Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça


Tripulação ao Sol
Tripulantes no exterior de um dos ferries que ligam Iloilo, Panay, à ilha vizinha de Guimaras
Cenário de Guimaras
Vista do litoral oeste de Guimaras, a partir de um ponto mais elevado da ilha
Bola 8
Trabalhadores do Raymen Beach Resort jogam snooker.
Bangka na Maré Vazia
Bangka na enseada da praia Alubihod, Guimaras
Viagem numa pequena bangka
Remadores a bordo de uma pequena bangka
Língua de areia de Ave Maria
Língua de areia da ilha Ave Maria, ao largo da costa oeste de Guimaras
Pausa na Navegação
Timoneiro de uma bangka junto a um rochedo nas imediações da ilha Ave Maria
Enseada de Alubbihod
Bangkas na enseada da praia Alubihod, Guimaras
Na Paz do Pacífico
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Ponte de Comando
Timoneiro na proa da bangka "Ray Joshua 5"
Enseada Tropical
Enseada tropical da costa ocidental de Guimaras, nas imediações da ilha Ave Maria
Jeepneys lado a lado
Passageiro de um jeepney, olha para um outro
Viagem de tricycle
Condutor e passageiros de um tricycle, numa estrada da ilha de Guimaras
Para mais tarde Recordar
Timoneiro de guia fotografa um grupo de banhistas visitantes de Guimaras e ilha Ave Maria
Cabanas na Selva
Cabanas de um resort na costa ocidental da ilha de Guimaras.
À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.

Um dos furacões que, com frequência, devassa a região oriental do grande arquipélago filipino fazia das suas.

Aumentava e intensificava-se de dia para dia, com uma previsão de rota difícil de estimar. Agitou os últimos dias que passamos em Manila.

Gerou indefinição quanto e para onde poderíamos voar e explorar em segurança.

Legazpi, Albay e o vasto leste filipino que costuma sofrer os primeiros e piores impactos, depressa ficam fora de questão.

No lado oposto do território, as ilhas de Panay, Guimaras e até Negros suscitavam pouca apreensão, além duns momentos iniciais de voo agitados à saída de Manila.

De acordo, partimos.

O tempo em Panay revela-se normal para uma época de chuvas.

Tricycle cruza uma ponte de Iloilo, Panay

Tricycle cruza uma ponte de Iloilo, Panay

Quente, abafado, mais para o fim da tarde, arrefecido por bátegas fulminantes. Previsões meteorológicas ocidentais afiançam que a incursão do furação cobriria boa parte das Visayas de uma densa nebulosidade.

Faz-nos pôr em causa um plano que já vinha de há algum tempo de desbravarmos a linha de costa e as praias ao largo de Iloilo, a capital de Panay que teríamos como base.

Passa das oito da manhã seguinte. Enquanto tomamos o pequeno-almoço, espreitamos o céu para distintos lados do hotel.

Ao contrário do previsto, o céu está azul-azulão.

A atmosfera límpida e tranquila. Subsistem, apenas em nós, derradeiros laivos, de indecisão. Ainda antes das nove, dissipam-se.

Condutor e passageiros de um tricycle, numa estrada da ilha de Guimaras

Condutor e passageiros de um tricycle, numa estrada da ilha de Guimaras

Embarque numa Grande Bangka, a Caminho de Guimaras

Despachamo-nos a chegar a um tal de cais Ortiz. É de lá que zarpam as embarcações destinadas à ilha vizinha de Guimaras, estendida para sul de Iloilo.

Quando lá chegamos, sem grande surpresa, espera-nos uma bangka, o barco tradicional disseminado pelo quase todo das Filipinas, de Batanes a Palawan e a Camiguin.

Prova-se mais ampla que aquelas em que nos tínhamos habituado a desfrutar dos mares da nação pinoy.

Era uma bangka superlativa, com uma cobertura de pano que salvava um máximo de quarenta passageiros do sol tropical.

E dois flutuadores condizentes que, à falta de estabilidade da estrutura fulcral, garantiam uma navegação sustentada.

Tripulantes no exterior de um dos ferries que ligam Iloilo, Panay, à ilha vizinha de Guimaras

Tripulantes no exterior de um dos ferries que ligam Iloilo, Panay, à ilha vizinha de Guimaras

Pelo menos, até uma determinada agitação do mar.

Instalamo-nos num dos bancos de madeira. Instantes depois, zarpamos para o Estreito de Iloilo.

Avançamos mais rápido que outras bangkas coloridas e exuberantes, com destinos distintos, pouco mais distantes que o nosso.

A “Oro Verde”, a “Inday”, a “Kristine”, a “Francis Ivan IV”.

Todas deixam para trás a zona portuária de Iloilo, os seus armazéns envelhecidos, depósitos de combustível mal-escondidos atrás de sebes de coqueiros jovens, até à data, resistentes aos frequentes vendavais.

Depósito de combustível nos arredores de Iloilo

Depósito de combustível nos arredores de Iloilo

Afastamo-nos do casario, das torres das igrejas coloniais que fazem de Iloilo uma das principais cidades católicas das Filipinas.

Aos poucos, o vislumbre urbano torna-se difuso e nevoento.

Trocamo-lo pelo verde-selva tropical da costa iminente de Guimaras, quebrado apenas por umas poucas enseadas menos abruptas, com areais generosos:

a Capitoguan, a piscatória de Morobuan, a Cabaling, a Casita Beach e a Tatlong.

Vista do litoral oeste de Guimaras, a partir de um ponto mais elevado da ilha

Vista do litoral oeste de Guimaras, a partir de um ponto mais elevado da ilha

Desembarcamos no molhe de Jordan, uma povoação que as antecede.

Viagem de Jeepney entre Jordan e o Raymen Beach Resort

Ali, subimos a bordo de um jeepney.

É uma espécie de equivalente terrestre da bangka, durante décadas a seguir ao fecho da 2ª Guerra Mundial.

O veículo de transporte comunal pródigo das Filipinas, produzido a partir dos milhares de jipes Willies (e outros) que os americanos abandonaram.

Passageiro de um jeepney, olha para um outro

Passageiro de um jeepney, olha para um outro

No jeepney, percorremos a Guimaras Circunferential Road. Até desviarmos para Nova Valência e para a península salpicada de arrozais e de lagoas a ocidente.

Esperam-nos no Raymen Beach Resort, um hotel de praia imposto à de Alibuhod.

Numa das salas exteriores, quatro rapazes pinoys jogam snooker numa de duas mesas amplas.

Trabalhadores do Raymen Beach Resort jogam snooker.

Trabalhadores do Raymen Beach Resort jogam snooker.

A História, em Parte, Portuguesa-Espanhola da Cerveja San Miguel

A caixa que a ilumina sustenta um anúncio da cerveja San Miguel, estabelecida, em 1890, no bairro homónimo de Manila, por Don Enrique Maria Barreto de Ycaza.

A sua família teve origem num nativo de Goa que, ao converter-se ao Catolicismo, adoptou o apelido Barretto e, pouco depois, casou com a filha de um nobre e mercante português.

Os Barretto fixaram-se e investiram em Bombaím, em Bengala e em Macau. De Macau, era também a portuguesa Maria Braga, que se casou com o fazendeiro Mariano Lacson e veio a falecer na ilha vizinha de Negros, durante a gravidez do 11º filho de ambos.,

Mais tarde, também em Manila, onde os descendentes (incluindo Enrique) adquiriram nacionalidade espanhola e fundaram La Fábrica de Cerveza de San Miguel, a primeira do Sudoeste Asiático e, com o tempo, uma das marcas emblemáticas das Filipinas.

O Raymen Beach Resort faz de ponto de partida para um périplo de fotografia e banhos pelas praias em redor, consideradas as melhores da ilha de Guimaras e do sub-arquipélago das Visayas.

Uma frente densa de coqueiros separa os edifícios desse e doutros resorts dum areal amarelado que o mar coralino e esmeraldino afaga.

Enseada tropical da costa ocidental de Guimaras, nas imediações da ilha Ave Maria

Enseada tropical da costa ocidental de Guimaras, nas imediações da ilha Ave Maria

Quando desvendamos o cenário de Alubihod, de imediato, sentimo-nos tentados a mergulhar naquele retalho sedutor de Oceano Pacífico.

Dizem-nos que vamos ter tempo.

Navegação numa Bangka Menor, pelo Litoral Ocidental de Guimaras

Em vez, conduzem-nos a um canto da praia. Voltamos a embarcar.

Numa bangka, claro está, diminuta se comparada com a da ligação entre Iloilo e Jordan.

Bangkas na enseada da praia Alubihod, Guimaras

Bangkas na enseada da praia Alubihod, Guimaras

Vemos várias outras, ancoradas sobre o mar ciano.

Mesmo se alinhada com a costa contrária e distante, parece sobrevoá-las uma caravana de nuvens pardas.

Contemplamos a vista marinha, a partir do areal de Alubihod, quando uma das bangkas se acerca. Comandam-na dois dos rapazes que tínhamos visto jogarem snooker.

Convidam-nos a entrarmos na embarcação “Ray Joshua” já imobilizada com a proa sobre o areal.

Num ápice, instalamo-nos. Zarpamos para a Baía Santa Ana e, logo, para sul, para a de Igang.

Timoneiro de uma bangka junto a um rochedo nas imediações da ilha Ave Maria

Timoneiro de uma bangka junto a um rochedo nas imediações da ilha Ave Maria

Quanto mais descemos na costa, mais alvos nos parecem os areais, verdadeiras bases coralíferas que geram aquários naturais dignos de aturadas deambulações de snorkeling.

Entramos em várias enseadas que revelam coqueirais camuflados na selva.

Algumas, albergam línguas de areia e fundos de mar rasos.

Timoneiro na proa da bangka "Ray Joshua 5"

Timoneiro na proa da bangka “Ray Joshua 5”

Obrigam o timoneiro da bangka a desligar o motor, a manobrá-la à laia de gondoleiro.

De cada vez que imobiliza a “Ray Joshua” compensamos os mergulhos perdidos em Alubihod.

Nova Escala para Banhos, numa Língua de Areia da Ilha Ave Maria

Descontraímos a boiar e a cirandar entre os cardumes de peixes tropicais exuberantes.

Cabanas de um resort na costa ocidental da ilha de Guimaras.

Cabanas de um resort na costa ocidental da ilha de Guimaras.

Apontados a norte, constatamos dois outros resorts, um deles, com cabanas empoleiradas no cimo de falésias rochosas, subsumidas na vegetação.

De frente para o de Lusay Beach, seduz-nos nova língua de areia que o descer da maré deixara a descoberto, a contrastar com uma pequena selva insular acima.

Língua de areia da ilha Ave Maria, ao largo da costa oeste de Guimaras

Língua de areia da ilha Ave Maria, ao largo da costa oeste de Guimaras

Detemo-nos por ali. Às tantas, com a companhia dos passageiros de outra bangka, a “M/Ba Samantha”.

De molho na água cálida, à conversa com os recém-chegados, apuramos que estávamos perante o ilhéu Ave Maria.

É um dos poucos na zona ainda a salvo de construções, excepto, do lado oposto, mais rochoso e desprovido de areal, de uma escadaria que conduzia a um pequeno santuário da Virgem Maria.

Modesta, mas providencial, a obra provava-se mais uma de tantas expressões da fé católica que os espanhóis legaram às Filipinas, consideradas a mais cristã das nações asiáticas.

Timoneiro de guia fotografa um grupo de banhistas visitantes de Guimaras e ilha Ave Maria

Timoneiro de guia fotografa um grupo de banhistas visitantes de Guimaras e ilha Ave Maria

Do nada, nuvens densas e escuras, parte das que a previsão meteorológica tinha augurado, tomam o céu limpo.

Estávamos conscientes da instabilidade e dos danos que o último dos furacões causava no norte do país.

Carecíamos da informação precisa da sua actual trajectória.

Sem vontade de sermos apanhados numa tempestade, a bordo da pequena “Ray Joshua”, antecipamos o regresso ao Raymen Resort e, pouco depois, a Jordan, onde nos esperava outra bangka que fazia de ferry.

Completamos a travessia de volta a Iloilo sem sobressaltos.

Remadores a bordo de uma pequena bangka

Remadores a bordo de uma pequena bangka

Por pouco.

Nesse fim de tarde, um temporal agitado por vento forte e chuva densa, castigou, por fim, as ilhas de Visayas Ocidental.

 

Como ir

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Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Camiguin, Filipinas

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Talisay City, Filipinas

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Mactan, Cebu, Filipinas

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Boracay, Filipinas

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