a bicicleta com o pneu remendado. Na loja de estrada que nos acolhe e ajuda, o dia-a-dia não pára.
Ponte u-BeinMyanmar

O Crepúsculo da Ponte da Vida

Com 1.2 km, a ponte de madeira mais antiga e mais longa do mundo permite aos birmaneses de Amarapura viver o lago Taungthaman. Mas 160 anos após a sua construção, U Bein está no seu crepúsculo.
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Pela sombra
Arquitectura & Design
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Cerimónias e Festividades
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Natal nas Caraíbas, presépio em Bridgetown
Cidades
Bridgetown, Barbados e Granada

Um Natal nas Caraíbas

De viagem, de cima a baixo, pelas Pequenas Antilhas, o período natalício apanha-nos em Barbados e em Granada. Com as famílias do outro lado do oceano, ajustamo-nos ao calor e aos festejos balneares das Caraíbas.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Mini-snorkeling
Cultura
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Gyantse, templo Kumbum
Em Viagem
Lhasa a Gyantse, Tibete

Gyantse, pelas Alturas do Tibete

O objectivo final é o Everest Base Camp tibetano. Neste primeiro trajecto, a partir de Lhasa, passamos pelo lago sagrado de Yamdrok (4.441m) e pelo glaciar do desfiladeiro de Karo (5.020 m). Em Gyantse, rendemo-nos ao esplendor budista-tibetano da velha cidadela.
Cobá, viagem às Ruínas Maias, Pac Chen, Maias de agora
Étnico
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
Portfólio, Got2Globe, melhores imagens, fotografia, imagens, Cleopatra, Dioscorides, Delos, Grécia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

O Terreno e o Celestial

Glamour vs Fé
História
Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
Sol e coqueiros, São Nicolau, Cabo Verde
Ilhas
São Nicolau, Cabo Verde

São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

Partidas forçadas como as que inspiraram a famosa morna “Sodade” deixaram bem vincada a dor de ter que deixar as ilhas de Cabo Verde. À descoberta de Saninclau, entre o encanto e o deslumbre, perseguimos a génese da canção e da melancolia.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Graciosa, Açores, Monte da Ajuda
Natureza
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Monteverde, Costa Rica, quakers, Reserva Biológica Bosque Nuboso, caminhantes
Parques Naturais
Monteverde, Costa Rica

O Refúgio Ecológico que os Quakers Legaram ao Mundo

Desiludidos com a propensão militar dos E.U.A., um grupo de 44 Quakers migrou para a Costa Rica, nação que havia abolido o exército. Agricultores, criadores de gado, tornaram-se conservacionistas. Viabilizaram um dos redutos naturais mais reverenciados da América Central.
San Juan, Cidade Velha, Porto Rico, Reggaeton, bandeira em Portão
Património Mundial UNESCO
San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton

Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Soufrière e Pitons, Saint Luci
Praias
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Mosteiro de Tawang, Arunachal Pradesh, Índia
Religião
Tawang, Índia

O Vale Místico da Profunda Discórdia

No limiar norte da província indiana de Arunachal Pradesh, Tawang abriga cenários dramáticos de montanha, aldeias de etnia Mompa e mosteiros budistas majestosos. Mesmo se desde 1962 os rivais chineses não o trespassam, Pequim olha para este domínio como parte do seu Tibete. De acordo, há muito que a religiosidade e o espiritualismo ali comungam com um forte militarismo.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Gatis de Tóquio, Japão, clientes e gato sphynx
Sociedade
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Transpantaneira pantanal do Mato Grosso, capivara
Vida Selvagem
Pantanal do Mato Grosso, Brasil

Transpantaneira, Pantanal e Confins do Mato Grosso

Partimos do coração sul-americano de Cuiabá para sudoeste e na direcção da Bolívia. A determinada altura, a asfaltada MT060 passa sob um portal pitoresco e a Transpantaneira. Num ápice, o estado brasileiro de Mato Grosso alaga-se. Torna-se um Pantanal descomunal.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.